Cristina Branco
Voz
Cristina Branco, fadista, nasceu em Almeirim, a 28 de dezembro de 1972.
A carreira de Cristina Branco teve início com a gravação de Cristina Branco Live in Holland, em edição de autor, registo de dois concertos realizados a 25 de Abril de 1996. Foram feitos mil exemplares que se venderam imediatamente, logo seguidos por novas edições sucessivas, até se chegar aos 5.000 discos vendidos.
Gravou o disco Murmúrios para a editora holandesa Music & Words. O disco reúne 14 temas, desde fados tradicionais a versões de Sérgio Godinho, ou Luís Vaz de Camões com música de José Afonso. A maior parte dos textos são de Maria Duarte e as músicas de Custódio Castelo.
Em 1999, recebeu o Prix Choc da revista Le Monde de la Musique (França) pelo melhor disco de “Música do Mundo”.
Em 2000 saiu o álbum Post-Scriptum (título de um poema de Maria Teresa Horta).
Conquistou o Prix Choc, desta vez para o melhor álbum do mês de Março, em França. Na Holanda editou o disco Cristina Branco Canta Slauerhoff, com textos do poeta holandês J. J. Slauerhoff (1925-1976), Jan S. (1898-1936), com tradução de Mila Vidal Paletti e música de Custódio Castelo. O disco constituiu como que uma prova de agradecimento de Cristina Branco ao país que lhe abriu as portas do sucesso, embora nunca tenha vivido na Holanda.
Durante o ano de 2000, a cantora realizou cerca de 130 espectáculos por todo o mundo. O disco Corpo Iluminado, o primeiro com edição da Universal Music Classics França, foi editado em 2001. Em 2002 foi reeditado O Descobridor, novo título para o disco onde canta Slauerhoff, com três novos temas.
O sexto álbum de Cristina Branco, de título Sensus, foi editado pela Universal em 2003. A música é assinada por Custódio Castelo. O álbum conta com letras de David Mourão-Ferreira, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Eugénio de Andrade, Camões e Shakespeare, entre outros. Ulisses é o nome do disco seguinte, editado em 2005. Em 2006 foi editado Live, um registo ao vivo, tributo a Amália Rodrigues. Em 2007 demarca-se do fado e revisita a obra do cantautor Zeca Afonso.
Em 2009, deu a conhecer o seu novo disco, Kronos, que tem por tema unificador o Tempo e é constituído por canções inéditas compostas por uma dezena de criadores muito diferentes: José Mário Branco, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Rui Veloso, Vitorino, Janita Salomé, António Victorino d’Almeida, Mário Laginha, Carlos Bica, João Paulo Esteves da Silva e Ricardo Dias.
Em 2010, Cristina Branco foi o rosto português escolhido pelo pintor Júlio Pomar como inspiração para a criação de um selo e serigrafia comemorativos do centenário da República Portuguesa.
Em Junho desse ano, juntamente com Carlos Bica e João Paulo Esteves da Silva, enfrentou um desafio invulgar, ao participar no festival de homenagem a Robert Schumann, em Düsseldorf, projecto posteriormente apresentado no CCB e no Goethe Institut do Porto.
Começou o ano de 2011 com uma participação na digressão anual de Ano Novo da Sinfonietta de Amesterdão. Depois de músicos como Bobby McFerrin, Chick Corea e Roby Lakatos, e depois de ter participado já nesta digressão em 2006, Cristina Branco voltou a acompanhar a orquestra numa série de seis concertos.
Também em 2011, apresentou o seu novo trabalho Não há só Tangos em Paris, de onde saem palavras de Manuela de Freitas, António Lobo Antunes, Vasco Graça Moura, Carlos Tê e Miguel Farias, vestidas por sons saídos da inventiva de Mário Laginha, João Paulo Esteves da Silva, Pedro Moreira e também a música de Jacques Brel, Carlos Gardel e Isolina Carrillo – unificadas pela voz simultaneamente suave e profunda da cantora… Novas sonoridades mas com o Fado sempre presente.
2011