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Cidália Moreira
Fado
Cidália do Carmo Moreira nasceu no Algarve, na cidade de Olhão, a 1 de janeiro de 1944. A sua infância é preenchida por música e dança, e embora tenha perdido a mãe muito nova é por sua influência que ganha o gosto por estas representações.
Aos 17 anos vem sozinha para Lisboa na perspectiva de concretizar um dos sonhos da sua vida, dando começo a uma carreira artística. Após ultrapassar um período mais delicado na sua vida, Cidália Moreira estreia-se na casa típica A Viela, ao que se segue mais tarde a sua presença no elenco do Restaurante Luso.
Cidália Moreira, muitas vezes apelidada de “A Cigana do Fado”, tem percorrido todo um caminho pautado pelo sucesso. Com inúmeras gravações em formato EP, LP e CD, revisita autores consagrados, casos de Frederico Valério em “Primeiro Amor” (Frederico Valério/Nelson de Barros), Martinho d´Assunção em “Balada Para Uma Velhinha” (Martinho d´Assunção/Ary dos Santos), e Moniz Pereira em “Valeu a Pena”.
É digno de registo, a participação de Cidália Moreira em vários elencos do Teatro de Revista, particularmente na década de 70, com destaque para as produções, “Até Parece Mentira” (1974) e “Alto e Pára o Baile” (1977), entre muitas outras. São também incontáveis os programas televisivos em que Cidália Moreira actuou.
Em todos os momentos de actuação Cidália Moreira revela-se uma artista singular, com um estilo de interpretação único, pautado pela garra que sempre a caracterizou. Nos palcos das principais cidades de todo o mundo, estabelece um forte elo comunicativo com as comunidades portuguesas aí residentes.
Para celebrar o primeiro aniversário do Museu do Fado, em 25 de Setembro de 1999, Cidália Moreira juntou-se a inúmeros artistas para um espectáculo de fado que decorreu no Largo do Chafariz de Dentro.
No decorrer das “Festas de Lisboa 2004”, nomeadamente no programa da “Festa do Fado”, Cidália Moreira integrou o espectáculo temático intitulado “As Grandes Testemunhas”, ao lado de Beatriz da Conceição, João Ferreira-Rosa e Vicente da Câmara, e que teve lugar no Grande Auditório do CCB, em 11 de Junho de 2004. (cf. http://www.attambur.com/Noticias/20042t/festadofado.htm)
Numa se afastando dos grandes palcos e numa constante procura de renovação artística, em 11 de Novembro de 2006, Cidália Moreira juntou-se ao elenco do espectáculo de Fado e Flamengo “Tablao do Fado”, da Companhia de Dança Amalgama. Nesta iniciativa única, exalta-se toda a emoção das duas artes que se “fundem num cenário intimista.” (cf http://www.algarvedigital.pt/algarve/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2636)
Em 2008, no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, e no decorrer de uma iniciativa da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, organizou-se entre os dias 11 a 18 de Outubro, a Semana Intercultural do Projecto Escolhas Vivias, na qual Cidália Moreira se apresentou em concerto no dia 11 de Outubro. (cf. http://escolhasvivas.blogspot.com/2008/11/cidlia-moreira-na-semana-intercultural.html)
Presentemente é no Pateo de Alfama que descobrimos Cidália Moreira “em cuja voz transparece a dor nos fados mais sofridos, ou a brejeirice em fados mais alegres”( http://www.pateodealfama.com/pt/fado.asp)
Finalizamos esta biografia com as palavras de Carlos Albino Guerreiro, retiradas da página pessoal de Cidália Moreira: “Cidália, possivelmente alheia ao efeito teatral da sua voz, não se veste com fantasias. Tenta fazer uma história. A história do fado que se recusa a ser infeliz por um preço qualquer.”(Cf. http://www.cidaliamoreira.com/)
Museu do Fado, acesso a 15 de abril de 2018