barítono José de Freitas

JOSÉ DE FREITAS

José de Freitas, de nome completo José Cirilo de Freitas Silva, nasceu na Madeira e foi padre da Congregação da Missão (Padres Vicentinos). Já depois de padre, estudou nos conservatórios do Porto e de Lisboa, onde concluiu o Curso Superior de Canto com excelente classificação. Em 1978 tornou-se artista residente do Teatro Nacional de São Carlos onde se estreou com Schaunard em La Bohème. Foi intérprete de importantes papéis de barítono e de baixo-barítono em Portugal e no estrangeiro. Foi também diretor de coros e compositor de cânticos litúrgicos.

ENTREVISTA

Qual foi o primeiro momento em que se lembra de ter tido consciência de que a música era importante para si?

O primeiro momento?! Preferiria falar de uma pequena série de momentos… Concretizando: No meu 5º ano do seminário (hoje 9º ano), cerca dos 16 anos, quando a chamada “mudança de voz” era já algo acentuada, o meu ilustre professor de música, Padre António Ferreira Telles, poucos dias após ter-me convidado para tocar harmónio em algumas cerimónias litúrgicas (ele era o harmonista oficial, obviamente) e pedir-me para, alternadamente com outro colega, iniciar os cânticos na liturgia (o equivalente a solista), veio falar comigo na véspera da festa do Padroeiro do seminário (S. José), e disse-me: “Confio muito em ti para “segurares” a 4ª voz na missa solene de amanhã.” Ora aí tem um “puzzle” com bastante significado na minha “consciência musical” de jovem seminarista…

Quais os professores que mais o influenciaram no tempo de seminário?

Vou referir-me apenas a professores de música, obviamente. Desde os primeiros anos, tive uma veneração especial por um ilustre mestre, muito “sui generis”, mas muito competente e sabedor: o Padre António Ferreira Telles, a que atrás aludi. Era excelente harmonista, compositor, ótimo harmonizador. O Pe. Fernando da Cunha Carvalho, felizmente ainda entre nós, também teve influência na minha orientação musical, e não só. Mas vou salientar, sem querer ser injusto para os atrás citados e porventura outros, o Pe. João Dias de Azevedo, que muito me ajudou sobretudo no harmónio e no órgão, no Seminário de Mafra, onde fiz o meu noviciado (1954-1956). Nesse período, cheguei a tocar órgão em algumas celebrações dominicais e festas na Basílica de Mafra… E, para completar os anos do seminário, não poderei omitir o Pe. Fernando Pinto dos Reis (1929-2010).

Depois de ir para o seminário e de ser padre, quando é que se apercebeu de que cantar era o mais importante na sua vida profissional?

Como disse, cedo me iniciei e fui crescendo na função de solista. Continuei-a ao longo de todo o curso, alternando-a com o múnus de harmonista. Terminado o curso, fui incumbido da disciplina de Música (além de outras), no seminário menor. O concílio do Vaticano II acabava de privilegiar o vernáculo na liturgia. Iniciei a renovação de todo o repertório vigente. Eu próprio dei largas a uma velha paixão e iniciei a composição de cânticos em português, incluindo o “ordinário” e o “próprio” da missa para determinadas solenidades, além de outros cânticos circunstanciais. Aconselhado por não poucos, matriculei-me no Conservatório do Porto. Canto? Composição? Duas paixões. Muito incitado e encorajado pela professora D. Isabel Mallaguerra, decidi-me mais seriamente pelo canto, sem descurar a composição musical.

Após o curso geral de canto no Conservatório do Porto, vim a concluir o Curso Superior no Conservatório Nacional com a professora D. Helena Pina Manique. Com o programa do exame do curso superior concluído com alta classificação, fui convidado para vários recitais em Lisboa e não só. Iniciei logo de seguida o curso de ópera com o professor Álvaro Benamor e D. Helena Pina Manique. Fui admitido no Coro Gulbenkian, onde estive durante alguns meses até seguir para Paris com uma bolsa de estudos.

O diretor do Teatro Nacional de São Carlos, Eng. João Paes, que já me ouvira no Conservatório, convidou-me para, temporariamente, interromper o estágio em Paris e vir a Lisboa preparar o desempenho de um importante papel numa ópera portuguesa. Bem sucedido, pediu-me para, após o estágio parisiense, seguir para Florença, afim de preparar, com o famoso Gino Bechi, o importantíssimo papel de primeiro barítono (Lord Enrico d’Ashthon) da ópera Lucia di Lamermoor, de Donizetti. Cantei esse papel em novembro de 1977, no Teatro Rivoli (Porto)…

Toda esta “bola de neve” a partir da conclusão do curso superior de canto em 1974, todo o incrível desencadear de situações até finais de 1977, todo o ano de 1977 sobretudo, tudo isso responde à sua pergunta… Parafraseando, em contraste, um fadista, diria: “Ser cantor não foi meu sonho, mas cantar foi o meu fado…”

Dos anos em que estudou Música e Canto, que professores tiveram uma influência mais decisiva?

Nos conservatórios do Porto e de Lisboa, tive a felicidade de ser orientado respetivamente pelas professoras D. Isabel Mallaguerra e D. Helena Pina Manique, e ainda, por algum tempo, pela D. Arminda Correia, sem esquecer o Prof. Álvaro Benamor (cena).

Em Paris, como olvidar o trabalho com a famoso baixo Huc-Santana e o não menos célebre barítono Gabriel Bacquier? Em Itália, e aqui em Portugal, Gino Bechi foi simplesmente precioso no trabalho vocal e cénico. Este famoso barítono, que também me honrava com a sua amizade, cantou nos anos 40, em todos os grandes palcos do mundo. A sua famosa “entrega” aos espetáculos e nos espetáculos, quer cenicamente mas sobretudo vocalmente, levou-o a tal desgaste que teve de terminar a sua carreira por volta dos 40 anos, precisamente com a idade com que eu comecei…

Foi difícil deixar de ser padre e optar pela carreira musical?

Quando, em finais dos anos 60, me matriculei no Conservatório do Porto, confesso que o meu sonho era dar uma componente artística à minha missão de padre.

Começaram a surgir, porém, situações que não deixaram de me ir perturbando. Alguma confusão começou a instalar-se nos meus horizontes… Estávamos em pleno pós-74… Sobretudo a partir de 1977, comecei a sentir-me ultrapassado pelos acontecimentos. Tinham de ser tomadas decisões… Não podia viver na ambiguidade!… Houve muitas dúvidas, muitas incertezas… O meu Padre Provincial de então propôs-me fazer as duas coisas: padre e cantor… Tudo se desenrolava vertiginosamente… Eram convites para concertos, para óperas, etc.
Cheguei mesmo a atuar durante não pouco tempo, estando ainda no exercício do ministério… Fui chegando à conclusão de que as duas funções não faziam grande sentido… Em finais de 1978, acabei por tomar a decisão: pedi para Roma a dispensa do exercício das ordens. Não tive resposta fácil. Demorou mais de dois anos. Pelo meio, um apelo a que repensasse…

Qual foi o papel da Igreja na sua vida musical?

Primeiramente, como é obvio, penso em todo o curso do seminário. Para além de todos os aspetos da formação, a música da Igreja, o canto gregoriano, ocupou uma grande parte desse período, quer na teoria, quer na prática. O nosso Cantuale, um livro específico da Congregação da Missão com os mais belos cânticos gregorianos e muitos outros, a uma ou mais vozes, dominou grande parte desses anos, as nossas vozes e as nossas almas.

No seminário Maior, durante o curso de filosofia e teologia, para além das mais belas obras de polifonia sacra, cantávamos, todos os domingos e festas, o “comum” e o “próprio” em gregoriano, de acordo com o emblemático Liber Usualis, a mais completa obra do canto da Igreja. Tudo isto, naturalmente acompanhada da parte teórica, marca indelevelmente a minha personalidade e a minha formação musical. E não esqueço que quase sempre, alternadamente, fui organista e solista…

Após a ordenação, seguiram-se anos dominados pelo Concílio do Vaticano II, com uma série extraordinária de documentos sobre a música e a liturgia em vernáculo,com o aparecimento de excelentes compositores. E foram sempre surgindo, com os diversos papas, importantes documentos sobre a música litúrgica. Não posso esquecer os “famosos” cursos gregorianos de Fátima que frequentei.

Durante os anos 1977-1995, em que a vida artística teve o seu lado prioritário, nunca deixei de estar atento aos documentos da Igreja sobre música sacra e à obra de excelentes compositores que temos.

A partir de 1997, já no pós – S. Carlos, a pedido do meu grande amigo Conégo José Serrasina que acabava de ficar à frente da Paróquia dos Anjos, em Lisboa– a minha paróquia -, comecei a orientar o coro paroquial, tomando a peito a renovação dos cânticos e a dinamização litúrgica. Baseava-me sempre nos textos de cada celebração. Após 5 anos de intenso e profícuo trabalho, abracei outro projeto – na Capela do Palácio da Bemposta (Academia Militar), onde colaborei durante 13 anos (2003 – 2016). Durante este período, compus dezenas de cânticos que vieram a ser publicados pela Academia Militar, em 2012, num volume com o título Deus é Amor. Porque o “contexto” de então era “específico”, o referido volume irá “sofrer” brevemente substancial alteração.

Qual foi a maior deceção na sua vida?

