Luiz Barbosa
Violino
José Luiz Barbosa (Lisboa, 23 de maio 1887 – Lisboa 03 de outubro de 1952), começou os estudos musicais com o seu pai, com menos de 4 anos de idade, e aos 5 já ganhava a vida tocando em cafés.
A condessa de Edla, viúva de D. Fernando, protegeu-o custeando a despesa com o seu ingresso como aluno do Conservatório de Lisboa, mas este viu-se forçado a interrompê-los, dos 8 aos 17 anos, voltando a prosseguir os estudos depois com o professor e violinista Júlio Cardona, que foi o seu grande mestre, tendo também recebido lições do professor do Conservatório Alexandre de Bettencourt de Vasconcelos.
Ficaram memoráveis as suas interpretações, com orquestras dirigidas por David de Sousa, Joaquim Fernandes Fão, José Viana da Mota ou Pedro de Freitas Branco, dos difíceis concertos de Marc Bruch, Mendelssohn, Paganini, Saint-Saens e Tartini.
A sua composição para violino e piano Romance, uma deliciosa peça de encore, característica do repertório dos violinistas concertistas do princípio do séc. XX, ficou também muito conhecida e curiosamente, Luís Barbosa casou com uma sua discípula que depois optou por ser pianista e os seus filhos foram o violinista Vasco Barbosa e a pianista Grazie Barbosa.
Luís Barbosa fez parte do Quarteto de Cordas da Emissora Nacional, com o qual interpretou praticamente todo o reportório clássico para esta formação e com o violoncelista Fernando Costa interpretou, em primeira audição em Portugal, o duplo concerto de Brahms para violino e violoncelo.
Luiz Barbosa foi ainda professor, tendo sido seus discípulos nomes como César Lobo, Fausto Caldeira, Herberto de Aguiar e foi agraciado com a Ordem de Sant’iago da Espada em 5 de outubro de 1928.
Cf. Toponímia de Lisboa