Natural de Idanha-a-Nova, José Inácio mudou-se para Lisboa aos cinco anos, para junto de João Reis, seu tio e padrinho.

Na altura, João Reis era também poeta popular e director do Jornal “Canção do Sul”, e em sua casa reunia frequentemente poetas, fadistas e instrumentistas. Foi neste ambiente, assistindo aos ensaios com o acompanhamento da guitarra e da viola, que José Inácio começou a dedilhar a viola.

No aperfeiçoamento da sua técnica, José Inácio recebeu lições de Alfredo Costa e de Martinho d’Assunção. Embora José Inácio também cantasse e tocasse guitarra, foi a viola o instrumento que mais o fascinou.

Gravou discos, no acompanhamento de diversas vozes e na execução de guitarradas, tendo sido um dos violistas de José Nunes.

José Inácio teve a oportunidade de actuar no “Café Salvaterra”, “Retiro dos Marialvas”, “Patrício”, “Lobos do Mar”, “Tradição” e “Pampilho”, “Retiro da Bairrada”; “Parreirinha do Rato”, “Nau Catrineta”, “Viela”, “Solar da Hermínia” e na “Tipóia”.

Actuou também no “Ritz Club”; “Cristal”; “Olímpia” e acompanhou Cidália Moreira numa digressão à Alemanha em 1979.

Durante alguns anos atuou em Cascais tocando no “Galito”; “Pau-Pau”, “Arreda”, “Tabuinhas” e “Kopus Bar”.

Foi funcionário da Câmara Municipal de Lisboa durante quatro décadas.

Fonte: Museu do Fado

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