Se me permite, não apresentaria uma mas duas deceções, e ambas no âmbito do mundo lírico. A primeira, logo de início. Tinha feito 40 anos. Eram diferentes, agora, o sonho e o ideal. Imaginava que perante mim, ia surgir um meio pleno de elevação, um ambiente superior, de arte, de cultura, etc. Cedo, porém, fui verificando e concluindo que as cores que sonhara belas, não, não o eram assim tanto… A realidade era bastante mais prosaica… Bem!… Respirei fundo, bem fundo, passe a expressão… E, vamos a isso!… Mas vamos mesmo! O desafio que ora iniciava era para ganhar, era mesmo para vencer!… E foi! Não tive o caminho atapetado de rosas, longe disso, muito longe! Foram necessárias uma fibra excecionalmente forte como considero ter, uma fé inabalável em Deus como efetivamente tenho, e também, obviamente, uma grande confiança nos talentos que Deus me deu, aliados à formação que tive (não poderei esquecê-lo!) E…aí vou eu!… E nem tudo foram espinhos, digamos em abono da verdade. Tive um público que me admirava e apoiava bastante, excelentes e excecionais críticas, outras nem tanto… E, entre um pessoal que rodava as três centenas (coro, orquestra, cantores, técnicos, etc), tive não poucos amigos e admiradores! Não esqueço que, logo no começo, nos primeiros ensaios, vi lágrimas nos olhos de algum do pessoal, ao verem a minha entrada enérgica, decidida, confiante, e pensando no “mundo” donde acabava de chegar… aos 40 anos!…

A segunda deceção foi no fim. Em finais de 92, a SEC, tendo à frente o Dr. Pedro Santana Lopes, achou por bem dissolver a Companhia Portuguesa de Ópera (cantores, orquestra, etc). Éramos 14 os cantores principais. Mesmo tendo em conta que eu continuava a cantar no país e não só, esta foi sem dúvida uma grande deceção. Aos 55 anos, encontrava-me no ponto mais alto da carreira, a nível vocal e cénico, na minha opinião e na de quantos me conheciam e ouviam! Esperava estar “em grande” mais uma boa dezena de anos… Lembrei-me então das palavras de Gino Bechi, quando, certo dia, nos anos 80, após fazer as célebres e espetaculares demonstrações, vocais e cénicas, durante um ensaio, e quando já contava perto dos 80 anos, teve este desabafo: “Agora é que eu sei cantar!”

Pois é!… Parafraseando o meu mestre, diria: “Agora… é que eu sabia cantar!…”

Qual foi o momento mais alto da carreira como cantor lírico?

Desempenhei os mais diversos papéis de 1º barítono, de baixo-barítono, papéis característicos, enfim, foram cerca de 50… Nunca tive um fracasso nos meus desempenhos. Pelo contrário! Escolher o momento mais alto?!… É difícil!… Estou a lembrar-me de não poucos… Do “Le Grand-Prêtre de Dagom” da ópera Samson et Dalila, de Saint-Saëns, em 1983. Quis preparar o papel em Lyon com o meu ex-professor de Paris, o grande barítono Gabriel Bacquier. Estou a recordar-me do “Dulcamara” da ópera L’Elisir d’Amore, de Donizetti, em 1984 e 1985… Do “Rocco”, da ópera Fidelio de Beethoven… Enfim, não vou alongar-me na citação de outras boas e belas hipóteses…

Mas vou escolher como momento mais alto uma ópera fora do estilo clássico: a ópera Kiú, do compositor espanhol Luís de Pablo, levada à cena em 1987 no Teatro Nacional de São Carlos. O meu papel de Babinshy, o pivô da ópera, na sua grande espetacularidade e dificuldade vocal e cénica, foi na verdade um momento muito alto na minha carreira! Não foi por acaso que o próprio compositor Luís de Pablo e o maestro Jesús Ramón Encimar me convidaram, 5 anos depois (dezembro de 1992 – janeiro de 1993), para interpretar em Madrid o mesmo papel!…

Quais foram os cantores líricos mundiais que mais o inspiraram?

Estavam na moda, nos anos 60, cantores líricos que deveras nos entusiasmavam. Lembro-me, por exemplo, de Mário Lanza, de Luís Mariano, de Alfredo Krauss que vim a conhecer em São Carlos, e com o qual contracenei, inicialmente, num ou noutro pequeno papel. E vários outros, quase todos tenores. O meu tipo de voz é de barítono ou de baixo-barítono. Mas foi sobretudo a partir do Curso Superior de Canto que comecei a interessar-me por vozes líricas, o que é absolutamente natural. Dado o meu tipo de voz, cerca de cinco ou seis cantores internacionais dominavam particularmente os meus gostos. Comecemos pelos alemães Dietrich Fischer-Dieskau e Hermann Prey, barítonos. O primeiro, absolutamente excecional em lied, tendo cantado praticamente tudo o que havia nesse domínio. Muitos o consideraram o maior músico do século XX. Foi inclusivamente maestro de música sacra. Ouvi-o ao vivo em Paris. Hermann Prey era superior como ator. As suas interpretações em óperas de Mozart, Rossini, Donizetti ficaram memoráveis. Outros dois barítonos ou baixo-barítonos, Fernando Corena e Rolando Panerai, eram também grandes cantores e atores, mais característicos que os anteriores. Outro barítono que, vocalmente (não cenicamente) me enchia as medidas, era Piero Cappuccilli. Era um barítono a que eu chamaria heróico-dramático, com uma incrível potência de voz. Jamais esquecerei o seu desempenho em Simon Boccanegra de Verdi, no São Carlos…

Poderia obviamente alongar-me, no que às vozes masculinas diz respeito. Mas também não posso deixar de me referir a vozes femininas que, além de nós deixarem siderados, tanto nos ensinaram! Antes de mais, Maria Callas!… Depois, uma Victoria de los Angeles que cheguei a ouvir na Gulbenkian. Fiorenza Cossotto, Mirella Freni, Christa LudwigMonserrat Caballé que ouvi em Paris dirigida por Leonard Bernstein… Uma Joan Sutherland, La Stupenda, a tal que cantou a Traviata no Coliseu na famosa noite de 24 para 25 de abril de 1974, com o já citado Alfredo Kraus… E eu estava lá!…

Quais os músicos portugueses mais influentes na sua carreira?

Por músicos, entendo compositores, professores, pianistas, ensaiadores, “pontos”, cantores, e, porque não, críticos… Antes de mais, as minhas duas professoras nos conservatórios do Porto e de Lisboa, respetivamente: Isabel Malaguerra e Helena Pina Manique. A professora D. Arminda Correia fez de forma extraordinária a breve transição entre uma e outra. Álvaro Benamor, na classe de ópera. A pianista Maria Helena Matos que me acompanhou com enorme competência desde o Conservatório Nacional, incluindo o exame final, e praticamente em todos os recitais que fui dando ao longo da carreira. O maestro Armando Vidal, músico de gema, com o qual preparei, como a generalidade dos artistas, quase todos os papéis que tinha a desempenhar nas dezenas de óperas em que fui interveniente. Entre os maestros – “pontos” – , não esquecerei o maestro Pasquali que tão competentemente orientou, durante os primeiros tempos, as nossas intervenções em palco, e o maestro Ascenso de Siqueira, grande e bom amigo e incrível ser humano… Tive a felicidade de trabalhar com encenadores como António Manuel Couto Viana, que me honrava com a sua amizade, Carlos Avillez (em várias óperas), Luís Miguel Cintra, João Lourenço

Cantores? Álvaro Malta, Hugo Casaes, Elizette Bayan, Armando Guerreiro, e outros… Lembro-me ainda de preciosas “dicas” que me deu Álvaro Malta

Compositores? Antes de mais, o Prof. Cândido Lima. Conheci-o em Paris. Conversávamos muito. Não esqueço o dia em que ele me apresentou ao seu amigo Iannis Xenakis… Fomos juntos a vários concertos. Preparei, com ele ao piano, algumas obras suas para canto. Foi meu pianista num concurso de canto em que fui premiado… Tudo isto em Paris, em 1977.

Com o grande compositor Fernando Lopes-Graça, tive a honra de preparar um importante papel de solista na sua obra As Sete Predicações d’Os Lusíadas, em vista à estreia mundial da mesma no VI Festival da Costa do Estoril (1980).
Joly Braga Santos honrava-me com a sua amizade e admiração. Com ele ensaiei o papel de solista na sua Cantata Das Sombras, sobre texto de Teixeira de Pascoaes, para primeira audição mundial no Teatro de S. Luís, a 27 de julho de 1985, com o Coro Gulbenkian, e enquadrada no XI Festival de Música da Costa do Estoril. De Joly Braga Santos nunca poderei esquecer as suas palavras, em pleno palco, no fim da última récita da sua Trilogia das Barcas, em maio de 1988: “Estou a compor uma ópera, para a Expo de Sevilha (daí a 4 anos), baseada numa obra de Frederico Garcia Llorca, Bodas de Sangue e tenho um muito bom papel para si”. Entretanto, o maestro falecia 2 meses depois, a 18 de julho de 1988, o que constituíu uma grande perda para o País, para a cultura portuguesa.

Quanto a críticos, devo dizer que, entre outros, Francine Benoit, João de Freitas Branco, José Blanc de Portugal muito me encorajaram e elogiaram!

E hoje, o que acha da evolução da ópera em Portugal?

Francamente, tenho dificuldade em responder. Há cerca de vinte e cinco anos, após a extinção da Companhia Portuguesa de Ópera e de ter dado como terminada a minha carreira lírica, abracei outro projeto e alheei-me bastante desse tema. Sei que, sobretudo por razões orçamentais, a programação se ressente, e muito. Tudo parece ser diferente. Repito: não tenho dados que me permitam fazer qualquer juízo de valor…

O que pensa do papel da música na Igreja?

Desde o Seminário Maior, fui lendo atentamente, e mais que uma vez, os documentos papais que surgiram desde o princípio do século XX:
o Motu próprio de São Pio X (1903) sobre a Restauração da Música Sacra;
a Constituição Apostólica Divini Cultus (1928) no pontificado de Pio XI, sobre a liturgia e a música sacra; a Encíclica Musicae Sacrae Disciplina (1953), do Papa Pio XII, sobre a Música Sacra, vocal e instrumental.

Logo após o Concílio do Vaticano II, surge a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium (1963), a realçar que “a acção litúrgica reveste maior nobreza quando é celebrada com canto, com a presença dos ministros sagrados e a participação ativa do povo”. E quando fala de canto, obviamente que se refere ao canto sagrado intimamente unido com o texto. E se o canto gregoriano ocupa sempre um lugar privilegiado em igualdade de circunstâncias, não são excluídos os outros géneros de música sacra mormente a Polifonia, desde que em harmonia com o espírito da ação litúrgica, e de acordo com os diversos tempos litúrgicos, com as diversas celebrações e os vários momentos da celebração. Compositores, organistas, mestres de coro, cantores, músicos (instrumentistas) devem formar um todo para o esplendor do canto.

Alguns anos após o Concílio, a famosa Instrução Musicam Sacram (1967), da Sagrada Congregação dos Ritos, é a síntese, diria perfeita, do que à Música Sacra diz respeito, desde o canto na celebração da missa, passando pela preparação de melodias para os textos em vernáculo, depois a música para instrumental, o Canto no Ofício, etc etc.

