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João Bettencourt da Câmara

Piano

João Manuel Pereira Bettencourt da Câmara nasceu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1988. Iniciou, pelos três anos de idade, o estudo do piano com seu pai, José Bettencourt da Câmara, e em 1997 foi admitido à Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), que frequentou como aluno de Piano de Leonor Alvim, Anne Kaasa e Carla Seixas. Terminou ali o Curso de Piano, com a classificação máxima (20), em Julho de 2006, ao mesmo tempo que concluiu os estudos secundários no Colégio do Sagrado Coração (Lisboa).

Entre outros, recebeu os seguintes prémios: em 1998, Segundo Prémio no Concurso de Piano Florinda Santos; em 1999, Primeiro Prémio no Concurso Cidade do Fundão; em 2000, de novo o Primeiro Prémio no Concurso Cidade do Fundão; em 2001, Primeiro Prémio no Concurso Maria Cristina Lino Pimental. Em 1999, foi designado pela direcção do Conservatório Nacional para participar no II Concurso “Veo Veo” Internacional, da Radiotelevisão Espanhola, no qual recebeu o Prémio Especial do Júri.

Deu o seu primeiro recital público aos sete anos de idade, na Academia Musical da Ribeira Grande (Açores), ao que se seguiram outros nos Açores e Madeira, em Lisboa, Porto e outras localidades do País. Estreou-se como solista aos doze anos de idade, executando o Concerto K. 414 de Mozart, com a Orquestra da Academia de Amadores de Música (Lisboa). Alguns meses depois, interpretou o Concerto N.º 3 de Beethoven, com a Filarmonia das Beiras, o que representou a sua primeira actuação com uma orquestra profissional (Aveiro e Gouveia, 2003), seguindo-se outras com diferentes orquestras portuguesas (Orquestra do Norte e Orquestra do Algarve). Interpretou também o Concerto de Grieg nos Açores, com a Orquestra Académica Metropolitana de Lisboa (Festival MusicAtlântico, 2004), e a Rhapsody in blue de Gershwin com a Banda Sinfónica do Conservatório do Porto, no Grande Auditório do Europarque (Santa Maria da Feira) e no Teatro Rivoli (Porto).

Aos dez anos, foi ouvido por Vladimir Viardo, que o admitiu às suas master classes em Portugal, reservadas a alunos de nível etário e escolar superior, tendo também sido orientado, desde muito novo, por outros pianistas como Helena de Sá e Costa, Tânia Achot, Sequeira Costa, Pedro Burmester, Dmitri Bashkirov, Galina Eguiazarova e Aldo Ciccolini. Este, quando o escutou pela primeira vez, disse: “Il est monstrueusement doué “.

Com dezassete anos de idade, prestou provas de admissão a três escolas superiores de música em Londres, Guildhall School of Music and Drama (Universidade da City), Royal Academy of Music (Universidade de Londres) e Royal Gollege of Music, tendo-lhe sido imediatamente comunicada a admissão a todas elas, com isenção de propinas e bolsa de estudos. Optou pelo Royal College of Music, que lhe atribuiu o estatuto de “Foundation Scholar”. Nas palavras do director daquela instituição, Dr. Colin Lawson, em carta que lhe dirigiu a comunicar a decisão, “to be offered a place as a Foundation Scholar of the Royal College of Music is a considerable achievement. These are the RCM awards with the longest tradition: the first Foundation Scholarships were awarded when the College was founded in 1882. The list of former Foundation Scholars now contains the names of many of the world’s leading musicians.” Também bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, João Bettencourt da Câmara prossegue actualmente os seus estudos, com altas classificações (“First Class Honours”), no Royal College of Music, como aluno de Piano de Ruth Nye, um dos raros discípulos de Claudio Arrau.

Iniciou a sua carreira internacional em Junho de 2007, realizando uma primeira digressão nos Estados Unidos da América, a qual incluiu recitais em Washington, Providence e Boston. Após assistir ao seu recital em Washington, o crítico Stephen Neal Dennis (All arts review ) escreveu: “History was made last night at the Portuguese Ambassador’s Residence in Washington when the concert by young Portuguese pianist João Bettencourt da Câmara ended. Having heard extraordinary performances of music by Bach, Brahms and Beethoven, the audience rose spontaneously for a standing ovation for a pianist few had ever heard of previously (…). Only 19, Bettencourt da Câmara possesses a fearsome technique, something that has become so routine a component in concerts by younger pianists that audiences almost yawn when promised something spectacular. What is unexpected is the emotional depth of personal involvement that this pianist brings to each piece he plays. For a generation that never knew the young Sviatoslav Richter, one is forced to wonder how much more Richter himself could give at the age of 19.

11 Dezembro 2007

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