Teresa Tapadas
Fado
Teresa Tapadas nasceu em Riachos, concelho de Torres Novas, a 10 de maio de 1977. Quis ser hospedeira de bordo, fez um Curso Superior de Gestão, cantou no coral da igreja, fez parte do Rancho Folclórico de Riachos. Aos poucos, foi levada por uma “fadistice” aqui, outra ali. E o Fado havia de ganhar terreno até traçar o rumo da sua vida.
Em 1997, com 20 anos, teve o primeiro encontro com os grandes palcos. Pela mão de Ricardo Pais e Mário Laginha participou em Raízes Rurais, Paixões Urbanas, e atuou no Teatro S. João, no Porto, na Cité de La Musique, em Paris, e no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Nos anos seguintes passou pela Expo98, integrando o elenco das Noites Ribatejanas e apresentou-se em Portugal Continental, nos Açores, na Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, Peru e EUA.
Em 2000 participou na Homenagem a Amália Rodrigues, promovida pela TVI no Coliseu do Porto e no espectáculo de Boas Vindas ao Papa João Paulo II, em Fátima. A convite de João Braga integrou o projecto Land of Fado e cantou no NJPAC, prestigiada sala de Newark. Ainda nesse ano voltaria aos EUA para uma digressão na Califórnia com o espectáculo Noites de Fado, estreado em Lisboa. O público começou a conhecê-la melhor, a crítica reconhecia-lhe o talento e a culminar esse ano a Casa da Imprensa e o Jornal de Notícias premiaram-na como “Voz Revelação do Fado”.
Conclui o Curso e, na “ressaca” da tarefa cumprida sabem-lhe bem umas “fadistices” para descontrair… A coisa foi ficando mais séria… até que a Gestora fica adiada e ganhou-se, finalmente, a Fadista de corpo inteiro!
Para além dos espectáculos que faz a solo, integrou em 2001 o grupo Entrevozes e, em 2004, o grupo Quatro Cantos. Ainda nesse ano Teresa Tapadas foi a convidada portuguesa para o CD La Copla y El Fado, acompanhada pela Orquestra Nacional da Moldávia. Foi um desafio arrojado a que não virou a cara e do qual se saiu bem, e lhe deu força para o passo seguinte na confirmação da sua carreira: Meu Grão de Paraíso, o seu primeiro CD a solo.
Os anos foram passando, Teresa juntou o Brasil, Espanha, Cabo Verde, Irlanda, Suíça e Canadá à lista dos países onde atuou. Participou na colectânea 200 Anos de Fado, voltou a pisar os palcos com uma orquestra, a Sinfónica Urdmuta (Rússia), em Badajoz e Huelva já em 2011, e, traço a traço, aplauso a aplauso, foi ganhando forma o seu segundo CD Traços de Fado. O CD foi editado em 2012 com diversas atuações em palcos nacionais e internacionais.
O seu trabalho discográfico seguinte traria a público a versão ao vivo da Teresa Tapadas, registada para CD no espectáculo realizado no Centro Cultural de Belém, no final de 2014.
Selecção de dados de informação:
Texto de José Zambujal para o booklet do CD Traços de Fado, 2012
Dados do Centro de Documentação do Museu do Fado
Museu do Fado, acesso a 15 de abril de 2018, com leves adaptações