O assunto levar-nos-ia ainda a três ou quatro intervenções de São João Paulo II, a uma célebre conferência do Cardeal Ratzinger (mais tarde Papa Bento XVI) em 1985, a uma Nota Pastoral dos nossos bispos por ocasião do Ano Europeu da Música (em novembro de 1985).

E o nosso Papa Francisco, por mais de uma vez, tem insistido que a Música Sacra e Canto Litúrgico devem estar plenamente inculturados nas linguagens artísticas atuais.

Quais os compositores que mais ouve e, desses, que obras prefere?

J.S. Bach é incontornável. Oiço com frequência, por exemplo, a Cantata do Café, cuja ária Hat man nicht mit seinen kindern fez parte do programa do meu exame do Curso Superior de Canto de Concerto, e foi uma das provas de acesso ao Coro Gulbenkian, em novembro de 1974; a Missa em Si m, cujas árias de baixo cantei; e a Paixão Segundo S. João, em que interpretei o papel de Jesus, no Porto, em abril de 1977, quando ainda estagiava em Paris…
Haëndel (O Messias, e Música Aquática); Beethoven (Sinfonias 3, 6 e 9) e a ópera Fidelio, cujo papel de Rocco desempenhei em junho de 1986; Mozart (o Requiem que, enquanto membro do Coro Gulbenkian, cantei no Coliseu em 1975, com gravação para a Erato; a Sinfonia nº 40, etc etc); Haydn (A criação, a Missa de Santa Cecília e a Sinfonia Concertante); Bizet (Carmen); Bramhs (Um Requiem Alemão);Rossini (Stabat Mater); Tchaickowsky (Romeu e Julieta e Francesa da Rimini; Dvorak (Sinfonia nº 9, O Novo mundo); Ravel (Bolero); Rodrigo (Concerto de Aranjuez); Strauss (valsas); Elgar (Concerto para violoncelo).

E muito, muito mais, obviamente.

O que o levou a colecionar livros e discos?

Certamente, e de uma forma geral, o meu gosto pela música, a ligação à Igreja, o meu profissionalismo, a cultura. É claro que tudo se desenrola de acordo com as diversas etapas da vida:

a minha função de professor de Música (além de outras disciplinas) no seminário menor, após a minha formação, e o começo dos meus estudos no Conservatório;

a minha transição para a vida pastoral, durante 3 anos;

a minha ida para Lisboa para concluir o curso Superior, do Conservatório, e a minha curta passagem pela Fundação Gulbenkian;

o meu estágio de dois anos em Paris, concluído com 2 meses em Itália;

o começo e a continuação da minha carreira lírica no Teatro Nacional de São Carlos;

os 3 anos pós-São Carlos em que continuei a minha carreira;

o abraçar de novo projeto: “trabalhar” um coro inserido numa missão pastoral na Paróquia dos Anjos (Lisboa), a minha Paróquia, a partir de 1997 e, posteriormente, de 2003 a 2016, na capela do Palácio da Bemposta (Academia Militar);

e porque não dizê-lo, as minhas viagens de automóvel, algumas longas, nos anos 70 e daí para cá, para já não falar da minha própria casa…

Como vê, são muitas as etapas e as circunstâncias em que procurei estar sempre em dia e dentro das exigências das mesmas. Livros, discos, cassetes, CDs, DVDs eram verdadeiros instrumentos de trabalho, de cultura, de ocupação, de prazer…

Julgo ter sintetizado as razões da minha importante biblioteca e discoteca, das quais progressivamente e criteriosamente, me vou voluntariamente desfazendo.

Antes da sua formação académica no conservatório, que lugar tinha a música erudita no seu papel de formador no seminário?

Além de renovar completamente o repertório de cânticos religiosos que vinha de há longos anos (o que supunha rodear-me de bom material), comecei a interessar-me por vozes maravilhosas que os discos faziam chegar até nós (Mario Lanza, Luis Mariano, Alfredo Krauss etc, e por orquestras excecionais que nos traziam as mais belas melodias clássicas, canções famosas, música de filmes históricos…

Tive sempre a preocupação de partilhar com os meus jovens alunos algum desse maravilhoso mundo musical… Era importante para a educação da sua sensibilidade, dos seus gostos, da sua cultura.

Lembro-me, e muitos ex-alunos (quer do seminário, quer do ensino público) se recordarão de ter dado a ouvir, entre outras obras, uma pequena peça do compositor russo Alexander Borodine. Tratava-se de Nas estepes da Ásia Central. Era a caravana que surgia ao longe, a marcha dos camelos, a intensidade instrumental que “subia” a anunciar a chegada da caravana, a permanência no terreno, o retomar da marcha, os sons que se iam extinguido… até a caravana se perder de vista!… Era tudo tão belo, tão claro! Apaixonante!… O interesse era enorme. Os alunos começavam a compreender que a música tem um sentido, um conteúdo, uma intenção, uma finalidade, uma expressão!
O mesmo sucedeu com outras obras, como o Hino da Alegria, da IX Sinfonia de Beethoven! Etc etc.

Mas adverti-os sempre para que nada disto desviasse a atenção do essencial da sua formação!…

Em três palavras como se caracteriza a si mesmo?

Persistente! Perfecionista! Brioso!

Lisboa, 19 de março de 2018

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JOSÉ DE FREITAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Um barítono que é crítico de si próprio

Correio da Manhã, 28 de abril de 1986

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De padre a cantor principal de ópera no Teatro São Carlos

Diário de Notícias do Funchal, 11 de maio de 1986

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José de Freitas: de padre a cantor

Correio da Manhã, 02 de agosto de 1987

Daniel Martinho, compositor

Lista de Obras

DANIEL MARTINHO

Título Categoria Musical Instrumentação Sintética Data Duração
Constellations Banda Dois Trombones Solo, Trombone Baixo Solo, Tuba Solo e Banda Sinfónica 2014
… para um “Prelúdio”… Banda 10 Trombones e 2 Tubas 2011 8′ 00″
Magnificat Coro (a cappella)/conjunto Vocal Coro Misto 2009 10′ 00″
Barco Negro (Amália Rodrigues) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Casa Portuguesa (Amália Rodrigues) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Cavaleiro Monge (Mariza) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Fado Curvo (Mariza) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Feira de Castro (Mariza) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Lisboa Menina e Moça (Carlos do Carmo) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Os Putos (Carlos do Carmo) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Rosa Tirana (Amália Rodrigues) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Rosinha dos Limões (Artur Ribeiro) Coro e Orquestra/Ensemble Coro de Crianças, Duas Guitarras Clássicas, Orquestra de Cordas 2012
Canto Lúgubre Coro e Orquestra/Ensemble Coro Misto e Orquestra de Cordas 2009 11′ 00″
Sombras da dor Coro e Orquestra/Ensemble Percussionista, Guitarra Eléctrica, 2 Coros Mistos Solistas, Cravo e Órgão 2008 20′ 00″
Beyond the Void Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Percussão e Electrónica 2020 25′ 00″
From the past into the light Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) 2Tubas, Piano e Bateria 2015
Three Fragmented Perceptions Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Violino e Piano 2014
Três Miniaturas para Quarteto de Trompas Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Quarteto de Trompas 2014
Batimento(s) Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Trio de Saxofones 2012 10′ 00″
Antologia do Tempo: 1. Génese Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Quarteto de Cordas 2010 6′ 00″
Memórias de um sonho Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) 4 Percussionistas 2009 9′ 00″
Satori Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Flauta, Clarinete, Violino, Violoncelo, Piano 2008 12′ 00″
Tempo fragmentado Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos) Clarinete, Fagote, Percussão, Piano e Contrabaixo 2007 10′ 00″
Concerto for Brass Música de câmara (+ de 8 instrumentos) Grande Ensemble de Metais 2014 9′ 00″
Antologia do Tempo: 2. Ritual – fluxo contínuo Música de câmara (+ de 8 instrumentos) 17 Instrumentistas 2010 8′ 00″
Ultimatum Futurista Música de câmara (+ de 8 instrumentos) 15 Instrumentistas 2010 17′ 00″
Cosmos Música de câmara (+ de 8 instrumentos) 17 Instrumentistas 2007 10′ 00″
Composição VII Música Electroacústica sobre suporte Electrónica 2009 9′ 00″
Visões de um sanatório Música Electroacústica sobre suporte Electrónica 2008 8′ 30″
Vaccum Música Electroacústica sobre suporte Electrónica 2007 7′ 30″
Despertar Orquestra Orquestra 2015 11′ 30″
Pedra Filosofal (Manuel Freire) Orquestra Orquestra Júnior 2011
Antologia do Tempo: 3. Apogeu Orquestra Orquestra 2010 8′ 00″
Despertar Orquestra Orquestra 2010 11′ 30″
Renascer. Vida, Morte e Sonho Orquestra Orquestra 2009 12′ 00″
Dual Mind Alignment: Solista(s) e Orq./Ens. e/ou Coro/conjunto Vocal Saxofones Soprano, Alto, Tenor e Barítono, Orquestra e Electrónica 2016 30′ 00″
The Colour of a Time… Solista(s) e Orq./Ens. e/ou Coro/conjunto Vocal Percussão e Orquestra 2015
Concerto para Contrabaixo Solista(s) e Orq./Ens. e/ou Coro/conjunto Vocal Contrabaixo Solo e 15 Instrumentistas 2009 15′ 00″
– Breathe… Solo Clarinete Baixo e Electrónica em Tempo Real 2012 16′ 00″
Tema e DesConstruções Solo Tuba 2011 5′ 00″
Caleidoscópio Musical Solo Piano e Electrónica em Tempo Real 2009 9′ 00″
Canção da Eternidade Solo Violino 2009 5′ 00″
Dissimulação Solo Piano 2007 12′ 00″
Sonho Teatro Musical Ensemble, Narrador, Electrónica 2015 8′ 40″
4 Dramoletes Outros 2009

[ Lista facultada por Daniel Martinho, publicada na Meloteca a 05 de junho de 2020 ]

Daniel Martinho, compositor

Daniel Martinho, compositor

SINOPSE BIOGRÁFICA

Vasco M. N. Pereira (Lisboa, 1956), fez todos os estudos superiores de música em Espanha, onde frequentou os conservatórios Superiores de Música de Badajoz, Sevilha e Real C. de Madrid, tendo-se especializado em Composição e Orquestração/Instrumentação. É fundamentalmente em Espanha que a carreira de compositor se desenvolve. Tem obras estreadas em toda a Europa e América. Com o compositor norte-americano Thomas Bramel, fundaram Three Essential Elements, organização dedicada à divulgação da música de câmara dos seus membros.

