A ouvir, a tocar que tens bom ouvido vais mostrar. A sentir, a cheirar, que tens bom olfato vais mostrar. A tocar, a apalpar, que és bom no tacto vais mostrar. A comer, a mascar, mostra-me que tens bom paladar. A olhar, a piscar, mostra a visão para o teu par.
António José Ferreira ]
Animais
Animais da terra, animais do mar, uns movem-se rápido, outros devagar.
Tartaruga, vai devagar. Tens o tempo todo p’ra chegar. Assim tu não vais transpirar. Tartaruga vai devagar.
Corre lebre, corre lebre, não podes parar. Se não corres para a meta não irás ganhar.
Meloteca, recursos musicais criativos para a infância
Cai a castanha
Cai a castanha, é de quem a apanha; cai a castanhinha, talvez seja minha. É castanha crua, deve ser a tua; esta é bem assada, para a minha amada. Esta é cozida, é boa comida; se é bem descascada, não restará nada.
António José Ferreira ]
Cuida sempre da alimentação
Cuida sempre da alimentação, come sopa, arroz e feijão. Cuida sempre da alimentação, come uvas, pera, melão.
Cuida sempre da alimentação, come truta, polvo, salmão; cuida sempre da alimentação, bebe água até mais não.
António José Ferreira ]
Da abóbora faz melão
Da abóbora faz melão, do melão faz melancia. Faz dança, faz dança, faz dança, ó Maria.
Quem quer dançar melhor, vai à casa do José. Ele pula, ele roda, ele mexe bem o pé.
Trad. do Brasil ]
Eu fui ao Senhor doutor
Eu fui ao senhor doutor, eu fui ao senhor doutor, que me disse que eu tenho um tique, que me disse que eu tenho um tique, eu tenho um tique, eu tenho um tique, tique tique, tique tique.
Eu fui ao Senhor doutor que mandou mexer as pernas… Eu tenho um tique, Eu tenho um tique, tique tique, tique tique. … mexer a anca… … mexa os braços… … mexa os ombros… … mexer a cabeça…
La la, chickalileelo
La la, chickalileelo, la la, chickalileelo.
Quem soube escutar, tocou, quem soube escutar tocou.
Vou escolher para tocar, aquele que sabe escutar,
Quem sabe ouvir e calar, este tambor vai tocar.
Mãezinha
Mãezinha, querida mãezinha, diz quando me levas a passear. A criança pergunta então:
Mãe, quando me levas a passear? A mãe diz, por exemplo:
Domingo! A criança diz com ansiedade:
Ah se já fosse Domingo….
Na segunda
Na segunda, venho à escola; na terça, trago a sacola; na quarta, visto a camisola; na quinta, jogo à bola; na sexta, fecho a escola; no sábado, bebo coca-cola; no domingo, toco viola.
António José Ferreira ]
Ó abre a roda
Ó abre a roda, tingolelé. Ó abre a roda, tingolelá. Ó abre a roda, tingolelé, tingolelé, tingolalá.
Ó fecha a roda…
Ó gira a roda…
Ó bate o pé…
Ó dá um pulo…
Ao pé coxinho…
Ó bate palmas…
Ó dá um abraço…
Trad. do Brasil ]
Ó filho!
Ó filho, lava a cara. Ó pai, eu já lavei. Quando lavaste a cara? Ó pai, eu lavei ontem.
Lavaste, lavas e lavarás. (2 v.)
Ó filho, faz a cama. Ó pai, eu já a fiz. Quando fizeste a cama? Ó pai, eu já fiz ontem.
Fizeste, fazes e farás. (2 v.)
Ó filho, arruma o quarto. Ó pai, já arrumei. Quando arrumaste o quarto? Ó pai, arrumei ontem.
Arrumaste, arrumas e arrumarás. (2 v.)
Ó filho, põe a mesa. Ó pai, eu já a pus. Quando puseste a mesa. Ó pai, eu já pus ontem.
Puseste, pões e porás. (2v.)
Ó filho, come a sopa. Ó pai, eu já comi. Quando comeste a sopa? Ó pai, eu comi ontem.
Comeste, comes e comerás. (2 v.)
Ó filho, lava os dentes. Ó pai, eu já lavei. Quando lavaste os dentes? Ó pai, eu lavei ontem.
Lavaste, lavas e lavarás. (2v.)
António José Ferreira ]
O maestro manda
O maestro manda tocar um ritmo. (2 v.) O maestro manda fazer estalos. (2 v.) O maestro manda bater nos ombros. (2 v.) O maestro manda bater as palmas. (2 v.) O maestro manda bater nas pernas. (2 v.) O maestro manda bater o pé. (2 v.)
Olha o bichinho
Olha o bichinho que está no meio. Deixai-o ‘star, ‘stá a dormir, ‘stá a descansar, vem agora ó bichinho, anda ‘scolher o teu par.
Papá Pinguim
Papá pinguim, papá pinguim, eu sou o papá pinguim, pois sim. e se és um bom filho, vem atrás de mim.
Para a frente, para trás
Para a frente, para trás, é assim que a gente faz. Para trás, para a frente, é assim que faz a gente
Para um lado, para o outro; esta dança sabe-me a pouco. Para baixo, para cima; é a dança da minha prima.
Para cima, para baixo; que em breve damos despacho. Para o lado, ao pé cochinho. Aguenta mais um pouquinho.
Mãos nas ancas a dançar que esta moda vais recordar.
António José Ferreira ]
Saltam castanhas
Salta uma, saltam duas, três castanhas a estalar. Dá-me uma, dá-me duas, dá-me outra p’rò meu par.
António José Ferreira ]
Se eu for doutor
Se eu for doutor, cuidarei bem do Senhor. Se eu for enfermeira, ‘starei sempre à tua beira. Se eu for pianista, vou tocar como um artista. Se eu for costureira, farei roupas de primeira. Se eu for bombeiro, chegarei sempre em primeiro. Se eu for bombeiro, chegarei sempre em primeiro. Se eu cozinheira, farei pratos à maneira.
António José Ferreira ]
Animais
Animais da terra, animais do mar, uns movem-se rápido, outros devagar.
Tartaruga, vai devagar. Tens o tempo todo p’ra chegar. Assim tu não vais transpirar. Tartaruga vai devagar.
Corre lebre, corre lebre, não podes parar. Se não corres para a meta não irás ganhar.
António José Ferreira ]
Tenho uma vassoura
Tenho uma vassoura, vassoura com magia. Ela me transporta de noite e de dia.
Imaginação, imaginação…
Monstros e vampiros e múmias e aranhas; bruxas e fantasmas, e músicas estranhas.
António José Ferreira ]
Uma pipoca
Uma pipoca a estourar numa panela, vem logo outra e começa a responder. Aí começa um tremendo falatório e já ninguém se consegue entender.
É tal o ploc, plo-ploc ploc ploc. É tal o ploc, plo-ploc ploc ploc.
Trad. do Brasil ]
Vamos lá cantar
Vamos lá cantar, rir e festejar. Ao nosso amigo Carlos um abraço vamos dar.
Parabéns! Parabéns! Ao nosso amigo Carlos um abraço vamos dar. Oh yeah! Um abraço! Mais uma vez!
António José Ferreira ]
Vamos parar e escutar
Vamos parar e escutar. Vamos ouvir o João a tocar.
Vamos parar e escutar. Vamos ouvir as meninas a tocar.
Vamos parar e escutar. Vamos ouvir os rapazes a tocar.
Vamos parar e escutar. Vamos ouvir toda a turma a tocar.
António José Ferreira
Vou no carro azul
Vou no carro azul, vou de férias para o sul. Vou no carro azul, vou a casa do Raúl.
Ponho sempre o cinto.
Meto a primeira.
Ando para a frente.
Ando para trás.
Viro à direita.
Viro à esquerda.
Paro no vermelho.
António José Ferreira ]
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A viuvinha está triste Que lhe morreu seu marido Não tem quem lhe aqueça a cama Anda com o sono perdido.
A Senhora Viuvinha Com quem é que quer casar É com o Senhor da Alemanha Ou com o Senhor General.
Eu não quero esses homens Que eles não são para mim Eu sou uma pobre viúva Ninguém tem dó de mim
Tradicional da Madeira ]
Ai, eu entrei na roda
Ai, eu entrei na roda. Ai, eu não sei como se dança. Ai, eu entrei na “rodadança”. Ai, eu não sei dançar.
Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um. Tenho sete namorados só posso casar com um.
Namorei um rapazinho do colégio militar. O diabo do garoto, só queria me beijar.
Todo mundo se admira de a macaca fazer renda. Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda.
Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira. Lá se vai o meu benzinho, de avião para a Madeira.
Essa noite tive um sonho que chupava picolé Acordei de madrugada, chupando dedo do pé.
Tradicional do Brasil ]
Cai, cai, balão
Cai, cai, balão, cai, cai, balão Aqui na minha mão. Não cai, não, não cai, não, não cai, não, Cai na rua do Sabão.
Tradicional do Brasil ]
Ciranda
Ciranda, cirandinha, Vamos todos cirandar. Vamos dar a meia-volta, Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste Era de vidro e quebrou. O amor que tu me tinhas Era pouco e acabou.
Por isso, colega Ana, Entre dentro desta roda. Diga um verso bem bonito, Diga adeus e vá-se embora.
Escravos de Jó
Escravos de Jó Jogavam caxangá. Tira, bota, deixa ficar. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.
Tradicional do Brasil ]
Ó condessa
[ Condessinha de Aragão ]
Ó condessa, ó condessinha, Ó condessa de Aragão, Venho pedir-te uma filha Destas três que aqui estão.
Minhas filhas não as dou, Nem por ouro nem por prata, Nem por sangue de zaragata Que me custou a criar Com a ponta da minha agulha E com o rabo do meu dedal.
Ai que contente que eu vinha, Que triste me vou achar! Pedi a filha à condessa, Condessa não ma quis dar.
Volta atrás ó cavaleiro Se fores homem de bem Entra aqui no meu chiqueiro E escolhe a que for capaz.
Esta quero, esta levo Por seres a minha condessa Que me come o pão da cesta E o vinho da Calheta.
Tradicional da Madeira ]
Olha a Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa
Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá Para me enxugar, ô Iá-iá Esta despedida, ô Iá-iá Já me fez chorar, ô Iá-iá
Vai correndo o lindo anel
Vai correndo o lindo anel, corre, voa, sem parar. Onde está, onde se encontra? Quem o pode adivinhar?!
Quem o pode adivinhar, se é que não adivinhou? Onde pára o lindo anel que da minha mão voou?!
T. Nogueira ]
Vai de galho em galho
Vai de galho em galho Vai de flor em flor Vai de braço dado Vai de braço dado mais o seu amor.
Muito chorei eu num Domingo à tarde Aqui este meu lenço Aqui está o meu lenço que fala a verdade.
Ah, seu ladrão, seu ladrão manjerico Não queiras ficar Não queiras ficar na praia sozito.
