Bio+
Paulo Raposo
Composição
Paulo Raposo tem, desde 1990, desenvolvido uma actividade constante nas áreas da arte sonora experimental e da arte intermédia, com incidência no uso das novas tecnologias de imagem e na concepção e programação de software interactivo para performances em tempo real. Paralelamente, tem relevante actividade nas áreas da rádio e da publicação.
Depois de estudos de cinema e Filosofia, estudou Live-electronics, improvisação e composição com Peter Kowald, Emanuel Nunes, Carlos Zíngaro, Tomás Henriques e muitos outros, frequentando workshops, masterclasses e seminários.
A sua obra tem sido pontualmente apoiada, desde 1994, pelo Ministério da Cultura-IPAE, Instituto de Arte Contemporânea, Clube Português de Artes e Ideias, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Luso- Americana para o Desenvolvimento, tendo sido apresentada em França, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Itália, Espanha e países bálticos, para além de Portugal.
Fundou em 1991, com Carlos Santos, do projecto de pesquisa sonora ‘vitriol’, que recebeu excelentes menções críticas por parte da imprensa especializada, tendo sido convidado por instituições e festivais prestigiados como o ICMC (International Computer Music conferences) ou o Sonicarts Network.
Em 1996, Paulo Raposo ganhou a Bolsa Ernesto de Sousa com o projecto intermedia “Rizomas” (bolsa atribuida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e pela Fundação Calouste Gulbenkian) tendo efectuado uma residência no Rensaessler Polytechnic Institute, Troy , New York State, e apresentado ao público a obra no Festival da Experimental Intermedia Foundation, em Nova Iorque.
A sua obra “rizoma nocturno” foi seleccionada pelo “Synthése – Festival de música de Bourges em 2000. Em Berlim, participou no evento “Xenakis-Remix” homenagem ao importante músico e arquitecto, organizado pelo “Podewil”, Berlim.
Raposo actuou e colaborou com vários artistas, incluindo Janek Schaefer, Stephan Mathieu, Jason Kahn, Kaffe Mathews, Marc Behrens, Zbigniew Karkowski, Matt Rogalski, Carlos Zíngaro, Christopher Murphy, Koji Asano, Sara Kolster, entre outros.
Colaborou também em Portugal com vários artistas plásticos, designers e coreógrafos.
Realizou a instalação sonora “Arcanae Rumore” no Museu da Electricidade (1998) e concebeu a banda sonora para inúmeros vídeos produzidos pela Rosa Filmes (19941995).
Leccionou vários workshops sobre “video art” programação e aplicacão de novas tecnologias para fins artísticos (CEM, Lugar Comum, ISPA, FBAUP).
Em 2001, criou a “Sirr”, uma editora discográfica que tem por objectivo promover e divulgar a arte sonora de carácter inovador, nacional e internacional, tendo publicado mais de 20 cds que mereceram a aclamação da crítica especializada.
Em 2002, criou o ensemble “desintegração” constituido por quatro a seis músicos que utilizam o laptop (computador portátil) como instrumento, não só para gerar som como também para produzir imagens e gráficos em tempo real. “Permutation Cages” foi apresentado no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian em de 2002, e o registo resultante foi posteriormente editado.
Ainda em 2002, foi mentor e membro fundador da associação “Granular”, uma associacão sem fins lucrativos, da qual foi director durante dois anos, dedicada ao desenvolvimento e promoção da arte experimental portuguesa.
Em 2003 e 2004, residiu entre Lisboa e Nova Iorque, realizando inúmeras performances e colaborando com vários artistas internacionais. Participou também em vários simpósios e encontros internacionais na àrea dos novos media.
A sua obra intermedia “Húmus”, que envolve actores, som e imagem interactivos, recebeu o apoio do Instituto das artes e foi apresentada no Lugar Comum em 2003.
Actualmente, prepara o trabalho sucedâneo “Dust”, a partir de textos de Maria Gabriela Llansol e Maurice Blanchot. E desenvolve várias obras e projectos intermedia em conjunto com Marc Behrens e John Grzinisch.
A sua obra foi exposta, em 2004, no Festival de Arte Sonora comissariado por Brandon Labelle para a galeria Overgaden do Instituto de Arte Contemporianea em Copenhaga.
Foi o único artista português selecionado, pelo programa media Air promovido pelo NIFCA (Nordic Institut for Contemporary Art), uma residência artística.
Em finais de 2006, inicia a realização de dois programas de rádio: The Sound f Space, para a Rádio Zero, Membro da rede Radia, e Dois ao Quadrado, um programa mensal emitido pela RDP/Antena 2.