Aníbal Nazaré
Autor
Estreou-se como autor teatral em 1930 e até à data do seu falecimento escreveu perto de 140 revistas e deixando canções e rábulas que fazem parte da história do teatro de revista em Portugal.
A sua historia é simples. Havia um empresário no Parque Mayer que se tinha zangado com a parceria de autores um dos quais Artur Amaús que conheceu o Aníbal Nazaré e lhe disse:
– Porque não escreve você uma revista?
Aníbal Nazaré disse-lhe que sim e ao fim de 8 dias entregou-lhe o 1º ato todo escrito.
A partir daí nunca mais parou fez diversas parcerias com Henrique Santana e com Nelson de Barros.
Reza a história que este autor só começava a escrever por volta das 3 da manhã, bebendo cafés e fumando cigarros uns atrás dos outros.
Entre os grandes êxitos que escreveu contam-se: “Fado falado”, “Tudo isto é fado”, “Sempre que Lisboa canta”, “O fado mora em Lisboa”.
Um dia chegou-o um espertalhão ao pé do Aníbal e cumprimentou-o efusivamente dizendo que tinha andado com ele no Liceu Camões e se ele não lhe arranjava um camarote para no dia seguinte ir ver a sessão. No dia a seguinte o espertalhão, apareceu muito triste e disse a Aníbal Nazaré que tinha vindo da bilheteira do teatro e não estava lá camarote nenhum reservado para si. De imediato este respondeu:
– Não me foi possível reservar o camarote, primeiro porque não sei o seu nome, segundo porque não andei no liceu Camões mas no Gil Vicente.