barítono José de Freitas

JOSÉ DE FREITAS

José de Freitas, de nome completo José Cirilo de Freitas Silva, nasceu na Madeira e foi padre da Congregação da Missão (Padres Vicentinos). Já depois de padre, estudou nos conservatórios do Porto e de Lisboa, onde concluiu o Curso Superior de Canto com excelente classificação. Em 1978 tornou-se artista residente do Teatro Nacional de São Carlos onde se estreou com Schaunard em La Bohème. Foi intérprete de importantes papéis de barítono e de baixo-barítono em Portugal e no estrangeiro. Foi também diretor de coros e compositor de cânticos litúrgicos.

ENTREVISTA

Qual foi o primeiro momento em que se lembra de ter tido consciência de que a música era importante para si?

O primeiro momento?! Preferiria falar de uma pequena série de momentos… Concretizando: No meu 5º ano do seminário (hoje 9º ano), cerca dos 16 anos, quando a chamada “mudança de voz” era já algo acentuada, o meu ilustre professor de música, Padre António Ferreira Telles, poucos dias após ter-me convidado para tocar harmónio em algumas cerimónias litúrgicas (ele era o harmonista oficial, obviamente) e pedir-me para, alternadamente com outro colega, iniciar os cânticos na liturgia (o equivalente a solista), veio falar comigo na véspera da festa do Padroeiro do seminário (S. José), e disse-me: “Confio muito em ti para “segurares” a 4ª voz na missa solene de amanhã.” Ora aí tem um “puzzle” com bastante significado na minha “consciência musical” de jovem seminarista…

Quais os professores que mais o influenciaram no tempo de seminário?

Vou referir-me apenas a professores de música, obviamente. Desde os primeiros anos, tive uma veneração especial por um ilustre mestre, muito “sui generis”, mas muito competente e sabedor: o Padre António Ferreira Telles, a que atrás aludi. Era excelente harmonista, compositor, ótimo harmonizador. O Pe. Fernando da Cunha Carvalho, felizmente ainda entre nós, também teve influência na minha orientação musical, e não só. Mas vou salientar, sem querer ser injusto para os atrás citados e porventura outros, o Pe. João Dias de Azevedo, que muito me ajudou sobretudo no harmónio e no órgão, no Seminário de Mafra, onde fiz o meu noviciado (1954-1956). Nesse período, cheguei a tocar órgão em algumas celebrações dominicais e festas na Basílica de Mafra… E, para completar os anos do seminário, não poderei omitir o Pe. Fernando Pinto dos Reis (1929-2010).

Depois de ir para o seminário e de ser padre, quando é que se apercebeu de que cantar era o mais importante na sua vida profissional?

Como disse, cedo me iniciei e fui crescendo na função de solista. Continuei-a ao longo de todo o curso, alternando-a com o múnus de harmonista. Terminado o curso, fui incumbido da disciplina de Música (além de outras), no seminário menor. O concílio do Vaticano II acabava de privilegiar o vernáculo na liturgia. Iniciei a renovação de todo o repertório vigente. Eu próprio dei largas a uma velha paixão e iniciei a composição de cânticos em português, incluindo o “ordinário” e o “próprio” da missa para determinadas solenidades, além de outros cânticos circunstanciais. Aconselhado por não poucos, matriculei-me no Conservatório do Porto. Canto? Composição? Duas paixões. Muito incitado e encorajado pela professora D. Isabel Mallaguerra, decidi-me mais seriamente pelo canto, sem descurar a composição musical.

Após o curso geral de canto no Conservatório do Porto, vim a concluir o Curso Superior no Conservatório Nacional com a professora D. Helena Pina Manique. Com o programa do exame do curso superior concluído com alta classificação, fui convidado para vários recitais em Lisboa e não só. Iniciei logo de seguida o curso de ópera com o professor Álvaro Benamor e D. Helena Pina Manique. Fui admitido no Coro Gulbenkian, onde estive durante alguns meses até seguir para Paris com uma bolsa de estudos.

O diretor do Teatro Nacional de São Carlos, Eng. João Paes, que já me ouvira no Conservatório, convidou-me para, temporariamente, interromper o estágio em Paris e vir a Lisboa preparar o desempenho de um importante papel numa ópera portuguesa. Bem sucedido, pediu-me para, após o estágio parisiense, seguir para Florença, afim de preparar, com o famoso Gino Bechi, o importantíssimo papel de primeiro barítono (Lord Enrico d’Ashthon) da ópera Lucia di Lamermoor, de Donizetti. Cantei esse papel em novembro de 1977, no Teatro Rivoli (Porto)…

Toda esta “bola de neve” a partir da conclusão do curso superior de canto em 1974, todo o incrível desencadear de situações até finais de 1977, todo o ano de 1977 sobretudo, tudo isso responde à sua pergunta… Parafraseando, em contraste, um fadista, diria: “Ser cantor não foi meu sonho, mas cantar foi o meu fado…”

Dos anos em que estudou Música e Canto, que professores tiveram uma influência mais decisiva?

Nos conservatórios do Porto e de Lisboa, tive a felicidade de ser orientado respetivamente pelas professoras D. Isabel Mallaguerra e D. Helena Pina Manique, e ainda, por algum tempo, pela D. Arminda Correia, sem esquecer o Prof. Álvaro Benamor (cena).

Em Paris, como olvidar o trabalho com a famoso baixo Huc-Santana e o não menos célebre barítono Gabriel Bacquier? Em Itália, e aqui em Portugal, Gino Bechi foi simplesmente precioso no trabalho vocal e cénico. Este famoso barítono, que também me honrava com a sua amizade, cantou nos anos 40, em todos os grandes palcos do mundo. A sua famosa “entrega” aos espetáculos e nos espetáculos, quer cenicamente mas sobretudo vocalmente, levou-o a tal desgaste que teve de terminar a sua carreira por volta dos 40 anos, precisamente com a idade com que eu comecei…

Foi difícil deixar de ser padre e optar pela carreira musical?

Quando, em finais dos anos 60, me matriculei no Conservatório do Porto, confesso que o meu sonho era dar uma componente artística à minha missão de padre.

Começaram a surgir, porém, situações que não deixaram de me ir perturbando. Alguma confusão começou a instalar-se nos meus horizontes… Estávamos em pleno pós-74… Sobretudo a partir de 1977, comecei a sentir-me ultrapassado pelos acontecimentos. Tinham de ser tomadas decisões… Não podia viver na ambiguidade!… Houve muitas dúvidas, muitas incertezas… O meu Padre Provincial de então propôs-me fazer as duas coisas: padre e cantor… Tudo se desenrolava vertiginosamente… Eram convites para concertos, para óperas, etc.
Cheguei mesmo a atuar durante não pouco tempo, estando ainda no exercício do ministério… Fui chegando à conclusão de que as duas funções não faziam grande sentido… Em finais de 1978, acabei por tomar a decisão: pedi para Roma a dispensa do exercício das ordens. Não tive resposta fácil. Demorou mais de dois anos. Pelo meio, um apelo a que repensasse…

Qual foi o papel da Igreja na sua vida musical?

Primeiramente, como é obvio, penso em todo o curso do seminário. Para além de todos os aspetos da formação, a música da Igreja, o canto gregoriano, ocupou uma grande parte desse período, quer na teoria, quer na prática. O nosso Cantuale, um livro específico da Congregação da Missão com os mais belos cânticos gregorianos e muitos outros, a uma ou mais vozes, dominou grande parte desses anos, as nossas vozes e as nossas almas.

No seminário Maior, durante o curso de filosofia e teologia, para além das mais belas obras de polifonia sacra, cantávamos, todos os domingos e festas, o “comum” e o “próprio” em gregoriano, de acordo com o emblemático Liber Usualis, a mais completa obra do canto da Igreja. Tudo isto, naturalmente acompanhada da parte teórica, marca indelevelmente a minha personalidade e a minha formação musical. E não esqueço que quase sempre, alternadamente, fui organista e solista…

Após a ordenação, seguiram-se anos dominados pelo Concílio do Vaticano II, com uma série extraordinária de documentos sobre a música e a liturgia em vernáculo,com o aparecimento de excelentes compositores. E foram sempre surgindo, com os diversos papas, importantes documentos sobre a música litúrgica. Não posso esquecer os “famosos” cursos gregorianos de Fátima que frequentei.

Durante os anos 1977-1995, em que a vida artística teve o seu lado prioritário, nunca deixei de estar atento aos documentos da Igreja sobre música sacra e à obra de excelentes compositores que temos.

A partir de 1997, já no pós – S. Carlos, a pedido do meu grande amigo Conégo José Serrasina que acabava de ficar à frente da Paróquia dos Anjos, em Lisboa– a minha paróquia -, comecei a orientar o coro paroquial, tomando a peito a renovação dos cânticos e a dinamização litúrgica. Baseava-me sempre nos textos de cada celebração. Após 5 anos de intenso e profícuo trabalho, abracei outro projeto – na Capela do Palácio da Bemposta (Academia Militar), onde colaborei durante 13 anos (2003 – 2016). Durante este período, compus dezenas de cânticos que vieram a ser publicados pela Academia Militar, em 2012, num volume com o título Deus é Amor. Porque o “contexto” de então era “específico”, o referido volume irá “sofrer” brevemente substancial alteração.

