Outono à Beira-Rio
O fim de tarde em Coimbra
não tem pôr-do-sol igual:
melodia que nos timbra
um tom azul outonal.
Em Outubro Munda é rio
onde a brancura se pinta:
traço azul do casario
numa aguarela distinta.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
No seu olhar de menina
o sol se espelha com graça
no casario da colina
como fogo nas vidraças.
O ventar faz ondular
o poisar no rio da ave:
branda gaivota a adejar
num planar de asas suave.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Coimbra a ser vivida
por dentro do seu poente:
é senti-la assim esculpida
aos olhos da sua gente.
Letra e música: Jorge Cravo
Intérprete: Jorge Cravo / Quarteto de António José Moreira* (in CD “Canções d’uma Cidade e d’um Rio”, Numérica, 2010)
*Quarteto de António José Moreira:
António José Moreira – guitarra de Coimbra (construída em 1983, por Manuel Cardoso)
Henrique Ferrão – guitarra de Coimbra (construída em 1988, por Gilberto Grácio)
José Carlos Ribeiro – viola (Alhambra Mod. 6P)
Jorge Cravo – voz
Arranjos e composição final – António José Moreira, com a colaboração de Henrique Ferrão e José Carlos Ribeiro
Gravado nos estúdios da Quinta da Música, Grijó, e nos estúdios da Numérica, Paços de Brandão, de Maio a Julho de 2010
Técnico de som – Jorge Fidalgo
Misturas, edição e masterização – Jorge Fidalgo, em Setembro e Outubro de 2010, no Porto (estúdio particular)

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