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Zuleica Saque
Soprano lírico
Zuleica Saque (n. Lisboa 1941) é o nome artístico de uma cantora lírica portuguesa, meia irmã da também cantora lírica Elsa Saque. Iniciou os estudos de canto no Conservatório Nacional de Lisboa e aperfeiçoou os conhecimentos em Palermo e em Florença como bolseira do Instituto de Alta Cultura.
Entre 1975 e 1992 foi cantora residente no Teatro Nacional de São Carlos, e a partir de 1988 lecionou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e da Academia de Música de Santa Cecília.
Com apenas 18 anos ingressou no Coro do Teatro São Carlos, mas só quatro anos depois foi contratada para dois pequenos papéis em “Arabela” e “As Bodas de Fígaro”.
No ano seguinte, ainda em pequenas participações, cantou ao lado de figuras como Régine Crespin e Renata Scotto. Foi então convidada para fazer uma audição no Teatro da Trindade, onde Tomás Alcaide a contratou de imediato. Assim começou uma carreira brilhante, que em Portugal foi dividida entre os dois teatros.
Bolseira do então “Instituto de Alta Cultura”, e proposta por Gino Bechi, foi aperfeiçoar-se para Itália. Primeiro passo para a sua constante presença nos palcos internacionais, com Piero Cappuccilli, Alfredo Kraus, Sesto Bruscantini, Giuseppe Taddei e Franco Corelli, entre muitos outros.
Em 1971 substituiu Mirella Freni no Gran Teatro del Liceo, em Barcelona, cantando a Margarida, do “Fausto”.
Além da ópera, dedicou-se à oratória e ao lied, tendo participado em muitos concertos em Portugal e no estrangeiro. Foi distinguida com vários prémios e agraciada com a Ordem Militar de Santiago de Espada. A 7 de Março de 2007 recebeu a medalha de mérito cultural.
A sua biografia consta da obra “Cantores de Ópera Portugueses”, de Mário Moreau (3º volume).
Cantores Portugueses de Ópera
Vol. I., Vol. II. e Vol. III. Livraria Bertrand. Lisboa. 1981 e 1987.
Obra em 3 volumes. De 23×19 cm. Com 878, [i]; 1123, [i]; 1026, [iii] págs. Encadernações do editor com sobrecapas de protecção. Profusamente ilustrados com fotogravuras, reproduções de frontispicios de libretos e de obras musicais; e contratos teatrais.
Fontes: Blogue Opera per tutti de José Quintela Soares, perfil de Zuleica Saque no Facebook