LISTA DE OBRAS

CANÇÕES

SOBRE TEXTO SACRO/LITÚRGICO

Ave Maria – Soprano ou Tenor e Piano, 2010 – Estreada em Albi – França na catedral de Notre Dame de la Drèche, pela soprano Sabine Steffan com o pianista francês Robert Graczyk, em 18 de Dezembro de 2010
Alma Redemptóris Mater * – Soprano ou Tenor e Piano, 2010
O Sanctissima * – Soprano ou Tenor e Piano, 2010
Agnus Dei – Soprano, Contralto e Piano, 2011
Tóllite pórtas, príncipes – Soprano e Piano, 2011
Pater Noster – Contralto e Piano, 2012
Pater Noster – Soprano e Órgão, 2012 – Estreia 5 de Outubro em Pruzków – Polónia, na Igreja de St. Kazimierz, soprano Anna Emanuela Politalska.
Stabat Mater – Soprano, Contralto, 2 Violinos, 2 Violas, 1 Violoncelo, 2012

* Estreadas a 16 de Setembro de 2011, na capela de Notre Dame de Grâce – Grazac – França, sendo soprano solista Sabine Steffan, acompanhada pela pianista russa Anna Ioussourova

CANÇÕES COM POEMAS DE AUTOR

AFONSO LOPES VIEIRA
Sonho – Soprano ou Tenor e Piano, 2003
Cantiga das tristes queixas – Soprano ou Tenor e Piano, 2003 – Estreada a 22/09/2006 na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra – Soprano: Jacinta Almeida; Piano: Diego Ramos
Cantiga das flores do monte – Soprano, Mezzo-Soprano e Piano, 2003
As estrelas – Soprano ou Tenor e Piano, 2006
Dança do Vento – Soprano, Coro Misto e Piano, 2006 – Estreada em: Leiria, Teatro Miguel Franco, 05/02/ 2009, Solista: Jacinta Almeida; Coro: Trítono de Évora; Piano: Amadeu d’Oliveira
As velhas arcas – Soprano ou Tenor e Piano, 2007
Cantares dos búzios – Soprano ou Tenor e Piano, 2007
Ressurreição – Soprano ou Tenor, Piano e Declamador, 2007

FEDERICO GARCIA LORCA
Alta va la luna – Soprano e Piano, 2002
Serenata de Belisa – Soprano e Piano, 2002 (estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 15/10/2002)
La Luna, Duas Canções sobre os Poemas: La Luna Asoma / Canción China en Europa – Soprano, Piano e Orquestra, 2003 – estreada no Teatro López de Ayala, Badajoz (Espanha), 26/10/2003
Nana del Caballo – Soprano e Piano, 2002 (estreada a 21/11/2003 em Olivenza, Espanha) a)

a) Soprano – Jacinta Almeida e Piano – Amadeu d’Oliveira

FERNANDO PESSOA
Se estou só – Soprano e Piano, estreada a 21/11/2003 em Olivenza, Espanha- Soprano – Jacinta Almeida e Piano – Amadeu d’Oliveira, 2003
O Amor – Contra-tenor, Flauta e Piano. Encomenda do flautista português João Paulo Ramos Marta e do contra-tenor holandês, Sytse Buwalda. 2013
Ao longe, ao luar, poema: Fernando Pessoa, soprano, oboé, clarinete, violino, violoncelo e piano, 2014

GLÓRIA DE SANT’ANNA
É o vento, soprano e piano. Estreada em Ovar no Centro Cultural, no dia 3 de Julho de 2011. Soprano – Jacinta Almeida e Piano – Amadeu d’Oliveira. 1993
O Pescador, soprano e piano. Estreada em Ovar no Centro Cultural, no dia 3 de Julho de 2011. Soprano – Jacinta Almeida e Piano – Amadeu d’Oliveira. 1993
Asas – soprano, clarinete em sib, saxofone alto, saxofone tenor, trompa em fá e piano. Estreada em Ovar no Centro Cultural, no dia 3 de Julho de 2011 pela Cameraʇta Ibérica – Quintet e Jacinta Almeida – Soprano. 2010
Mágoa – soprano, clarinete em lá, saxofone alto, saxofone barítono, trompa em fá e piano. Estreada em Ovar no Centro Cultural, no dia 3 de Julho de 2011 pela Cameraʇta Ibérica – Quintet e Jacinta Almeida – Soprano. 2010
Mar – Soprano, clarinete em sib, saxofone alto, saxofone barítono, trompa em fá e piano. Estreada em Ovar no Centro Cultural, no dia 3 de Julho de 2011 pela Cameraʇta Ibérica – Quintet e Jacinta Almeida – Soprano. 2010

LUÍS VAZ DE CAMÕES
Descalça vai para a fonte – soprano e piano, 2008
Perdigão perdeu a pena – soprano e piano, 2008
Verdes são os campos – Estreada por Rita Moldão em 12/04/2018.
Soprano e piano, 2008
Amor é fogo que arde sem se ver (Habanera) – soprano ou tenor e piano, 2012 – para o cantautor francês Eric Fraj
Prelúdio e Fado – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, soprano ou tenor, guitarra portuguesa, guitarra baixo (acústico) ou contrabaixo e piano. 2013

MANUEL MALHEIRO DIAS
Alcance – soprano e piano, 2007

PERO ANDRADE CAMINHA (1520? – 1589)
Vilancete XXXIX – Estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 2002. Soprano e piano. 2001

RAFAEL ALBERTI
Adiós – Estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 2002. Soprano e piano. 2002
Canto, Río, con tus aguas – Estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 2002. Soprano e piano. 2001
Galope – Estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 2002. Soprano – Jacinta Almeida e piano – Amadeu d’Oliveira. 2001
Madrigal de Blanca–Nieve – Estreada no Ateneu de Badajoz, Espanha, 2002. Soprano e piano. 2001

SANDRA ISABEL AMARO
Saudade – soprano e piano, 2009 estreada em 2014 no Luxemburgo por Cécile Bonnet – soprano e Kevin Tamanini – piano

MARIA ELENA WALSH (Argentina)
Ahora – soprano e piano, 2009

ANTONIO MACHADO
Cantares, soprano e 2 pianos, 2012

SÃO SILVEIRINHA
Ser Criança, soprano e piano, 2018
Outras liberdades, soprano e piano, 2018

SOROR VIOLANTE DO CÉU (1602 – 1693)
Amor, se uma mudança imaginada – soprano e piano, 2010
Se apartada do corpo doce vida – soprano e piano, 2010

MARIO BENEDETTI (1920 – 2009)
Calma Chicha – soprano e orquestra de cordas, 2010

RAMÓN DE CAMPOAMOR (1817 – 1901)
El busto de nieve – soprano e orquestra de cordas, 2010

MARQUESA DE ALORNA (1750-1839)
Eu cantarei um dia – soprano e piano, 2010

GUSTAVO ADOLFO BÉCQUER (1836 – 1870)
Rima LII – Olas gigantes – 2 sopranos e orquestra de cordas, 2010

SOROR MADALENA DA GLÓRIA (1672 – ?)
Tenho amor, sem ter amores – soprano e piano, 2010

ANÓNIMO FRANCÊS

Bonsoir madame la Lune – poema anónimo francês – soprano, coro a 3 vozes e piano, 2011 – Estreada a 16 de Setembro de 2011, na capela de Notre Dame de Grâce – Grazac – França. Soprano solista Sabine Steffan, acompanhada pelo coral “La Pupitre” dirigido por Christine Michiels acompanhadas pela pianista russa Anna Ioussourova
En passant dans un petit bois – poema anónimo francês, 2011
a) soprano e piano
b) soprano, coro a 4 vozes

ANTOINE VINCENT ARNAULT (1766 – 1834)
La feuille, soprano e piano, 2011

RENÉ CHARLES D’ORLÉANS (1394 – 1465)
Rondeau de Printemps – soprano, piano e coro a 3 vozes , 2011

ANNE DE MARQUETS (1533-1588)
Sonnets spirituels – III – soprano e piano, 2011
Sonnets spirituels – V – soprano, coro e piano, 2011

Canções sem palavras, Vocalis 1 – AH / À; 2 – U / OU; 3 – OH / Ô – Soprano e Piano, 2011

FRANCE GAUTIER (heterónimo de Sabine Steffan) – VII POÈME DE L’ÂME, 2012:

1) Une âme est posée – Soprano e Flauta solo, 2012
2) Je suis l’être secret – Soprano e Guitarra, 2012
3) Lumière de mes pensées – Soprano, Flauta e Guitarra, 2012
4) Berceuse « Clartés éteintes » – Soprano, Flauta e Guitarra, 2012
5) Alors l’âme s’endort – Soprano, Flauta e Guitarra, 2012
6) Le quêteur d’absolus – Soprano, Flauta e Guitarra, 2012
7) Prière de l’âme – Soprano, Flauta e Guitarra, 2012

VÍCTOR HUGO LIMÓN MANCILLA (Tijuana, México)
La tibia flor, baritono e piano, Novembro 2019

Mezzo-Soprano e Piano

Poemas de ANDREA PAES
Tenho saudades, 2016
Momento, 2017
As acácias, 2017
Inverno escandinavo, 2017
Outono, 2017
Poema cantado ao Wimbe, 2017
Quero viajar ao país de ti, 2017

Poemas de ALBERTO CAEIRO (heterónimo de Fernando Pessoa)
Leve, leve, muito leve, 2017
Olá, guardador de rebanhos, 2017

Poema de INEZ ANDRADE PAES
Tanta água, 2017

Poemas de ANDREA PAES e INEZ ANDRADE PAES
Mãe, 2 Poemas sobre a “Mãe”. 2017

SELMA MEERBAUM-EISINGER (1924-1942),
Ja, poema em alemão. 2017

BAIXO OU BARÍTONO E QUINTETO DE SOPRO

Partindo-se – Poema: João Roiz de Castel Branco (S. XV – XVI), 2010
Eu ontem vi-te … – Poema: Ângelo de Lima (1872 – 1921), 2010
Dá a surpresa de ser – Poema: Fernando Pessoa (1888 – 1935), 2010
Aquela nunca vista formosura – Poema: António Ferreira (1528 – 1569), 2010
Quase Outono, Quase Belo – Encomenda de Marina Pacheco, soprano. Sobre um texto de Paulo José Miranda, soprano, leitor e piano, 2013

