Tomás del Negro

Tomás del Negro

Trompa

Joaquim Thomaz del Negro (Lisboa/05.06.1850 – 12.02.1933/Lisboa), oriundo de uma família italiana que cultivava a arte musical e estava estabelecida no alto comércio de Lisboa desde finais do séc. XVIII, nasceu na freguesia de Santos-O-Velho e foi batizado na Igreja de Nossa Senhora do Loreto.

Distinguiu-se como uma das figuras mais conhecidas da música e do teatro da última metade do séc. XIX e primeiro quartel do séc. XX.

Tomás Del Negro, o solista de trompa e compositor que muito divulgou a música em Portugal na passagem do séc. XIX para o XX através de concertos públicos, jornais da especialidade e enquanto empresário teatral e musical, desde a publicação do Edital de 15/12/2003 dá o seu nome a uma rua do Lumiar, a partir de uma sugestão da Comissão para a Comemoração do 150º Aniversário do Maestro Tomás Del Negro.

Notabilizou-se como solista de trompa do Teatro Real de São Carlos (até 1878 e depois de 1890), e em Madrid, na Capela e Teatro Real (de 1879 a 1889). Como compositor ficou conhecido por diversos géneros de música (sacra, de câmara, para piano, para trompa, para banda filarmónica), mas sobretudo, pela autoria de música para teatro e operetas. Divulgou a música sinfónica e de câmara, dando a conhecer pela primeira vez ao público de Lisboa obras de grandes compositores como Beethoven, Haydn, Mendelssohn, Wagner, Weber, Glimka e Saint-Saens.

Del Negro foi também dirigente da Associação Música 24 de Junho, fundada por Francisco Norberto dos Santos Pinto, assim como professor de trompa, durante 27 anos, no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, para além de ter sido diretor musical e coproprietário de O Álbum-Jornal de Música para Piano (1869-1871), diretor musical de O Mundo Artístico – Gazeta Musical de Lisboa (1883) e colaborador e crítico musical de inúmeros jornais e revistas como Perfis artísticos (sob o pseudónimo de Ruy Blas), A semana Musical e a Semana.

Foi também empresário e diretor musical dos Teatros D. Afonso, Carlos Alberto, Real de S. João e Príncipe Real, todos no Porto, bem como do Teatro da Trindade, em Lisboa.

Tomás Del Negro foi condecorado com as Ordens portuguesas de Cristo e de Santiago de Espada, assim como com a Ordem espanhola de Isabel-a-Católica e chegou a existir um concurso para trompistas com o seu nome.

Toponímia de Lisboa, 13 de outubro de 2016

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