Qual foi a maior deceção na sua vida?

Se me permite, não apresentaria uma mas duas deceções, e ambas no âmbito do mundo lírico. A primeira, logo de início. Tinha feito 40 anos. Eram diferentes, agora, o sonho e o ideal. Imaginava que perante mim, ia surgir um meio pleno de elevação, um ambiente superior, de arte, de cultura, etc. Cedo, porém, fui verificando e concluindo que as cores que sonhara belas, não, não o eram assim tanto… A realidade era bastante mais prosaica… Bem!… Respirei fundo, bem fundo, passe a expressão… E, vamos a isso!… Mas vamos mesmo! O desafio que ora iniciava era para ganhar, era mesmo para vencer!… E foi! Não tive o caminho atapetado de rosas, longe disso, muito longe! Foram necessárias uma fibra excecionalmente forte como considero ter, uma fé inabalável em Deus como efetivamente tenho, e também, obviamente, uma grande confiança nos talentos que Deus me deu, aliados à formação que tive (não poderei esquecê-lo!) E…aí vou eu!… E nem tudo foram espinhos, digamos em abono da verdade. Tive um público que me admirava e apoiava bastante, excelentes e excecionais críticas, outras nem tanto… E, entre um pessoal que rodava as três centenas (coro, orquestra, cantores, técnicos, etc), tive não poucos amigos e admiradores! Não esqueço que, logo no começo, nos primeiros ensaios, vi lágrimas nos olhos de algum do pessoal, ao verem a minha entrada enérgica, decidida, confiante, e pensando no “mundo” donde acabava de chegar… aos 40 anos!…

A segunda deceção foi no fim. Em finais de 92, a SEC, tendo à frente o Dr. Pedro Santana Lopes, achou por bem dissolver a Companhia Portuguesa de Ópera (cantores, orquestra, etc). Éramos 14 os cantores principais. Mesmo tendo em conta que eu continuava a cantar no país e não só, esta foi sem dúvida uma grande deceção. Aos 55 anos, encontrava-me no ponto mais alto da carreira, a nível vocal e cénico, na minha opinião e na de quantos me conheciam e ouviam! Esperava estar “em grande” mais uma boa dezena de anos… Lembrei-me então das palavras de Gino Bechi, quando, certo dia, nos anos 80, após fazer as célebres e espetaculares demonstrações, vocais e cénicas, durante um ensaio, e quando já contava perto dos 80 anos, teve este desabafo: “Agora é que eu sei cantar!”

Pois é!… Parafraseando o meu mestre, diria: “Agora… é que eu sabia cantar!…”

Qual foi o momento mais alto da carreira como cantor lírico?

Desempenhei os mais diversos papéis de 1º barítono, de baixo-barítono, papéis característicos, enfim, foram cerca de 50… Nunca tive um fracasso nos meus desempenhos. Pelo contrário! Escolher o momento mais alto?!… É difícil!… Estou a lembrar-me de não poucos… Do “Le Grand-Prêtre de Dagom” da ópera Samson et Dalila, de Saint-Saëns, em 1983. Quis preparar o papel em Lyon com o meu ex-professor de Paris, o grande barítono Gabriel Bacquier. Estou a recordar-me do “Dulcamara” da ópera L’Elisir d’Amore, de Donizetti, em 1984 e 1985… Do “Rocco”, da ópera Fidelio de Beethoven… Enfim, não vou alongar-me na citação de outras boas e belas hipóteses…

Mas vou escolher como momento mais alto uma ópera fora do estilo clássico: a ópera Kiú, do compositor espanhol Luís de Pablo, levada à cena em 1987 no Teatro Nacional de São Carlos. O meu papel de Babinshy, o pivô da ópera, na sua grande espetacularidade e dificuldade vocal e cénica, foi na verdade um momento muito alto na minha carreira! Não foi por acaso que o próprio compositor Luís de Pablo e o maestro Jesús Ramón Encimar me convidaram, 5 anos depois (dezembro de 1992 – janeiro de 1993), para interpretar em Madrid o mesmo papel!…

Quais foram os cantores líricos mundiais que mais o inspiraram?

Estavam na moda, nos anos 60, cantores líricos que deveras nos entusiasmavam. Lembro-me, por exemplo, de Mário Lanza, de Luís Mariano, de Alfredo Krauss que vim a conhecer em São Carlos, e com o qual contracenei, inicialmente, num ou noutro pequeno papel. E vários outros, quase todos tenores. O meu tipo de voz é de barítono ou de baixo-barítono. Mas foi sobretudo a partir do Curso Superior de Canto que comecei a interessar-me por vozes líricas, o que é absolutamente natural. Dado o meu tipo de voz, cerca de cinco ou seis cantores internacionais dominavam particularmente os meus gostos. Comecemos pelos alemães Dietrich Fischer-Dieskau e Hermann Prey, barítonos. O primeiro, absolutamente excecional em lied, tendo cantado praticamente tudo o que havia nesse domínio. Muitos o consideraram o maior músico do século XX. Foi inclusivamente maestro de música sacra. Ouvi-o ao vivo em Paris. Hermann Prey era superior como ator. As suas interpretações em óperas de Mozart, Rossini, Donizetti ficaram memoráveis. Outros dois barítonos ou baixo-barítonos, Fernando Corena e Rolando Panerai, eram também grandes cantores e atores, mais característicos que os anteriores. Outro barítono que, vocalmente (não cenicamente) me enchia as medidas, era Piero Cappuccilli. Era um barítono a que eu chamaria heróico-dramático, com uma incrível potência de voz. Jamais esquecerei o seu desempenho em Simon Boccanegra de Verdi, no São Carlos…

Poderia obviamente alongar-me, no que às vozes masculinas diz respeito. Mas também não posso deixar de me referir a vozes femininas que, além de nós deixarem siderados, tanto nos ensinaram! Antes de mais, Maria Callas!… Depois, uma Victoria de los Angeles que cheguei a ouvir na Gulbenkian. Fiorenza Cossotto, Mirella Freni, Christa LudwigMonserrat Caballé que ouvi em Paris dirigida por Leonard Bernstein… Uma Joan Sutherland, La Stupenda, a tal que cantou a Traviata no Coliseu na famosa noite de 24 para 25 de abril de 1974, com o já citado Alfredo Kraus… E eu estava lá!…

Quais os músicos portugueses mais influentes na sua carreira?

Por músicos, entendo compositores, professores, pianistas, ensaiadores, “pontos”, cantores, e, porque não, críticos… Antes de mais, as minhas duas professoras nos conservatórios do Porto e de Lisboa, respetivamente: Isabel Malaguerra e Helena Pina Manique. A professora D. Arminda Correia fez de forma extraordinária a breve transição entre uma e outra. Álvaro Benamor, na classe de ópera. A pianista Maria Helena Matos que me acompanhou com enorme competência desde o Conservatório Nacional, incluindo o exame final, e praticamente em todos os recitais que fui dando ao longo da carreira. O maestro Armando Vidal, músico de gema, com o qual preparei, como a generalidade dos artistas, quase todos os papéis que tinha a desempenhar nas dezenas de óperas em que fui interveniente. Entre os maestros – “pontos” – , não esquecerei o maestro Pasquali que tão competentemente orientou, durante os primeiros tempos, as nossas intervenções em palco, e o maestro Ascenso de Siqueira, grande e bom amigo e incrível ser humano… Tive a felicidade de trabalhar com encenadores como António Manuel Couto Viana, que me honrava com a sua amizade, Carlos Avillez (em várias óperas), Luís Miguel Cintra, João Lourenço

Cantores? Álvaro Malta, Hugo Casaes, Elizette Bayan, Armando Guerreiro, e outros… Lembro-me ainda de preciosas “dicas” que me deu Álvaro Malta

Compositores? Antes de mais, o Prof. Cândido Lima. Conheci-o em Paris. Conversávamos muito. Não esqueço o dia em que ele me apresentou ao seu amigo Iannis Xenakis… Fomos juntos a vários concertos. Preparei, com ele ao piano, algumas obras suas para canto. Foi meu pianista num concurso de canto em que fui premiado… Tudo isto em Paris, em 1977.

Com o grande compositor Fernando Lopes-Graça, tive a honra de preparar um importante papel de solista na sua obra As Sete Predicações d’Os Lusíadas, em vista à estreia mundial da mesma no VI Festival da Costa do Estoril (1980).
Joly Braga Santos honrava-me com a sua amizade e admiração. Com ele ensaiei o papel de solista na sua Cantata Das Sombras, sobre texto de Teixeira de Pascoaes, para primeira audição mundial no Teatro de S. Luís, a 27 de julho de 1985, com o Coro Gulbenkian, e enquadrada no XI Festival de Música da Costa do Estoril. De Joly Braga Santos nunca poderei esquecer as suas palavras, em pleno palco, no fim da última récita da sua Trilogia das Barcas, em maio de 1988: “Estou a compor uma ópera, para a Expo de Sevilha (daí a 4 anos), baseada numa obra de Frederico Garcia Llorca, Bodas de Sangue e tenho um muito bom papel para si”. Entretanto, o maestro falecia 2 meses depois, a 18 de julho de 1988, o que constituíu uma grande perda para o País, para a cultura portuguesa.

