Bio+
Patrícia Silveira
Mezzo-soprano
Dividida no mundo das artes, Patrícia Silveira (1996), nascida em Coimbra, Portugal, trabalha maioritariamente como cantora lírica. A sua voz, versátil e, desde cedo, distinguida pelo seu timbre aveludado, tem-na levado a prestigiados palcos da Europa, explorando desde a música antiga até à música contemporânea.
Na temporada 2023/2024, Patrícia soma uma extensa tour com gravação de dois CDs com La Capella Reial, dirigida por Jordi Savall, concertos a solo com a Orquestra do Algarve, sob a direcção de Jan Wierzba, diversos concertos e gravação de CD com O Bando de Surunyo e integra ainda a programação da Orquestra Sem Fronteiras com um recital com a harpista Rebeca Csalog.
Participou como Dryad, da ópera Ariadne auf Naxos, de R. Strauss, no Opernfest Berlin, sob a direcção de Matthew Toogood e o seu papel de Cherubino, nas Bodas de Fígaro, de Mozart, com a Orquestra do Algarve, sob a direcção de Martim Sousa Tavares.
Outros papéis operísticos de Patrícia incluem: Dorabella em Così Fan Tutte, de W.A.Mozart, Dido e Aeneas, de H.Purcell, Hänsel und Gretel, de E.Humperdinck, La Donna di Genio Volubile, de Marcos Portugal, As Guerras de Alecrim e Manjerona, de António José da Silva, Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill, Il Ritorno d’Ulisse in Patria, de C. Monteverdi e no drama litúrgico Ordo Virtutum, de Hildegard von Bingen.
Foi ainda solista na Oratória de Natal, de Saint-Säens, com a Orquestra do Norte, Te Deum, de Charpentier, com a Orquestra do Conservatório de Música do Porto, ambas sob a direcção de Fernando Marinho, na Paixão segundo São João, de J.S. Bach com a Orquestra de Guimarães, sob a direcção do maestro Vítor Matos, Gloria, de A.Vivaldi, sob a direcção de Francisco Melo e A Ceremony of Carols de B. Britten, Magnificat, de J.S.Bach e Dixit Dominus, de G.F.Hãndel, sob a direcção de Barbara Francke.
Na música contemporânea, destacam-se as suas performances a solo nas Folksongs, de L. Berio, com o Taller Atlántico Contemporáneo, dirigido por Diego García Rodríguez e ELEGY, performance de Gabrielle Goliath, que incluiu uma tour pelos Países Baixos, inserida no Afrovibes Festival.
Apresenta-se frequentemente na Península Ibérica em recital com o pianista Ángel González e em concerto com o ensemble O Bando de Surunyo, do qual é elemento base, desde 2015, e onde realiza, não só, a estreia moderna de várias obras inéditas do repertório barroco português, como participa activamente na experimentação e descoberta da sua interpretação. Com este agrupamento, em dezembro de 2019, grava o primeiro CD intitulado Ai dina, dina, dana.
Ainda na música antiga, Patrícia colaborou também com Holland Baroque, La Capella Reial (Jordi Savall), Ars Combinatoria e Absolute Vocem Ensemble. Como solista, participou ainda nos seguintes festivais: Festival Dani Barokne Muzike, na Sérvia, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza, Festival Abulensis, Festival de Música Religiosa de Canarias e Encontro de Camiñartes, em Espanha. Em Portugal, somou actuações na Temporada de Música de São Roque, Festival Antena 2, no Festival Internacional de Música Religiosa, Festival de Música Antiga de Castelo Novo, entre outros.
Patrícia foi vencedora da bolsa Ian Donald Wilson Memorial Scholarship em 2023, em 2021, foi finalista dos RTP — Prémio Jovens Músicos 20/2021 e venceu o 1º e 2º Prémios do Concurso de Canto do Conservatório de Música do Porto em anos consecutivos. Algumas das salas mais importantes onde cantou BIMHUIS, deBalie, CompagnieTheater, Kunsthal, TivoliVredenburg, Sala Suggia Casa da Música, Rivoli, Teatro Nacional de São João, entre outros.
Em 2023, terminou o Mestrado em Ensino da Música na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) e realizou a sua prática de investigação no Conservatório de Música do Porto.
Iniciou a sua formação em música em piano e violino, mas só descobriu o canto aos quinze anos no Conservatório de Música do Porto, onde, mais tarde, também estudou órgão de tubos.
Em 2017, licenciou-se em Canto Lírico pela ESMAE com a nota máxima e, no ano, seguinte deu início ao mestrado no Conservatorium van Amsterdam (CvA) onde trabalhou com Sasja Hunnego, Selma Harkink e com o pianista Jan-Paul Grijpink.
Durante os anos em que vivia na Holanda, integrou o coro da Opera Ballet Vlaanderen, na Bélgica.
Estuda com o barítono Luís Rendas Pereira.
A actividade profissional e académica de Patrícia é versátil e diversificada, tendo já feito parte de pequenos grupos de jazz em Portugal e cantado a solo com a Orquestra de Jazz do Conservatório de Música do Porto.
Em paralelo com a música, Patrícia demonstra um enorme interesse pela divulgação, produção e gestão artística e também pelas artes visuais e escrita. Desde 2020, trabalha na empresa Artway, sediada no Porto, Portugal, e dedicada à música clássica.
Faz parte da equipa de produção do projecto Building Musical Heritage financiado pela Comissão Europeia – Europa Criativa e é ainda a pessoa responsável pelo International Clarinet Studio.
Em 2022, esteve na produção da gravação de Alepo e outros Silêncios, CD duplo de Luís Tinoco, produziu o Concerto pela Paz no Coliseu do Porto, em que a totalidade da faturação reverteu para donativos à Cruz Vermelha no apoio à Ucrânia e lançou o novo projecto “Vórtice – para o fim de um tempo”, do Quarteto Caleidoscópio, com estreia na Casa da Música. Trabalhou na produção do Berlin Opera Academy que se realizou nos Alpes Suíços no ano de 2021.
Bio facultada por Patrícia Silveira, publicada na Meloteca a 28 de dezembro de 2023
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