Na praia sozito não hei-de eu ficar Eu hei-de ir à roda Eu hei-de ir à roda escolher meu par.
https://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2020/04/cancao-de-roda.jpg400400António Ferreirahttps://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2018/03/Logomarca-MELOTECA-300x86.jpgAntónio Ferreira2020-04-17 15:08:572023-05-02 12:35:49Canções de roda
Clique AQUI para adquirir a coletânea temática “Canta a criança”, partitura (MIDI partilhados).
A barca virou
A barca virou, deixá-la virar. A menina Júlia não sabe remar.
Se eu fosse um peixinho, sabia nadar. Tirava a Júlia do fundo do mar.
A pomba caiu ao mar
A pomba caiu ao mar, a pomba ao mar caiu. A pomba caiu ao mar, agarrei a pomba e lá me fugiu. (bis)
A rola caiu ao rio, a rola ao rio caiu. A rola caiu ao rio, agarrei a rola e lá me fugiu. (bis)
O cuco caiu ao rio, o cuco ao rio caiu. O cuco caiu ao rio, agarrei o cuco e lá me fugiu. (bis)
Trad. adapt. ]
Ai, ai, ai, minha machadinha
Ai, ai, ai, minha machadinha, (bis) quem te pôs a mão sabendo que és minha? (bis)
Sabendo que és minha, também eu sou tua. (bis) Salta machadinha para o meio da rua. (bis)
Lá p’rò meio da rua não hei-de eu saltar. (bis) Eu hei-de ir à roda escolher o meu par. (bis)
As mulheres do monte, quando vão à vila, levam cestos de ovos, galinhas em cima.
Duma vez, a uma, caiu-lhe a cestinha. Quebraram-se os ovos, fugiu-lhe a galinha.
Chegando ao Outeiro: “Pira, pira, pira.” Quanto mais chamava, mais ela fugia.
Trad. ]
Ao belo sol d’oiro
Ao belo sol d’oiro que é loiro balão, já toca o besoiro no seu rabecão.
E logo a compasso a clara cigarra ameiga o espaço, tocando guitarra.
Moscardo esperto zumbindo mais fino ajuda ao concerto tocando violino.
Mosquitos vibrando mil asas inquietas alegram o bando tocando trombetas.
O solo é do grilo, cantor e poeta: Lá baila, ao seu trilo, a flor-borboleta.
E a música erguida p’ra os céus não tem fim! Que festa! Que vida sorri no jardim!
A. M. Couto Viana ]
Barqueiro
Barqueiro, deita o barco ao Mira, barqueiro vamos navegar, mas olha se o barco vira lá no meio do Mira: eu não sei nadar.
Se tu soubesses, amigo, se tu soubesses nadar, deitava-se o barco ao rio, eu e tu, amigo, íamos navegar!
Trad. ]
Bóia
Bóia, bóia binha que faz assim assim Ora agora a costureira a fazer assim, assim.
… cozinheira…
… motorista…
… bombeiro…
Trad. ]
Borboleta do pomar
Borboleta do pomar, poisa aqui, poisa acolá. Quem te pudesse apanhar! Coisa mais linda não há!
Sem cessar, a borboleta bate as asas de cetim, sempre alegre, sempre inquieta, a voar assim, assim.
Helena Maria Maia Malta ]
Castanhas
Castanhas, castanhas, assadinhas com sal, quentinhas, quentinhas, que não te façam mal.
Saltitam, crepitam, toma lá e dá cá. São Martinho sem sol e sem castanhas não há.
Dó ré mi fá sol
Dó ré mi fá sol, olha o caracol. Dó ré mi fá sol, deitadinho ao sol.
A a a a a, quá quá quá quá quá.
E e e e e, mé mé mé mé mé.
I i i i i, Gri gri gri gri gri.
O o o o o, Có có có có có.
U u u u u, glu glu glu glu glu.
Eu queria unir as pedras desavindas
[ Não Me Mintas ]
Eu queria unir as pedras desavindas escoras do meu mundo movediço aquelas duas pedras perfeitas e lindas das quais eu nasci forte e inteiriço
Eu queria ter amarra nesse cais para quando o mar ameaçar a minha proa e queria vencer todos os vendavais que se erguem quando o diabo se assoa
Tu querias perceber os pássaros Voar como o Jardel sobre os centrais Saber por que dão seda os casulos Mas isso já eram sonhos a mais
Conta-me os teus truques e fintas Será que os Nikes fazem voar Diz-me o que sabes não me mintas ao menos em ti posso confiar
Agora diz-me agora o que aprendeste De tanto saltar muros e fronteiras Olha p’ra mim vê como cresceste Com a força bruta das trepadeiras
Põe aqui a mão e sente o deserto Tão cheio de culpas que não são minhas E ainda que nada à volta bata certo eu juro ganhar o jogo sem espinhas
Tu querias perceber os pássaros Voar como o Jardel sobre os centrais Saber por que dão seda os casulos Mas isso já eram sonhos a mais
Letra: Carlos Tê Música: Rui Veloso Intérprete: Rui Veloso (in filme “Jaime”, de António Pedro Vasconcelos, 1999; CD “O Melhor de Rui Veloso”, EMI-VC, 2000)
Lá vai uma
Lá vai uma, lá vão duas, três pombinhas a voar. Uma é minha, outra é tua, outra é de quem a apanhar.
A criada lá de cima é feita de papelão. Quando vai fazer a cama diz assim para o patrão:
Sete e sete são catorze, com mais sete, vinte e um. Tenho sete namorados e não gosto de nenhum.
Na mochila guardei
Na mochila guardei meia dúzia de castanhas. De tão quentes que estão, ‘inda queimo a minha mão!
Vou dá-las ao pai, vou dá-las à mãe, castanhas quentinhas que cheiram tão bem.
O Outono, ao voltar, a todos vai dar castanhas assadas no lume a estalar.
Luiza da Gama Santos ]
No alto daquela serra
No alto daquela serra (2v.) está um lenço, está um lenço a acenar.
‘Stá dizendo viva, viva, (bis) morra, morra, morra quem não sabe amar. (bis)
Trad. ]
Papagaio loiro
Papagaio loiro de bico doirado, leva-me esta carta para o outro lado.
Para o outro lado, Para a outra margem, Papagaio loiro De linda plumagem.
Salta o canguru
Salta o canguru, gosta de saltar. Salta com o filho e com o seu par.
Coça o chimpazé, gosta de coçar. Quando alguém começa, já não quer parar.
Senhora Dona Anica
Senhora Dona Anica venha abaixo ao seu jardim. Venha ver as lavadeiras a fazer assim, assim.
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A Lisete toca trompete
A Lisete toca trompete e o João toca violão. O Heitor toca tambor e a Conceição toca acordeão.
O Albano toca piano e o Albino toca violino. O José toca jambé e o Marcelino toca bombardino.
O Gustavo toca cravo e o Delfim toca flautim. A Maria toca bateria e o Joaquim toca cornetim.
António José Ferreira ]
Come sopa com feijão
Come sopa com feijão mas de gorduras, não abuses, não.
Peixe de rio ou de mar cheira tão bem se a mãe o cozinhar.
Cuida da alimentação, come laranjas, peras e melão.
Ai que bons os cereais! E também gosto de outros vegetais.
Come um ovo por semana. Terão saúde o pai, a mãe a mana.
Come fibras e legumes. Quando cresceres, nunca, nunca fumes.
António José Ferreira ]
Cuida sempre da alimentação
Cuida sempre da alimentação, come sopa, come feijão! Cuida sempre da alimentação, come uvas, pera, melão.
Cuida sempre da alimentação, come truta, polvo, salmão; cuida sempre da alimentação, come alface e agrião.
Cuida sempre da alimentação bebe água de verno ou verão; cuida sempre da alimentação, joga e corre com precaução.
António José Ferreira ]
Este é o nosso dia
Este dia é o nosso dia. Vem, ó pai, ficar comigo. Quero dar-te aquele abraço que se dá ao grande amigo.
Mostra-me aquilo que sabes, vê aquilo que já faço. Para ti tenho um poema com a forma de abraço.
António José Ferreira ]
Disse a professora
Disse a professora ao seu esqueleto: mexe lá o crânio, não sejas obsoleto.
Refrão: Quélè quélè qué lè quélè quélè quélè.
Disse a professora ao seu esqueleto: mexe lá a coluna, não sejas obsoleto, mexe lá o crânio, não sejas obsoleto.
Disse a professora ao seu esqueleto: mexe lá os membros, não sejas obsoleto. Mexe lá a coluna, não sejas obsoleto. Mexe lá a cabeça, não sejas obsoleto.
António José Ferreira ]
Ele não larga o boneco
Ele não larga o boneco, não o larga nunca nem p’ra dormir. Rui, dá descanso ao boneco, ou a tua mãe vai-te proibir.
Ele não larga o boneco, não o larga nunca, nem p’ra estudar. Rui, dá descanso ao teu boneco, ou a professora vai-to confiscar…
António José Ferreira ]
Escola amiga
Escola minha amiga ajuda-me a crescer. Já faço tantas coisas, muitas mais vou fazer.
Com todos os amigos a brincar aprendi. Nos livros, nas estórias, quanto já descobri.
Bate o Verão à porta, leva-me a passear. Quero ouvir as cigarras e as ondas do mar.
António José Ferreira ]
Faz como o Rodrigo
Faz como o Rodrigo. Mostra lá que és amigo.
Faz como o Gonçalo.
Divertido é imitá-lo.
Faz como a Maria
a tocar com alegria.
Faz como o Vicente,
para trás e para a frente.
Faz como o José.
Faz que tocas o jambé.
Faz como o Simão
a tocar acordeão.
Faz como a Andreia,
a calçar a sua meia.
Faz como a Joana
a tocar flauta de cana.
Forte é o teu abraço
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso, ter-te ao meu lado, ó pai, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, ó mãe, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, avô, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, avó, é tudo o que eu preciso.
Foi há muito tempo: História da poluição
Foi há muito, muito tempo, ‘stava a história a começar. Tinham homem e mulher o dia todo p’ra caçar. Ninguém tinha a sua horta nem plantava o pomar. O céu era mesmo azul e o ar bom p’ra respirar.
Foi há muito, muito tempo, ninguém sabia escrever; nem sequer era preciso as florestas abater. O homem não sabia ainda fazer fogo p’ra aquecer; um raio caiu num ramo que logo ficou a arder.
O homem não descansou até fogueiras acender. O fogo chegou à carne e ai que bom era o comer! O homem fazia o fogo mas não o sabia conter. Com incêndios na floresta, fauna e flora a morrer.
Por vezes faltava caça, havia que produzir. E a floresta onde caçara passou a diminuir. Abatia-se uma árvore, outra árvore a seguir. Pouco a pouco, a humanidade começou a poluir.
O homem do vale fez muros p’ra se defender e com pedras criou armas p’ra os animais abater. Com o frio que chegara precisou de se aquecer e usava peles quentes para o corpo proteger. (…)
Começou a polir pedra, fez anzóis para pescar. Dos ossos criou agulhas para a roupa costurar. Já fazia esculturas e gostava de pintar. Tinha arte, inteligência e gostava de tocar.
