António Victorino d'Almeida compositor

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António Victorino d’Almeida

Composição

Nascido em Lisboa a 21 de Maio de 1940, António Victorino d’Almeida foi profundamente marcado pelas referências culturais que o ambiente familiar lhe proporcionou: o seu avô paterno, Achilles d’Almeida, era músico amador, poeta, autor e encenador de peças de teatro e Maria Amélia Goulart de Medeiros, de origem açoreana, mãe do Maestro, iniciou uma curta carreira de cantora lírica. Seu pai, o advogado Victorino d’Almeida, incentivou António, filho único, a desenvolver o gosto pela música.

Com tantos ascendentes artísticos, o jovem António começou desde muito cedo a aprender música. Aos cinco anos compôs a primeira obra, mas apesar de ter sido considerado menino-prodígio, teve uma infância «normal». Com sete anos deu a primeira audição e interpretou obras de Mozart e Beethoven, para além de duas peças de sua autoria. Uma crítica da época, no Século Ilustrado, baptiza o pequeno prodígio de “Antonito” e considera “maravilhoso o seu poder de interpretação”.

Victorino d’Ameida frequentou o liceu em simultaneidade com o Curso Superior de Piano no Conservatónio Nacional de Lisboa.Campos Coelho terá sido o professor de música que mais o influenciou. Concluiu o curso com 19 valores e obteve uma bolsa de estudo do Instituto de Alta Cultura para estudar composição em Viena de Áustria, na Academia de Música. Foi aluno do professor austríaco Karl Schiske, e concluiu esta post-graduação com a mais alta classificação dada por aquela escola: a distinção por unanimidade do júri e consequente prémio especial do Ministério da Cultura da Áustria.

Fixou residência em Viena, onde viveu durante duas décadas, sem contudo deixar de fazer visitas regulares ao seu país. Durante sete anos (1974-1981), foi adido cultural da Embaixada Portuguesa em Viena, cargo que lhe valeu uma condecoração atribuída pelo Presidente da República da Áustria. Em 1989, decide entrar na arena política nacional e apresenta a sua candidatura ao Parlamento Europeu como cabeça de lista pelo MPD/CDE, vaga que não chegou a preencher. Victorino d’Almeida leccionou ainda cursos de musicologia na Universidade do Porto e em Tavira.

A sua carreira como concertista entrou algumas vezes em conflito com a actividade de composição e ambas sofrem da dispersão por áreas aparentemente tão distintas como o cinema, a televisão, a escrita e a rádio. Apesar de ter sempre o tempo muito ocupado, António Victorino d’Almeida privilegia sempre a música, pois considera ser essencialmente um compositor e argumenta que a música é o elo de ligação que dá consistência a tudo o que faz. A sua obra é muito vasta e abrange os mais variados géneros musicais, desde a ópera, à musica sinfónica, de câmara, à música para cinema, teatro e fado.

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