Bio+
Maria José Borges
Musicologia
Maria José Borges (Maria José Q. C. A. Borges V. ) nasceu em Lisboa em 1960. Iniciou os estudos musicais aos 6 anos no piano com Maria Teresa Mayer Garção, continuando-os, a partir do Curso Geral, no Conservatório Nacional de Lisboa.
É licenciada em História (1982) e em Ciências Musicais (1988), pela Universidade Nova de Lisboa ( FCSH), e Mestre em Musicologia Histórica, com dissertação sobre o tema A produção musical de índole política no período liberal (1820-1851) (UNL, FCSH, 2008)
Possui igualmente o Curso Superior de Piano (9º Ano), concluído em 1984 no Conservatório Nacional de Lisboa, na classe do Prof. Menéres Barbosa, tendo sido, simultaneamente, aluna dos professores Artur Santos (Harmonia), Maria Amélia Abreu (Educação Musical), Carlos Manaças (Acústica), Fernanda Mella (História da Música), Macário Santiago Kastner (História da Música) e Manuel Peres Newton (Música de Câmara).
É, actualmente, docente do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola de Música do referido Conservatório onde começou a leccionar Instrumento de Tecla (1985-1989), leccionando a partir de 1989, História da Música ( doravante designada História da Cultura e das Artes/Música) e, mais recentemente (2015) Organologia e Psico-Acústica.
No âmbito da sua actividade docente integrou em 1989/90, uma equipa ministerial coordenada por Fraústo da Silva, para a reorganização dos planos curriculares, dando apoio à área de História da Música, em colaboração com José Maria Pedrosa Cardoso. Com o mesmo autor tem já publicados dois volumes de um Manual de História da Música (História da Música, Manual do aluno, Lisboa, Eds. Sebenta: 1º Ano 1996; 2º Ano, 1999), estando em preparação o terceiro e último volume.
Para além de actividades esporádicas de música prática (gravações, acompanhamentos) tem-se dedicado, preferencialmente, às actividade de âmbito musicológico (conferências, colaborações, artigos, recensões), junto de várias entidades como a A.P.E.M. (Associação Portuguesa de Educação Musical), a A.P.C.M. (Associação Portuguesa de Ciências Musicais), a Comissão Nacional para os Descobrimentos Portugueses, Revista Colóquio / Artes, entre outras. Fez parte da Comissão Científica da Reconstituição da «Embaixada do Rei D. Manuel de Portugal ao Papa Leão X em 1514», (Lisboa/Expo Sevilha, 1992). Foi, ainda, colaboradora da Nova Enciclopédia Larousse, editada pelo Círculo de Leitores, e da Nova História de Portugal, dirigida pelos Profs. Joel Serrão e A.H. de Oliveira Marques, nomeadamente, nos volumes IX e X.
No âmbito das artes dramáticas, pelas quais também se interessa, desempenhou as funções de maestro-de-palco nas récitas da opereta Viúva Alegre, de Franz Lehar, da temporada do Teatro Nacional de São Carlos (Setembro, 1985), e, na temporada seguinte da mesma opereta (Setembro de 1986), onde desempenhou as funções de Assistente-de-Luzes.
Em Julho de 2014 estreou-se como actriz amadora, desempenhando o papel de Mme Jourdain em Le Bourgeois Gentil’homme (Molière/Lully), numa produção desenvolvida na EMCN (Escola de Música do Conservatório Nacional) no final do ano lectivo 2013/2014. Em Junho de 2016 foi co-produtora da ópera (tipo singspiel) Bastien e Bastienne de Mozart, apresentada em versão portuguesa no Teatro da Sociedade Recreativa Ervedalense (SRE, Ervedal da Beira), sendo a primeira ópera completa apresentada no Concelho de Oliveira do Hospital.
Maria José Borges interessa-se, ainda, pela Genealogia e pela História local das Beiras (onde, em ambas, tem alguns textos publicados). Desde 2008 que colabora, regularmente, sempre pro bono publica, com o Pelouro da Cultura de Oliveira do Hospital, em actividades maioritariamente relacionadas com Lourosa, aldeia a que tem ligações familiares. Entre outras actividades, integrando a Comissão Organizadora das Comemorações do Jubileu dos 1100 anos da Igreja de S. Pedro de Lourosa e colaborando na organização, implementação e recriação histórica de algumas Feiras Moçárabes de Lourosa, nomeamente nas IV e VI edições (2015, 2018, respectivamente).
09 de dezembro de 2018