Com os troncos que rolavam mudou coisas do lugar, coisas grandes e pesadas conseguia transportar. Da roda passou ao carro com animais a puxar; e descobriu o petróleo que tudo veio mudar.
Com o séc’lo XIX, tudo estava a progredir, e o homem já pensava tudo poder conseguir. Os comboios circulando, tanto fumo a subir, e as chaminés das fábricas era sempre a poluir.
As cidades e as vilas ‘stavam sempre a aumentar. Os esgotos e o lixo iam p’ra qualquer lugar. Monumentos escurecem c’o a poluição do ar. Quero um planeta limpo e feliz para habitar.
Hoje tantos são os carros e gazes que há no ar que desejo andar a pé e ter ar p’ra respirar. É tão bom voltar ao campo, ouvir pássaros cantar; o meu sonho é um céu azul e o meu lema, reciclar.
Se quer’s ter muita saúde p’ra correr e p’ra jogar, faz que muita coisa mude, vamos reutilizar. Numa lata, bom tambor escondido pode estar. Só tens de estar bem atento e de experimentar.
António José Ferreira ]
No céu, uma nova luz
No céu, uma nova luz parece fazer sinal e outras estrelas todas tão belas dizem: Feliz Natal!
“Aos homens na terra paz!”, se ouve um anjo a dizer: E vão os pastores ver o Menino que acaba de nascer.
António José Ferreira ]
No mês de junho
No mês de Junho há odores sem par, há manjericos para partilhar e as sardinhas gordinhas a assar o nosso santo nos vêm recordar. E Santo António lá vem passear com o Menino, feliz, a acenar.
No mês de Junho, há cores sem par, verde e vermelho, balões a voar; os bailes enchem de música o ar, e São João vem connosco dançar, e o cordeiro não pode faltar: salta contente, como a celebrar.
António José Ferreira ]
Nas ondas do teu cabelo
Nas ondas do teu cabelo já pesquei duas pescadas. Olha para as ondas do mar, como estão despenteadas.
Guardo o dinheiro no banco, guardo o banco na cozinha. Tenho cem contos de fadas, que grande fortuna a minha.
Com medo que algum ladrão um dia me vá roubar, mandei pôr na minha porta três grossas correntes de ar.
Encomendei um cachorro naquela pastelaria; quem havia de dizer que o maroto me mordia?!
Entrei numa carruagem para voltar à minha terra, enganei-me na estação e desci na Primavera
Luísa Ducla Soares ]
O franganote queria casar
O franganote queria casar com a franga que viu passar. A mãe galinha não deixou, o franganote não gostou.
O franganote foi trabalhar, para a família sustentar. O pai galo já deixou e o franganote se casou.
Que todo o tempo seja de Natal
Que todo o tempo seja de Natal, que todo o ano seja de Natal. Que sempre haja alegria igual à deste dia. Que todos tenham um Feliz Natal.
Que todo o tempo seja de Natal, que todo o ano seja de Natal. Que sempre haja esperança nos sonhos da criança. Que todos tenham um Feliz Natal.
Que todo o tempo seja de Natal, que todo o ano seja de Natal. Que sempre haja amizade, justiça e liberdade. Que todos tenham um Feliz Natal.
António José Ferreira ]
Se queres ter bom coração
Se quer’s ter bom coração, cuida da alimentação.
Se quer’s ter muita saúde,
come fruta amiúde.
Se quer’s ser inteligente,
come peixe como gente.
Se quer’s ser especial,
bebe água natural.
Se quer’s ter a pele fina,
fruta já tem vitamina.
António José Ferreira ]
Sei falar [ Final de Ano ]
Sei falar contigo e escrever em Português, sei dizer “Hello” como se fosse mesmo inglês. Sei fazer as contas de somar e subtrair. Sei como é bonita a palavra dividir.
Refrão: Sei que é muito bom estar aqui: minha vida não é igual sem ti.
Sei fazer ginástica e jogo futebol, sei que há planetas e outros astros como o sol. Sei alguns estilos e figuras musicais, sei que ser amigo vale ainda muito mais.
Sei contar estórias com princesas de encantar, sei dizer os rios que a correr vão para o mar. Sei pintar as flores e arbustos do jardim, sei o que é a urze, o loureiro, o alecrim.
António José Ferreira ]
Uma bruxinha [ Halloween ]
Uma bruxinha andava a varrer com uma lata no rabo a bater. Quanto mais a bruxa varria, mais a lata no rabo batia.
Uma bruxinha andava a voar,
porque adorava a vassoura montar.
Quanto mais a bruxa voava,
mais a vassoura cansada ficava.
Uma bruxinha ‘stava a cozinhar,
com a colher a mexer o jantar.
Quanto mais a bruxa mexia,
mais o cheiro do tacho saía.
https://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2020/04/crianca-na-sala-de-aula.jpg400400António Ferreirahttps://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2018/03/Logomarca-MELOTECA-300x86.jpgAntónio Ferreira2020-04-16 18:14:352021-06-29 12:48:22Festa na Escola
Clique AQUI para adquirir a coletânea “Música a Brincar”, com partitura (MIDI partilhados).
A nossa roda
A nossa roda é tão linda, mata tira lira lira. A nossa roda roda é tão linda, mata tira tira pan.
A nossa inda é mais linda, mata tira lira lira. A nossa roda inda é mais linda, mata tira tira pan.
Então diz lá quem é que queres?, mata tira lira lira. Então diz lá quem é é que queres, mata tira tira pan.
Eu quero a menina Inês, mata tira tira lira. Eu quero a menina Inês, mata tira tira pan.
Então o que é que tu lhe dás, mata tira tira lira. Então o que é que tu lhe dás, mata tira tira pan
Vou dar-lhe uma flor bonita, mata tira tira lira. Vou dar-lhe uma flor bonita, mata tira tira pan.
A pega palrava [ Vozes de animais ]
A pega palrava, a rola gemia, o touro berrava, a ovelha balia.
O pombro arrulhava, a vaca mugia, o burro zurrava, a abelha zumbia.
O tigre bramava, o cachorro latia, o pato grasnava, o porco grunhia.
O rato chiava, o mosquito zunia, o mocho piava, a onça rugia.
Andorinha [ Primavera ]
Andorinha faz o ninho,
Andorinha faz o ninho,
andorinha faz o ninho
nos beirais. (bis)
Já chegou a Primavera,
já chegou a Primavera,
andorinha pelos campos
a voar. (bis)
Borboletas e crianças,
a brincar, a brincar.
Primavera éo o sol
a cantar. (bis)
Primavera é o sol
a cantar.
Primavera é o sol
a cantar.
Madalena Leitão ]
Cá está o cortejo [ Carnaval ]
Cá está o cortejo pronto a desfilar com os mascarados para todos intrigar.
Vestido de chita,
c’roa de metal,
cá está a princesa
da Festa de Carnaval.
Tocam apitos,
batem martelos,
grande algazarra,
que grande chinfrim!
Tocam cornetas,
rufam tambores,
risos, gargalhadas,
viva o Carnaval.
Luiza da Gama Santos ]
Cai a neve
Cai a neve e vem o frio p’ra as pessoas a juntar. Sons de guizos, sons de sinos: é o Natal que está a chegar.
António José Ferreira ]
Coelhinho da Páscoa
Coelhinho da Páscoa, que tens para me dar? Tenho um ovo, dois ovos, e mais um p’ra pintar.
Coelhinho da Páscoa, que tens p’ra oferecer? Tenho um lindo filhote. É fofinho, vais ver.
António José Ferreira ]
Gosto de tocar
Gosto de tocar quando estás a tocar. Gosto de cantar e tocar. Vamos tocar bombo, vamos tocar pratos. Caixa, guizos… Como é bom tocar, tocar!
António José Ferreira ]
Gosto muito de escutar [ Animais ]
Gosto muito de escutar os grilinhos a cantar: gri gri gri gri, gri gri gri gri.
Gosto muito de escutar os patinhos a grasnar: qua qua qua qua, qua qua qua qua qua.
Gosto muito de escutar os gatinhos a miar: miau miau miau miau, miau miau miau miau miau.
Gosto muito de escutar os cachorros a ladrar: béu béu béu béu, béu béu béu béu béu.
António José Ferreira ]
Joga a laranjinha
Joga a laranjinha. Quem tem sede, vai beber e eu vou na roda, tenho o direito a escolher.
No Inverno cai a chuva
e outras vezes um nevão.
Muitas folhas já caíram,
quantos pés as pisarão?
António José Ferreira ]
No jardim um pássaro
No jardim um pássaro estava a cantar. Muita gente ia para o escutar. Quem ‘stava triste, ao voltar, tinha alegria para partilhar.
António José Ferreira ]
O barquinho
O barquinho vai para o mar, leva uma rede p’ra ir pescar. O pescador lá vai a cantar: trai lai lai lai lai lai lai lai lai lai. (2 v.)
O barquinho volta do mar, traz o peixinho fresquinho a saltar e o pescador lá vem a cantar: trai lai lai lai lai lai lai lai lai lai. (2 v.)
O Inverno
O Inverno é mau, traz chuva, traz frio. O Inverno é mau. Que mau é o frio. Mas eu p’ra aquecer, vou saltar, vou correr. O Inverno assim, não é mau p’ra mim.
Pandeireta
Pandeireta, gosto do teu som, das soalhas a entrechocar. Pandeireta, quando oiço o teu som, fico alegre e ponho-me a dançar.
António José Ferreira ]
Para a frente
Para a frente assim, para trás depois. (…)
Para cima assim, p’ra baixo depois. (…)
P’rà direita assim, p’rà esquerda depois. (…)
Para dentro assim, p’ra fora depois. (…)
Piu, piu
Piu piu, diz o pinto de fato amarelo. Piu piu, ‘stá contente a comer farelo. Piu piu, diz o pinto na horta a cantar. Piu piu, diz o pinto sempre a debicar.
Quando vou para o campo,
gosto de brincar,
mas gosto mais de ouvir
o cuco a cantar.
Cucu, cucu,
onde estará metido?
Cucu, cucu,
mas que grande atrevido!
Vitória Reis ]
Quem quer castanhas
Quem quer castanhas quentinhas todas assadinhas no meu assador? Que bom! Quentinhas e boas, todas assadinhas aqui ao calor. Quem as quiser provar, terá que as comprar.
Ignez Mazoni ]
São Martinho
São Martinho traz o sol: adoro o calor do teu Verão. Sem calor, nem as castanhas se assarão. Sem calor nem as castanhas se assarão.
António José Ferreira ]
Trinta dias tem novembro
Trinta dias tem novembro, abril, junho e setembro. Vinte e oito tem só um; todos os mais trinta e um.
Tradicional ]
Vem, vem ouvir [ Outono ]
Vem, vem ouvir no monte ramos a estalar. Vem ouvir as folhas a mexer e o vento a soprar.
António José Ferreira ]
Vem comigo [ Santos populares ]
Vem comigo p’rà rua cantar, vem comigo p’rà rua dançar. Já lá vem a marcha dos santos populares, Rapazes e moças desfilam aos pares.
