Manuela Araújo
Piano
Em 1945 foi galardoada com o “Prémio Vianna da Motta” promovido pela Emissora Nacional. Teve parte ativa na fundação da Juventude Musical Portuguesa em 1947, juntamente com Pedro de Freitas Branco e Marie Levêque, Maria Elvira Barroso, Nuno Barreiros, Filipe de Sousa, Humberto d’Ávila, João de Freitas Branco e Joly Braga Santos.
Em Portugal apresentou-se regularmente a solo, em música de câmara com Jack Glatzer, Millet, Haydn Beck, Ramon Miraval, Carlos Fontes, Gaio Lima, e com Orquestra sob as direções de Pedro de Freitas Branco, Frederico de Freitas, Silva Pereira, Álvaro Cassuto, Günther Arglebe, José Atalaya e Piero Bellugi.
Fez várias digressões pela Europa (Itália, Suíça, Alemanha e Áustria) e foi convidada a participar no VII Congresso Internacional de Música, em Moscovo, como representante de Portugal. Ainda na URSS, estudou os concertos para piano de Schostakovich e Katchaturian com os próprios compositores de quem se tornou amiga pessoal. Destacam-se as apresentações dos concertos de Schostakovich e de Katchaturian no Palácio dos Congressos de Moscovo (este último sob a direcção do próprio compositor), a convite do Ministério da Cultura da URSS, em 1974).
Em 1965 integrou o corpo docente do Conservatório de Música do Porto como professora de piano, cargo que ocupou até 1995.
No Conservatório de Música do Porto promoveu a celebração do tricentenário de J.S. Bach, G.F. Häendel, com exposição e documentários, palestra de João de Freitas Branco (1985), em 1989 o “Ano Mussorgsky” e “Concerto Non Stop” de professores e alunos com vasta adesão da cidade.