Quanto a críticos, devo dizer que, entre outros, Francine Benoit, João de Freitas Branco, José Blanc de Portugal muito me encorajaram e elogiaram!

E hoje, o que acha da evolução da ópera em Portugal?

Francamente, tenho dificuldade em responder. Há cerca de vinte e cinco anos, após a extinção da Companhia Portuguesa de Ópera e de ter dado como terminada a minha carreira lírica, abracei outro projeto e alheei-me bastante desse tema. Sei que, sobretudo por razões orçamentais, a programação se ressente, e muito. Tudo parece ser diferente. Repito: não tenho dados que me permitam fazer qualquer juízo de valor…

O que pensa do papel da música na Igreja?

Desde o Seminário Maior, fui lendo atentamente, e mais que uma vez, os documentos papais que surgiram desde o princípio do século XX:
o Motu próprio de São Pio X (1903) sobre a Restauração da Música Sacra;
a Constituição Apostólica Divini Cultus (1928) no pontificado de Pio XI, sobre a liturgia e a música sacra; a Encíclica Musicae Sacrae Disciplina (1953), do Papa Pio XII, sobre a Música Sacra, vocal e instrumental.

Logo após o Concílio do Vaticano II, surge a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium (1963), a realçar que “a acção litúrgica reveste maior nobreza quando é celebrada com canto, com a presença dos ministros sagrados e a participação ativa do povo”. E quando fala de canto, obviamente que se refere ao canto sagrado intimamente unido com o texto. E se o canto gregoriano ocupa sempre um lugar privilegiado em igualdade de circunstâncias, não são excluídos os outros géneros de música sacra mormente a Polifonia, desde que em harmonia com o espírito da ação litúrgica, e de acordo com os diversos tempos litúrgicos, com as diversas celebrações e os vários momentos da celebração. Compositores, organistas, mestres de coro, cantores, músicos (instrumentistas) devem formar um todo para o esplendor do canto.

Alguns anos após o Concílio, a famosa Instrução Musicam Sacram (1967), da Sagrada Congregação dos Ritos, é a síntese, diria perfeita, do que à Música Sacra diz respeito, desde o canto na celebração da missa, passando pela preparação de melodias para os textos em vernáculo, depois a música para instrumental, o Canto no Ofício, etc etc.

O assunto levar-nos-ia ainda a três ou quatro intervenções de São João Paulo II, a uma célebre conferência do Cardeal Ratzinger (mais tarde Papa Bento XVI) em 1985, a uma Nota Pastoral dos nossos bispos por ocasião do Ano Europeu da Música (em novembro de 1985).

E o nosso Papa Francisco, por mais de uma vez, tem insistido que a Música Sacra e Canto Litúrgico devem estar plenamente inculturados nas linguagens artísticas atuais.

Quais os compositores que mais ouve e, desses, que obras prefere?

J.S. Bach é incontornável. Oiço com frequência, por exemplo, a Cantata do Café, cuja ária Hat man nicht mit seinen kindern fez parte do programa do meu exame do Curso Superior de Canto de Concerto, e foi uma das provas de acesso ao Coro Gulbenkian, em novembro de 1974; a Missa em Si m, cujas árias de baixo cantei; e a Paixão Segundo S. João, em que interpretei o papel de Jesus, no Porto, em abril de 1977, quando ainda estagiava em Paris…
Haëndel (O Messias, e Música Aquática); Beethoven (Sinfonias 3, 6 e 9) e a ópera Fidelio, cujo papel de Rocco desempenhei em junho de 1986; Mozart (o Requiem que, enquanto membro do Coro Gulbenkian, cantei no Coliseu em 1975, com gravação para a Erato; a Sinfonia nº 40, etc etc); Haydn (A criação, a Missa de Santa Cecília e a Sinfonia Concertante); Bizet (Carmen); Bramhs (Um Requiem Alemão);Rossini (Stabat Mater); Tchaickowsky (Romeu e Julieta e Francesa da Rimini; Dvorak (Sinfonia nº 9, O Novo mundo); Ravel (Bolero); Rodrigo (Concerto de Aranjuez); Strauss (valsas); Elgar (Concerto para violoncelo).

E muito, muito mais, obviamente.

O que o levou a colecionar livros e discos?

Certamente, e de uma forma geral, o meu gosto pela música, a ligação à Igreja, o meu profissionalismo, a cultura. É claro que tudo se desenrola de acordo com as diversas etapas da vida:

a minha função de professor de Música (além de outras disciplinas) no seminário menor, após a minha formação, e o começo dos meus estudos no Conservatório;

a minha transição para a vida pastoral, durante 3 anos;

a minha ida para Lisboa para concluir o curso Superior, do Conservatório, e a minha curta passagem pela Fundação Gulbenkian;

o meu estágio de dois anos em Paris, concluído com 2 meses em Itália;

o começo e a continuação da minha carreira lírica no Teatro Nacional de São Carlos;

os 3 anos pós-São Carlos em que continuei a minha carreira;

o abraçar de novo projeto: “trabalhar” um coro inserido numa missão pastoral na Paróquia dos Anjos (Lisboa), a minha Paróquia, a partir de 1997 e, posteriormente, de 2003 a 2016, na capela do Palácio da Bemposta (Academia Militar);

e porque não dizê-lo, as minhas viagens de automóvel, algumas longas, nos anos 70 e daí para cá, para já não falar da minha própria casa…

Como vê, são muitas as etapas e as circunstâncias em que procurei estar sempre em dia e dentro das exigências das mesmas. Livros, discos, cassetes, CDs, DVDs eram verdadeiros instrumentos de trabalho, de cultura, de ocupação, de prazer…

Julgo ter sintetizado as razões da minha importante biblioteca e discoteca, das quais progressivamente e criteriosamente, me vou voluntariamente desfazendo.

Antes da sua formação académica no conservatório, que lugar tinha a música erudita no seu papel de formador no seminário?

Além de renovar completamente o repertório de cânticos religiosos que vinha de há longos anos (o que supunha rodear-me de bom material), comecei a interessar-me por vozes maravilhosas que os discos faziam chegar até nós (Mario Lanza, Luis Mariano, Alfredo Krauss etc, e por orquestras excecionais que nos traziam as mais belas melodias clássicas, canções famosas, música de filmes históricos…

Tive sempre a preocupação de partilhar com os meus jovens alunos algum desse maravilhoso mundo musical… Era importante para a educação da sua sensibilidade, dos seus gostos, da sua cultura.

Lembro-me, e muitos ex-alunos (quer do seminário, quer do ensino público) se recordarão de ter dado a ouvir, entre outras obras, uma pequena peça do compositor russo Alexander Borodine. Tratava-se de Nas estepes da Ásia Central. Era a caravana que surgia ao longe, a marcha dos camelos, a intensidade instrumental que “subia” a anunciar a chegada da caravana, a permanência no terreno, o retomar da marcha, os sons que se iam extinguido… até a caravana se perder de vista!… Era tudo tão belo, tão claro! Apaixonante!… O interesse era enorme. Os alunos começavam a compreender que a música tem um sentido, um conteúdo, uma intenção, uma finalidade, uma expressão!
O mesmo sucedeu com outras obras, como o Hino da Alegria, da IX Sinfonia de Beethoven! Etc etc.

Mas adverti-os sempre para que nada disto desviasse a atenção do essencial da sua formação!…

Em três palavras como se caracteriza a si mesmo?

Persistente! Perfecionista! Brioso!

