Mariana Silva, fadista

Mariana Silva

Fadista

A fadista Mariana Silva, que em 1952 foi eleita “Rainha do Fado Menor”, nasceu a 7 de outubro de 1933 e morreu em Lisboa, aos 87 anos, a 18 de agosto de 2021.

Mariana Silva estreou-se como fadista aos dez anos atuando na União Artística e no Salão Monumental, na capital, sendo então conhecida como “a miúda do Alto Pina”.

A sua carreira artística iniciara-se, no entanto, aos 5 anos, como trapezista e contorcionista no Circo Transmontano, onde se manteve até aos 12.

Aos 14 anos, apesar de menor, foi autorizada a cantar pela Inspecção Geral dos Espectáculos, como deu conta o jornal Ecos de Portugal, na sua primeira página de 1 de Maio de 1948, dando conta da popularidade da intérprete. Em 1948, foi apresentada como “possuidora da mais linda voz fadista”, segundo um cartaz da sua actuação na Ericeira.

Em 1952, foi eleita no Teatro Apolo, em Lisboa, a “Rainha do Fado Menor”. Entre os seus êxitos contam-se Erva da rua, Minha sina, Santa mãe, Amar não é pecado ou A sina das Marianas.

A fadista, que em 1999 encerrou a sua carreira na casa de fados A Parreirinha de Alfama, em Lisboa, fez ainda parte dos elencos do Retiro dos Marialvas, do Solar do Marceneiro, da Adega Patrício, da Adega Mesquita, da Adega Machado, do Lisboa à Noite, do Forcado, do Tipóia, do Timpanas, do Viela e do Solar de Márcia Condessa.

Em 1960, o poeta Carlos Conde (1901-1981) dedicou-lhe, na revista Plateia, os seguintes versos:

“Voz que ao Fado sabe dar
O que o Fado deve ter:
– O Estilo de bem cantar
E a arte de bem dizer!

Ternura, fé, vibração,
Tudo nela se condensa;
Impõe-se pela expressão
E marca pela presença!

Porque a cantar honra o Fado,
Só por isso a Mariana
Tem hoje lugar marcado
No Galarim da Semana!”.

Mariana Silva gravou com Manuel Fernandes (1921-1994), Filipe Duarte e Maria Amélia Proença.

A notícia foi dada pela agência Lusa e vários jornais (Público, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Observador)

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