Coimbra do Choupal
Coimbra (Abril em Portugal)
Coimbra do Choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal,
Ainda…
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda.
Coimbra das canções,
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações
A nu.
Coimbra dos doutores
P’ra nós os teus cantores,
A Fonte dos Amores
És tu.
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição;
O lente é uma canção
E a lua a faculdade…
O livro é uma mulher,
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade.
Coimbra do Choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal,
Ainda…
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda.
Coimbra das canções,
Tão meiga que nos põe
Os nossos corações
A nu.
Coimbra dos doutores
P’ra nós os teus cantores,
A Fonte dos Amores
És tu.
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição;
O lente é uma canção
E a lua a faculdade…
O livro é uma mulher,
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade.
Letra: José Galhardo
Música: Raul Ferrão
Intérpretes: José Barros & Mimmo Epifani
Versão discográfica de José Barros & Mimmo Epifani (in CD “Mar da Lua”, José Barros/Tradisom, 2015)
Versão original: Alberto Ribeiro (in filme “Capas Negras”, de Armando Miranda, 1947) [
Primeira versão discográfica: Alberto Ribeiro (in single 78 r.p.m. “Marco do Correio / Coimbra”, His Master’s Voice/VC, 1947)
Primeira versão sob o título “Avril au Portugal” (letra em francês da autoria de Jacques Larue): Yvette Giraud (in single 78 r.p.m. “Avril au Portugal / Cerisier Rose et Pommier Blanc”, His Master’s Voice, 1950)
Dizem que amor de estudante
[ Vira de Coimbra ]
Dizem que amor de estudante
Não dura mais que uma hora…
Só o meu é tão velhinho
Qu’ inda não se foi embora!
Não dura mais que uma hora…
Fui buscar a bilha e trago-a
Vazia como a levei.
Mondego, que é da tua água?
Que é das preces que eu chorei?
Vazia como a levei.
O estudante de Coimbra
Mora por baixo da ponte;
Por causa das raparigas
Muito sapato se rompe.
Mora por baixo da ponte.
Ó laranjais de Coimbra,
Não torneis a dar laranjas!
Quem comigo as apanhava
Já lá está nessas estranjas.
Não torneis a dar laranjas!
Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)
Intérprete: Real Companhia (in CD “Orgulhosamente Nós!”, Lusogram, 2000)
Versão original [?]: José Afonso (in EP “Balada do Outono”, Rapsódia, 1960; LP “baladas e Fados de Coimbra”, Edisco, 1982; CD “Os Vampiros”, Edisco, 1987, 2006)
Outra versão de José Afonso (in LP “Fados de Coimbra e Outras Canções”, Orfeu, 1981, reed. Movieplay, 1987, 1996, Art’Orfeu Media, 2013)
Coimbra
O fim de tarde em Coimbra
[ Outono à Beira-Rio ]
O fim de tarde em Coimbra
não tem pôr-do-sol igual:
melodia que nos timbra
um tom azul outonal.
Em Outubro Munda é rio
onde a brancura se pinta:
traço azul do casario
numa aguarela distinta.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
No seu olhar de menina
o sol se espelha com graça
no casario da colina
como fogo nas vidraças.
O ventar faz ondular
o poisar no rio da ave:
branda gaivota a adejar
num planar de asas suave.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Letra e música: Jorge Cravo
Intérprete: Jorge Cravo / Quarteto de António José Moreira (in CD “Canções d’uma Cidade e d’um Rio”, Numérica, 2010)
Jorge Cravo