Lisboa, 19 de março de 2018

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JOSÉ DE FREITAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Um barítono que é crítico de si próprio

Correio da Manhã, 28 de abril de 1986

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De padre a cantor principal de ópera no Teatro São Carlos

Diário de Notícias do Funchal, 11 de maio de 1986

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José de Freitas: de padre a cantor

Correio da Manhã, 02 de agosto de 1987

Solange Azevedo, compositora
Obras de Solange Azevedo

Lista de obras com ligações

Ilustração (2017) – orquestra
Youtube

Tinta da China (2017) – solo de percussão e voz
Soundcloud

Predatismo (2017) – ensemble
Soundcloud

Miniatura Entre Dois Pólos (2018) – percussão e pintura em tempo real
Youtube

Um Ressoar Cêntrico Dourado (2018) – ensemble
Ensemble de Música Contemporânea da ESMAE – “Criação, circulação, registo de áudio e edição de obras de música portuguesa contemporânea, numa perspectiva reflexiva”
Youtube

Traum (2018) – sexteto vocal
Neue VocalSolisten Stuttgart – Academia de Composição Philippe Manoury
Soundcloud

(under)lines (2019) – flauta e percussão
Encomenda Noviga Projekto
Soundcloud

Baby Blues (2019) – música electrónica para interpretação cénica

(re)conhecer (2019) – barítono, saxophone barítono e electrónica
Encomenda de Adriana Oliveira
Soundcloud

confluente (2019) – clarinete em Sib
Inserido no projecto “Agustina: novas leituras, outras metamorfoses”
Soundcloud

stardust dissolution (2020) – flauta, saxofone alto, percussão, violino e violoncelo
Encomenda Hodiernus Ensemble

dew buoyancy (2020) – vibrafone
Encomenda Jonathan da Silva

cá dentro cabe o mundo (2020) – música electrónica e desenho de som
ciclo de poemas em curta-metragem – Exposição Casa dos Crivos

A Torre da Barbela (2020) – piano e recitativo
Encomenda MPMP
Youtube

Reflexões sobre pele (2021) – vídeo e música electrónica

O horizonte que inventaste (2021) – saxofone alto e electrónica
Encomenda de Luís Salomé no âmbito do INCENTIVART

Solange Azevedo, compositora

Solange Azevedo, compositora

Banda Filarmónica de Magueija
Cronologia das Bandas de Música em Portugal

1722

Banda de Música de Santiago de Riba-Ul Oliveira de Azeméis

Banda de Música de Santiago de Riba-Ul

Banda de Música de Santiago de Riba-Ul

Sociedade Filarmónica de Lalim Lamego

A SFL publicou livro com a sua história pela celebração dos seus 300 anos de existência, altura em que estreou a obra Excalibur encomendada a José Alberto Pina.

Sociedade Filarmónica de Lalim

Sociedade Filarmónica de Lalim

1735

Banda de Música de Aboim da Nóbrega

1741

Banda Musical de Figueiredo Arouca

1765

Banda Musical do Pontido (Telões)

1770

Sociedade Artística Musical Fafense Fafe

1771

Sociedade Filarmónica de Mões

1782

Banda Musical de Oliveira

1788

Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima Ponte de Lima

1792

Banda Musical de Monção Monção

1799

Banda Filarmónica de S. Mamede de Ribatua

1800

Banda Musical de Parafita

1803

Banda de Música de Arrifana

1807

Banda de Música da Lixa Felgueiras

1808

Associação Filarmónica União Verridense (Verride)
Banda Recreativa Portomosense Porto de Mós

1809

Filarmónica União Santa Cruz Fundão

1810

Banda de Música de Mateus
Banda Marcial de Bairros

1811

Banda filarmónica Ovarense Ovar

1815

Associação Cultural Desportiva Paulense (Paul)

1816

Associação Cultural Banda de Música de Riba de Ave

1818

Banda de Música da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras Torres Vedras

1820

Associação Filarmónica e Banda Juvenil de Magueija (AFBJM)
Banda Cabeceirense Cabeceiras de Basto
Filarmónica de Santa Comba Dão Santa Comba Dão

1822

Associação Musical de Freamunde Paços de Ferreira

1825

Banda Musical de Arouca Arouca
Sociedade Filarmónica Louriçalense Louriçal

1826

Banda Musical de Loivos
Banda Velha União Sanjoanense São João de Loures

1828

Sociedade Filarmónica de Tinalhas

1830

Associação Filarmónica de Tarouca Tarouca
Banda Musical da Casa do Povo de Vilarandelo
Filarmónica União Sertaginense Sertã
Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer Alcácer do Sal
Sociedade Filarmónica de Vilarchão
Sociedade Filarmónica de Salzedas

1834

Associação Cultural e Recreativa da Cidade de Espinho Espinho
Banda Amizade Aveiro
Banda Musical de Caldas das Taipas (Caldelas)
Banda de Música Bombeiros Voluntários Castro Daire Castro Daire

1835

Associação de Cultura Musical Cetense (Cete)

1836

Filarmónica Gafanhense (Gafanha da Nazaré)
Banda Musical de São Martinho da Gandra

1837

Banda Musical Velha de Barroselas
Banda Marcial de Gueifães da Maia Maia

1838

Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana
Banda Musical da Casa do Povo de Tangil

1839

Banda Musical de Carvalheira

1840

Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro da Encarnação
Sociedade Cubense 1º de Dezembro Cuba
Sociedade Filarmónica Luzitana Estremoz
Banda de Música da Portela (Folhadela)
Associação da Banda de Música da Casa Povo de São Cipriano

1842

Filarmónica Sangianense (São Gião)
Sociedade Filarmónica Figueirense Figueira da Foz
Sociedade Filarmónica Ferreirense Ferreira do Zêzere
ACMA – Associação Cultural Musical de Avintes Vila Nova de Gaia

1843

Banda Musical de Cabreiros

1844

Filarmónica do Crato Crato
Sociedade Musical Nisense Nisa

1845

Banda Marcial de Ancede

1846

Sociedade Musical Estrela da Beira (Santa Marinha e São Martinho)
Banda Triunfo Ribeira Grande
Banda Aliança de Pinho – Vila Maior

1847

Associação Banda de Música de Moreira da Maia Maia

1848

Associação Musical União Filarmónica Maiorquense – U.F.M. Maiorca
Sociedade Filarmónica Incrível Almadense Almada
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense Seixal

1849

Sociedade da Banda Musical de Souto
Associação Filarmónica Cultural Ericeira

1850

Sociedade Musical Banda Lanhelense (Lanhelas)
Sociedade Musical Instrução e Recreio Figueiroense – Filarmónica Figueiroense Figueiró dos Vinhos
Banda Musical de Calvos
Banda Municipal do Funchal Funchal
Sociedade Filarmónica Cartaxense Cartaxo
Associação da Banda de Música de Nogueira

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos.

Contacto

António José Ferreira
962 942 759

1852

Sociedade Filarmónica Palmelense Loureiros Palmela

1853

Banda Filarmónica de Amares Amares
Banda Marcial de Nespereira
Banda Musical Progressiva de Vila Cova à Coelheira

1854

Banda Musical de Amarante Amarante
Sociedade Boa União Alhadense (Alhadas)
Sociedade Filarmónica Fafense Fafe
Sociedade Filarmónica União Popular da Ribeira Seca
Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro Montijo

1855

Associação de Cultura Musical de Lousada

1856

Associação Filarmónica Fidelidade de Aldeia das Dez
Sociedade Filarmónica União e Progresso de Abrigada
Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense (Azeitão)

1857

Banda Música de Seia Seia (São Romão e Lapa dos Dinheiros)

1858

Sociedade Filarmónica Paionense (Paião)
Sociedade Filarmónica Penelense (Penela)
Sociedade Filarmónica Artista Faialense Horta

1859

Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne
Sociedade Filarmónica Carvalhense (Carvalhal)
Banda Musical de Paços de Ferreira Paços de Ferreira

1860

Associação Musical e Cultural de Baltar
Associação Recreativa e Musical de Vilela
Centro Popular dos Trabalhadores da Ribaldeira (Dois Portos e Runa)
Filarmónica Vaguense Vagos

1861

Sociedade Filarmónica Montemorense Carlista Montemor-o-Novo
Filarmónica Eco Edificante Nordeste
Associação Recreativa-Cultural e Musical do Concelho de Sabrosa Sabrosa

1862

Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor Vila Flor
Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho
Sociedade Euterpe Alhandrense (Alhandra)
Filarmónica União Sardoalense Sardoal
Sociedade Filarmónica União Maçaense Mação

1863

Sociedade Musical Odivelense Odivelas
Banda de Música de São João da Madeira São João da Madeira
Sociedade Filarmónica União Pedroguense Pedrógão Grande
Banda de Música da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Zambujal Loures
Banda Recreativa de Bucelas
Sociedade Filarmónica Fraternidade Rural Água de Pau
Sociedade Recreativa Filarmónica Fundação Brasileira (Mosteiros)
Sociedade Filarmónica Lobelhense (Lobelhe do Mato)
Banda Musical de Gondomar Gondomar

1864

Banda Filarmónica de Mogadouro Mogadouro
Sociedade Filarmónica Liberdade Lajense Lajes do Pico
Sociedade Musical Harmónica Furnense (Furnas)
Centro Recreativo e Musical de Outeiro Grande
Sociedade Filarmónica Humanitária Palmela

1865

Sociedade Recreativa e Musical Bingre Canelense (Canelas)
Banda Boa União – Música Velha Manteigas (Santa Maria)
Banda Musical de Freixo de Numão

1866

Sociedade Musical Euterpeu Portalegre
Banda União Musical Pessegueirense Pessegueiro do Vouga
Sociedade de Recreio Filarmónica Avoense (Avô)
Sociedade Filarmónica de Carnaxide
Filarmónica Nossa Senhora das Neves (Relva)