SOPRANO E QUARTETO DE CLARINETES – ciclo Poesía Ibérica.
Ciclo de canções dedicado à soprano Valenciana María Velasco e ao Cuarteto de Clarinetes VERT:

Vaguedás – Poema em galego: Rosalía de Castro, 2012
El Frío del Invierno – Poema em espanhol: Joaquín Riñon, 2013
Falo de Ti às Pedras das Estradas – Poema: Florbela Espanca, 2013
La Barraca – Poema em valenciano: Teodor Llorente, 2013

As rosas – Poema de Machado de Assis (1839 — 1908), para quartetode clarinetes. Maio de 2014

7 Canções para Soprano, Quinteto de Cordas* e Piano – Ciclo dedicado à cantora brasileira Ana Luísa Ramos, sobre poesia Luso-Brasileira:

1. Saudades, canção para soprano, quinteto de cordas e piano. Poema de Casimiro de Abreu (1839 – 1860). Setembro de 2015
2. Mãos de Prata, canção para soprano, quinteto de cordas e piano. Poema de Inez Andrade Paes. Outubro de 2015
3. EU… , canção para soprano, quinteto de cordas e piano. Poema de Florbela Espanca. Outubro de 2015
4. Amar e Ser Amado, canção para soprano, quinteto de cordas e piano. Poema de Castro Alves. Novembro de 2015
5. Dormes… , canção para soprano, quinteto de cordas e piano. Poema de Olavo Bilac (1865-1918). Janeiro de 2016
6. Lua, canção para soprano e quinteto de cordas. Poema de Inez Andrade Paes. Janeiro de 2016
7. Os Amigos, canção para soprano e quinteto de cordas. Poema de Eugénio de Andrade. Janeiro de 2016
* Violino I e II, Viola, Violoncelo e Contrabaixo

Canções para a soprano Ana Luísa Ramos:

Irene no Céu, canção para soprano e piano. Poema Manuel Bandeira. Maio de 2020
Sagres, canção para soprano e piano. Poema de Mário Alves de Oliveira. Maio de 2020

Soprano Solo “ a capella”

Le Canzone di Sarastro, Soprano solo com interacção do público e sons electrónicos. Sobre dois poemas originais: “Castilla” – Gabino Alejandro Carriedo – “Le Canzone di Sarastro” – Roberto Brancati; duas melodias tradicionais: Milho Verde; Tarantella Napoletana; a Ária da Ópera “Carmen” de Georges Bizet: L’amour est un oiseau rebelle. Dezembro de 2012.

Arranjos para cantor/a solista e piano de melodias tradicionais

Vós chamais-me moreninha, 2004
O Verde-gaio é maroto, 2004
O milho da nossa terra, soprano e piano, estreada em 2014 no Luxemburgo por Cécile Bonnet – soprano e Kevin Tamanini – piano. 2004
Meu coletinho aos ramos, 2004
2 canções populares – “En esta plazuelita” “Olha o velho” – Soprano, Violoncelo e Piano, 2004 – Estreada em Badajoz, “Sala Esteban Sánchez”, Abril 2005
Senhora do Almurtão, soprano e piano, tradicional de Idanha-A-Nova, Beira-Baixa, Portugal, 2007
Meus olhos van per la mare, Anónimo dos Séc. XVI, soprano e piano, 2007
Camino del Indio, Popular de Argentina, soprano e piano, 2009
Senhora do Almurtão, mezzo-soprano e piano, tradicional de Idanha-A-Nova, Beira-Baixa, Portugal, 2017

MÚSICA CORAL

CORO MISTO – TEXTO EM LATIM

Miserere Mei, Deus
Alma Redemptóris Máter
Tóllite
Ave Maria
Kyrie eleison, para coro, órgão e violoncelo
Stabat Mater
Magnificat, 2019

CORO MISTO A 4 VOZES

Prece – Poema: Glória de Sant’Anna, 1995
Branca estais e colorada – Gil Vicente (1465? — 1536?), 2009
Brisa – Poema: Sandra Isabel Amaro, 2009
Palavras – Poema: Glória de Sant’Anna, 2010
Pode-me ventura dar … – D. Goterre Coutinho S. XVI C., 2010
A Magia do Cante Alentejano – Poema: Rosa Guerreiro Dias, 2014
Gaivota, – Poema: Rosa Guerreiro Dias, 2014
A vinda de Jesus, poema: Rosa Guerreiro Dias, 2014

HARMONIZAÇÃO de melodia tradicionais e populares

Arco do meu adufe – Popular Portuguesa, 1995
Olhos negros – Popular Portuguesa, 1995
Milho da nossa terra – Popular Portuguesa, 1996
Josezito, Popular Portuguesa, Soprano solo, SATB, 2007
Mangerico Popular da Beira Alta – S. solo, C. solo, SATB, 2007
No meio do Mira, S. A. T. solo, T. B. , popular, 2007
Canção de Romaria – Popular Portuguesa, 2007
Regadinho – Popular Portuguesa, 2007
Sisirão – Popular Portuguesa, 2007
São coradinhas – Popular Portuguesa, 2008
Camino del Indio – Popular Argentina, 2009
Dom Solidom – SSATB, Popular da Estremadura, 2009
José embala o Menino – Popular Portuguesa, 2010
Saias, 1ª versão mais elaborada e 2ª versão simplificada – Melodia tradicional de Campo Maior, 2010
Ran Plan Plan – Anónimo Francês, 2011
Dorme, dorme meu menino, tradicional – Açores, 2014
Glória, Glória, Aleluia, anónimo, 2014
Portas d’Elvas – Popular Portuguesa, 2015
O chapéu novo, Popular de Elvas – Alentejo, 2015
Canção do Mar, Letra: Frederico de Brito, Música: Ferrer Trindade – Fado, 2015
Les Feuilles Mortes (1945) – Música: Joseph Kosma, Letra. Jacques Prévert, 2015
Tres hojitas, madre, popular espanhola, Tenor Solo e Coro Misto a 4 vozes, 2016
A camponesa, Tradicional / Popular de Elvas, 2016
Tres hojitas, madre, popular espanhola, coro masculino – TTBB, 2016
Minha mãe me deu um lenço, SATB, Tradicional – Alentejo (Serpa), 2016
Hymno do Senhor Jesus da Piedade, Música: Mário Sampayo Ribeiro, Letra: Alfredo Gameiro. Harmonização: SATB, 2016

CORO MASCULINO

Quotidianos, 8 vozes indistintas, 2008
Ó meu Menino Jesus, Coro de 8 Vozes Masculinas – 4 Tenores, 2 Barítonos, 2. Baixos, tradicional – Alentejo, 2014
Meu amor me deu um lenço, tradicional – Alentejo (Serpa), TTBB, 2014
É o vento, arranjo para coro a 4 vozes iguais, TTBB, da canção homónina sobre texto de Glória de Sant’Anna, 2016
Palavras, Poema: Glória de Sant’Anna. Maio de 2016

CORO MISTO COM PIANO

Meus olhos van per la maré – Anónimo S. XVI, 2008
José embala o Menino – Popular Portuguesa, 2010
Moda da Vindima – Popular Portuguesa, 2010
No meio do Mira – Popular Portuguesa, 2010
Regadinho – Popular Portuguesa, 2010
Senhora do Almurtão – Popular Portuguesa, 2010
Vira – Popular Portuguesa 2010
Villancico de la Vera de Cáceres, Extremadura – España, 2019

VÍCTOR HUGO LIMÓN MANCILLA (Tijuana-México), 4 poemas:

El camino, Coro Misto e Piano. Agosto de 2019
Hoy Pasaste, Coro Misto, Piano e Percussão. Agosto 2019
Nocturno, Coro Misto e Piano. Agosto de 2019
Sueños, Coro Misto e Piano. Agosto de 2019
La Memoria, Coro Misto e Piano. Setembro de 2019

CORO MISTO A 3 VOZES

Saias – Popular Portuguesa, Campo Maior – Soprano, Contralto, Barítono, 2010
Não se me dá que vindimem – Popular Portuguesa, Castelo Branco – Soprano, Alto, Baixo, 2010
No Meio do Mira – Popular Portuguesa – Soprano, Alto, Barítono, 2010
Ó Meu Menino Jesus – Popular Portuguesa – Soprano, Alto, Barítono, 2010

CORO FEMININO

Huayno – Inca, Peru – Soprano I, II, Contralto e Percussão, 2011
Pajarito que cantas en la laguna – Popular da Espanhola (Extremadura) – SA, 2011
José embala o Menino – Popular Portuguesa – SSAA. Estreia em Janeiro de 2013 pelo “Coro Feminino de Lisboa”. 2012
Ó Meu Menino Jesus – Popular Portuguesa – SSA, 2012
Vocalius, SSAA, 2013
Dorme, dorme meu menino, tradicional – Açores, SSAA, 2014
Meu amor me deu um lenço, tradicional – Alentejo (Serpa), SSAA, 2014
Tempo Sonoro – Os Relógios – coro feminino, relógios de carrilhão e despertadores ou sons electrónicos e leitor/declamador : Voz 1, 2, 3, 4 ou voz previamente gravada. Coro diviso in: SSAA – VOZ 1, 2, 3, 4; 2014
Tres hojitas, madre, popular espanhola, SSAA, 2016

MÚSICA DE CÂMARA

FLAUTA SOLO
Obras dedicadas à flautista italiana Rita D’Arcangelo:
Atlântico, estreada a 1 de Outubro de 2013 em Tóquio – Japão e gravada no CD “Inspyred by Rita D’Arcangelo”. 2012
Katabatikos, para Flauta Contralto / Alto Flute. Setembro 2019

Obras dedicadas ao flautista espanhol Antonio Berdonez:
Instantâneos, 2013
Haikus (haikai), para Flauta Contralto / Alto Flute, Julho 2019

Brisa – Breeze, obra encomendada pela flautista Myriam Hidber Dickinson, I – A brisa fresca / The cool breeze ; II – brisa de verão / summer breeze; III – brisa de montanha / mountain breeze; IV – brisa outonal / autumn breeze; Junho 2019

