Espólio de Luiz Costa
De acordo com notícia publicada pelo “Público” no Ípsilon, a 31 de Julho de 2018, da autoria de Sérgio C. Andrade, o espólio do compositor, pianista e pedagogo Luíz Costa, pai de Helena e Madalena Sá e Costa, vai ser divulgado pela Casa da Música.
LUIZ COSTA
Espólio do compositor Luiz Costa vai ser divulgado pela Casa da Música
A Câmara do Porto aprovou assinatura de protocolo com a fundação portuense, a Gulbenkian e a família do compositor com vista à digitalização de perto de duas centenas de partituras do pai de Helena e de Madalena Sá e Costa.
A Câmara Municipal do Porto aprovou esta terça-feira, por unanimidade, a assinatura de um protocolo de parceria para a digitalização e divulgação dos documentos da obra musical de Luiz Costa (1879-1960). Os outros parceiros deste protocolo são a família deste pianista e compositor – pai de Helena Sá e Costa (1915-2006) e de Madalena Sá e Costa (n. 1915) –, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Casa da Música.
O texto da proposta agora aprovada em reunião do executivo justifica este protocolo atendendo ao “interesse na divulgação e no estudo da obra de Luiz Costa, que desenvolveu a maior parte do seu trabalho na cidade do Porto”.
Essa tarefa irá caber à Casa da Música, que – segundo os termos do protocolo que será assinado em data a designar – assumirá a responsabilidade de divulgar os documentos digitais das obras do compositor nos seus sítios da Internet, para que “passem a ser do conhecimento público”, um trabalho que deverá ser concretizado até 31 de Dezembro do corrente ano.
A digitalização das partituras de Luiz Costa, já realizada, teve um custo de quatro mil euros, que serão pagos pela Câmara do Porto (2500 euros) e pela Gulbenkian (1500 euros). Esta operação teve por base a inventariação realizada pela musicóloga Christine Wassermann Beirão, no âmbito de um pós-doutoramento na Universidade Católica do Porto, e que foi editada em 2014.
Sérgio C. Andrade, Ípsilon, Público, 31 de Julho de 2018
BIOGRAFIA DE LUIZ COSTA
Nascido numa freguesia de Barcelos, Monte de Fralães, em 1879, Luiz Costa tornou-se um nome de referência do modernismo musical português. Iniciou os estudos musicais no Porto com Bernardo Moreira de Sá (1853-1924), que se tornaria seu sogro, pelo casamento com a também pianista Leonilde Moreira de Sá (1882-1964). No início do século XX, Luiz Costa aperfeiçoou a formação musical na Alemanha com músicos e professores da chamada Nova Escola Alemã de Piano, que incluía o também português Vianna da Motta.
De regresso a Portugal, tornou-se professor na Escola Superior de Piano e dirigiu duas instituições da cidade que tinham sido fundadas pelo seu sogro, o Conservatório de Música e o Orpheon Portuense (cujos arquivos estão também à guarda da Casa da Música) – através desta sociedade de concertos, o Porto pôde acolher figuras maiores da música mundial, como Maurice Ravel, Claudio Arrau ou Edwin Fisher. Paralelamente, Luiz Costa tocava como solista em vários concertos temáticos, e também ao lado de intérpretes como Pablo Casals e Guilhermina Suggia.
Como compositor, Luiz Costa desenvolveu uma obra assinalável, em que pretendeu casar a tradição poética e bucólica do seu país, e mesmo do seu Minho natal, com correntes estéticas do seu tempo, da escola alemã ao impressionismo francês, passando pelo neoclassicismo. Simultaneamente compôs várias peças para as suas filhas, e em particular para o piano de Helena Sá e Costa.
Caro José Ferreira
Espero encontrá-lo bem de saúde.
Vou enviar-lhe uma actualização deste site.
Continua a aceitar artigos já publicados ou essa rúbrica saiu do seu site?
Forte abraço
Henrique Luís Gomes de Araújo (Sá e Costa)
Olá, Professor
Envie. Com as mudanças da antiga para a nova Meloteca alguns artigos ficaram em suspenso à espera do novo sítio Musorbis que está a ser preparado. Se notou algum lapso, diga e será reparado. Artigos que já estejam em outra plataforma não interessam muito porque o Google penaliza cópias. Resumos já interessariam, porque não são cópia. Se os artigos tiverem sido publicados em papel, já não não há esse problema. Disponha.
Abraço! António José Ferreira