Mangericos cheirosos, viçosos,
mil fogueiras p’ra irmos saltar.
Vem daí comigo, acende o teu balão.
Viva Santo António, São Pedro e São João.
Luiza da Gama Santos ]
Uma papoila
Uma papoila crescia, crescia, grito vermelho num campo qualquer. (bis) Como ela, somos livres somos livres de crescer. (bis)
Uma criança dizia, dizia: “Quando for grande, não vou combater.” Como ela, somos livres, somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras, parte à conquista do pão e da paz. Somos livres, somos livres, não voltaremos atrás.
Ermelinda Duarte ]
Um pintassilgo
Um pintassilgo passava o dia sem alegria numa gaiola. Queria fugir, queria voar, mas só podia piar, piar.
Mas uma vez a portinhola lá da gaiola ficou aberta. E o pintassilgo logo cantou, bateu as asas, voou, voou!
Dá-me lá o teu abraço Que me aperte como um laço. Deixa esse embaraço que eu não vou roubar-te espaço. És o meu amigalhaço Que me apoia no cansaço, Resistente como aço, Vais comigo passo a passo.
António José Ferreira ]
Catrapás, sim à paz
Catrapás, catrapás.
Não à guerra, sim à paz!
Catrapés, catrapés.
Mostra-me o bom que tu és!
Catrapis, catrapis.
Sou feliz se és feliz!
Catrapós, catrapós.
Ama e cuida dos avós!
Catrapus, catrapus. Para mim és uma luz.
Com as mãos
Com as mãos
Se guia e conduz.
Com as mãos
Se amassa o pão.
Com as mãos
Se acende uma luz.
Com as mãos
Se ajuda o irmão.
Com as mãos
Se dá um aperto.
Com as mãos
Se faz poesia.
Com as mãos
se faz um enxerto.
Com as mãos
Se acena e guia.
António José Ferreira, baseado no poema “As mãos” de Manuel Alegre ]
Comboio da delicadeza
Vem comigo no comboio que se chama Alegria. Quando chegas à escola, de manhã, dizes “Bom dia!”
Vem comigo no comboio
Que se chama Educação.
Diz palavras delicadas
E evita o calão.
Vem comigo no comboio
onde vai o Professor.
Quando queres uma coisa
deves pedir “Por favor!”
Vem comigo no comboio
do menino educado.
Fará toda a diferença
tu dizeres “Obrigado!”
Vem comigo no comboio
Para o Desenvolvimento.
É melhor seres delicado
Do que seres violento.
Vem comigo no comboio Da Sustentabilidade. Equilíbrio no consumo Dá-te mais felicidade.
António José Ferreira ]
Dentro de nós
Dentro de mim, dentro de ti, dentro de nós existe Alguém. Eu sou assim, tu és assim, diferentes, e ainda bem.
Todos dif’rentes, todos iguais, diferentes e iguais.
A escola é minha, a escola é tua, a escola é de todos nós. A trabalhar, a estudar, toda a gente fica a ganhar.
Isabel Carneiro, Brincadeiras Cantadas ]
Lojas
Fazes-me um favor? Vai à peixaria. E eu comprei sardinhas como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à frutaria. E eu comprei laranjas como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à padaria. E eu comprei regueifa como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à confeitaria. E eu comprei bolinhos como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à pizzaria. E eu comprei a pizza como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à charcutaria. E eu comprei fiambre como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à retrosaria. E eu comprei as linhas como a mãe queria.
António José Ferreira ]
Mãos
Uso as mãos para tocar, nunca para magoar. Uso as mãos para acenar nunca para arranhar.
Uso os pés p’ra caminhar,
Nunca p’ra pontapear.
Uso os pés p’ra ir e vir,
Nunca para agredir.
Uso as pernas para jogar, Nunca para rasteirar. Uso a boca p’ra falar, Nunca para ameaçar.
António José Ferreira ]
Mulher
Hoje é dia da grande mulher que ensina, que escreve ou canta, e que esteja ela onde estiver nos apoia, acarinha e levanta.
Hoje é dia da mãe e da mana,
da madrinha, da avó e da tia,
da Matilde, da Bruna e da Ana,
da Filipa, da Inês, da Sofia.
Hoje é dia da minha professora, da doutora e da cabeleireira, da flautista e da compositora, da autarca e da cozinheira.
António José Ferreira ]
Músculos
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Nem sequer eu te sorria.
Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer saudaria.
Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer acenaria.
Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que abraços eu daria?
Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que te ajudaria?
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Gargalhadas não daria!
António José Ferreira ]
No teu lugar
Imagino o que sentes, ponho-me no teu lugar p’ra saber o melhor modo de te poder ajudar.
Imagino como estás
Mesmo que tu não mo digas
E escolho entre as palavras
As que são tuas amigas.
‘Stavas presa no teu corpo, libertou-te o teu sorriso. Com a tua mão na minha aprendi o que é preciso.
António José Ferreira ]
Nomes coletivos
Se eu fosse um músico,
queria-te na minha orquestra.
Se eu fosse um cantor,
queria-te no meu coro.
Se eu fosse um sino,
queria-te no meu carrilhão.
Se eu fosse uma tecla,
queria-te no meu teclado.
Se eu fosse um disco,
queria-te na minha discoteca.
Se eu fosse uma corda
Queria-te no meu encordoamento.
Se eu fosse um soldado,
queria-te no meu batalhão.
Se eu fosse pescador,
Queria-te na minha companha.
Se eu fosse um navio,
queria-te na minha armada.
Se eu fosse um avião,
queria-te na minha esquadrilha.
Se eu fosse um ator,
queria-te no meu elenco.
Se eu fosse um poeta,
queria-te na minha plêiade.
Se eu fosse uma ilha, queria-te no meu arquipélago. Se eu fosse uma serra, queria-te na minha cordilheira.
António José Ferreira ]
Os valores importantes
Os valores importantes
são a ajuda ao amigo,
escutar com atenção
quem está a falar comigo.
Os valores importantes
não são roupa nem dinheiro,
mas cumprir bem as tarefas,
ser honesto e verdadeiro.
Os valores importantes são respeitar os seus pais e tratar bem os amigos, incluindo os animais.
António José Ferreira ]
Palavras mágicas
Mágicas palavras para te saudar: digo “Olá! Bom dia!” depois de acordar.
Mágicas palavras,
boas de dizer:
“muito obrigado”
para agradecer.
Mágicas palavras,
boas de dizer:
digo “com licença”,
se um arroto der.
Mágicas palavras,
boas de dizer:
digo “por favor”,
se algo quero ter.
Mágicas palavras,
boas de dizer:
“olá!”, “boa tarde”
a quem estiver.
Mágicas palavras,
boas de dizer:
“perdão”, ou “desculpe”,
se asneira fizer.
Mágicas palavras, que deves lembrar: digo “Boa noite!” antes de deitar.
António José Ferreira ]
Peixe-palhaço
Peixe-palhaço, ‘stás a nadar. Quem é que escolhes p’ta te adotar.
É quem tiver Tempo p’ra de mim cuidar E precisa de dinheiro Para me alimentar.
António José Ferreira, Brincadeiras Cantadas ]
Quem é amigo
Quem é amigo está para ajudar. Quem é amigo está para apoiar, faz rir e não chorar, e convida p’ra jogar. O amigo é um tesouro: há que o preservar.
António José Ferreira ]
Rimar não custa
Não custa nada
fazer uma rima:
joga com a prima.
Não custa nada
rimar com geleia.
É uma boa ideia.
Não custa nada
rimar com cantiga:
canta se és amiga.
Não custa nada
rimar com cadela:
é brincar com ela.
Não custa nada
rimar com o cão:
é dar-lhe ração.
Não custa nada
rimar com o gato:
é encher-lhe o prato.
Não custa nada
rimar com cavalo:
é saber montá-lo.
Não custa nada
rimar com o burro:
basta ser casmurro.
Não custa nada
rimar com o galo:
basta depená-lo.
Não custa nada rimar com galinha: é fazer canjinha.
António José Ferreira ]
Saber estar na escola
Distraído é que não, pois não se aprende a lição. Ser atento, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Falar sempre é que não pois não se aprende a lição. Levantar o dedo, sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Ter a mesa suja não que isso faz-me confusão. Manter limpa a sala, sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Brigar c’os amigos, não, que até perdes a razão. Ser prestável, isso sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim!
Chamar nomes é que não, ou serás tu malcriadão? Educado, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Fazer troça é que não, que o colega é como irmão. Ajudá-lo, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
António José Ferreira, Brincanto ]
Singular e plural
Singular é apenas um, é ser tão especial como o Dia da Criança, a Páscoa, o Carnaval.
Singular é ser o amigo,
dizer palavra certa,
o beijo de boa noite,
o rádio que te desperta.
Singular é coisa rara,
singular é ser um só
como o sorriso da mãe
ou o bolo da avó.
Singular é não ter “s”
colado ao nosso artigo,
ser colega de escola,
ser a amiga, ser o amigo.
Um presente é singular,
mais do que um já é plural:
prendas, bolas e brinquedos,
e enfeites de Natal.
Um disfarce é singular, singular é o Carnaval; mascarados e caretos, serpentinas é plural.
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A bola bate
A bola bate, bate, ao ritmo da canção. Vai agarrar a bola quem está com atenção.
A bola passa, passa, ao ritmo da canção. Não deixes que a bola escape da tua mão.
António José Ferreira ]
A cabrinha saltou
A cabrinha saltou p’ra cima do rochedo. A cabrinha saltou e nunca teve medo. A cabrinha desceu, não tremeram os seus pés. Cabrinha, que brava que tu és.
O cabrito saltou p’ra cima do rochedo. O cabrito saltou e nunca teve medo. O cabrito desceu, não tremeram os seus pés. Cabrito, que bravo que tu és.
O rebanho saltou p’ra cima do rochedo. O rebanho saltou e nunca teve medo. O rebanho desceu, não tremeram os seus pés. Rebanho, que bravo que tu és.
António José Ferreira ]
A escola
A escola é tua casa e casa dos teus pais, lugar para aprenderes e seres muito mais.
A escola é para amar,
é quase tua mãe.
Aplica o que ela ensina
e vais sentir-te bem.
António José Ferreira ]
Bati à porta do número um
Bati à porta do número um, vi uma foca a beijar um atum.
Refrão: Isto é uma loucura! Isto é uma loucura!
Bati à porta do número dois, vi a jogar uma junta de bois.
Bati à porta do número três, vi um burrinho a falar japonês.
Bati à porta do número quatro, vi uma ovelha a comer do prato.
Bati à porta do número cinco, vi a dançar um ornitorrinco.
Bati à porta do número seis, vi um leão a ditar as leis.
Bati à porta do número sete, vi um besouro a tocar trompete.
Bati à porta do número oito, vi um texugo a correr afoito.
Bati à porta do número nove, um fantasma que não se move.
Bati à porta do número dez, vi um palhaço a tirar cafés.