VIOLONCELO SOLO
Chuva – 2004

VIOLINO SOLO
Serenata, em três andamentos: Moderato, Allegro, Vivo

CLARINETE SOLO
Vagueando pelo campo, I – Vagueando por um campo de erva seca; II – O som da água; III – O canto da cotovia; IV – Apesar do nevoeiro o monte é belo; V – Caminhando sobre a erva fresca. Dedicado ao seu amigo, o clarinetista valenciano Salvador Navarro. Setembro 2019

GUITARRA SOLO
Serenim, dedicada ao guitarrista Fernando Hernández Leon. Dezembro 2016

HARPA SOLO
Impromptu per Arpa, Março 2016
Nome em branco – Toccata para Harpa, Allegro – Allegro Vivace – Presto. Julho 2019

PIANO SOLO

A Oliveira da Serra – 6 variações sobre um tema popular português, 1995
Variações Beirãs – Piano, 1996
Retratos – partita – I – Andante molto (Quasi Allegro) II – Tempo di Valse III – Allegretto IV – Giga, 1996
Pequeno Nocturno, 1999
Quadrivium, I – A la Fado; II – A la Débussy; III – A la Chopin; IV – Espanholeta. Estreada no Teatro López de Ayala de Badajoz – Espanha, 2001 – Pianista: Mariana Gourkova. 1999
Esboços – I Allegro; II Andante, 2004
4 Momentos Musicais: I – Mal me quer, bem me quer; II – Ar de Dança, 1; III – Ar de Dança, 2; IV – Adeus, 2008
Entardecer – I Allegretto; II Moderato; III Adagio/Allegro – estreada a 16 de Julho de 2013 em Assis-Itália. Pianista: Natalia Mogilevskaya – 2006
Música para jovens músicos, 10 Pequenas peças para piano, 2006
Momento Musical, I – Mal me quer, bem me quer; II – Ar de Dança; III – Ar de Dança II; IV – Adeus. Maio de 2008
Impressões Tarnianas, estreada a 16 de Julho de 2013 em Assis-Itália. Pianista: Natalia Mogilevskaya – 2012
Chant d’amour et tristesse d’un migrant, Junho de 2015
Mãos De Prata, Maio de 2015
Barcĭna, Julho 2016
Lua de vento, Fevereiro 2017
Elbax, obra dedicada à cidade de Elvas. Março 2017
Reminiscências, Suite para cravo ou piano / for harpsichord or piano 1. Espanholeta 2. Canção 3. Vira, Março 2020
Música para um tempo incerto, gravada em vídeo por Véronique Bracco – https://youtu.be/Jio2z8mnwkQ – 21/03/2020
Três por Quatro, Maio de 2020

DUOS

Ainigmas – Fantasia para violino e piano – Violino solo e piano, 1996
Inquietudes – Harpa e Flauta, 1997
O Sonhador, trompa e piano. Dezembro 1998
Saudade – Clarinete em Sib e Piano, Allegro – Andante – Allegro. Estreada em 21 de Abril de 2006 em Badajoz, pelo clarinetista espanhol Alfonso Pineda e pelo pianista mexicano Manuel Escalante. Fevereiro 2002.
Simetrias – 2 pianos, Julho de 2004
Rêverie, flauta e piano, Agosto de 2014
Quercus Robur, Flauta e Guitarra, Julho 2014
Riacho, Harpa e Flauta – Harp and Flute, Agosto de 2016
“O Fillii et Fillæ” – VI Variações sobre a melodia gregoriana “O Fillii et Filliae” para Harpa e Violino, Maio de 2017
Ceres, Flauta e Piano / Flute and Piano, Maio 2017
N236-1, In Memoriam. Piano e Guitarra. Junho de 2017
Mazurka, Variaciones sobre la Mazurka de Juan Perez Ribes, clarinete e piano, Julho de 2017
Piazzolando ou Libertando o Tango, 2 pianos. Dedicado ao Piano Duo Specchio. Janeiro de 2017
Athens, Clarinete em Sib e Acordeão – Clarinet in Bb & Accordion, Março 2018
Dueto para a Amizade, Guitarra e Contrabaixo, Janeiro 2019
Music for sculptures, by violin and clarinet in Bb, based on the Sculptures of Kelly Athanasiadou – Entelechy, Matrix, Square Thinking of a Chaotic Mind, Hypercube. Junho 2019
A dádiva da existência, Flauta & Piano, Maio 2020

TRIOS

Serenata Alentejana – 1ª Versão: 2 Guitarras e Guitarra Baixo ou Contrabaixo; 2ª Versão: 2 Acordeões. 2007
30 Segundos – 6 Peças para Oboé ou Flauta e Piano. 2010
Aquém-Tejo, Suite – Ouverture, Air Andalousian, Chanson d’Amour, Air de Giga; Trio – Violino, Violoncelo e Piano. 2012
Ar de Dança, Guitarra Portuguesa, Baixo e Piano. Junho de 2013
Fado Al Jazz – Guitarra Portuguesa, Guitarra Baixo ou Contrabaixo e Piano. 2013
Suspiros da terra e do mar, Violoncelo e Piano. Junho 2014
Pedrógrão Grande (EN236-1) In Memoriam, para 3 Harpas, Junho de 2017
“O Fillii et Fillæ” – VI Variações sobre a melodia gregoriana “O Fillii et Filliae” para Harpa e Violino, Maio de 2017
Três danças e um poslúdio – Flauta, Bandolim e Violino. Janeiro de 2018
Sobre a Água / Dentro Dela / Anda uma Ponte, Clarinete em Sib, Viola, Piano. Encomenda do clarinetista valenciano, Salvador Navarro. Janeiro de 2020
Sobre as sombras, Flauta, Harpa e Piano. Março 2020

Dedicado a Galan Trio, Violino, Violoncelo e Piano, Grécia:
Terra de Mar, gravado no CD Switch. Estreia a 14 de Dezembro de 2017 em Atenas. 2015
A Sight To Ararat, Variation – theme David Haladji , Estreia a 14 de Dezembro de 2017 em Atenas. Agosto 2017
“A” – Alfa / Alpha / A α de/from Ararat, Janeiro 2019

QUARTETOS

O Gaiteiro, para Flautim, 2 Flautas e Flauta em Sol. Janeiro de 2000
Monda – Quarteto para Clarinete em Sib, Violino, Violoncelo e Piano, 2001
Sol de Maga – Allegro – Andante – Allegro, Quarteto de Cordas com Piano, 2002
Ad Septem Aras – Quarteto de Cordas Op. 1: Violino I e II, Viola e Violoncelo, 2003
Simetrias – 2 Pianos, 2004
Fadossambeado, dedicada ao Quarteto de Clarinetas Omega – Brasil, Março de estreia 3 de Julho de 2014 em Brasília (Brasil). 2014
Triquetra, Quarteto de Saxofones – Saxophon Quartett. Dedicado ao quaretto italiano Triskeles. Julho 2018

Obras expressamente compostas para o Cuarteto de Clarinetes VERT (Valencia – Espanha):
BEET, estreada a 8 de Novembro de 2011 no Palau de la Música de Valencia pelo próprio quarteto, editada pela Brotons & Mercadal, Llevant Edicions Musicals, SL de Valencia – Espanha e, gravada pelo próprio quarteto no seu CD “ESENCIAS 2”. 2011
Promenades – Suite – 1. à la campagne 2. en charrette 3. à la mer 4. pour le Guadiana. Gravada no CD “Esencias 3”. Estreia a 11 de Abril de 2014 em Carcaixent, Valencia (Espanha). 2012
Carnavalescas – Gravada no CD “Esencias 4 – DiVERTisiones”. Fevereiro 2016
1, 2, 3 … 5 Minutos de Música, Novembro de 2019

QUINTETOS

Quinteto Op. 2 – Saxofones Soprano, Alto, Tenor, Barítono e Piano, Allegro Moderato, Adagio, Allegro. 2000
Os Cinco Elementos – Quinteto de sopro, 2010 – Obra em cinco andamentos para o quinteto italiano “I Cinque Elementi Wind Ensemble”, estreada en Graves – França em 27 de Julho de 2010
Suite Miniatura – Quinteto de Sopro sobre temas tradicionais portugueses, 2010
Mediterraneando – Variações sobre o o tema Mediterrâneo. Homenagem a Juan Manuel Serrat. Para Pax Julia – 1 clarinetin Bb, soprano sax, alto sax, horn in F & bassoon. Março de 2020.

ENSEMBLES

Jogos percutivos I, para 3 trompetes, 4 trompas, 3 trombones, timbales, caixa, temple bloks, xilofone, vibrafone, marimba, marimba baixa e bombo. Julho de 2005
Jogos percutivos II, para flautím, flauta, oboée, clarinete em si bemol, saxofone soprano, saxofone alto, saxofone tenor, saxofone barítono, fagote, 2 trompas, timbales, triângulo, caixa, maracas, caixa chinesa, xilofone, vibrafone, marimba, marimba baixa, pandeireta, bombo e contrabaixo. Julho de 2005
Jogos percutivos III, timbales, caixa, temple bloks, glockenspiel, xilofone, vibrafone, marimba, marimba baixa, bombo e orquestra de cordas. Julho de 2005
Fantasía Campestre I ou Impressões sobre uma tarde chuvosa de Primavera
Flauta, Oboé, Clarinete em Sib, Fagote, Trompa em Fá, Trompete em Sib, Timbales, Percussão – (caixa chinesa ou clavas e Tambor militar), Harpa, Piano, Violino I e II, 1 Viola, 1 Violoncelo e 1 Contrabaixo, Março 2008
Sinfonietta para um Ensemble – A Rondeau in Jazz style, 2009
1ª Versão: Flauta, Clarinete em Sib, Clarinete Baixo em Sib, Saxofone Alto, Tuba, Vibrafone, Percussão, Piano e Acordeão
2ª versão: Clarinete em Sib, Saxofone Alto, Piano e 2 Acordeões
Paisagens, Suite par un ensemble à cordes – Guitarras I, II, III, 2 Violoncelos e 1 Contrabaixo. Dezembro 2013.
Graffitto Sonorum, Flute, Clarinete in Bb, Glockenspiel, Vibraphone, Snare Drum, Piano, 2 Violins, 1 Viola, 1 Cello, Março/Mars 2014
Fantasia Campestre II , Flute, Oboe, Clarinet in Bb, Bass Clarinet, Basson, Horn in F, Xylophone and Piano, Janeiro de 2014
Mediterranescas Variações sobre 3 temas populares: “Barco Negro, Mediterrâneo e O Milho da Nossa Terra”. Marimba, Bongós, Piano, Acordeão, Violino & Contrabaixo Janeiro de 2019
Fantasia concertante, obra composta sobre dois temas populares portugueses, “Senhora do Almurtão” e “Cantar Alentejano”. 2012
Mar Falante, I cantata de Cantoriana Marítima – Trilogía poética-musical sobre as Descobertas Marítimas: – para Soprano, Coro Feminino* e Clarinete em Sib, 2 Saxofones (S., A., T. ou BAR.), Trompa em Fá e Piano, sons electrónicos previamente gravados. Libreto: Inez Andrade Paes. Outubro 2011
Cantares Alentejanos, Suite de melodias e cantos alentejanos para: – Soprano; Mezzo-soprano; Coro Misto (mínimo 20 cantores); Coro Masculino Alentejano; Piano; 1 Flauta transversal/Flautim; 1 Oboé; 1 Clarinete em Sib; 1 Saxofone Alto; 1Trompa em Fá; 2 Violinos; 1 Viola de Arco; 1 Violoncelo;1 Contrabaixo; 2 Timbales, Triângulo, Caixa de Rufo, Pandeireta, 1 Tambor grande, 1 Tambor pequeno e Bombo, 2009
Sharing Rays of Light, (based on Bible texts ) for Soprano, Mixed Choir, Viola, and Piano. In 4 Parts – The Lord is my rock – Live as children – Sing with joy – A song of ascents. November 2018
Stabat Mater, soprano, mezzo-soprano/contralto 2 violinos, 2 violas e 1 violoncelo. Texto latino do século XIII. Estreia Outubro de 2016, na Sé de Elvas. Solistas: soprano – Rita Moldão, mezzo-soprano – Cátia Moreso, acompanhadas por um quinteto formado por antigas instrumentistas da sua Orquesta Luso-Española: Sara Álvarez-Borbolla, Beatriz Caballero, Rosa Escobar, Teresa González e Teresa Garcia.

