Citações de Música na História

Heródoto

Música na História e nos historiadores

Heródoto

(n. Halicarnasso 484 a. C.; m. Túrio 420)

Ciro ouviu-lhes as propostas e, no fim, contou-lhes esta história: Um tocador de flauta, começou ele, viu os peixes no mar e pôs-se a tocar, convencido de que eles iam saltar para terra. Mas quando viu gorada a sua expectativa, pegou na rede, apanhou uma grande quantidade de peixes e tirou-os da água. Ao vê-los debaterem-se, disse: ‘Acabem-me com essas danças que, quando eu estava a tocar flauta, não quiseram vocês saltar cá para fora e dançar’. ]

Heródoto
Heródoto

|||

Escrito grego

(90 a. C.)

Praz à Boa Fortuna que seja feito o elogio de Antipatros, filho de Breucos, de Eleuternes, tocador de órgão hidráulico, pela sua reverência e a sua piedade em relação a Deus, pela predilecção que manifesta pela sua arte e pela sua benevolência para com a nossa cidade. ]

|||

Plínio o jovem

(112)

Têm por costume, em dias marcados, reunir-se antes de raiar o sol e cantar, em coros alternados, um hino a Cristo como a Deus. ]

|||

Ateneu

(Séc. II)

Ouviu-se nas redondezas o som de um hidraulo, tão agradável e tão encantador que nos fez voltar, fascinados pela harmonia. Então Ulpiano, voltando o olhar para o músico Alcides, disse: – Entendes tu, o maior músico dos homens, esta bela sinfonia que nos fez voltar, deslumbrados?… ]

|||

Jullius Pollux

(séc. II)

O hidraulo parece uma siringe invertida; os seus tubos são de bronze e soprados por baixo. O mais pequeno destes instrumentos é alimentado por foles; no maior, é a água que comprime o vento. O segundo dispõe de múltiplos sons e a voz dos seus tubos de bronze é muito brilhante. ]

|||

Texto árabe

(séc. IX)

Um dia, Ismail ibn al-Hâdi entrou em casa de Al-Mamun, quando ouviu uma música que lhe chamou a atenção. Quando Al-Mamun lhe perguntou: – Que tem?, ele respondeu: – Ouvi qualquer coisa que me comoveu. Fui o mais arrebatado a negar o facto que o órgão bizantino fazia morrer de prazer; mas agora posso afirmar que é verdade. ]

|||

Harun Bem-Jahra

(867)

Em seguida, introduz-se uma coisa chamada al-urgana; é um objecto de madeira, em forma quadrada, tendo o aspecto de uma prensa de azeite; esta prensa está revestida de um couro muito forte e suporta sessenta tubos de cobre. A parte dos tubos situada por cima do couro é revestida a ouro, mas só se vê uma pequena parte, pois cada tudo pouca diferença faz, em comprimento, do seu vizinho. De cada lado do objecto quadrado, há um buraco: lá se encontram foles semelhantes aos dos ferreiros. Dois homens começam então a manobrá-los; depois, chega o organista, que faz cantar os tubos. Cada tubo dá um som proporcional à sua altura e celebra o Imperador, enquanto todo o povo está sentado à mesa. ]

|||

D. Diogo de Sousa

(1505)

Todos aqueles que quiserem ser sacerdotes, ou haver benefícios, saibam ler bem, cantar, e gramática, e vivam bem e honestamente. ]

Partilhe
Share on facebook
Facebook