Dizem as galinhas
Dizem as galinhas: cacaracacá! Dizem as peruas: glu glu glu glu glu!
Dizem os cachorros: ão ão ão ão ão! Dizem os gatinhos: miau miau miau miau miau!
Dizem as ovelhas: mé mé mé mé mé! Dizem as vaquinhas: mu mu mu mu mu!
António José Ferreira ]
Domina
Domina!
Se tu visses o que há,
Domina,
em casa da Salomé,
Domine,
uma tarte de kiwi,
Domini,
e um belo pão-de-ló,
Domino;
mas dele não comes tu,
Dominu.
Domina! Se tu visses o que há, Domine, em casa da Salomé, Domini, uma tarte de kiwi, Domino, e um belo pão-de-ló, Dominu; mas dele não comes tu, Dominu!
António José Ferreira ]
É o cavalo a relinchar
É o cavalo a relinchar e a vaca a mugir. É o gato a miar e o cachorro a latir.
É o burro a zurrar,
e a cigarra a fretenir.
É o touro a berrar
e a abelha a zumbir.
É a pega a palrar,
e a ovelha a balir.
É o pombo a arrulhar
e o porco a grunhir.
É o lobo a uivar
e o tigre a rugir.
É o mocho a piar
e o mosquito a zunir.
António José Ferreira ]
Já fui à China
Já fui à China uma vez! Um, dois, três! Nunca eu vi tanto chinês! Um, dois, três!
De olhos em bico está a Inês!
Um, dois, três!
Nunca ela viu tanto chinês!
Um, dois, três!
Fica espantado um chinês! Um, dois, três! Como é difícil o Inglês! Um, dois, três!
António José Ferreira ]
Quem soube escutar
Quem soube escutar, tocou, quem soube escutar tocou. Escolho para tocar, aquele que sabe escutar, Quem sabe ouvir e calar, este tambor vai tocar.
Listen to my big drum: bang, bang, bang. Listen to my triangle: tang, tang tang. Listen to my trumpet: too too too. Listen to my tambourine: shoo shoo shoo.
Bate as mãos nas pernas
Bate as mãos nas pernas, bate os pés no chão. Bate as mãos nos ombros, dá-me a tua mão.
Nesta casa antiga mora um grande gato. Quem disser o “1” vai tornar-se um rato!
António José Ferreira ]
O rapaz se apaixonou
O rapaz se_apaixonou por uma menina que com ele_estudou.
Foram juntos ao cinema.
Viram uma animação! [ Panda kungfu, ou outro ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de ficção! [ Robô ]
Foram juntos ao cinema.
Viram um bonito drama! [ Choro ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de terror! [ Dizem aú ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de cowboys! [ atirar um laço com corda ]
Foram juntos ao cinema.
Viram ótima comédia. [ Gargalhada ]
Foram juntos ao cinema.
Viram um filme de amor. [ Beijinho ]
O Vasco foi a Angola
O Vasco foi a Angola p’ra ver como era Angola. Que linda que era Angola. América! Angola!
Salsa, salseirinha, ó-i-o-i-ó-ai, assim faz o baterista, assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o pianista,
assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o trompetista,
assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz a maestrina,
assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o organista,
assim, assim, assim. (bis)
António José Ferreira, adapt. ]
Segunda-feira . Dias da Semana
Segunda-feira, que canseira! Terça-feira, que canseira! Quarta-feira, que canseira! Quinta-feira, que canseira! Sexta-feira, que canseira!
Após os cinco dias úteis, declamado:
Sábado não tem feira, nem canseira. Domingo não tem feira nem canseira. Posso descansar na espreguiçadeira, e ficar mais tempo à tua beira.
António José Ferreira ]
Solifá
Solifá, toma leite de manhã. Solirré, come peixe com puré. Solimi, come pera e kiwi. Solidó, não abuses da filhó. Solitu, come carne de peru.
Solifá, minha mãe gosta de chá. Solirré, e o meu pai toma café. Solimi, minha avó come kiwi. Solidó, eu gosto de pão-de-ló. Solitu, diz-me o que comes tu?
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A minha gatinha
A minha gatinha parda inda ontem me fugiu. Quem achou a minha gata? Você sabe? Você viu?
O meu gato amarelo inda ontem me fugiu. Nunca vi gato mais belo. Você sabe? Você viu?
O meu pato-corredor ainda há pouco me fugiu. Diga lá, amigo Heitor. Você sabe? Você viu?
O meu ganso da guiné ainda há pouco me fugiu. Diga lá, amigo André. Você sabe? Você viu?
O meu gato Siamês ainda há pouco me fugiu. Diga lá, amiga Inês. Você sabe? Você viu?
O meu porco vietnamita ainda há pouco me fugiu. Diga lá, amiga Rita. Você sabe? Você viu?
António José Ferreira ]
A nossa roda
A nossa linda roda, mata tira tira ná. (2 v.) A nossa inda é mais linda, mata tira tira ná. (2 v.)
Então quem é que queres?, mata tira tira ná. (2 v.) Eu quero a Inês, mata tira tira ná. (2 v.)
Então o que lhe dás, mata tira tira ná. (2 v.) Vou dar-lhe uma flor, mata tira tira ná. (2 v.)
Tradicional ]
Cuco
Cuco, cuco, oiço a cantar. A Primavera ‘stá a chegar! Vamos todos cantar, dançar.
O Rei D. Dinis
Dinis gostava tanto de cantar e de tocar, (3 v.) de tocar, gostava de tocar.
Dinis gostava tanto de plantar e semear, (3 v.) semear, gostava de semear.
Dinis gostava tanto de mandar e governar, (3 v.) governar, gostava de governar.
António José Ferreira
Diz que uma carochinha
Diz-se que uma vez uma carochinha achou uma jóia varrendo a casinha.
Julgando-se rica
toda se enfeitou
e p’ra arranjar noivo
p’ra janela foi.
Quem se quer casar com a carochinha que já não é pobre e é bem bonitinha?
O porco que passa encantado está. Que comes, ó porco? Do que Deus me dá.
Vai-te embora, porco,
que a ti não quero,
pois melhor marido
do que tu espero.
E o cão que passa encantado está. Que comes, ó cão? Do que Deus me dá.
Vai-te embora, cão,
que a ti não te quero
pois melhor marido
do que tu espero.
O gato que passa encantado está. Que comes, ó gato? Do que Deus me dá.
Vai-te embora, gato,
que a ti não te quero
pois melhor marido
do que tu espero.
E o rato que passa encantado está. Que comes, ó rato? Do melhor que há.
Vem cá, meu ratinho: mais ninguém eu quero que melhor marido do que tu não ‘spero.
Dona Carochinha
e João Ratão
ambos vão à igreja
no Domingo vão.
Mas já na igreja, mulher e marido dão p’la falta enorme do leque esquecido.
Que dirá de nós todos este povinho? vai buscar-me o leque, rico maridinho.
Foi João a casa,
viu o caldeirão.
Foi comer da sopa
por ser um glutão.
Tanto o glutão
do jantar provou
que dentro do tacho
cozido ficou.
Voltou para casa
Dona Carochinha.
Viu o que ao esposo
sucedido tinha.
Viu-se então que a triste
tinha coração
pois ficou chorando
pelo seu João.
Eu perdi o dó da minha viola
Dó Eu perdi o Dó da minha viola Da minha viola eu perdi o Dó. DORMIR é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó, ré Eu perdi o Ré da minha viola Da minha viola eu perdi o Ré. REMAR é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó, ré, mi Eu perdi o Mi da minha viola Da minha viola eu perdi o MI MIAR é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó Ré Mi Fá Eu perdi o Fá da minha viola Da minha viola eu perdi o Fá. FALAR é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó Ré Mi Fá Sol Eu perdi o Sol da minha viola Da minha viola eu perdi o Sol. SONHAR é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Eu perdi o Lá da minha viola Da minha viola eu perdi o Lá. LAVAR é muito bom, é muito bom (2 v.) É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Eu perdi o Si da minha viola Da minha viola eu perdi o Si. SILÊNCIO é muito bom, é muito bom (2 v.)
É bom camarada, é bom camarada, É bom, é bom, é bom (2 v.) É bom!
Eu vou comer
Eu vou comer, comer, comer laranjas e bananas. (2 v.)
Au váu camar, camar, camar laranjas a bananas. (2 v.)
Eu véu quemer, quemer, quemer lerenjes e benenes. (2v.)
Iu viu quimir, quimir, quimer lirinjis i bininis. (2v.)
Ou vou comôr, comôr, comôr loronjos o bononos. (2v.)
Ú vú cumur, cumur, cumur lurunjus e bununus. (2v.)
Foi na loja do mestre André
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um pifarito, tiro, liro, lir’um pifarito,
Ai olá, ai olé, Foi na loja do Mestre André. (bis)
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um pianinho, plim plim plim, um pianinho, tiro, liro, lir’um pifarito.
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um tamborzinho, tum tum tum, um tamborzinho, plim plim plim, um pianinho, tiro, liro, lir’um pifarito,
Foi na loja do Mestre André que eu comprei uma campaínha, tlim tlim tlim, uma campainha, tum tum tum, um tamborzinho, plim plim plim, um pianinho, tiro, liro, lir’um pifarito,
Foi na loja do Mestre André que eu comprei uma rabequinha, Chiribiri-biri, uma rabequinha, tlim tlim tlim, uma campainha, tum tum tum, um tamborzinho, plim plim plim, um pianinho, tiro, liro, lir’um pifarito,
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um rabecão, Chiribiribão, um rabecão, Chiribiri-biri, uma rabequinha, tlim tlim tlim, uma campainha, tum tum tum, um tamborzinho, plim plim plim, um pianinho, tiro, liro, lir’um pifarito.
Grândola
Em cada esquina um amigo,
em cada rosto igualdade,
Grândola, vila morena,
terra da fraternidade.
Terra da fraternidade,
Grândola, vila morena,
em cada rosto igualdade,
o povo é quem mais ordena.
À sombra de uma azinheira
que já não sabia a idade,
jurei ter por companheira,
Grândola, a tua vontade.
Grândola, a tua vontade
jurei ter por companheira,
à sombra de uma azinheira
que já não sabia a idade.
Senhora Dona Anica
Senhora Dona Lara, venha à porta, venha ver. Olhe aquele motorista. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele jardineiro. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele motoqueiro. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele calceteiro. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele varredor. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele sinaleiro. Veja o que ele está a fazer.
Olhe aquele jornalista. Veja o que ele está a fazer.
António José Ferreira, adapt. ]
Havia um atleta
Havia um atleta um atleta havia. Se ele treinasse, corridas venceria.
Havia um motorista, um motorista havia. Se ele trabalhasse, dinheiro ganharia.
António José Ferreira ]
Menina estás à janela
Menina estás à janela com o teu cabelo à lua. Não me vou daqui embora sem levar uma prenda tua.
Os olhos requerem olhos
e os corações corações
e os meus requerem os teus
em todas ocasiões.
Tradicional ]
Hino Nacional de Portugal
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d’amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!
