Orfeão de Águeda

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orfeão de Águeda

Coro

O orfeão de Águeda é e sempre foi um espaço de paz e fraternidade – na opinião de Armando Castela, seu fundador – apesar de ter nascido sob o signo da guerra. Em 1916, Portugal acaba de entrar na grande conflagração mundial e, logo em reunião na Câmara Municipal, se constitui a Comissão Patriótica das Senhoras de Águeda, liderada pela Condessa-Mãe da Borralha, com o fim de minorar a situação das famílias dos soldados mobilizados. A Armando Castela, a Comissão solicitou a preparação de uns coros para uma récita de angariação de fundos, e é assim que nasce o orfeão de Águeda, cuja constituição data de 16 de Julho de 1916.

Em Outubro, já a nova agremiação faz o ensaio geral, mas é só a 6 de Janeiro de 1917 que o orfeão se apresenta pela primeira vez ao público de Águeda. No Teatro Fernando Caldeira, os 54 rapazes do orfeão – inicialmente masculino – esmeraram-se num espectáculo, surpreendendo o público que o aplaudiu efusivamente. Com o êxito obtido, o orfeão consolida-se graças à acção do seu fundador e, sobretudo ao empenho dos seus coralistas. Em Julho de 1941, foi proclamado Benemérito da então vila de Águeda, aquando das comemorações das Bodas de Prata.

Durante vários anos, manteve uma Secção de Xadrez; uma Escola de Música, por onde passaram dezenas de jovens, alguns dos quais são hoje óptimos profissionais nesta arte; e um Coral Infantil, inicialmente com 80 crianças, que permaneceu activo desde 1989 a 1994, altura em que o orfeão de Águeda fundou a sua Academia de Música, que é hoje Conservatório de Música de Águeda. Foi o pioneiro no país na realização de vários Cursos-Estágio de Direcção Coral, com o alto patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura, ministrados pelo conceituado Maestro José Robert.

Em 1991, foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal, em reconhecimento público pelo trabalho efectuado em prol da Cultura, e foi-lhe conferido o Estatuto de Utilidade Pública, aquando das comemorações das Bodas de Diamante. Já em 2002, foi-lhe atribuído o Judeu de Ouro, pela ANATA, como Colectividade do ano. Pelo orfeão de Águeda, passaram maestros, como Armando Castela, José Soares da Costa, Padre Manuel Armando Marques, Francisco Faria, Boaventura Faria e Severino Vieira. Actualmente, a actividade do orfeão de Águeda movimenta-se através do seu Coro Misto e do seu Grupo de Teatro.

O Coro Misto tem-se destacado em diversas realizações e participações culturais, nomeadamente em inúmeros concertos efectuados por todo o país, a destacar: Padrão dos Descobrimentos, Castelo S. Jorge, Basílica dos Mártires (Lisboa), 100º Aniversário do Orfeon Académico de Coimbra, 75º Aniversário do orfeão da Madalena, Seminário de Aveiro, Conservatório de Aveiro, Museu de Aveiro, Sé de Viseu, Sé da Guarda, Paço dos Duques de Bragança (Guimarães), Mosteiro de Pedroso, Capela da Universidade de Coimbra, Casino Peninsular da Figueira da Foz, Casino Solverde de Espinho, Escola Superior de Educação de Portalegre, Basílica de Mogofores, e tantos outros.

Em Espanha, esteve presente em Vigo (1999), Ciudad Rodrigo (2001), Miranda de Ebro (2002), Ourense (I Festival Internacional “Auria Canta” – 2002), La Coruña ( XIX Encuentro de Habaneras “Ciudad La Coruña” – 2003), Cudillero-Astúrias (III Certamen Internacional de Habaneras y Canción Marinera – 2003, transmitido pela Tele-Avilés), e em Santiago de Compostela, onde participou na Missa do Peregrino na Catedral, inserida nas comemorações do Jacobeu 2004 – Ano Santo Compostelano, com grande êxito, manifestado quer pelo público quer pela crítica. É de salientar a sua participação em várias missas dominicais transmitidas pela RTP 1 e RTP 2, bem como, em outros programas televisivos, e a sua participação na gravação dos seguintes CD’s: “Os Melhores Coros Amadores da Região Centro” , editado pela Public-Art (1996); “Um amor de 20 anos”, editado pela Cerciag (1998), e “25 Anos de Soluções Luminosas – EEE”, gravado ao vivo, pela Public-Art (2002). Organiza anualmente na cidade de Águeda, o Concerto de Gala comemorativo do Aniversário da Colectividade, e nas freguesias limítrofes, os Concertos de Primavera e de Natal.

O seu reportório é constituído por obras sacras e profanas, desde a época renascentista à contemporânea, de compositores nacionais e estrangeiros, de forma a agradar ao vastíssimo público. Paralelamente, foi através do orfeão de Águeda, que à nossa cidade, se deslocaram grandes valores da cultura portuguesa: Manuel da Fonseca, Rogério Paulo, Mário Vieira de Carvalho, Batista Bastos, Manuel Alegre, Fernando Lopes Graça, Manuel Gusmão, Jaime Gralheiro, José Carlos Gonzalez, entre outros, participando em colóquios e conferências de elevado valor histórico-cultural. De assinalar ainda, a participação em iniciativas do orfeão de Águeda, da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, Real Teatro de Ópera de Queluz, Nova Filarmonia Portuguesa, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Régie Sinfonia do Porto, dos Grupos Trovante, Almanaque, Gefag, Orquestra dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, Orquestra de Harmónicas de Ponte Sôr, Banda de Gaitas “A Follateira” (Ourense), e os cantores Carlos Guilherme, Vitorino, Janita Salomé, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, António Portugal e o Grupo de Guitarras de Coimbra, Carlos do Carmo, Rão Kyao, e muitos outros.

O Coro Misto do orfeão de Águeda é, presentemente, constituído por 60 elementos de ambos os sexos, estando a Direcção Artística, desde 1999, a cargo de Sérgio Brito, tendo como adjunto António Luís de Brito.

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