Citações de Dança

Olga Roriz, bailarina e coreógrafa

De bailarinos e coreógrafos e sobre dança

Citações sobre dança e bailado

Andrés Corchero, bailarino e coreógrafo

(n. Ciudad Real, Espanha, 1957)

A dança não é só movimento, também é filosofia, poesia, narrativa…

Na dança, o tempo não se explica mas é intrínseco à atuação. A passagem do tempo constrói-se a partir da composição dos movimentos no espaço ou da relação entre os silêncios e a música.

A dança é efémera. Podes bailar a mesma coreografia cada dia mas sempre a viverás de maneira diferente. O público de hoje tampouco sentirá o mesmo que o público que virá amanhã. Sempre se baila no eterno presente.

A poesia é como bailar escrevendo, podes ir muito longe com a imaginação. Também há uma relação estreita entre a dança e a música.

Estar triste não é mau. Em muitos casos, dá-te força. Pode ser um motor para a criação.

Ao longo da vida, deixas para trás muitas pessoas queridas. A vida tem esse ponto de tristeza. Mas a tristeza pode conviver com a esperança.

O mais importante é despertar emoções no público. O espaço entre o bailarino e os espetadores deve estar cheio de energia. O objetivo é conseguir que se mova algo no interior dos espetadores. A emoção é movimento.

A dança não é só movimento, também é filosofia, poesia, narrativa…

Andrés Corchero

Andrés Conchero, créditos La Vanguardia
Andrés Conchero, créditos La Vanguardia

Traduzido por António José Ferreira de entrevista dada ao jornal La Vanguardia a 16 de janeiro de 2020

Olga Roriz, coreógrafa

(n. Viana do Castelo, 8 de Agosto de 1955)

A dança é terapêutica. A dança eleva intelectual e fisicamente o ser humano. A dança é um apelo à humanidade e uma exaltação das nossas capacidades criativas. A dança é a nossa expressão maior. A poesia primordial. Pela dança o mundo eleva-se expande-se, liberta-se.

O poder do nosso corpo não se mede pela força muscular mas pelo lugar que ocupa, pelo espaço que invade, pelo que comunica.

O corpo e a mente na dança não param mesmo que estáticos. A relação com o vazio, o encontro e diálogo com outros corpos, outras mentes, é inesgotável.

A dança não é entretenimento, é comunicação, reflexão, manifesto.

Celebrar a dança é celebrar o ser humano, a nossa liberdade de expressão sem distinção de género, raça ou estrato social. O corpo feito manifesto.

Cada celebração congrega em si o passado o presente e o futuro. A humanidade precisa de um futuro melhor física e mentalmente. A dança cura e não só ao executar mas também ao apreciá-la.

Olga Roriz

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