1867

Associação de Instrução e Recreio Angejense (Angeja)
Banda LealdadeVila Franca do Campo (São Miguel)
Sociedade Filarmónica Lira do Norte (Rabo de Peixe)
Sociedade Musical Alegretense (Alegrete)
Filarmónica União de Oliveira do Bairro Oliveira do Bairro
Associação Filarmónica Artística Pombalense Pombal
Sociedade Musical Capricho Setubalense Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

1868

Banda Marcial de Fermentelos
Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja
Sociedade Filarmónica de Covões

1869

Filarmónica União Taveirense (Taveiro)
Sociedade Filarmónica Quiaiense (Quiaios)
Sociedade Filarmónica Clube União Topo (Nossa Senhora do Rosário)

1870

Filarmónica Ressurreição de Mira Mira
Sociedade Filarmónica União Calipolense Vila Viçosa
Sociedade Filarmónica Veirense (Veiros)
Sociedade Filarmónica Bendadense (Bendada)
Sociedade Filarmónica Estrela do Norte (Fenais da Ajuda)
Sociedade Filarmónica União Matense (Chancelaria)
Banda Marcial de Murça Murça

1871

Sociedade Filarmónica União Seixalense Seixal
Sociedade Filarmónica Artística Estremocense Estremoz (Santa Maria e Santo André)
Banda dos Bombeiros Voluntários de Esposende Esposende
Sociedade Filarmónica Benaventense Benavente

1872

Banda Filarmónica 1º de Janeiro Carragozela
Filarmónica de Monte Redondo
Banda Distrital do Funchal Os Guerrilhas Funchal
Banda Municipal de Câmara de Lobos Câmara de Lobos
Sociedade Filarmónica União Arrentelens (Arrentela)
Associação Humanitária e Cultural de Abrunhosa-a-Velha
Sociedade Filarmónica de Cabanas de Viriato
Associação Cultural, Artística Desportiva de Vila Boa de Quires

1873

Filarmónica Recreativa de Aveiras de Cima
Banda Filarmónica de Fornos de Algodres
Sociedade Artística Musical dos Pousos – SAMPPousos
Sociedade Filarmónica Recreio Serretense (Serreta)
Banda Operária Torrejana Torres Novas (Santa Maria, Salvador e Santiago)

1874

Banda Clube Pardilhoense (Pardilhó)
Filarmónica Fraternidade Poiarense Vila Nova de Poiares
Banda Municipal Paulense Paul do Mar
Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (Alverca do Ribatejo)
Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina Tomar
Sociedade Filarmónica União Pedroguense (Pedrógão)

1875

Sociedade Filarmónica Fraternidade de São João de Areias
Sociedade Filarmónica Maceirense (Maceira)
Sociedade Musical de Moçâmedes (São Miguel do Mato)
Filarmónica Gratidão Riotortense (Rio Torto)
Sociedade de Instrução Recreativa Musical Argense

1876

Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva Loulé (São Sebastião)
Sociedade Artística e Musical de Cinfães Cinfães
Associação BMR – Banda Musical Rerizense (Reriz)

1877

Sociedade Filarmónica Recreativa Pataiense (Pataias)
Banda Municipal da Ribeira Brava Ribeira Brava
Sociedade Recreativa Filarmónica Santíssimo Salvador do Mundo (Ribeirinha)
Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio dos Artistas Angra do Heroísmo
Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio de Santa Bárbara
Sociedade Filarmónica Gualdim Pais Tomar
Associação da Banda Musical de Gouviães

1878

Sociedade Artística e Musical Cortesense (Cortes)
Sociedade Recreativa Filarmónica Estrela do Oriente (Algarvia)
Sociedade Filarmónica Recreativa e Musical Vilanovense (Vila Nova de Anços)

1879

Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba Alcácer do Sal
Banda Filarmónica Caseguense (Casegas)
Phylarmonica Ançanense – Associação Musical (Ançã)
Sociedade Recreativa e Musical de Moimenta da Serra
Banda União dos Amigos Capelas
Sociedade Altarense do Sagrado Coração de Jesus (Altares)

1880

Sociedade Filarmónica 10 de Agosto Figueira da Foz
Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra
Filarmónica de Santiago de Marrazes
Banda de Música da Associação dos Bombeiros Voluntários Progresso Barcarenense (Barcarena)
Sociedade Instrução Musical Escolar Cruz Quebradense (Cruz Quebrada)
Sociedade Musical e Desportiva de Caneças
Sociedade Filarmónica Providência (Azeitão)
Banda de Música da Casa do Povo de Moreira do Lima
Sociedade Musical de Arcos de Valdevez Arcos de Valdevez
Sociedade Musical Vouzelense Vouzela

1881

Sociedade Musical Harmonia Pinheirense (Pinheiro da Bemposta)
Filarmónica Instrução e Recreio de Abrunheira
Banda da Escola de Música de Montargil
Banda União Artística de Castelo de Vide Castelo de Vide
Sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense (Flamengos)
Sociedade Filarmónica Unânime Praiense (Praia do Almoxarife)
Sociedade Musical 5 de outubro Aldeia de Paio Pires
Banda Marcial de Cambres
Banda Musical de São Cipriano A Nova (São Cipriano)

1882

Sociedade Filarmónica Ermegeirense Maxial e Monte Redondo
Sociedade Filarmónica Vizelense Vizela
Banda Municipal da Ponta do Sol Ponta do Sol
Associação Sociedade Filarmónica 1º Dezembro de Pragança
Banda de Música de Vila do Conde Vila do Conde

1883

Filarmónica Severense Sever do Vouga
Sociedade Filarmónica Moncorvense Torre de Moncorvo
Banda Harmonia Mosteirens (Mosteiros)
Filarmónica Verdi Cambrense

1884

Cambra Banda de Música de Belmonte Belmonte
Sociedade Filarmónica Maiorguense (Maiorga)
Sociedade União Musical das Fontinhas
Sociedade Velha Filarmónica Riachense (Riachos)
Banda Filarmónica de Ribafeita

1885

Associação Recreativa e Cultural de Sambade
Sociedade União Alcaçovense (Alcáçovas)
Sociedade Musical e Recreativa Obidense Óbidos
Sociedade Musical 3 de Agosto de Marvila
Sociedade Filarmónica Harmonia de São Pedro do Sul São Pedro do Sul

1886

Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense (Olivais)
Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense Reguengos de Monsaraz
Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre
Sociedade Filarmónica Recreativa e Musical União Sebastianense Vila de São Sebastião

1887

Sociedade Artística e Musical Carvalhense (Lavos)
Banda Municipal de Santa Cruz
Sociedade Filarmónica Estrela D’Alva (Santa Cruz)

1888

Filarmónica Idanhense (Idanha-a-Nova)
Associação Social, Cultural, Recreativa e Desportiva de Pínzio
Sociedade Filarmónica Progresso do Norte (Rabo de Peixe)
Sociedade Filarmónica Lira Fraternidade Calhetense (Calheta de Nesquim)
Sociedade Filarmónica União Samorense (Samora Correia)

1889

Banda de Música de Carregosa
Banda Filarmónica Simão da Veiga da Casa do Povo de Lavre
Sociedade Filarmónica União Praiense Praia da Vitória
Sociedade Filarmónica Recreio dos Lavradores Santo Antão
Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (Cova da Piedade)

1890

Banda Filarmónica de Caria
Filarmónica Perovisense Pêro Viseu
Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense (Montelavar)
Associação Recreativa da Banda Marcial Ribeiradiense (Ribeiradio)

1891

Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense (Pedrógão Pequeno)
Ateneu Artístico Vilafranquense Vila Franca de Xira
Banda da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões
Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares
Sociedade Musical Simpatia e Gratidão (Carnaxide)

1892

Associação Filarmónica 25 de Setembro Montemor-o-Velho
Sociedade Filarmónica Catarinense (Santa Catarina)
Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme
Sociedade Musical 2 de Fevereiro (Santar)

1893

Associação Filarmónica Mirandesa Miranda do Douro
Sociedade Filarmónica Vermoilense (Vermoil)
Sociedade Recreativa Musical 1º de Agosto Santa Iriense (Santa Iria de Azoia)
Filarmónica da Imaculada Conceição (Lomba da Fazenda)
Academia Musical 1º de Junho (Lumiar)
Sociedade Filarmónica Oleirense

1894

Sociedade Musical, Recreativa Instrutiva e Beneficente Santanense Santana
Sociedade Musical de Pevidém
Sociedade Musical Sagrado Coração de Jesus (Faial da Terra)

1895

Banda Filarmónica Recreio Faialense Faial
Sociedade Filarmónica Incrível Aldeiagrandense (Maxial e Monte Redondo)
Sociedade Estímulo Calheta
Academia Almadense Almada

1896

Filarmónica 15 de Agosto Alfarelense (Alfarelos)
Associação Musical e Recreativa Castanheirense (Castanheira do Vouga)
Filarmónica de Chãs Regueira de Pontes
Banda de Música de Belinho
Banda Municipal de Machico Machico
Sociedade Recreativa e Musical de Vila Franca do Rosário
Filarmónica Lira do Sul (Ponta Garça)
Sociedade de Instrução Coruchense Coruche
Sociedade Filarmónica Euterpe Meiaviense (Meia Via)
Sociedade Filarmónica Payalvense Manoel de Mattos (Paialvo)
Sociedade Recreio Musical Azinhaguense 1º de Dezembro (Azinhaga)
Sociedade Filarmónica União Agrícola (Pinhal Novo)
Filarmónica de Mortágua Mortágua

