Bernardo Valentim Moreira de Sá

Bernardo Valentim Moreira de Sá

Violino

Bernardo Valentim Moreira de Sá (Guimarães, 14 de fevereiro de 1853 – Porto, 2 de abril de 1924).

Músico, concertista, maestro e professor, consagrou-se como violinista, percorrendo vários países da Europa e América, em tournées com seus amigos Viana da Motta, Pablo Casals e Harold Bauer. Discipulo na Alemanha do eminente violinista Joseph Joachim (que foi director da Escola Superior de Música de Berlim, e discípulo de Schumann e Mendelssohn).

Exerceu funções docentes no ensino secundário (leccionando Português, Francês, Inglês, Alemão, Matemática, Música), vindo a ser até à sua morte Director da Escola Normal do Porto.

Fundou sucessivamente a Sociedade de Concertos, a Sociedade de Música de Câmara, a Sociedade de Concertos “Orpheon Portuense” (a mais antiga sociedade de concertos da Península Ibérica) e o Quarteto Moreira de Sá, com ampla difusão em todo o País.

Deveu-se-lhe também, em grande parte, a organização do Conservatório de Música do Porto, que dirigiu. Deixou publicada uma vasta obra de história e temas de Música (destaque especial para as valiosas obras “A História da Música” e “A História da Evolução Musical”, além da “Teoria Matemática da Música”, elaborada em língua francesa e que foi estudada e comentada com entusiasmo no Congresso Internacional de Música de Paris, em finais do século XIX).

Publicou ainda inúmeros manuais para o ensino, como Selectas e Dicionários de Francês, Português, Inglês e Alemão, ficando célebres as suas “Palestras Musicais”.

Foi condecorado pelo rei D. Luís com a comenda da Ordem de Nª Senhora da Conceição de Vila Viçosa, que, no entanto, modestamente declinou.

Foi amigo pessoal de eminentes personalidades do meio cultural, português e mundial, destacando-se a sua amizade com nomes como Charles Vidor, Leon Sachs, Claude Debussy, Maurice Ravel, Pablo Casals, Harold Bauer, Pablo Sarasate, Guilhermina Suggia, Arthur Rubinstein, Antero de Quental, D. Tomaz de Mello Breyner (Conde de Mafra), e tantas mais.

Era membro honorário de inúmeras sociedades culturais, da Academia das Ciências de Portugal, da Academia Real de Málaga, etc.

Iniciado no ano de 1896 (pela mão de seu grande e particular amigo Viana da Motta, que ali fora iniciado no ano anterior) na loja “Ave Labor”, do Porto, com o nome simbólico de “Beethoven”, atingindo nesse mesmo ano o grau de “Mestre”.

Ribas Músicos, acesso a 11 de março de 2018

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