José Machado
Violino
José Machado iniciou o estudo de Violino na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, em Lisboa. Estudou com Carlos Fontes no Conservatório do Porto.
Terminou o Curso Superior de Violino no Conservatório Nacional, tendo estudado com Leonor Prado, Manuel João Afonso e Manuel Villuendas e sendo bolseiro da Fundação C. Gulbenkian. Com uma bolsa de estudo da Secretaria de Estado da Cultura obteve o Diploma de Execução na École Normale de Musique – A. Cortot, em Paris.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento com Tibor Varga. Tendo-lhe sido atribuída uma bolsa de estudo Fulbright, estudou nos E.U.A. com Henry Meyer, do Quarteto La Salle, na Universidade de Cincinnati, onde também estudou interpretração de Música Barroca.
Por reconhecimento de habilitações foi-lhe conferida uma licenciatura pela Universidade de Aveiro.
Apresentou-se em Portugal, Espanha, Cabo Verde, Bélgica e E.U.A, com os pianistas Jorge Peixinho, João Paulo Santos e José Bon de Sousa. Procura interpretar autores portugueses, tendo tocado em 1ª audição obras para violino solo de F. Lopes-Graça, Jorge Peixinho, Clotilde Rosa, Isabel Soveral e Evgueni Zoudilkine. Estas quatro últimas foram-lhe dedicadas.
Tem desenvolvido algumas experiências no Jazz, estando envolvido num projecto de homenagem a Stéphane Grappelli denominado Grap-Helix Trio ou Quintet e noutro de uma estética mais recente denominado Machado Zooartet
Dirige desde há longos anos o Quarteto de Belém ou Belem Quartet com o qual tem participado em diversas iniciativas com destaque para recepções do protocolo de Estado tanto da Presidência da República como do Governo.
Faz parte do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, fundado por Jorge Peixinho, com o qual participou nos Festivais Internacionais de Sevilha, Alicante, Valência, Siena, Belo Horizonte, Bélgica (Europália), Bucareste, Bayreuth, Bamberg, Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, Jornadas de Arte Contemporânea do Porto, Festival de Música Contemporânea de Aveiro, Festival de Músicas Contemporâneas, organizado pelo T. Nacional de S. Carlos, Festival Música Viva, assim como em outros concertos em Portugal e no estrangeiro, colaborando desta forma na apresentação de várias obras em 1ª audição, de compositores nacionais e estrangeiros.
Ainda no âmbito da música de câmara participou, com outras formações, na realização de A Truta, Pierrot Lunaire, Histoire du Soldat e Adágio do Concerto de Câmara de A. Berg.
Foi um dos membros fundadores do Círculo Pró-Música. Foi Secretário-Geral do Conselho Português da Música.
Foi o organizador do livro Jorge Peixinho- In Memoriam, publicado pela editorial Caminho em 2002
Após o falecimento de Jorge Peixinho assumiu a direcção do G.M.C.L., o qual viu ser-lhe atribuído pelo Ministério da Cultura, um subsídio que tem vindo a ser renovado, procurando assim manter vivo um projecto pioneiro que nasceu na Primavera de 1970 e que constitui um dos grupos de música contemporânea mais antigos da Europa e do Mundo, em actividade.
Toca num violino construído por si próprio, fruto de um curso de construção que frequentou em Cambrige, dirigido por Juliet Barker, tendo-se no entanto iniciado na construção de instrumentos com Pedro Caldeira Cabral. Tem desenvolvido e aprofundado, desde então, estas técnicas e conhecimentos com Christian Bayon.
Lecciona Violino na Escola de Música do Conservatório Nacional desde 1988.