ORQUESTRA DE CORDAS
Jogos Infantis, Rapsodia sobre um tema popular português, estreada em Portalegre (Portugal),1996
Luz – Allegro Moderato; Adagio; Moderato, 1999 estreada em Elvas (Portugal), Maio de 1999
Ensaio Sinfónico – I Allegro Moderato, II Andante, III Scherzo, IV Allegro, 2001
Cinq Méditations sur la Beauté, Dezembro de 2013

ORQUESTRA DE CÂMARA
Ungaresca – 1999
Crepúsculo, 2002
Flores do Verde Pino – 2003
4 Melodias Populares Portuguesas – O milho da nossa terra; O Verde-gaio é maroto; Vós chamais-me moreninha; Meu coletinho aos ramos – 2004

SOLISTA E ORQUESTRA
Concerto Op. 1 – Piano e Orquestra Sinfónica, 1996
Concerto para um dia – Op. 2 – Violino Solo e Orquestra Sinfónica,1998
Concerto Op. 3 para Flauta transversal – Flauta e Orquestra de Cordas, 2001

ORQUESTRA SINFÓNICA
Lusitania ( Poema Sinfónico ),1994
O voo do pássaro, 2003
Bolero, 2004
Carrossel, 2004
Suite de Valsas, 2004
Flores de papel, 2005
Guadiana entre duas pontes – Suite (I – Brisa no rio II – Dança das águas do rio III – A rã saltadora e o pato nadador IV – Entre duas pontes – Final). Estreada no Mosteiro dos Jerónimos de Lisboa, em 30 de Abril de 2006 pela Orquesta Luso-Española. 2005
Ladainha, 2005
Dies irae, tema com variações, 2008

BANDA
Suite Ibérica, 1998, Revisão 2006
Barqueiro do Mira, 2008
Mandragora Autumnalis, 2012
Swingist – (this is swing) for Band, Variações sobres 2 temas de Jazz: Minor Swing & Les Yeux Noir. Abril de 2014.

BALLET
FRATRES, Ballet em 3 Actos. Para Coro Misto, Piano, Quinteto de Sopro e Percussão. Libreto de Fernando Luís C. S. Antunes. Em Composição.

ÓPERA

Splintered Flashes – Libretto by Michael Herrschel. Cast: Soloists: Soprano • Baritone; Narrator/Diseur – Speech synthesis / synthesized voice; Choirs: Female Choir 1 (8 voices – SSAA), Female Choir 2 (8 voices – SSAA), Male Choir (8 voices –TTBB); Orchestration: Timpani, Wind Chimes, Maracas, Claves, Wood Block, Temple Block, Timbales, Snare Drum, Bass Drum, 2 Glockenspiel, 2 Xylophones, 2 Vibraphones, 2 Marimbas, Electric Guitar, Electric Bass (Guitar), Piano, Celesta, Violin, Viola and Cello. April 2018
A Savage Regard, libretto by Maxine Frost – em composição
Obras compostas conjuntamente com o compositor norte-americano Thomas Bramel:
Fratris Divertimento, para Pax Julia – Wind Quintet (1 Clarinet in Bb, 2 Saxophones, 1 Horn & 1 Bassoon). Fevereiro de 2020
diVERTsion, dedicado ao Cuarteto de Clarinetes Vert. Maio de 2020

ARRANJOS

Cameraʇta Ibérica e Pax Julia Ensemble:

Rumanian Folk Dances, Béla Bartok.
Suite Nº 3 de J. S. Bach
Brandenburg nr 2 de J. S. Bach
Sonata II a 5 Op. 2 Nº. 3 Tomaso Albinoni (1671 – 1751)
12 Contredanses for Orchestra, WoO 14 Serie 2 Nº 17, Ludwig van Beethoven,
Marcha Turca – Beethoven
Quintett für Oboe, 3 Hörner und Fagott, Beethoven
Fandango – Bocherini
Househlod Music – Vaughan Williams
MR. Sandman, Lyrics and Music: Pat Ballard, Maio de 2020
Etc.

PARA HARPA E FLAUTA
La Mendiga, de Enrique Granados
La Huérfana, de Enrique Granados
PARA ORQUESTRA DE CORDAS
La Mendiga, de Enrique Granados*
La Huérfana, de Enrique Granados*

PARA SOPRANO, PIANO E ORQUESTRA SINFÓNICA
Torna a Sorrento, Canzone Napolitana*
O sole mio, de E.D. Capua*
Chora Videira, de Frederico de Freitas*
Canção da vindima, de Joly Braga Santos*
Aquella moça, de Luís de Freitas Branco*
Azulão, de Jayme Ovalle*
Mattinata, de R. Leoncavallo*
Non ti scordar di me, de E. D. Curtis*
* Estreadas no Teatro López de Ayala de Badajoz a 26 de Novembro 2003
PARA ORQUESTRA SINFÓNICA
Suite Manchega, Suite para Banda Sinfónica de Juan Pérez Ribes, estreada em Larache, Marrocos, Abril 2002
PEÇAS PARA ORQUESTRA ORFF
POPULAR TRADICIONAL
A caminho de Viseu, Popular da Beira, Portugal
A Ram Sam Sam, Popular Árabe
Ame, fure – Tradicional do Japão
Ani Kuni – Popular Índia
Canção da Canoa – Popular Inglesa
Cai Neve – Popular Francesa
Cânone Ucraniano – Popular da Ucrânia
Dorme, dorme meu menino – Popular de Viseu-Beira, Portugal
Fray Martin – Popular Espanhola
God rest ye merry – Popular Irlandesa
Haidom – Popular Checa
O Balão do João – Popular
Senhora do Almurtão – Popular da Beira Baixa, Portugal
Sisirão – Popular Portuguesa
Pot-pourri sobre 3 melodias portuguesas: Papagaio Loiro; Eu fui ao Jardim Celeste; As Pombinhas da Cat’rina
Caminito del Índio – Popular da Argentina

AUTOR CLÁSSICO
Beata Víscera – Pérotin (Séc. XII)
Canção do Amanhecer e Dança – João Sebastião BACH
Canticorum Jubilo – George F. Haendel (1685 – 1759)
Gagliarda – Jean Baptiste Lully (1633 – 1687)
3 Pequenas peças de Kabalevski – Pequena Canção; Pequena Polka; Pequena Marcha – Kabalevski
Melodia de Schumann – Robert SCHUMANN (1810 -1865)
Cânone de PACHELBEL (1653 – 1706)
“Sinfonia dos Brinquedos “ Minuetto – Johann Georg Leopold Mozart (1719 –1787)

ORIGINAIS

Canção Chinesa – Flauta 1 e 2, Triângulo, Bloco de 2 Sons, Clavas, Caixa Chinesa, Jogo de Sinos Soprano, Xilofone Soprano, Metalofone Soprano ou Jogo de Sinos Contralto, Metalofone Contralto, Xilofone Baixo 1 e 2, Pandeireta
5 Canções sem Palavras – Flauta Soprano 1/2, Triângulo, Pratos, Bloco de 2 sons, Maracas, Pandeireta, Caixa chinesa, Bongós, Tamborete, Jogo de sinos 1/2, Metalofone 1/2/3, Metalofone Baixo, Xilofone Soprano 1/2/3, Xilofone Baixo
Ritmos assimétricos I – Triângulo, Prato com baqueta de feltro, Caixa chinesa timbre agudo, Prato com baqueta de madeira, Clavas, Bloco de 2 sons, Guizeira, Bongós, Triângulo, Tamborete médio, Tamborete grande

OBRAS PARA conjunto DE FLAUTAS DE BISEL BARROCAS
Dindirindin, Anónimo – para trio de flautas soprano com acompanhamento de percussão
Más vale trocar – Juan del Encina (séc. XVI) – SAAT*
Lascia ch’io pianga – G. F. Haendel – SAT
De donde venis amores – Juan Vasquez (séc. XVI) – SAAT
Morning has broken, tradicional irlandesa – SSSAT
Belle qui tiens ma vie – Pavanne, Thoinot Arbeau (1520-1595 ) – SAAT
Ani Kuni, tradicional americana – SAT
El Condor pasa, tradicional do Peru – SAT
Petite Sonate – Menuet, Wilton – 2 Flautas Soprano
Ritmos assimétricos II – Clavas, Caixa chinesa, Tamborete, Triângulo, Bongós, Bloco de 2 sons, Tamborete grande
Rondó em Sol Maior – – Flauta de Bísel Soprano 1 e 2, Jogo de Sinos Soprano e Contralto, Xilofone Soprano, Xilofone Contralto, Metalofone Soprano, Metalofone Contralto Metalofone Baixo, Xilofone Baixo

*S = Soprano; A = Contralto; T = Tenor

Fundador de:
– Orquesta Luso-Española – 1996 a 2006;
– Ensemble de Flautas Barrocas – 2008 a 2012;
– Cameraʇta Ibérica em 2010 a 2019;
– Pax Julia (Ensemble), 2019.