1897

Associação Recreativa Filarmónica Popular Manteiguense – Música Nova Manteigas (São Pedro)
Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures Loures
Sociedade Filarmónica Lousanense Lousã
Sociedade Filarmónica Lira Madalense Madalena
Sociedade Filarmónica União Faialense Angústias
Banda Filarmónica Juvenil do Lar Escola de Santo António Viseu

1898

Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Carviçais
Banda Musical Flor da Mocidade Junqueirense (Junqueira)
Sociedade Filarmónica de Vieira do Minho Vieira do Minho
Sociedade Filarmónica Alcanedense (Alcanede)

Sociedade Filarmónica Operária Amorense (Amora)
Sociedade Imparcial 15 de Janeiro
Sociedade Musical União, Recreio e Sport Sineeense Sines

1899

Banda de Música de Loureiro
Filarmónica Recreativa Cortense (Cortes do Meio)
Sociedade Filarmónica Barranquense Barrancos
Sociedade Artística Musical 20 de Julho de Santa Margarida do Arrabal (Arrabal)
Sociedade Musical União Paredense (Parede)

1900

Sociedade Recreativa Musical Trafariense (Trafaria)
Banda de Música dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo Ílhavo
Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Nova Aliança Velas
Sociedade Filarmónica Lealdade União Ribeirense (Ribeira Branca)
Banda Musical de São Pedro da Cova

1901

Centro Cultural Azambujense Azambuja
Sociedade Recreativa Musical de Carcavelos
Filarmónica Minerva dos Ginetes
Sociedade Artística Tramagalense (Tramagal)
Sociedade Filarmónica de Tibaldinho (Alcafache)

1902

Sociedade Filarmónica de Santa Cruz de Alvarenga
Banda Musical 1º de Maio da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Mirandelenses Mirandela
Associação Desportiva Recreativa e Cultural Filarmónica Varzeense (FILVAR) Vila Nova do Ceira
Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro (Atouguia da Baleia)
Sociedade Filarmónica de Muge Salvaterra de Magos
Sociedade Filarmónica Tondelense Tondela

1903

Sociedade Filarmónica Educação e Beneficência Fratelense (Fratel)
Sociedade Musical de Santa Cecília Aveiro
Banda do Cercal (Gesteira e Brunhós)
Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília Ansião
Círculo Católico de Operários de Barcelos Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro)
Associação Filarmónica de Vilar Seco
Sociedade Filarmónica Lealdade Pinheirense Pinheiro de Ázere

1904

Sociedade Filarmónica União Católica da Serra da Ribeirinha
Filarmónica Recreativa Estrela de Unhais da Serra
Associação Cultural Recreativa de Pinela
Banda Filarmónica do Grupo União e Recreio Azarujense
Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso Póvoa de Lanhoso
Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense (Pontével)

1905

Sociedade Musical Alvarense (Casal de Álvaro)
Filarmónica do Espírito Santo da Casa do Povo de São Bartolomeu (São Bartolomeu de Regatos)

1906

Banda Filarmónica de Vinhais Vinhais
Sociedade Recreativa e Musical Loriguense (Loriga)
Sociedade Filarmónica Vestiarense Monsenhor José Cacella (Vestiaria)
Sociedade Instrução Musical, Cultura e Recreio de A-dos-Francos
Banda Municipal Alterense Alter do Chão
Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral Angra do Heroísmo

1907

Banda Musical e Cultural de Rio de Moinhos
Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense Pampilhosa da Serra
Banda Filarmónica da Casa do Povo de Nossa Senhora de Machede
Sociedade Filarmónica União Montoitense (Montoito)
Banda União Progressista Vila Franca do Campo
Sociedade Filarmónica Recreio dos Pastores

1908

Filarmónica Recreativa Carvalhense
A União de Aldeia de João Pires Sociedade Recreativa e Musical Aldeia de João Pires
Banda Torroselense Estrela de Alva (Torrozelo)

1909

Banda Musical de Fornos – Centro de Cultura e Desporto Fornos
Serrana – Associação Desportiva Cultural e Recreativa de Serra D’El Rei Serra d’El-Rei
Sociedade Filarmónica União Pinheirense – SFUP Loures
Associação Filarmónica União Lapense (Lapa)

1910

Sociedade Filarmónica Vicentina (São Vicente da Beira)
Banda Recreio Camponês Câmara de Lobos
Filarmónica Lira Nossa Senhora Oliveira (Fajã de Cima)
Sociedade Filarmónica Liberdade Cais do Pico São Roque do Pico
Sociedade Filarmónica União Musical Nossa Senhora da Saúde Arrifes

1911

Associação Banda 25 de Março Lamas
Associação Filarmónica de Arganil Arganil
Sociedade Musical Gouveense Pedro Amaral Botto Machado Gouveia

1912

Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Familiar de Lameiras Lameiras (Terrugem)
Sociedade Filarmónica Marcial Troféu Povoação
Sociedade Filarmónica Euterpe Castelo Branco
Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense Grândola

1913

Associação de Cultura e Recreio da Banda Marcial do Vale – Santa Maria da Feira
Associação Filarmónica Rebordelense (Rebordelo)
Sociedade Filarmónica Turquelense (Turquel)
Filarmónica Recreio dos Artistas Santa Cruz da Graciosa

1914

Sociedade Artística Banda de Vale de Cambra Vale de Cambra
Associação Musical de Pocariça
Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo
Associação Filarmónica 1º Dezembro Cultural Artística Vilarense Reis Prazeres Nossa Senhora das Misericórdias
Sociedade Musical Sesimbrense

1915

Banda Filarmónica de Famalicão da Serra (Famalicão)
Sociedade Filarmónica Avelarense (Avelar)
Sociedade Filarmónica União Musical e Cultural Doutor Armas Silveira Santa Cruz das Flores
Sociedade Instrução Musical Rossiense (Rossio ao Sul do Tejo)
Sociedade Musical Mindense (Minde)

1916

Associação Beneficente, Cultura e Recreio da Mamarrosa
Banda Musical de S. Tiago de Lobão
Sociedade Filarmónica Capricho Bejense Beja
Sociedade Filarmónica Lira Corvense Vila do Corvo
Sociedade Musical 1º de Agosto Vila Nova de Gaia

1917

Sociedade Filarmónica União e Progresso Madalense Madalena
Banda de Música de Sanguinhedo Mouçós e Lamares

1918

Sociedade Filarmónica Flor do Alva (Vila Cova de Alva)
Associação Filarmónica da Boa Educação de Vila Cova de Tavares (Várzea de Tavares)

1919

Associação Filarmónica Lyra Barcoucence 10 de Agosto (Barcouço)
Sociedade Filarmónica Recreativa de Pêro Pinheiro
Sociedade Musical Sportiva Alvidense (Alcabideche)
Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense (Samouco)

1920

Sociedade Musical União e Trabalho (Lapas)
Associação Banda Musical de Rio Mau
Filarmónica Pampilhosense Pampilhosa
Banda do Círculo Artístico Musical Safarense (Safara)
Filarmónica Boa Vontade Lorvanense (Lorvão)
Associação Filarmónica Bidoeirense (Bidoeira de Cima)
Banda de Alcobaça Alcobaça
Sociedade Filarmónica Lira do Rosário Lagoa
Sociedade Filarmónica Ereirense (Ereira)
Sociedade Cultural e Recreativa de Vale da Pinta Cartaxo
Banda Musical Casa Povo Santa Marinha do Zêzere

1921

Associação Filarmónica Retaxense (Retaxo)
Sociedade Filarmónica Silvarense (Silvares)
Associação Cultural e Recreativa Banda Nova de Fermentelos
Sociedade Filarmónica União Mourense Moura
Sociedade Filarmónica Lira e Progresso Feteirense (Feteira)
Banda Filarmónica da Casa do Povo da Vila da Marmeleira
Sociedade Filarmónica de Crestuma Crestuma Vila Nova de Gaia

1922

Filarmónica Recreativa Eradense (Erada)
S.I.R – Sociedade de Instrução e Recreio de Paços da Serra
Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva

1923

Sociedade Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília Alvaiázere
Sociedade Filarmónica Os Aliados Sintra
Sociedade Lírica Moitense (Moita dos Ferreiros)
Banda Recreio Espirituense (Santo Espírito)
Lusitânia Club Recreio Velense – Filarmónica Liberdade Velas

1924

Associação Cultural e Recreativa tuna Musical de Anta
Sociedade Musical União Vimieirense Vimieiro
Sociedade Filarmónica 1º de Abril Vimieirense Vimieiro
Sociedade Filarmónica Popular – Banda Musical Castromarinense Castro Marim
Sociedade Cultural Desportiva e Recreativa Filarmónica Ilhense (Ilha)
Sociedade Filarmónica Recreio Musical Ribeirinhense (Ribeirinha)
Banda Musical de Melres

