fadista Helder Moutinho

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Helder Moutinho

Fado

Helder Moutinho nasceu em Oeiras, em 1969, e é provavelmente desta intimidade diária com o mar que emerge talvez a mais marcante característica da carreira deste fadista: uma capacidade multifacetada de entender e vivenciar a sua música, cantando, compondo, gerindo, produzindo, enfim, revelando definitivamente um horizonte alargado, de margens bem firmes e claras e caudal seguro e rico.

Da sua família, de tradição manifestamente fadista, ganhou não apenas o gosto natural pelo fado, acompanhando-os desde sempre e convivendo nos meios mais tradicionais deste género musical, mas acima de tudo a sede de cantar e assim tomar parte desse universo tão apaixonante.

No final da sua adolescência, depois de se identificar com estilos musicais mais diversificados, o fado começou a ganhar uma importância cada vez maior na sua vida. E é talvez por esse motivo que o contacto com Lisboa se revelou inevitável…

Depois do mar, foi o Tejo quem chama por ele, revelando-lhe a cidade das paixões, das casas de fado, das noites nostálgicas e poéticas e das gaivotas que iria escrever e reinventar sem limite. Se inicialmente cantava só para amigos, o dom deixou de poder ser guardado e foi então que surgiu o convite para fazer parte, pela primeira vez, do elenco de uma casa de fados, no Bairro Alto.

Foi por essa altura que toda a arte adormecida no artista começa a despertar. Nas tertúlias fadistas, pela noite dentro e com outros amantes do fado, começaram a surgir as primeiras letras de sua autoria que viria a gravar mais tarde no seu primeiro álbum – Sete Fados e Alguns Cantos – que pode ser considerado quase “milagroso”, pois a sua gravação decorreu a par com o desenvolver de outra faceta importantíssima de Helder Moutinho: o manager, o produtor, o empresário.

Como aconteceu este salto das Casas de Fado e da participação em concertos – como no projecto Fados da Mãe-d’água, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura, no Festival Festima (Portugal), na Expo’98 (Lisboa) e em várias salas nacionais e internacionais – é um fenómeno que nem o próprio entende bem. Certo é que a atitude descomprometida de início dá lugar a um envolvimento bem mais profundo e concreto.

Fiel ao seu espaço temporal de criação de um álbum por quadriénio, o fadista, compositor e letrista regressou às edições fonográficas com um álbum conceptual em que canta o mais universal e eterno dos temas, o Amor. Na sua base estão poemas originais, criados de raiz para este novo álbum por João Monge, Pedro Campos, José Fialho e o próprio Helder Moutinho.

Depois dos álbuns «Sete Fados e Alguns Cantos» (editado no final de 1999), «Luz de Lisboa» (2004) e «Que Fado É Este Que Trago» (2008), o álbum foi gravado no Palácio do Marquês de Tancos, na Mouraria. Com Hélder Moutinho estiveram muitos dos seus cúmplices habituais: Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Marco Oliveira (viola), Fernando Araújo (baixo) e o produtor musical Frederico Pereira.

Fruto do seu amadurecimento como intérprete, compositor e criador de conceitos para os seus discos e espectáculos, «Era Uma Vez o Amor» conta quatro histórias independentes, cada uma delas composta por quatro poemas diferentes de cada um dos quatro letristas convocados para a escrita deste álbum. No total, dezasseis temas coroados com um 17º que fará a súmula de todos os outros e que terá por base um dos fados tradicionais de Lisboa, o Fado Corrido cantado em cinco tons.

Todos eles inspirados em quatro contos originais, os poemas de Helder Moutinho respondem ao mote – autobiográfico – «Um Homem Normal» e os de Pedro Campos imaginam a vida da «Maria da Mouraria» enquanto os de João Monge contam «A História de Um Desencontro» e os de José Fialho relatam «A Ressaca de Uma Relação». O artista plástico André São Marcos é, paralelamente, o autor de quadros alusivos a cada uma das histórias contadas.

Músicos naturais de Oeiras

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