Francesco Esposito
Musicólogo
Francesco Esposito (13.01.1964 – 20.07.2020), sócio da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música, colaborou em diferentes ocasiões com a Sociedade Portuguesa de Investigação em Música, sendo membro da Comissão Científica do ENIM 2020 que se irá realizar em Coimbra.
Enquanto investigador independente realizou um intenso trabalho que se refletiu num percurso preenchido com importantes publicações.
Licenciou-se em Nápoles com tese em História da Música sobre a escola pianística napolitana do século XIX (nota máxima cum laude). Em 2009 completou um doutoramento em Musicologia Histórica (Universidade Nova de Lisboa, nota máxima cum laude por unanimidade), com uma dissertação sobre a vida concertística e associativismo musical em Lisboa na primeira metade do século XIX, que resultaria no livro Um Movimento Musical como nunca houve em Portugal (CESEM/Colibri, 2016).
Escreveu vários artigos publicados em revistas internacionais da especialidade com revisão por pares; algumas biografias de músicos do século XIX para diversos dicionários, incluindo The new Grove Dictionary of Music and Musicians e o Die Musik in Geschichte und Gegenwart. O seu ensaio Liszt al rovescio: la difficile relazione del pianismo portoghese di metà Ottocento con i modelli stranieri foi vencedor do da 5ª edição do Prémio Liszt (Fondazione Liszt de Bolonha, 2011).
Realizou um pós-doutoramento centrado nas digressões concertísticas do século XIX relacionadas com Portugal. Foi membro dos projetos Estudos de Música Instrumental em Portugal: 1755-1834 (Universidade de Évora), O Teatro de S. Carlos: As Artes do Espectáculo em Portugal (Universidade Nova de Lisboa) e colaborou com o projeto Applied musicology to the concert classic in Spain (Universidade de La Rioja).
Foi membro do Conselho Científico do Núcleo de Estudos da História da Música Luso-Brasileira Caravelas e do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical.
Ensinou várias disciplinas musicais (História da Música Portuguesa, Estética Musical, História da Música) nas principais instituições musicais de Lisboa (Universidade Nova, Escola Superior de Música, Academia Nacional Superior de Orquestra, Conservatório Nacional), assim como Literatura Italiana e Latina nas escolas italianas.
Os resultados das suas pesquisas foram constantemente apresentados à comunidade científica em congressos e conferências internacionais. Era investigador do Instituto de Etnomusicologia, no projeto PROFMUS – Ser Músico em Portugal: a condição sócio-profissional dos músicos em Lisboa (1750-1985).