É Loucura
Sou do fado como sei,
Vivo um poema cantado
Dum fado que eu inventei.
A falar não posso dar-me,
Mas ponho a alma a cantar,
E as almas sabem escutar-me.
Chorai, chorai, poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou!
E se vocês não estivessem a meu lado,
Então… não havia fado
Nem fadistas como eu sou.
Esta voz, tão dolorida,
É culpa de todos vós,
Poetas da minha vida.
“É loucura!”, oiço dizer,
Mas bendita esta loucura
De cantar e de sofrer.
Chorai, chorai, poetas do meu país,
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou!
E se vocês não estivessem a meu lado,
Então… não havia fado
Nem fadistas como eu sou.
E se vocês não estivessem a meu lado,
Então… não havia fado
Nem fadistas como eu sou.
Letra: Júlio de Sousa
Música: Júlio de Sousa (Fado Loucura)
Intérprete: Marta Pereira da Costa
Versão original: Lucília do Carmo (in LP “Recordações”, Decca/VC, 1971, reed. Edições Valentim de Carvalho/Som Livre, 2008; 2LP/CD “O Melhor de Lucília do Carmo”, EMI-VC, 1990; CD “O Melhor de Lucília do Carmo”, Edições Valentim de Carvalho/Iplay, 2008)

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