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Orquestra de Jazz de Matosinhos

Orquestra

Ao longo da última década, a cidade de Matosinhos conheceu um notável impulso ao nível da divulgação e promoção do jazz. Esse desenvolvimento ficou a dever-se em grande parte à vontade e persistência de alguns músicos e amantes desta música que aí encontraram, a receptividade institucional necessária para o lançamento das suas iniciativas.

A designação Héritage Big-Band, com que a orquestra iniciou a sua actividade em 1997, resultou do apadrinhamento de uma dessas forças motrizes: João Vilhena – Héritage Café. A partir de Dezembro de 1999, a Orquestra constituiu-se como Associação, passando a designar-se por Orquestra de Jazz de Matosinhos, contando desde essa altura com o apoio da Câmara Municipal desta cidade.

Ao longo dos seus cinco anos de existência, a Orquestra de Jazz de Matosinhos têm-se afirmado como uma das mais consistentes e regulares formações do jazz nacional, sendo o seu repertório nesta primeira fase inteiramente constituído por música original de Carlos Azevedo e Pedro Guedes. Durante este período de apresentações regulares no Héritage Café, a Orquestra foi ampliando o seu espaço de actuação sendo hoje um dos grupos de jazz mais solicitados em Portugal com presença assídua nos principais festivais de Jazz e nas principais salas de espectáculos.

A partir de 2001, a OJM conta também com o apoio financeiro do IA/IPAE e da Casa da Música que lhe permite diversificar o seu repertório. Durante esse ano, a OJM torna-se na primeira orquestra de jazz nacional a encomendar obras a compositores Portugueses. Essa ideia culmina com o concerto de encerramento da Porto 2001 na área do jazz, onde a OJM, dirigida por Zé Eduardo, interpretou obras de António Pinho Vargas, António Pinto, Bernardo Sasseti, Carlos Azevedo, Laurent Filipe, Mário Laginha, Pedro Moreira e Zé Eduardo.

Nesta ocasião, participaram como músicos convidados três solistas de prestígio mundial: Bob Berg, Ingrid Jensen e Conrad Herwig. Desde então, a OJM passa a ter, a par do seu repertório de autor, a vontade de se tornar numa orquestra versátil com capacidade para interpretar outros repertórios.

Em 2002, a maturidade e o nível da orquestra são reforçados através da parceria com o prestigiado Remix Ensemble num concerto em que é interpretado a música do célebre disco da dupla Miles Davis/Gil Evans “Sketches of Spain” dirigida pelo maestro Stephan Ashbury. Durante 2003 a OJM, com o apoio do IA/IPAE e da Casa da Música, convida a prestigiada e histórica compositora Carla Bley para dirigir a sua música no (ainda em obras) grande auditório da Casa da Música, integrado numa iniciativa chamada de “Festival em Obra Aberta”. Neste concerto, a OJM viu-se reforçada com a presença de Steve Swalow e Gary Valente.

A actividade musical da orquestra tem continuado desde então com inúmeros concertos não só em Portugal mas também na vizinha Espanha. E já em 2004, o seu repertório original é mais uma vez renovado convidando um dos melhores músicos de jazz da actualidade, o saxofonista Mark Turner, que como solista faz um concerto memoravél no palco do Teatro Rivoli, no Porto. Esta é a Orquestra de Jazz de Matosinhos, um projecto de autor e para autores.

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