Dinarte Machado organeiro

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Dinarte Machado

Organeiro

Nascido em 1959, Dinarte Machado começou a aprendizagem da construção e restauro de órgãos como autodidacta (1984-1992). Para consolidar os seus conhecimentos estagiou com Gerhard Grenzing, participando no restauro do órgão histórico do Palácio Real de Madrid, em 1992.

Como complemento dos seus conhecimentos realizou viagens aos países da Europa que detêm património organístico de relevo. A Espanha, a Itália, a França, a Alemanha e a Inglaterra foram os países visitados e nos quais procurou indícios de similitudes e diferenças com Portugal.

Partindo desse conhecimento, aprofundou o estudo técnico dos órgãos portugueses, que inicialmente centrou no conjunto existente no Arquipélago do Açores, tendo detectado a existência de características específicas, que configuram a existência de uma organaria portuguesa, original, distinta dos demais países.

Em 1994 participou como orador no Congresso Internacional de Órgãos Históricos Portugueses, onde apresentou provas da existência de um modo português de construir órgãos. Desde então vem defendendo publicamente a especificidade da organaria portuguesa e a necessidade de salvaguardar esses vestígios através do restauro criterioso do património organístico português.

Até ao momento, realizou sessenta e três restauros em Portugal (Madeira, Açores e Continente) e em Espanha. No campo da construção tem feito alguns órgãos de pequena dimensão para estudo e construiu nove instrumentos de maior envergadura para escolas de música e igrejas portuguesas. Em Outubro de 2008 terminou o N.º 9, que se destinou à Igreja do Colégio do Funchal.

Dinarte Machado tem-se dedicado também a inventariar o património organístico português, estando a ser publicados neste momento os inventários dos Açores e da Madeira.

É o responsável pelo restauro, em curso, dos seis órgãos da Basílica de Mafra, construídos no reinado de D. João VI, conjunto único no mundo e que representa o expoente da escola de organaria portuguesa.

A sua contribuição para a recuperação, quer do património instrumental, quer do ensino organístico em Portugal tem sido decisiva. Relativamente à organaria, a sua luta tem sido no sentido da implementação duma escola para preparar os futuros organeiros que irão ter que cuidar do vasto património português.

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