Maria Júdice da Costa
Soprano lírico
Iniciou a sua formação artística aos nove anos no Conservatório Nacional, no curso de Piano. Contudo, um de seus professores apercebendo-se dos seus dotes vocais, convenceu-a a mudar e nos dez anos seguintes estudou Canto e aulas de declamação com o ator João Rosa, tendo se estreado no Teatro de São Carlos em 31 de janeiro de 1890, na ópera La Gioconda.
Em junho partiu para Itália começando uma longa carreira internacional que passou por Roma, Nápoles, Moscovo, México, Madrid, Buenos Aires, Amesterdão, Málaga, Trieste, Barcelona e Palma de Maiorca, tendo sido considerada então a maior intérprete feminina de Wagner. Em 1933 regressou ao teatro lírico interpretando zarzuelas e óperas em três novas gloriosas temporadas no Teatro de São Carlos.
Também no teatro dramático Maria Júdice da Costa se estreou a 30 de julho de 1921 na companhia de Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro, na peça Os sedutores. No ano seguinte, junto com a sua filha Brunilde, integrou a digressão ao Brasil do espectáculo A Casaca Encarnada de Vitoriano Braga, produzido pela companhia de Lucinda Simões.
No cinema, começou em 1921 no Amor de Perdição de Georges Pallu, na pele de Rita Preciosa, a que se seguiram Mulheres da Beira (1923) como Madre Abadessa e Fátima Milagrosa (1928), ambos de Rino Lupo.
Maria Júdice da Costa foi casada durante vinte anos com o barítono italiano Gugliemo Caruson, de quem teve 3 filhos, entre os quais Brunilde Júdice, também inscrita na toponímia de Lisboa.
Toponímia de Lisboa, 08 de março de 2018