1925

Banda Visconde de Salreu
Sociedade Recreativa e Musical 12 de Abril (Travassô)
Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo Ferreira do Alentejo
Sociedade da Banda Musical de Tavira Tavira (Santa Maria e Santiago)
Sociedade Filarmónica e Recreativa Gaeirense (Gaeiras)
Sociedade União Urzelinense (Urzelina)
Banda de Música da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha Vila Nova da Barquinha
Banda Municipal Flaviense Os Pardais
Sociedade Lírica Moitense (SLM) (Moita dos Ferreiros)

1926

Sociedade Instrução e Recreio de Lares Vila Verde
Associação Recreativa Eixense (Eixo)
Banda Musical de São Martinho de Fajões
Centro Recreativo Amadores de Música Os Leões Moura
Banda Municipal de Santana Santana
Banda Filarmónica do Couto de Dornelas

1927

Academia Recreativa e Musical de Sacavém
Sociedade Musical Recreativa de Alqueidão
Sociedade Filarmónica Monfortense Monforte
Filarmónica Lira Campesina Cedrense (Cedros)

1928

Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro Castro Verde
Sociedade Recreativa e Musical de Póvoa e Meadas
Sociedade Musical, Cultura e Recreio de Paços de Vilharigues (Paços de Vilharigues)

1929

Banda de Música dos Empregados da Companhia Carris de Ferro de Lisboa (Linda- a-Velha)
Banda Musical de S. Martinho do Campo

1930

Banda Filarmónica da Casa do Povo de Penacova Penacova
Banda Filarmónica da Casa do Povo de Cabrela
Sociedade Filarmónica Alpalhoense (Alpalhão)
Sociedade Filarmónica Galveense (Galveias)
Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde
Academia de Música Banda de Ourém (AMBO)
Associação Desenvolvimento Sócio-Cultural Desportivo Vitória-Unidos (AVUCA) (Carregueira)
Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio Carregueirense Vitória (Carregueira)
Associação Filarmónica Cultural, Recreativa e Desportiva de Tarouquela

1931

Grupo Recreativo Mirandense Miranda do Corvo
Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio Lagos
Sociedade Filarmónica de Alvorninha
Sociedade Filarmónica Recreio Nortense Norte Grande
Sociedade Filarmónica Recreio Terreirense (Manadas)
Sociedade Recreio Lajense Lajes
Banda Marcial de Almeirim Almeirim
Sociedade Filarmónica Alpiarcence 1º. de Dezembro Alpiarça

1932

Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense (Amareleja)
Sociedade Filarmónica Goleganense 1º de Janeiro Golegã
Banda de Música de Oliveira de Frades Oliveira de Frades
Clube de Instrução e Recreio Musical de Eira Queimada (Gouviães)
Banda Musical Leverense Lever Vila Nova de Gaia

1933

Associação Cultural do Couto Mineiro do Pejão (Pedorido)
Banda União Musical Paramense (Paramos)
Associação Filarmónica Barrilense (Barril de Alva)
Sociedade Filarmónica Silvense Silves
Associação Recreativa de Nossa Senhora de Fátima do Arco de São Jorge (Arco de São Jorge)

1934

Banda Nova de Barroselas
Banda Municipal Mouranense Mourão
Sociedade Filarmónica Municipal Redondense Redondo
Sociedade Filarmónica Recreio União Praínhense (Prainha)

1935

Sociedade de Recreio União e Progresso Mouronhense (Mouronho)
Filarmónica Municipal Portelense Portel
Sociedade Filarmónica União Rosalense (Rosais)

1936

Associação de Cultura e Recreio Musical 1º de Dezembro
Sociedade de Educação e Recreativa de Vila Verde
Associação Musical Lira do Espírito Santo Maia

1937

Grupo Recreativo e Musical – Banda de Famalicão

1938

Sociedade Filarmónica de Louriçal do Campo
Banda de Soure Soure
Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira
Filarmónica União Popular Luzense (Luz)
Banda Filarmónica Alveguense (Alvega)

1939

Associação Educativa e Recreativa de Góis Góis

1940

Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca
Banda Musical São Vicente de Alfena

1941

Sociedade Familiar Recreativa de Malveira da Serra
Banda Musical de Paço de Sousa

1942

Sociedade Filarmónica Sanjorgense (São Jorge da Beira)
Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense Aljustrel
Sociedade Filarmónica União Assaforense

1943

Banda de Música da Casa do Povo de Ferreiros (Ferreiros de Tendais)

1944

Associação Recreativa Musical Covilhanense Covilhã
Grupo Musical Gesteirense (Gesteira)
Sociedade Musical e Recreativa do Xartinho (Alcanede)

1945

Banda Filarmónica da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vimioso Vimioso
Sociedade Filarmónica São Cristóvão da Caranguejeira

1946

Sociedade Filarmónica do Espinhal
Sociedade Filarmónica do Senhor dos Aflitos de Soutocico (Arrabal)
Sociedade Filarmónica Recreio Santamarense (Santo Amaro)

1947

Banda Comércio e Indústria das Caldas da Rainha Caldas da Rainha – Santo Onofre e Serra do Bouro
Sociedade Progresso Lajense Lajes
Associação da Banda Musical da Póvoa de Varzim Póvoa de Varzim

1948

Banda Recreativa União Pinheirense
Banda Lira das Sete Cidades

1949

Banda de Música de Anadia Anadia
União Filarmónica de A-da-Gorda A-da-Gorda
Sociedade Musical de Santo António (Carvalhal Redondo)

1950

Academia Musical Arazedense (Arazede)

1951

Banda de Música da Trofa Trofa
Banda Academia de Santa Cecília de São Romão

1952

Sociedade Filarmónica de Educação Recreio e Beneficência União Ribeirense (Ribeiras)

1953

Filarmónica União Operária Musical de Nossa Senhora dos Remédios (Fajãzinha)
Sociedade Filarmónica Ouriense Nossa Senhora das Misericórdias

1954

Clube Recreativo da Cruz de Pau

1955

Banda 14 de Janeiro Elvas
Sociedade Filarmónica Recreio Topense (Topo)

1959

Sociedade Filarmónica Comércio e Indústria da Amadora Amadora

1960

Banda Musical de São Tiago de Silvalde

1963

Banda Marcial de Arnoso (Santa Maria de Arnoso)
Associação de Desportos e Recreio O Paraíso Azambuja
Filarmónica União Progresso de Guadalupe

1964

Sociedade Filarmónica Felgarense (Felgar)

1965

Sociedade Recreativa União Castelejense (Castelejo)
Filarmónica da Casa do Povo de São Pedro de Alva
Sociedade Filarmónica União Arraiolense Arraiolos

1966

Grupo Filarmónico de Nossa Senhora das Mercês da Casa do Povo de Feteira

1970

Sociedade Recreativa Biscoitense (Biscoitos)
Sociedade Filarmónica de Serpa Serpa
Banda Musical de Santa Tecla

1971

União Recreativa de Cultura e Desporto de Coina

1972

União Recreativa Musical Pomarense (Pomares)
Sociedade de Recreio e Cultura dos Povos de Galizes e Vendas de Galizes (Nogueira do Cravo)
Banda Municipal do Barreiro Barreiro

1973

Banda Paroquial de São Lourenço da Camacha

1974

Escola de Música da Quinta do Picado Aveiro
Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão Benavente

1975

Zé Pedro Associação Musical Viana do Castelo
Banda Municipal de Valpaços Valpaços

1976

Associação Musical e Cultural de São Bernardo
Banda de Música da Casa do Povo de Campelos
Banda Nossa Senhora da Luz Ponta Delgada

1977

Banda Filarmónica de Bragança Bragança
Banda Filarmónica da Casa do Povo de Alcantarilha
Sociedade Filarmónica de Mira-Sintra Sintra
Banda de Música da Liga dos Amigos de Castelo Novo Algés
Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo Penalva do Castelo

1978

Banda da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alvito Alvito
Associação Recreativa e Cultural da Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espada à Cinta
Associação Filarmónica Vilarinhense (Vilarinho da Castanheira)
Associação Musical de S. Pedro da Torre Valença
Banda Filarmónica de Caminha Caminha
Círculo de Cultura Musical Bombarralense (Bombarral)

1980

Filarmónica da Guia – Associação Artístico-Cultural Guia, Ilha e Mata Moura
Sociedade Filarmónica de Instrução e Cultura Musical de Gançaria
Banda Filarmónica de Sendim
Associação Musical de Pedroso Pedroso Vila Nova de Gaia

1981

Associação Cultural e Recreativa de Lousa
Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Gândara Alhadas
Associação Filarmónica 24 de Junho São Miguel de Machede
Filarmónica do Centro Cultural de Borba Borba
Sociedade Filarmónica Corvalense (Corval)
Orquestra Juvenil Câmara Municipal Ponte de Sôr Ponte de Sor
Escola de Música da Juventude de Mafra Mafra
Banda Musical e Artística da Charneca
Filarmónica Recreio de São Lázaro (Norte Pequeno)

