Metamorphosis and Resonances

Metamorphosis and resonances

“Metamorphosis and Resonances” é um caderno de oito peças para instrumentos solo, que tem como ponto de partida processos intuitivos intimamente ligados a gestos, timbres, camadas, imagens e focos, que definem as progressões de tensão e distensão, os elementos formais e o discurso de cada obra. (Hugo Reis 2017)

Metamorphosis and Resonances representa um compositor em plena posse dos seus meios de expressão, um compositor que, conhecendo as suas raízes, aponta para o alto, para o céu acima da copa da grande árvore do futuro.

Sérgio Azevedo

Partindo da ideia das 14 seminais Sequenze (1958-2004) de Luciano Berio (1925-2003), “ponto alfa” inevitável para qualquer compositor de hoje que se abalance a escrever para instrumentos a solo, de forma exploratória, Hugo Vasques Reis lança-se na sua própria sequência de metamorfoses e ressonâncias, metamorfoses e ressonâncias não somente do material musical – que percorre quase todas as peças – mas metamorfose do próprio timbre de cada um dos oito instrumento (os quais chegam a transfigurarem-se em pura matéria cósmica, como nas peças para acordeão e viola), e ressonância da matéria remanescente de um longínquo passado ibérico, como na peça dedicada à guitarra. No seu todo, Metamorphosis and Resonances representa um compositor em plena posse dos seus meios de expressão, um compositor que, conhecendo as suas raízes, aponta para o alto, para o céu acima da copa da grande árvore do futuro.

Sérgio Azevedo 2017

Metamorphosis and resonances

Metamorphosis and resonances

“Metamorphosis and Resonances” é um caderno de oito peças para instrumentos solo, que tem como ponto de partida processos intuitivos intimamente ligados a gestos, timbres, camadas, imagens e focos, que definem as progressões de tensão e distensão, os elementos formais e o discurso de cada obra. A ideia comum a todas as composições reflete um diálogo de cumplicidade e conflito, prazer e angústia, entre o horizonte e o abismo, entre a metamorfose e a ressonância. As gravações foram realizadas por um leque notável de músicos composto por: Ana Castanhito (harpa), Cândido Fernandes (piano), Filipe Quaresma (violoncelo), Frederic Cardoso (clarinete baixo), Lourenço Macedo Sampaio (viola d’arco), Monika Streitová (flauta), Paulo Jorge Ferreira (acordeão) e Pedro Rodrigues (guitarra clássica). Engenharia de som por António Pinheiro da Silva, com assistência de João Penedo. Fotografia de Cláudio Garrudo e prefácio de Sérgio Azevedo. Este trabalho teve o apoio da Direção Geral das Artes, Antena 2 e as gravações decorreram no auditório da Escola Superior de Música de Lisboa.

Hugo Vasco Reis 2017

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