Henrique Lopes de Mendonça ]
Havia um estudante
Havia um estudante, um estudante havia. Se ele estudasse, no exame passaria.
Havia um escritor, um escritor havia. Se ele publicasse, um êxito seria.
Havia um pianista, um pianista havia. Se fosse talentoso um disco gravaria.
António José Ferreira ]
No dia dos namorados
No dia nos namorados, eu peço a São Valentim que abra os teus lindos olhos e volte o teu amor p’ra mim.
Ó malhão
Ó malhão, malhão, que vida é a tua? Comer e beber, ó terrim tim tim, passear na rua.
Ó malhão, malhão, ó malhão do Norte, (bis) quando o mar ‘stá bravo, quando o mar ‘stá bravo faz a onda forte. (bis)
Ó malhão, malhão, ó malhão do Sul, (bis) quando o mar ‘stá manso, quando o mar ‘stá manso faz a onda azul. (bis)
Passa, passa
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) As cozinheiras fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) Os pescadores fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) Os jardineiros fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) Os motoristas fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) Os professores fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Passa, passa, Gabriel, toda a gente passa. (2x) Os pianistas fazem assim. Ai ai ai ai, todo a gente passa.
Que linda falua
Que linda falua que lá vem lá vem. É uma falua que vem de Belém.
Eu peço ao barqueiro que deixe passar, que eu tenho filhinhos, ai, p’ra sustentar.
Então passará, mas alguém ficará. Se não for a mãe, ai, um filho será.
Ribeira vai cheia E o barco não anda. Tenho o meu amor lá naquela banda.
Lá naquela banda, lá naquele lado. Ribeira vai cheia E o barco parado.
Tradicional de Portugal ]
Rola a pombinha
Rola a pombinha lá na janela; vem o pombinho, põe-se atrás dela.
Rola a pombinha lá no poejo; vem o pombinho e dá-lhe um beijo.
Tradicional ]
Rosa branca
Rosa branca ao peito, a todos fica bem. Rosa branca ao peito, a todos fica bem. À menina (Rosa), olaré, melhor que a ninguém. À menina (Rosa), olaré, melhor que a ninguém.
Melhor que a ninguém,
por dentro ou por fora.
Melhor que a ninguém,
por dentro ou por fora.
Quem sabe lá, olaré,
quem ela namora.
Quem sabe lá, olaré,
quem ela namora.
Quem ela namora, quem ela namorou. Quem ela namora, quem ela namorou. O menino (Zé), olaré, a mão lhe apertou. O menino (Zé), olaré, a mão lhe apertou.
Tradicional ]
Salsa, salseirinha
Salsa, salseirinha, ó-i-ó-i-ó-ai, assim faz o carpinteiro, assim, assim, assim.
Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o cozinheiro,
assim, assim, assim.
Tradicional dos Açores ]
São João
São João à minha porta E eu sem ter que lhe dar. Dou-lhe uma caninha verde para por no seu altar.
São João, chora, chora
lágrimas de pedra fina
por lhe fugir uma ovelha
por aquela serra acima.
Tradicional ]
Vai correndo o lindo anel
Vai correndo o lindo anel, corre, voa sem parar. Onde está, onde se encontra? Quem o pode adivinhar?
T. Nogueira ]
Viva os palhaços, viva o Carnaval
Viva os palhaços, viva o Carnaval. Viva a alegria que a ninguém faz mal.
https://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2020/04/cuco-alimentacao-david-kjaer.jpg400400António Ferreirahttps://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2018/03/Logomarca-MELOTECA-300x86.jpgAntónio Ferreira2020-04-16 09:03:462021-06-29 12:49:28Canções da Escola
Clique AQUI para adquirir a coletânea “Canções para as ocasiões”, com partitura (MIDI partilhados).
A árvore
A árvore que planto tem ramos a crescer, (bis) muita sombra p’ra dar, muitas aves p’ra acolher. (2 v.)
A árvore que rego…
A árvore que podo…
António José Ferreira ]
À roda
À roda, à roda, o vento rodopia. Já levanta a saia da menina Maria.
À roda, à roda, o vento assobia. Varreu todas as folhas que pelo chão havia.
À roda, à roda, o vento num tropel arrastou os pardais para o seu carrocel.
À roda, à roda, o vento arrebatou as sementes das plantas e à terra as atirou.
À roda, à roda, até que enfim poisou à espera que nasçam as flores que semeou.
Vá de Roda ]
Brinca com as mãos
Brinca com as mãos e faz como_eu já fiz.
Toca como eu e toca_assim depois.
Dança agora_assim e mexe como eu.
Sente o corpo, assim, e cria novos sons.
António José Ferreira ]
Chego à escola
Chego à escola e digo olá. Olá! Olá! Gosto muito de saudar. Olá! Como está? E na escola descobrimos a alegria de cantar. Pará pá pá.
Venho co’_a mochila às costas. Olá! Olá! Levo_o gosto de saber. Olá! Como está? Faço música tocando: isso é o maior prazer. Pará pá pá.
António José Ferreira ]
Cuida da alimentação
Cuida da alimentação, toma leite, come pão. Cuida da alimentação, come truta e salmão. Cuida da alimentação, come pera e melão. Cuida da alimentação, bebe água até mais não.
António José Ferreira ]
Descasca a castanha
Descasca a castanha muito bem descascadinha. Verás que dentro da casca há outra casca castanha fininha.
Tradicional ]
E boas festas viemos dar
E boas festas, e boas festas nós aqui viemos dar, às senhoras e senhores que estão a escutar.
As janeiras vimos cantar desejando neste dia um bom ano para todos com saúde e alegria.
Vivam todos os professores, vivam os auxiliares. Vivam também os alunos e os seus familiares.
Tradicional ]
Esta pandeireta
Esta pandeireta a quem vou eu dá-la?
Vai ser para a N. que adora tocá-la. (bis)
António José Ferreira ]
Este pandeiro que eu toco
Este pandeiro que eu toco, este que tenho na mão fui pedi-lo emprestado p’ra trazer ao São João.
P’ra trazer ao São João, p’ra trazer à romaria; este pandeiro que eu toco, não é meu, é da Maria.
Trad. Vieira do Minho ]
Eu queria ser o Pai Natal
Eu queria ser o Pai Natal e ter um carro com renas para pousar nos telhados mesmo ao pé das antenas.
Eu queria ser o Pai Natal. (2 v.)
Descia com o meu saco ao longo da chaminé carregado de brinquedos e roupas pé ante pé.
Em cada casa trocava um sonho por um presente. Que profissão mais bonita fazer a gente contente.
Luísa Ducla Soares ]
Feliz Natal
Feliz Natal! (2v.) Para todos um ano especial.
Um presépio, um pinheiro, uma luz no mundo inteiro.
Um Menino, um presente, uma estrela diferente.
António José Ferreira ]
Funga aláfia
Funga aláfia, ashe ashe. Funga aláfia, ashe ashe.
Peace be with you and all these you meet.
Peace be with you and all these you meet.
Em ti eu penso, contigo eu falo.
De ti eu gosto: somos amigos.
Gosto de tocar
Gosto de tocar p’ra te ouvir a cantar. Vamos tocar bombo, vamos tocar pratos, guizos, reque! É tão bom tocar.
António José Ferreira ]
Há na casa um esqueleto
Há na casa um esqueleto, uma vassoura e um gato preto.
Há na casa uma teia, e uma janela aberta à lua cheia.
Há na casa uma aranha e sai do órgão música estranha. Há na casa um vampiro que bebe sangue e come um diospiro.
António José Ferreira ]
Havia um elefante
Havia um elefante que andava numa savana sem fim. Havia um elefante: tinha uma tromba assim, assim. Tinha uma tromba assim.
Havia um crocodilo na água turva do rio sem fim. Havia um crocodilo: tinha uma boca assim, assim. Tinha uma boca assim.
Havia uma girafa. Comia folhas e não o capim. Havia uma girafa. Tinha um pescoço assim, assim. Tinha um pescoço assim.
Havia uma pantera. Corria alegre por entre o capim. Havia uma pantera. Tinha uma cauda assim, assim. Tinha uma cauda assim.
Havia uma serpente. Gostava de passear no jardim. Havia uma serpente. Tinha uma língua assim, assim. Tinha uma língua assim.
António José Ferreira ]
Leva-me, ó Verão
Leva-me, ó Verão, vamos passear. Vamos de mãos dadas a caminhar.
Quero ir de férias
e aproveitar
para os meus amigos
encontrar
Leva-me, ó Verão, vamos descansar. Vamos para a serra e sentir-lhe o ar!
Leva-me, ó Verão, vamos navegar, passear na praia e mergulhar!
Leva-me, ó Verão, vamos viajar. Vamos de avião sobre o grande mar.
António José Ferreira ]
Lisboa
Lisboa faz surgir, ai, que milagre é aquele? Cantigas a florir num cravo de papel.
Nos arcos enfeitados poisaram as estrelas e há anjos debruçados nos telhados das vielas.
Mãos de mãe
Mãos de mãe são as mais fofas, mãos que sabem acalmar. mãos que fazem a comida e que aprendem tudo para ensinar.
Tuas mãos são as mais fortes, mãos que sabem apoiar, mãos que apontam o caminho para que o meu sonho possa conquistar.
Tuas mãos são divertidas, mãos que gostam de brincar, mãos que agarram quando caio, mãos que vão à frente para abraçar,
mãos que lutam e acreditam, mãos que sabem trabalhar, mãos que abrem uma estória, mãos que neste dia, mãe, quero beijar.
António José Ferreira ]
Na cidade
Na cidade, tantos ruídos! Uns, desagradáveis, outros divertidos.
Na cidade, oiço tantos sons: uns são cansativos e outros muito bons.
Na cidade, oiço sons de sinos, uns são muito grossos, outros são mais finos. Na cidade, posso_ir ao concerto ouvir uma banda e ver os músicos de perto.
Na cidade, oiço, de repente, “golo” no estádio, festa para a gente. Na cidade voz de multidão, grave ou aguda, é um grito de emoção.
António José Ferreira ]
O meu pai
O meu pai sabe ensinar, o meu pai sabe apoiar, o meu pai sabe brincar, o meu pai sabe abraçar. Vou cantar-lhe a canção mais bonita que sei cantar.
António José Ferreira ]
O Senhor Entrudo
O Senhor Entrudo por ser comilão ficou barrigudo como um melão.
Pum tskà pum, a banda a tocar. Pum tskà pum, a escola a desfilar.
Faço palhaçadas
pelo Carnaval.
Se são engraçadas
ninguém leva a mal.
Hoje uma princesa
sai c’o mosqueteiro.
Vai uma chinesa
com o marinheiro.
António José Ferreira ]
Sol de Outono
Sol de Outono, Outono, Outono, Sol doirado, doirado, doirado, Folhas que caem, caem, caem. Leva-as o vento, o vento, o vento.
Lá vão tantas, tantas, tantas, p’ra tão longe, longe, longe, dizendo adeus, adeus, adeus ao sol do Verão, do Verão, do verão.
