Hugo Casais cantor lírico

Hugo Casaes

Barítono lírico

Hugo César de Castro Meneses de Campos Casaes (Lisboa, 26 de dezembro de 1919 – Lisboa, 25 de fevereiro de 1989) foi um barítono que trocou uma carreira de engenheiro pela de cantor lírico e triunfou graças à sua mestria vocálica, ao volume da voz bem timbrada e uma dicção perfeita, como todo o lastro de ter sido aluno de piano desde os 7 anos e do Conservatório de Música de Lisboa desde os quinze.

A carreira lírica de Hugo Casaes nasceu no Teatro Nacional de São Carlos, na ópera Leonor Teles, de João Arroio. A sua qualidade angariou-lhe bolsas de estudo dos governos de Itália e de Portugal, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura, bem como da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo estudado canto e representação em Milão.

Cantou em palcos famosos da Europa e no Cornegie Hall de New York. Todavia, o fim da Companhia Portuguesa de Ópera, em 1975, foi um golpe rude para a carreira de Casaes. Em 1985, aos 66 anos de idade, interpretou o Barão Mirko Zeta da Viúva Alegre, no palco do São Luiz.

Hugo Casaes também trabalhou como ator cinematográfico, em Pássaros de Asas Cortadas (1963) de Artur Ramos, A Culpa (1980) de António Vitorino de Almeida e A Estrangeira (1982) de João Mário Grilo, para além de ter sido professor de canto e de ópera.

Foi galardoado com o Prémio da Imprensa – Música Erudita (1967), o Prémio Tomás Alcaide (1968) e, a título póstumo, com a Medalha de Mérito Cultural (1990).

Cf. Toponímia de Lisboa

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