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Maria do Rosário Bettencourt

Fado

Nascida no seio de uma família de artistas, Maria do Rosário Bettencourt (22 Junho, 1933) sentiu cedo o apelo desta vivência familiar, ainda que, tenha optado por tirar um curso de secretariado. Apesar de ser muito raro ouvir-se Fado na casa dos seus pais, algo a despertou para o género.

Um dia resolve, por iniciativa própria, dirigir-se à Emissora Nacional dizendo que queria cantar. Foi logo recebida e convidada a interpretar o Fado “Vila Franca”. No entanto não acontecesse o percurso desejado e passam alguns meses até que Maria do Rosário Bettencourt volte à Emissora Nacional onde se estreia com 19 anos, ao lado de Fernando Farinha. Aqui, participa nos programas de estúdio, nos Serões para Trabalhadores e outros promovidos quer pela Emissora, quer pela televisão portuguesa.

Maria do Rosário passou também pelo circuito das casas de Fado, destacando-se o “Arreda” em Cascais, a convite do José Pracana, o “Cota D´Armas” e em 1981 integra o elenco da “Taverna do Embuçado” onde esteve a cantar durante dois anos, entre até 1983.

Gravou pelas principais etiquetas; Valentim de Carvalho e Alvorada e diz ter sido acompanhada pelos melhores instrumentistas, tais como Raul Nery, Fontes Rocha, Joel Pina, António Chaínho, José Maria Nóbrega, Raul Silva, José Pracana, entre outros. Maria do Rosário optou sempre por cuidada escolha de repertório e de poemas: Maria Manuel Cid, Lima Brumon, Fernando Pessoa, Camões, Bernardo Torres, são algumas das suas referências.

Em 1974 participa no filme de Fernando Matos Silva, “O Mal Amado”, contracenando ao lado de João Mota e de Maria do Céu Guerra. Maria do Rosário Bettencourt lamenta o afastamento a que foi sujeita após o período do 25 de Abril: “…fiz programas de exterior porque de resto, coisas de estúdio nunca mais fiz..(…)..passavam-me na rádio e só”.

Ao casar-se Maria do Rosário fixa residência em Torres Vedras, razão pela qual se mantêm mais afastada da “dinâmica fadista”, ainda que viva o sonho de voltar a gravar.

Museu do Fado

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