Bio+
Pedro Amaral
Composição
Nascido em Lisboa, em 1972, Pedro Amaral iniciou os estudos em composição como aluno privado de Fernando Lopes-Graça, a partir de 1986, ao mesmo tempo que prosseguia a sua formação musical geral, no Instituto Gregoriano.
Ingressou em seguida na Escola Superior de Música de Lisboa (1991/94) onde concluiu o curso de composição na classe de Christopher Bochmann. Instalou-se depois em Paris, onde estudou com Emmanuel Nunes no Conservatório Superior (CNSM). Quatro anos mais tarde, graduar-se-ia com o “Primeiro Prémio em Composição” por unanimidade do júri. Estudou ainda direcção de orquestra com Peter Eötvös ( Eötvös Institute, 2000) e Emilio Pomarico (Scuola Civica de Milão, 2001).
Paralelamente à sua formação musical prática, Pedro Amaral prosseguiu estudos universitários na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, obtendo um Mestrado em musicologia contemporânea, com uma tese sobre “Gruppen” de K. Stockhausen (1998) e, mais tarde, em 2003, um doutoramento com uma tese sobre “Momente” e a problemática da forma na música serial. Àcerca desta sua vasta análise, K. Stockhausen declarou, in Le Monde de la Musique (Setembro 2003): “Trata-se de uma obra excelente com a qual aprendi imensas coisas” – o que o levou a convidar Pedro Amaral como seu assistente em diversos projectos.
Pedro Amaral desenvolve actualmente uma actividade permanente no campo da musicologia, escrevendo artigos, dando conferências, apresentando workshops e master classes.
Durante a sua primeira estadia no instituto Francês IRCAM, em 1998/99, Pedro Amaral compôs “Transmutations”, para piano e electrónica em tempo real, estreada em Paris, em 1999. A obra foi em seguida escolhida para representar Portugal na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO , na sequência da qual, foi transmitida por estações de rádio em todo o mundo. No fim de 2001, a mesma obra representaria ainda Portugal no Festival World Music Days, no Japão. Nesse mesmo ano, a cidade do Porto, Capital Europeia da Cultura 2001, encomendar-lhe-ia “Organa”, para ensamble e electrónica em tempo real ad libitum, cuja parte electroacústica foi também desenvolvida nos estúdios do IRCAM. Em 2003/2004, Pedro Amaral regressa pela terceira vez ao Instituto, como “compositeur en recherche”. Compôs então a sua longa obra “Script”, para percussão e electrónica em tempo real.
As suas obras foram encomendadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, pelo Ministério da Cultura Francês, pela Westdeutscher Rundfunk (WDR), pelo Festival Internacional de Macau, pelo Festival Musica Viva, pelo Grame (Lyon), pelo “Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura”, pela cidade de Matosinhos, pela Casa da Música…
Pedro Amaral foi “compositor residente” na Herrenhaus Edenkoben, Alemanha, na Villa Medici, em Roma, e no Palácio Lenzi, em Florença, Itália.
Presença habitual nos mais importantes festivais, a sua música é tocada por solistas como C. Desjardins, P. Gallois, P. Carneiro, A. Corazziari, A.L. Gastaldi, J.M. Cottet, Y.Shibuya, J. Gottlieb, sob a sua direcção ou sob a direcção de maestros como Peter Eötvös, Mark Foster, Muhai Tang, Lucas Pfaff, Renato Rivolta, Johannes Kalitzke, Franck Ollu, Etienne Siebens, Michael Zilm e muitos outros.
Como compositor e/ou maestro, Pedro Amaral trabalha regularmente com a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Juvenil, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Sinfónica de São Paulo, o Ensemble InterContemporain, a London Sinfonietta, o Prometheus Ensemble (Bruxelas), o Ensemble Futures Musiques (Paris), as Percussions de Strasbourg, o Ensemble Ebruitez-vous! (Rennes), o Ensemble Alternance (Paris), o Quatuor Parisii (Paris), o Ensemble Recherche (Freiburg), o Ensemble Aventure (Freiburg), musikFabrik (Colónia), Piano Possibile (Munique), o Ensemble Art Respirant (Tóquio), Remix Ensemble (Porto), Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, Ensemble SeicentoNovecento, Coro Voces Coelestes.