Vira da Nazaré
VIRA DA NAZARÉ
Vira da Nazaré expressamente escrito para o filme Maria do Mar. Gravado em Disco Columbia pelo distinto tenor José Rosa e D. Lilia Brandão. Letra de Pereira Coelho. Música de Venceslau Pinto. Lisboa: Edições Musicaes Ao Repertotio economico, s.d.
O FOLCLORE DA NAZARÉ
A originalidade do folclore da Nazaré advém, sobretudo, do forte e bem marcado carácter dos nazarenos.
Dançam o vira – que sendo de origem nortenha ganhou aqui movimentos e características rítmicas únicas – bem como o corridinho (vindo do Algarve e transformado ao ritmo dos nazarenos), com tanta energia que deixa bailadores e assistência sem fôlego.
Dançam e cantam ao mesmo tempo, sem coro ou música gravada, com alegria e graciosidade. Um “bailado” de ritmo e cor.
Dançam descalços, como dançavam, na praia, pescadores e peixeiras, ao som dos rudimentares instrumentos usados nas festas da classe piscatória – que à falta de melhor, tocavam com duas pinhas, uma garrafa com garfos e um cântaro de barro batido com um abanador – aos quais, posteriormente, foram juntando o harmónio, a concertina (e depois o acordeão) e o clarinete, que a tocata utiliza.
As letras e músicas do folclore nazareno reflectem a forte ligação ao mar e à faina da pesca. Na incerteza do futuro, a gente da Nazaré vive com um sorriso nos lábios, desafiando as reviravoltas da vida.
Fonte: Câmara Municipal da Nazaré
MARIA DO MAR
Maria do mar é um drama de José Leitão de Barros, a preto e branco, datado de 1930, com Adelina Abranches, Alves da Cunha, Oliveira Martins e Rosa Maria.
De acordo com a Cinemateca Portuguesa,
“Maria do Mar” é um notável trabalho de integração da paisagem marítima e a vida dos pescadores da Nazaré numa ficção construída à volta do ódio entre duas famílias por causa da morte de um pescador, provocada acidentalmente por outro. Serão os filhos que, com o seu amor, irão reconciliar as famílias. Um belíssimo filme, com imagens surpreendentes.