Bio+
António Carrilho
Flauta de bisel
Concertista, criador conceptual, professor e director musical, António Carrilho apresenta-se num repertório que vai desde o Trecento italiano até à música mais recente passando ainda pela interpretação e transcrição da música do século XIX.
Foi solista com as orquestras Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana, Den Norsk Katedralenensemblet, Sinfonietta de Lisboa, Divino Sospiro, Os Músicos do Tejo, Barroca de Haifa, Barroca de Nagoya, Barroca do Amazonas…
É director de La Paix du Parnasse (GEMA) e Melleo Harmonia Antigua, membro de Syrinx: XXII (CMA), Syrinxello, Borealis Ensemble, Os Músicos do Tejo, e presença habitual em importantes festivais na Europa, América e Ásia.
Gravou para as etiquetas: Encherialis; Numérica; Naxos; Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Amazonas; MPMP; portugaler; dialogos; Arte France/ RTP.
Lecciona nos Cursos Internacionais de Música Antiga de Urbino em Itália e nos Cursos Internacionais de Música de Mateus (direcção pedagógica) em Portugal, tendo orientado cursos em Portugal, Holanda, Espanha, Alemanha, Itália, Índia, Japão, Austrália e Brasil.
É Professor de Flauta de bisel e Música de Câmara (coordenador da disciplina) na ESART e na Escuela Superior de Música de Extremadura, em Espanha.
[ Bio facultada por António Carrilho e inserida a 12 de março de 2019 ]
TESTEMUNHO
“… que o considero não apenas um dos músicos mais versáteis e talentosos do nosso país como do mundo da música erudita a nível global. O seu valor não se deve apenas ao total domínio do instrumento ou à expressividade e rigor que demonstra na abordagem do repertório de referência ligado à flauta de bisel.
Tenho para mim que as suas interpretações são equiparáveis às dos melhores flautistas do nosso tempo (ocorrem-me, sobretudo no universo barroco, os nomes de Giovanni Antonini e Sebastian Marq).
A sua destreza impressiona ainda mais pelo facto de se evidenciar também no repertório de outras eras, incluindo a da música contemporânea, demonstrando conhecer as particularidades que distinguem mundos musicais bem diversos. É também notável o à vontade por si demonstrado em cadenzas e improvisos que desafiam a criatividade e a espontaneidade só ao alcance dos melhores.
Acresce o seu condão para adaptar obras das mais variadas proveniências, mantendo sempre a fidelidade ao espírito dos compositores originais, dando muitas vezes a conhecer autores que a história relegou para um recanto mais discreto mas não menos revelador ou compensador para o público que invariavelmente o aplaude.
Cada concerto seu, além disso, revela um conceito, uma ideia consistente, pondo em relação mundos diversos ou focando um determinado contexto com significado histórico, um pouco na senda dos projetos de Jordi Savall.
Se acrescentarmos a tudo isto o prazer e o gosto que denota nas suas atuações, não há dúvida de que temos em si um dos grandes vultos da interpretação musical do nosso tempo, e só espero que o saibamos merecer tanto em Portugal como no resto do mundo. Bem haja!”
João Almeida, Director da RDP-Antena 2