Elsa Saque
Soprano
Elsa Saque nasceu na Amadora em 1946. Iniciou os estudos de Piano na Academia de Amadores de Música e de Canto no Conservatório Nacional, com Arminda Correia e Francine Benoit, prosseguindo mais tarde a sua formação artística na Companhia Portuguesa de Ópera, do Teatro da Trindade, com Tomás Alcaide e Giovanni Voyer.
Posteriormente, como bolseira do Instituto de Alta Cultura, aperfeiçoou-se em Palermo e Florença (Itália), com Gino Bechi. Em 1963, fez a sua estreia em ópera, na Companhia Portuguesa de Ópera do Teatro da Trindade, onde permaneceu até 1975.
Participou nos Festivais de Música de Figueira da Foz, Fundação Calouste Gulbenkian, Capuchos, Leiria, Algarve, Coimbra, Póvoa de Varzim, Açores, Costa do Estoril, Almada, INATEL e nos anos de 1989, 1990, 1993, 1995 e 1997, nos Festivais Internacionais de Música de Macau. Ainda em Macau, em Março de 1999, foi a artista convidada para a inauguração do Centro Cultural de Macau, acompanhada pela Orquestra Sinfónica de Pequim.
No campo operístico, Elsa Saque interpretou mais de 40 papeis principais, das óperas do repertório clássico. Foi cantora residente do Teatro Nacional de São Carlos, desde 1975 até à extinção deste, como EP, em 1992.
Para além das suas actuações nos palcos de ópera, tem-se dedicado também ao oratório e ao “lied”, colaborando frequentemente em concertos e recitais promovidos pela Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Paris, Teatro Nacional de São Carlos, Juventude Musical Portuguesa, Pró-Arte, Secretaria de Estado da Cultura, Europália, Fundação Oriente, RDP, RTP e Centro Cultural de Belém.
Na Expo 98, foi artista convidada para vários concertos e também para o encerramento da Exposição, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro do Teatro Nacional de São Carlos.
Actuou, para além de Portugal, em Espanha, França, Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos da América, Israel, Tailândia, Índia e China. É membro fundador da Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz, que tem apresentado espectáculos no País e no estrangeiro.
Gravou comercialmente para as editoras Deutsche Grammophon, Erato, Emi, Numérica e para a Discoteca Básica da Secretaria de Estado da Cultura. Gravou para a RTP o ciclo “Wesendonk Lieder”, de Wagner, vários concertos de Natal e recitais.
Tem sido convidada para fazer parte de diversos júris de concursos nacionais e internacionais de Canto, de que se destacam: Porto, Setúbal, Lisboa, Brasília e Genebra. Paralelamente à sua actividade artística, tem vindo a desenvolver, desde 1998, actividade pedagógica em Canto, no Conservatório Nacional, Academia de Música de Santa Cecília e Escola Superior de Música de Lisboa.
Ao longo da sua carreira, recebeu prémios nacionais e estrangeiros: Concurso de Valência em 1971 e os Prémios de Música Erudita da Casa da Imprensa em 1969, 1972, 1982 e 1998. Foi-lhe atribuído o troféu “Nova Gente”, para cantores líricos, nos anos de 1982, 1983 e 1986 e o “Prémio Tomaz Alcaide” em 1982 e 1984. Foi agraciada por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, com a Ordem Militar de Santiago de Espada (Dama).