Está editado pelas editoras de música impressa Brotons & Mercadal Edicions Musical SL, ou pela sua subsidiária Music Valls S.L.

C.M. 30/05/2020

[ Lista facultada por Vasco Pereira, publicada na Meloteca a 05 de junho de 2020 ]

Vasco Pereira, compositor

Vasco Pereira, compositor

João Pedro Oliveira, compositor

SINOPSE BIOGRÁFICA

João Pedro Oliveira ocupa o cargo de Corwin Endowed Chair na Universidade da Califórnia em Santa Barbara. Estudou orgão, composição e arquitetura em Lisboa. Concluiu o doutoramento em Música na Universidade de New York em Stony Brook. Sua música inclui composições orquestrais, música de câmara, música eletroacústica e vídeo experimental. Recebeu mais de 50 prémios internacionais pelas suas obras. Publicou diversos artigos em revistas nacionais e internacionais, e escreveu um livro sobre teoria analítica da música do século XX.

www.jpoliveira.com

LISTA DE OBRAS

WORK LIST

Opera

Patmos. Opera; 1990. 45’

Orchestral / Choral

Tessares. Orchestra; 1991. 19’
Visão. Soprano and Orchestra, electronics; 1992. 25’
Requiem. Orchestra, 2 Choirs, Soloists and electronics; 1994. 70’
Shîyr. 2 sopranos, Orchestra and electronics; 2003. 26’
Abyssus Ascendens ad Aeternum Spendorem. Piano, orchestra and electronics, 2005. 18’
Cassiopeia. Percussion, Orchestra, electronics, 2008, 24’
Ut ex Invisibilibus Visibilia Fiant. Orchestra, 2010 (rev. 2017), 14’

Chamber Music

Etude for Five Instruments. Flute, clarinet, piano, cello, percussion; 1984. 12’
Threads I. Oboe, english horn, viola, piano, celesta, double bass; 1987. 13’
Threads II. 13 Instruments; 1987. 13’
Images de la Mémoire. Soprano and String Sextet; 1992. 22’
Kity. 5 Percussionists; 1993. 8’
Peregrinação. String Quartet; 1995. 14’
ultimate strenght. Saxophone Quartet; 1998. 9’
Pyramids. 2 pianos. 1998. 10’
Le Voyage des Sons String Sextet, soprano, mezzo, and electronics; 1998-99. 32’
…there are those who say that life is an illusion… Fl, Ob, Trpt, Perc, Vln, Cello, electronics; 1999. 10’
On the Rocks, 4 Percussionists, electronics, 2000. 10’
Íris Vln, Cl, Vcl, Pno, electronics; 2000. 12’
Labirinto. String Quartet and electronics; 2001. 16’
Adagio. Doublebass Quartet; 2001. 8’
O Abismo e o Silêncio (4 Songs) Textos by Fernando Pessoa. Soprano, vln, vla, vcl, pno, hrp, tape; 2001. 22’
Le Chant de L´Oyseau-Lyre. Fl, Ob, Cl, Pno, Perc, Vln, Vcl; 2002. 11’
Litania. Tenor Sax, guitar, electronics; 2003. 11’
Spiral of Light. String Quartet; 2005. 13’
Beyond. Vln, Cl, Piano, electronics; 2006. 12’
Timshel. Fl, Cl, Vln, Vcl, Piano, electronics; 2007. 15’
Entre o Ar e a Perfeição. Flute, piano and electronics; 2009. 9’ Hokmah. Clarinet, piano; 2009. 9’ Towdah. Flute, clarinet, piano, percussion, electronics; 2009. 15’ Angel Rock. Bass clarinet, marimba, electronics. 2011. 11′
Organa. Six Organs. 2011. 12′
Intersections. Cello,vibraphone, electronics. 2012. 10′
Synaesthesia. Vibraphone, marimba, steel drums, electric guitar. 2012. 11′
Kinetic Energy. Vibraphone, marimba. 2012. 8’
IMH. 6 percussions, electronics. 2013. 12’
Games for James. Guitar, piano; 2013. 8’
Broken Loops. 2 percussions; 2013. 10’
Burning Silver. Guitar, flute, electronics; 2014. 8’
Titanium. Piano 4-hands, electronics; 2014. 13’
Chroma. Piano, percussion, electronics. 2012-2014. 10’
Improvisação sobre texto Augusto de Campos. Open instrumentation and voice. 2014. 6’
6 Alleluias. 6 iberian organs. 2011-2015. 12′
Bridges and Gardens. Percussion Ensemble. 2016. 10’
Tensão-deformação. Fl, pno, vln, vcl. 2017. 8’
Enigma. Cello, piano. 2018. 11’
Pulsar. Percussion ensemble. 2018. 15’
Dark Energy. Cello, Double Bass, electronics. 2018. 10’
Tensão-deformação. Version for fl, pno, guitar, vcl, perc. 2018. 11’
Hexágono. Fl, accordion, marimba, vibraphone, violin, cello. 2019. 9’
A Delicada Essência dos Sonhos. Soprano sax, accordion, viola, cello. 2020. 10’
Assonâncias. Flute, tenor sax, guitar, glockenspiel, electronics. 2020. 7’

Solo Instrumental Music

Sete Visões do Apocalipse. Organ; 1982. 20’
Integrais I. Violin; 1986. 11’
Integrais II. Clarinet; 1986. 7’
Integrais III. Horn; 1986. 8’
Integrais IV. Saxophone; 1987. 8’
Sombras. Harpsichord, live-electronics; 1989. 13’
Pirâmides de Cristal. Piano. 1993. 14’
Harmonias e Ressonâncias. Organ. 1996. 16’
Crazy Mallets. Marimba. 1998. 9’
A Escada Estreita. Flute (alto and bass) and electronics. 1999. 10’
In Tempore. Piano and electronics. 2000. 11’
Liquid Bars (Lâminas Líquidas). Marimba and electronics. 2002. 12’
Time Spell. Clarinet and electronics. 2004. 13’
Livro de Órgão Ibérico (Iberian Organ Book). Organ. 1998 (rev. 2006). 17’
Maelstrom. Cymbalom and electronics. 2006. 8’
L’ Accordéon du Diable. Acordeon and electronics. 2006. 10’
Mosaic. Piano and electronics. 2010. 10’
Mosaic. Piano, toy piano and electronics. 2010. 13’
Vox Sum Vitae. Vibraphone and electronics. 2011. 9’
Magma. Violin and electronics. 2014. 11’
ff (Frozen Fred, Frozen Franz, Frozen Ferenc). Piano. 2012-2016. 12’
Rust. Viola and electronics. 2014. 8’
Hû yeshûphekâ rô’sh. Organ. 2015. 12’
Heavy Metals. Bassoon and electronics. 2016. 9’
Derivative I. Violin. 2017. 8’
Full Moon. Trombone. 2018. 7’
Mercury. E-flat clarinet, electronics. 2018. 9’
Singularity. Cello, electronics. 2019. 10’
Kontrol. Percussion, electronics 2019. 9’
Bass on Fire. Doublebass, electronics, video. 2020. 7’
City Walk. Percussion. 2020. 10’

Tape / Electroacoustic Music

Psalmus. 1986. 13’
Canticum. 1987. 13’
A Cidade Eterna. 1988. 15’
Triptico. 1991. Music for the museum of Fine Arts of Ghent (Belgium). 15’
Atlas. 1998. Music for the Pavillion of the Future at the World Exhibition EXPO 98. 10’
Rumo ao Futuro; 1998. Music for the Pavillion of the Future at the World Exhibition EXPO 98. 15’
Mahakala Sadhana; 1999. 10’
Et Ignis Involvens; 2005. 10’
‘Aphâr; 2007. 11’
Hydatos; 2008. 12’
Neshamah; 2015. 10’
La Mer Émeraude. 2018. 11’
N’vi’ah. 2019. 12’

Video

Hydatos; 2008 – 2013. 13’
Et Ignis Involvens; 2005 – 2014. 11’
‘Âphâr; 2007 – 2015. 10’
Neshamah; 2016. 10’
Petals; 2016. 10’
In Tempore; 2016. 11’
Tesseract; 2017. 9’
Storms; 2018. 9’
Things I have Seen in My Dreams. 2019. 11’

Music for Public Spaces

Tríptico; 1991. 15’
Silence to Light; 1993. 12’
Observatório dos Oceanos; 1998. 15’
Azul Profundo; 1998. 15’
Atlas; 1998. 15’
Rumo ao Futuro; 1998. 15’

Orchestrations and arrangements

5 Orchestrations of Schubert Songs. Orchestra; 1997. 15’
Schoenberg piano pieces op. 19. Orchestra; 1988. 8’
Christmas Music for Trumpet and Organ. Includes: A Major Concerto, A Minor Concerto, Choral-Preludes in E Minor and G Minor, 3 Voluntaries; 1997. 40’
Sing Swing Sing. Based on Benny Goodmann’s Music. 6 Percussionists; 2001. 11’
Zzapping. Based on Frank Zappa’s Music. Fl, cl, perc, pno, vcl; 2007. 12’
Burn. Arrangement of Deep Purple piece. Piano 4-hands. 2017. 5’

Short Works

Bagatela. Piano. 1995. 3’
Looking Into the Mirror. Piano and electronics. 2003. 1’
Torre de Névoa. Piano and Soprano. Poems by Florbela Espanca. 2006. 3’
The Fifth String. Violin and electronics. 2007. 2’
A Tre. Piano 4 hands and electronics. 2008. 2’
Jet. Flute and electronics. 2015. 2’
The Fifth String II. Viola and electronics. 2015. 2’
Saxtronic. Saxophone and electronics. 2018. 3’

João Pedro Oliveira, compositor

João Pedro Oliveira, compositor

[ Lista facultada por João Pedro Oliveira, publicada na Meloteca a 05 de maio de 2020 ]