1981

Banda Musical 81 de Ferreirim
Sociedade Filarmónica de Lalim

1982

Associação Cultural e Recreativa de Carapinheira
Banda de Música do Centro Cultural do Alandroal Alandroal
Associação Filarmónica de Faro Faro
Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Pico da Pedra

1983

Associação Cultural Recreativa de Sernancelhe Sernancelhe
Associação Filarmónica, Recreativa e Cultural do Brinço Ala
Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Seixo de Manhoses
Associação Recreativa e Musical 1º de Maio do Catujal
Filarmónica Lira Nossa Senhora da Estrela (Candelária)

1984

Banda da União Mucifalense (Colares)
Associação Social, Recreativa, Cultural e Desportiva de Sobreiro Curvo A-dos-Cunhados e Maceira
Sociedade Recreativa Filarmónica União de São Brás
Associação Filarmónica e Cultural do Entroncamento
Sociedade Filarmónica Instrução, Recreio e Cultura Musical de São Sebastião
Associação Filarmónica, Cultural, Recreativa e Humanitária de Nagoselo do Douro
Associação Musical e Recreativa de Lagares

1985

Filarmónica Popular de Verdelhos
Banda de Música de Izeda
Associação Filarmónica Cultural e Recreativa de Santa Bárbara da Fonte do Bastardo
Conservatório de Música de Santarém Santarém
Associação Cultural e Recreativa de Santiago de Piães

1986

Associação Musical, Cultural e Desportiva Malhadense (Malhada Sorda)
Banda Filarmónica de Pinhel Pinhel
Banda Musical da Casa do Povo de Nossa Senhora da Piedade do Porto Santo Porto Santo
Banda Orquestral de Câmara de Lobos “Os Infantes” Câmara de Lobos
Sociedade Recreativa Filarmónica Nossa Senhora das Vitórias (Santa Bárbara)
Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro (Montalvo)
Associação da Banda de Música de Felgueiras Felgueiras

1987

Associação Musical Nossa Senhora do Livramento (Azueira e Sobral da Abelheira)
Associação Recreativa Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios
Filarmónica de Nossa Senhora do Pilar (Cinco Ribeiras)
Sociedade Recreativa Filarmónica União Artística – SRFUA Santiago do Cacém
Associação Cultural e Recreativa da Torre de Ervededo
Banda Musical de Carrazedo de Montenegro

1988

Associação Recreativa e Musical de Ceira
Sociedade Filarmónica Portimonense Portimão
Associação Musical e Artística Lourinhanense Lourinhã
Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria
Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel (Doze Ribeiras)

1989

União Filarmónica do Troviscal
Banda Filarmónica de Odemira Odemira
Centro de Cultura e Desporto da Banda Juvenil de Gavião Gavião

1990

Orquestra do Clube Cultural e Desportivo de Veiros
Filarmónica de Ervedal da Beira (Ervedal)
Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários de Aljezur Aljezur
Banda Filarmónica da Casa do Povo de São Vicente São Vicente
Banda Filarmónica dos Recreios da Venda Seca (Queluz e Belas)
Associação Cultural Recreativa e Musical da Banda de Música de Carlão (ACRM-BMC)

1991

Banda Musical de Vila Verde da Raia Vila Verde da Raia Chaves

1992

Associação Filarmónica Adriano Soares (Torre de Vilela)
Banda Musical de Rebordondo (Anelhe)

1993

Associação Protectora Amigos do Maçãs (APAM) (Quintanilha)
Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval Cadaval
Associação para o Desenvolvimento Cultural e Social de Marvila
Banda Municipal de Oeiras Oeiras
Banda Juvenil da Câmara Municipal de Nelas Nelas

1995

Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira Vidigueira
Associação Filarmónica Serpinense (Serpins)
Banda Filarmónica da Casa do Povo de Vendas Novas Vendas Novas
Banda Filarmónica Cultural e Recreativa de São Caetano (Chãs)
Banda Filarmónica Mourisquense (Mouriscas)

1997

Banda Filarmónica de Brinches
Orquestra Juvenil da Serra da Estrela Seia (São Romão e Lapa dos Dinheiros)
Orquestra Juvenil da Marinha Grande Marinha Grande

1998

Filarmónica Padroeiro Santo Estevão de Espinhoso (Candedo)
Associação da Juventude Activa da Castanheira
Associação Cultural da Orquestra de Clarinetes de Almada Almada (Cova da Piedade)

1999

Big Band do Município da Nazaré Nazaré
Banda de Música da Casa do Povo da Enxara do Bispo
Casa de Cultura Popular de Outeiro Seco
União Musical Juventude e Amizade da Sobreira Oliveira de Frades

2000

Associação Cultural Sons do Lena Batalha
Juventude Musical Ponterrolense – Associação BJMP (Ponte do Rol)
Sociedade Filarmónica Lira de São Mateus

2001

Associação Musical e Juvenil de Tourais
Associação Cultural Banda Filarmónica de Riodades

2002

Banda Municipal de Alfândega da Fé Alfândega da Fé

2003

Sociedade Artística e Musical da Bajouca
Banda Filarmónica do Caniço e Eiras (Caniço)

2005

Banda Sinfónica Portuguesa Porto

2006

Banda Filarmónica de São Brás de Alportel São Brás de Alportel

2007

Associação Musical de Atalaia Lourinhã
Banda Filarmónica de Estorãos

2009

Associação Cultural e Musical de Salvaterra de Magos Salvaterra de Magos

2011

Associação Musical de Vila Nova de Anha Viana do Castelo

2016

Banda Filarmónica Bombeiros Voluntários de Sousel Sousel

2019

AOCA – Associação Orquestra Clássica de Almodôvar Almodôvar

Banda Filarmónica de Magueija

Banda Filarmónica de Magueija

Gillian Lynne
A criança que não conseguia ficar sentada na escola

Gillian era uma criança de sete anos e não conseguia ficar sentada na escola. Levantava-se constantemente, distraía-se, voava com os pensamentos e não seguia as lições. Os seus professores ficavam preocupados, castigavam-na, repreendiam-na, recompensavam-na…. mas nada. Gillian não sabia ficar sentada e não conseguia ficar atenta.

Quando chegava a casa, a mãe também a castigava e pensava que nada podia com o comportamento da menina. Gillian não só sentia a escola como um lugar de punição, como também sentia a sua própria casa como se fosse um castigo. Sentia-se humilhada e triste. Achava que era diferente e distante de todos os aplausos e louvores.

Um dia, a Mãe de Gillian foi chamada à escola. A senhora, triste, como quem esperava notícias desagradáveis, levou a menina e seguiu para a escola aguardando na sala que lhe fora indicada.

Sem a presença da criança, os professores falaram de uma doença, de um distúrbio evidente da menina, de algo que se passava com Gillian que não era normal e que não lhe permitia aprender.

Entretanto, durante a entrevista, apareceu um antigo professor que conhecia a menina e a sua história. Solicitou a todos os adultos, mãe e colegas, que o seguissem até um quarto, onde tinha deixado Gillian sozinha, dizendo-lhe que tivesse paciência que voltaria num instante. Tinha ligado um rádio velho com música de fundo.

Sem que ela se apercebesse que estava a ser observada, e sentindo-se sozinha na sala, imediatamente se levantou e começou a mover-se para cima e para baixo perseguindo com os pés e coração a música no ar. O velho professor sorriu e, enquanto os colegas e a mãe a olhavam entre o perplexo, o compassivo, o incrédulo,… ele exclamou:

“Vejam, a Gillian não está doente, a Gillian é uma bailarina!”.

Aconselhou, então, a mãe a matriculá-la numa aula de dança e aos colegas disse-lhes que a fizessem dançar de vez em quando nas suas aulas.

A menina foi à sua primeira aula e, quando chegou a casa, só disse à mãe: “São todos iguais a mim, ninguém consegue ficar sentado!”

Dame Gillian Barbara Lynne foi uma bailarina, dançarina, coreógrafa, atriz de teatro e apresentadora de televisão britânica. Recebeu prémios e escreveu livros. Nasceu 20 de fevereiro de 1926, Bromley, Reino Unido e morreu a 1 de julho de 2018, com 92 anos, em Londres, onde tem um teatro com o seu nome.

Gillian Lynne, que começou sua carreira como bailarina clássica, trabalhou em mais de 50 espectáculos entre os quais se destacam as coreografias de dois dos mais famosos musicais compostos pelo britânico Andrew Lloyd Webber: Cats (1981), um espetáculo inspirado nos poemas do escritor inglês T.S. Eliot, e O Fantasma da Ópera (1986), inspirado no romance homónimo de Gaston Leroux.

Cats e O Fantasma da Ópera conquistaram milhões de espectadores em todo o mundo, e ainda estão em cena em Londres, mais de três décadas após sua criação.

(Marion Nugnes, com adaptações, e Agência Lusa)

Gillian Lynne

Gillian Lynne