Luiza da Gama Santos ]
Voltou a Primavera
Voltou a Primavera com prendas p’ra me dar: um campo de papoilas e o cuco a cantar: Cucu, cucu, adoro escutar o cuco entre os ramos no monte a cantar.
Voltou a Primavera com prendas p’ra me dar, um campo de papoilas e um pássaro a cantar: Piu piu, piu piu. Adoro escutar um pássaro entre os ramos na árvore a cantar.
Voltou a Primavera com prendas p’ra me dar: um campo de papoilas e um grilo a cantar: Gri gri, gri gri. Adoro escutar um grilo entre as ervas no prado a cantar.
António José Ferreira ]
Vem o frio
Vem o frio, a geada, e adorava ver nevar. Cai a chuva e o granizo, põe-se o vento a soprar.
Só preciso de um cachecol para eu me enrolar. (bis)
Vem o frio, a geada,
e adorava ver nevar.
Cai a chuva e o granizo,
põe-se o vento a soprar.
Só preciso de um bom casaco
para eu me agasalhar. (bis)
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A cabrinha subiu
[ Canção para crianças ]
A cabrinha subiu p’ra cima do rochedo. A cabrinha subiu e superou o medo.
A cabrinha desceu. Não tremeram os seus pés. – Cabrinha, que brava que tu és!
António José Ferreira ]
A Micas ao cão
[ A Micas do Trapo ]
A Micas ao cão tem-lhe uma afeição como ele fosse gente: quando vai ao lixo, leva sempre o bicho que rosna p’rá gente.
Se vai pedir esmola leva na sacola o comer à certa: quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
Oh! Micas do trapo também és farrapo, farrapo da vida perseguindo em vão sonhos que lá vão na noite perdida!
Esse lixo agora também foi outrora desvelo e carinho, foi rei ao seu jeito, latejou no peito como jorra o vinho.
E nas tuas mãos, dedos bons irmãos procuram, sem fim, coisas de criança onde ainda a esperança não chegou ao fim.
A Micas ao cão tem-lhe uma afeição como ele fosse gente: quando vai ao lixo, leva sempre o bicho que rosna p’rá gente.
Se vai pedir esmola leva na sacola o comer à certa: quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
Letra e música: Armando Estrela Intérprete: Tereza Tarouca (in EP “A Micas do Trapo”, RCA Victor, 1971; 2LP “Álbum de Recordações”: LP 1, Polydor/PolyGram, 1985; CD “Temas de Ouro da Música Portuguesa”, Polydor/PolyGram, 1992)
A minha gatinha parda
[ Canção para crianças ]
A minha gatinha parda inda ontem me fugiu. Quem achou a minha gata? Você sabe? Você viu?
O meu gato amarelo inda ontem me fugiu. Nunca vi gato mais belo. Você sabe? Você viu?
Tradicional de Portugal ]
A pega palrava
[ Canção para crianças ]
A pega palrava, a rola gemia, o touro berrava, a ovelha balia.
Belo concerto com os animais!
O pombo arrulhava, a vaca mugia, o burro zurrava, a abelha zumbia.
O tigre bramava, o cachorro latia, o pato grasnava, o porco grunhia.
O rato chiava, o mosquito zunia, o mocho piava, a onça rugia.
António José Ferreira ]
Agarrei o passarinho
[ O Passarinho ]
Agarrei o passarinho! Agarrei o passarinho antre a treia do centeio. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas com o passarinho alheio.
Sou ferreiro, faço ferro, também faço vergas d’ aço! Faço orelhas a meninos sem medida nem compasso!
Sou poeta, planto versos, também cavo muitas letras! Faço línguas para os bichos pr’a que digam muitas tretas!
Apanhei a joaninha! Apanhei a joaninha antre as folhas de um faval. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas c’a carocha no natal.
Acacei a formiguinha! Acacei a formiguinha antre as pedras do terreiro. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas c’o a trabalhinho alheio.
Sou ferreiro, faço ferro, também faço vergas d’aço! Faço orelhas a meninos sem medida nem compasso! Sou poeta, planto versos, também cavo muitas letras! Faço línguas para os bichos pr’a que digam muitas tretas!
Intérprete: Chulada da Ponte Velha
Alentejo quando canta
[ Eu Ouvi o Passarinho ]
Alentejo quando canta Peito dado à solidão Traz a alma na garganta E o sonho no coração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou Alentejo, terra rasa Toda coberta de pão As suas espigas doiradas Lembram mãos em oração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou
Alentejo quando canta Peito dado à solidão Traz a alma na garganta E o sonho no coração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou Alentejo, terra rasa Toda coberta de pão As suas espigas doiradas Lembram mãos em oração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou
Letra e música: Popular (Alentejo) Intérprete: Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel (in EP “Cantes de Portel”, Orfeu/Rádio Triunfo, 1984; CD “Cantares Regionais de Portel”, Lusosom, 1993; CD “25 Anos a Cantar Portel”, Ovação, 2004; CD “O Melhor de Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel”, Ovação, 2010)
Alto, alto! A Vaca dá um salto
[ Canção para crianças ]
Alto, alto, a vaca dá um salto! Alto, alto, o burro dá um salto! Alto, alto, o coelho dá um salto! Alto, alto, o animal selvagem dá um salto! Alto, alto, o animal doméstico dá um salto!
As ovelhas
[ Ovelhudas ]
As ovelhas, lá no prado, Terão todas seu pastar, Terão todas seu pastar No que o prado tem p’ra dar; O pasto será de todas, Mas de cada o paladar, Mas de cada o paladar No que o prado tem p’ra dar.
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Bom ou mau ou muito ou pouco, Nada escapa ao seu olhar, Nada escapa ao seu olhar; Param, andam a pastar… E se o prado está pior O seu melhor vão buscar, O seu melhor vão buscar; Param, andam a pastar…
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Lá vai uma, lá vão duas, Todas num só carreirinho, Todas num só carreirinho; Lá vêm, lá vão mansinho… Olham as ervas do chão, Ruminam devagarinho, Ruminam devagarinho; Lá vêm, lá vão mansinho…
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Letra e música: Amélia Muge Intérprete: Segue-me à Capela (in Livro/CD “San’Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher”, Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015)
Chegaram andorinhas
[ Canção para crianças ]
Chegaram andorinhas e não vão parar. Vão fazer o ninho para aos filhos dar.
António José Ferreira ]
Coelhinho da Páscoa
[ Canção para crianças ]
Coelhinho da Páscoa, que tens para me dar. Tenho muita alegria e ternura p’ra dar.
António José Ferreira ]
Coelhinho fofo
[ Canção para crianças ]
Coelhinho fofo, se és meu amigo, traz o teu filhote p’ra brincar comigo.
A Páscoa é uma festa de alegria e cor, com muitas amêndoas e com muito amor.
António José Ferreira ]
Cuco, cuco, oiço a cantar
[ Canção para crianças ]
Cuco, cuco, oiço a cantar. A Primavera está a chegar. Vamos todos saltar, dançar.
Ru ru, ru ru, oiço a cantar. A Primavera está a chegar. Vamos todos saltar, dançar!
António José Ferreira ]
O pulo do Lobo
Dias a fio andou Por andar chegou Em chegando viu E então sorriu A sorrir pensou Por pensar agiu Ao agir falou
“Diz-me andorinha, Deste voo teu, Se é dança ou feitiço, Se me emprestas a vertigem Dessa queda livre Do teu voo raso Desse baile alado, Sim?”
E saltou, Ao saltar tremeu A tremer subiu Por subir desceu E então caiu, A cair bateu Ao bater sentiu, Ao sentir pensou
“Diz-me andorinha, Sentes como eu? O poder da terra Na torrente, rodopio Estilhaço o corpo Num grito calado Sob um manto de água, Não?”
E voou
Eu vou dançar à tua porta Vou acordar o teu sorriso Quando soprar o vento frio Eu vou deixar-te sem aviso
Vou partir
Eu hei-de ir por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
E voou, Por andar chegou Ao saltar tremeu Em chegando viu E então caiu Ao sorrir pensou Ao bater sentiu Ao agir falou
“Diz-me andorinha, Deste voo teu, Se é dança ou feitiço, Se me emprestas a vertigem Dessa queda livre Do teu voo raso Desse baile alado, Sim?”
E caiu
Eu vou dançar à tua porta Vou acordar o teu sorriso Quando soprar o vento frio Eu vou deixar-te sem aviso
Vou partir
Eu hei-de ir por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
Vou por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
Disse o galo p’rà galinha
[ Canção para crianças ]
Disse o galo p’rà galinha: casemos, ó priminha. Sim, casaremos, mas falta a madrinha. Respondeu a cobra lá da ribeirinha que ela estava pronta para ser madrinha.
– A madrinha já nós temos e mui certa a temos. Agora o padrinho, onde nós iremos?
Respondeu o rato do seu buraquinho que ele estava pronto para ser padrinho.
– O padrinho já nós temos e mui certo o temos; agora o carneiro, onde nós iremos?
Respondeu o lobo lá do seu lobal que ele estava pronto p’rò carneiro dar.
– O carneiro já nós temos e mui certo o temos; agora, ó carneiro, onde nós iremos?
Responde a formiga do seu formigal que ela estava pronta para o trigo dar.
– O pão trigo já nós temos e mui certo o temos; mas a cozinheira, onde nós iremos?
Responde a raposa por ser mais lampeira que ela estava pronta p’ra ser cozinheira.
– Cozinheira já nós temos e mui certa a temos. Não nos falta nada, sim, sim, casaremos!
Tradicional ]
Diz o galo à galinha
[ Canção para crianças ]
Diz o galo à galinha: Casaremos a nossa filhinha.
Casaremos ou não casaremos, mas o noivo, onde o encontraremos? Diz o gato que estava no lar: Eu estou pronto para me casar.
Um bom noivo já nós temos cá. A madrinha donde nos virá? Diz a cabra da sua casinha: Eu estou pronta para ser a madrinha.
A madrinha já nós temos cá. O enxoval, donde nos virá? Diz a aranha do seu aranhal: Eu estou pronta p’ra dar o enxoval.
Enxoval já nós temos cá. Bailarina donde nos virá? Diz a mosca que andava no ar: Eu estou pronta p’ra vir dançar.
Bailarina já nós temos cá. O gaiteiro donde nos virá. Diz o burro do seu palheiro: Eu estou pronto para ser o gaiteiro.
Tradicional ]
Fui aranha coxa
[ Mãos de Aranha Coxa ]
Letra: Daniel Catarino Música: Bicho do Mato Intérprete: Bicho do Mato com Ana Miró (in CD “A Vingança do Bicho do Mato”, Bicho do Mato/Alain Vachier Music Editions, 2016)
Fui aranha coxa na chuva de Verão De pata ao peito, grades no coração Se é que o tenho, sei que a teia é só um lençol Ou talvez enleio tosco de um aranhol Ou teia que virou colcha P’ra mim, aranha coxa
Fui aranha coxa numa teia qualquer Espectadora no processo de envelhecer Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Cabe a vida numa trouxa Pobre aranha coxa!
Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Eu vou tecendo Vou tecendo
Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Ou que alguém varra atrás da porta E eu vire aranha morta
Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Eu vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo…
Gri gri gri, estou cansado de estar aqui
[ Canção para crianças ]
Gri gri gri, ‘stou cansado de estar aqui.
Gri gri gri, vou agora cantar ali.
António José Ferreira ]
No campo vi um grilo
[ Canção para crianças ]
No campo vi um grilo, tiriti grilo, tiriti grilo. Cantava ao desafio, tiriti fio, tiriti fá.
No campo vi um grilo que cantava ao desafio. Cantava ao desafio e fazia gri gri gri.
O bicho da seda, sempre a trabalhar, tece o seu casulo para lá morar.
Que grande surpresa vai acontecer: linda borboleta de lá vai nascer!
O meu pato mandarim
[ Canção para crianças ]
O meu pato mandarim inda ontem me fugiu. Diga lá, amigo Delfim. Você sabe? Você viu?
O meu ganso africano há dois dias me fugiu. Diga lá, amigo Adriano. Você sabe? Você viu?
O meu pombo juvenil há três dias me fugiu. Diga lá, amigo Gil. Você sabe? Você viu?
O meu gato de olho azul há uma semana me fugiu. Diga lá, amigo Raul. Você sabe? Você viu.
António José Ferreira ]
O pato pateta
[ Canção para crianças ]
O pato pateta não sabe cantar. Tem pelo amarelo, não sabe voar.
O pato peludo de pelo doirado tem bico redondo e peito pelado.
O pato patudo de rabo no ar tem penas pequenas e sabe nadar.
Tradicional ]
O rouxinol nasceu na floresta
[ Canção para crianças ]
O rouxinol nasceu na floresta, adora ser livre, adora voar, adora ser livre, adora voar.
O rouxinol nasceu na floresta, adora ser livre, adora cantar, adora ser livre, adora cantar.
António José Ferreira ]
Os alegres passarinhos
Os alegres passarinhos quando cantam na floresta ‘stão c’o bico tico tico quero esta, quero esta.
Os alegres passarinhos quando cantam pelo tojo, estão c’o bico, tico, tico, e as asinhas vão de rojo.
Trad. do Alentejo ]
Palram pega e papagaio
[ Canção para crianças ]
Palram pega e papagaio e cacareja a galinha. Os ternos pombos arrulham, geme a rola inocentinha.
Muge a vaca, berra o touro, grasna a rã, ruge o leão. O gato mia, uiva o lobo, também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo, os elefantes dão urros. A tímida ovelha bala; Zurrar é próprio dos burros.
Regouga a sagaz raposa, brutinho muito matreiro; Nos ramos cantam as aves mas pia o mocho agoureiro.
Sabem as aves ligeiras o canto seu variar: fazem gorjeios às vezes, às vezes põem-se a chilrar.
O pardal, daninho aos campos, não aprendeu a cantar; como os ratos e as doninhas, apenas sabe chiar.
O negro corvo crocita, zune o mosquito enfadonho. A serpente no deserto solta assobio medonho.
Chia a lebre, grasna o pato, ouvem-se os porcos grunhir. Libando o suco das flores, costuma a abelha zumbir.
Bramam os tigres, as onças; pia, pia o pintainho. Cucurica e canta o galo; late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros, o cordeirinho balidos. O macaquinho dá guinchos, a criancinha vagidos.
A fala foi dada ao homem, rei dos outros animais: Nos versos lidos acima se encontram em pobre rima as vozes dos principais.
Pedro Diniz ]
Quando a porta encosta
[ A Pena de um Elefante ]
Quando a porta encosta e se fecha, o teu nome não vai Quero um rosto quente e vago, mas o pecado não sai Espero na noite fria, agora, uns braços sem dono Fico pela casa toda à espera do teu retorno
Abre o guarda-fato e leva aquelas tuas promessas Porque pesam sobre o chão dúvidas descobertas Enchem todo o espaço, sobranceiro e errante Dormem sobre a cama, como a pena de um elefante
E só espero que me acorde Num espirro quase ofegante Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
Numa só pegada marcas o teu território E num céu de lágrimas faço o meu dormitório Sem pousar a alma na minha almofada Sinto a lança em África de maneira errada
E só espero que me acorde Num espirro quase ofegante Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Letra e música: Jorge Roque Intérprete: Jorge Roque (in CD “Às Vezes”, Vidisco, 2013)
Quero um cavalo
Quero um cavalo de várias cores, Quero-o depressa que vou partir. Esperam-me prados com tantas flores, Que só cavalos de várias cores Podem servir.
Quero uma sela feita de restos Dalguma nuvem que ande no céu. Quero-a evasiva – nimbos e cerros – Sobre os valados, sobre os aterros, Que o mundo é meu.
Quero que as rédeas façam prodígios: Voa, cavalo, galopa mais, Trepa às camadas do céu sem fundo, Rumo àquele ponto, exterior ao mundo, Para onde tendem as catedrais.
Deixem que eu parta, agora, já, Antes que murchem todas as flores. Tenho a loucura, sei o caminho, Mas como posso partir sozinho Sem um cavalo de várias cores?
Poema de Reinaldo Ferreira (in “Poemas”, 1960) Recitado por Afonso Dias Também cantado por António Pedro Braga (Orfeu, 1972)
Salto eu
[ Canção para crianças ]
Salto eu, saltas tu, para vermos quem mais salta. Não sou eu, não és tu, quem mais salta é o canguru.
Sou agora uma preguiça
[ Canção para crianças ]
Sou agora uma preguiça que se move devagar. Tenho garras preparadas para às árvores trepar.
Sou cavalo lusitano na lezíria a galopar. Sou feliz porque sou livre, minha voz é relinchar.
Tenho um guizo, tenho um guizo, tenho um guizo a chocalhar. Sou agora a cascavel na floresta a rastejar.
Sou um gato grande e gordo a miar e a bufar. São retráteis minhas garras, uso-as para atacar.
António José Ferreira ]
Tenho alguns amigos
[ Canção para crianças ]
Tenho alguns amigos, deles vou falar. Uns andam depressa outros devagar.
Tartaruga, vai devagar. Tens o tempo todo p’ra chegar. Assim tu não vais transpirar. Tartaruga vai devagar.
Corre lebre, corre lebre, não podes parar. Se não corres para a meta não irás ganhar.
António José Ferreira ]
Tenho um gatinho
[ Canção para crianças ]
Tenho um gatinho que sabe miar. Quando dorme a sesta, põe-se a ronronar.
Tenho um cãozinho que sabe ladrar. Quando vê um gato corre para atacar.
Sou um gato
[ Canção para crianças ]
Sou um gato grande e gordo a miar e a bufar. São retráteis minhas garras, uso-as para atacar.
Sou cavalo lusitano na lezíria a galopar. Sou feliz porque sou livre, minha voz é relinchar.
António José Ferreira ]
Tenho uma galinha pintada
[ Canção para crianças ]
Tenho uma galinha pintada que a minha mãe comprou. É bonita e põe ovos, bom dinheiro ela custou.
Tlim, tlim, tlim, tlão, tenho um realejo que me ganha o queijo, tenho um violão que me ganha o pão.
Já me deram pelo bico uma casa em Machico; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelas patas uma saca de batatas; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelos ossos uma saca de tremoços; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelos pés uma saca de cafés; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Um dia, foi à pesca
[ Canção para crianças ]
Um dia, foi à pesca, (3v), foi fraca a pescaria. (bis)
Pescou um só peixinho, (3v) levou-o à Maria. (bis)
Quando chegou a casa, (3v) ouviu o que não queria. (bis).
– Se fosse um peixe grande, (3v) que almoço não daria. (bis)
– O peixe é pequenino (3 v) e muito cresceria. (bis)
José pegou o balde (3 v), deitou o peixe à ria. (bis)
António José Ferreira ]
Um macaquinho
[ Canção para crianças ]
Um macaquinho gosta de dançar, outro põe-se a imitar. Dancem, macaquinhos, vão ‘scolher um par. Assim é melhor dançar.
Um pinguim convencido
[ Canção para crianças ]
Um pinguim convencido desceu lá do Pólo Norte. Veio de trouxa às costas p’ra tentar a sua sorte. (3 v.)
Ficou todo aborrecido pois começou a suar. Não vinha prevenido para calor suportar. (3 v.)
E trouxe gelo de reserva mas o gelo derreteu. Trouxe peixe de conserva mas o peixe já comeu. (3 v.)
Resolveu p’ra trás voltar pois a lição aprendeu. Cada um deve gostar do cantinho que é seu. (3 v.)
Isabel Sousa ]
Uma raposa estava cansada
[ Canção para crianças ]
Uma raposa estava cansada, tinha a barriga muito vazia. Viu cachos de uvas numa videira, deu logo um salto de tanta alegria.
Bem tentou ela atingir o cacho, mas o cansaço não lho deixava. Indo-se embora, ouviu um barulho, e o cacho de uvas lá continuava.
São uvas verdes – disse a raposa, cheia de fome e desiludida. Foi pelos montes, foi pelos campos, ia sonhando em ter outra vida.
António José Ferreira ]
Vem aí o gato
[ Canção para crianças ]
Vem aí o gato! Deixa lá o queijo! Se não te pões a mexer, o Bigodes te vai ver… Foge lá, ó rato, esquece o teu desejo.
Vi pousado num raminho
[ O Tentilhão ]
Vi pousado num raminho Numa árvore toda em flor Um pequeno passarinho Cantando com muito amor
Era suave e meiguinha A sua linda canção A pequena avezinha Era o lindo tentilhão
E veio-me logo ao sentido Se as penas do tentilhão Teriam elas caído Do meu pobre coração
Julguei mal a ave querida Através do meu pensar Pensei que a sua vida Fosse comer e cantar
Eu não tinha reparado Ali num outro raminho Estava mesmo a seu lado A companheira no ninho
A cuidar dos seus filhinhos Grande espanto foi o meu Quando lhe vi dar beijinhos Como a minha mãe me deu
Tanto trabalho e canseira Teve aquele passarinho Com a sua companheira P’ra fazer ali seu ninho
Vamos todos trabalhar Povo da minha nação Para podermos cantar Como aquele tentilhão
(Constantino José Abreu, “o Caipira”)
Voa
[ Canção para crianças ]
Voa, pica-pau, ter preguiça é mau. Leva-me a conhecer o Norte, pica-pau!
Voa, pega-azul, voa para Sul. Leva-me às férias dos meus sonhos, pega-azul.
Voa, codorniz, vai e sê feliz! Leva-me contigo para Este, codorniz.
Voa, galeirão, vá, não digas não! Leva-me contigo para Oeste, galeirão.
Voa, albatroz, leva-me aos avós. Leva-me p’ra um lado e para o outro, albatroz.
António José Ferreira ]
Voltou a Primavera
[ Canção para crianças ]
Voltou a Primavera com prendas p’ra me dar: um campo de papoilas e um cuco a chamar.
Cucu, cucu, adoro escutar o cuco entre os ramos no monte a cantar.