Canções tradicionais da Madeira e sobre a região

Ilha da Madeira

A nossa Ponta do Pargo

A nossa Ponta do Pargo,
ela nove sítios tem,
começando pelo Lombo,
no Amparo a nossa mãe.

Depois segue a Lombadinha,
Salão de Cima também,
a Igreja de S. Pedro,
por padroeiro se tem.

E segue o Salão de Baixo,
grande valor nele encerra,
nele temos o farol,
que alumia o mar e a serra.

Mais o sitio do Serrado,
e a Ribeira da Vaca,
depois a Lombada Velha,
E o Cabo a que remata.

Esta nossa freguesia,
é zona de agricultura,
Também se canta e baila,
que a vida no campo é dura.

É a batata e a semilha
e o trigo para o nosso pão.
Também cultivamos vinho,
com foice e enxada na mão.

Se cultivam hortaliças.
Também os nossos legumes
e criamos animais,
com tradições e costumes.

Também temos boa fruta,
que é o pêro e a maçã
e com esforço e trabalho,
de toda esta gente sã.

Com trabalhos e canseiras,
plantamos nossas flores,
toda esta Ponta do Pargo,
Cantam a Deus seus louvores.

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A ponta de São Lourenço

A ponta de São Lourenço
É mais além um nadinha
Foi onde o rei deu à costa
Dentro das pernas da rainha.

Adeus ilha da Madeira
As costas te vou voltando
Não sei o que deixo nela
Que os meus olhos vão chorando.

À Paúl tão grande
Ao longe parece bem
Eu só queria ter
O que no Paúl tem.

A semana a cobiçar

[ Mourisca do Caniçal ]

A semana a cobiçar,
De amor ela me cobiça…
Se não lograr os teus olhos
Domingo não vou à missa!

No adro da igreja, naquele apertão,
O lenço que tinha roubaram-mo da mão.
Garota de seda de trinta mil cores…
Quem deitavas, velha, a voz de namoro?

Se não sabes onde eu moro…
Eu moro ali além,
Numa casinha de palha,
Sozinho mais minha mãe.

No adro da igreja, naquele apertão,
O lenço que tinha roubaram-mo da mão.
Garota de seda de trinta mil cores…
Quem deitavas, velha, a voz de namoro?

Ó senhor de longe, longe,
Ó senhor, d’onde vens?
Venho passar o Natal,
Natal, a casa da minha mãe.
Quem não entrar no caminho
P’ró ano já cá não vem.

No adro da igreja, naquele apertão,
O lenço que tinha roubaram-mo da mão.
Garota de seda de trinta mil cores…
Quem deitavas, velha, a voz de namoro?

São quatro p’ra baile
E cinco p’ra perto;
Eu brinco contigo
E dá-me tudo certo.

Letra e música: Tradicional (Madeira)
Recolha: Artur Andrade e António Aragão
Intérprete: Real Companhia (in CD “Orgulhosamente Nós!”, Lusogram, 2000)
Primeira versão [?]: Encontros da Eira (in CD “Retalhos de Tradição”, Almasud Records, 1998; CD “O Melhor dos Encontros da Eira”, Vidisco, 2002)

Caniçal
Caniçal (Madeira)

Da minha janela à tua

Da minha janela à tua
Do teu coração ao meu
Podia andar um navio
O navegador seria eu.

Ó mar alto, ó mar alto
Ó mar alto sem ter fundo
Mais vale andar no mar alto
Que andar nas bocas do mundo.

Quando o sobreiro der baga
A cortiça for para o fundo
Então se há-de acabar
Estas más línguas do mundo.

Se o mar fosse de azeite
Como é de água salgada
Eu ia lá fora e vinha
Sem pagar frete nem nada.

Sem pagar frete nem nada
Meu amor para o Brasil
Não pagava o passaporte
Meu amor sem de lá vir.

O meu amor me deixou só
Para amar outra menina
Mas as lágrimas que eu choro
Sai-me da testa para cima.

O meu amor me deixou só
Não por nada que eu fizesse
Foi só para amar uma louca
Isto é, casos que acontecem.

Trabalhai, dobrai o corpo
Se queres ser alguém
Olhai que nas eras de hoje
Quem não trabalha não tem.

Casei-me para descansar
Tomei dobrada canseira
Mais valia que eu tivesse
Em casa do meu pai solteira.

Tu dizes que eu sou tua
Em que papel assinei
O mundo dá muita volta
Deus sabe eu de quem serei.

Embala, preta, embala

[ Embalo da Madeira ]

Embala, preta, embala!
Embala-m’ esta menina,
Que a menina vai dormir
Porqu’ ela é pequenina!

E também tu, Maria,
Pede àquela cotovia
Que fale mais devagar,
Não vá João acordar!

Calai-vos, águas do moinho!
Mário, fala mais baixinho!
Deixa o menino dormir,
’tá no primeiro soninho.

Letra e música: Tradicional (Serra d’Água, Madeira)
Informante: Serafina da Silva (canto)
Recolha: Manuel Rocha (“Embalo”, in CD “Povo Que Canta: Recolhas Etnográficas num Portugal Desconhecido (2000/2003)”, faixa 11, EMI-VC, 2003)
Intérprete: Segue-me à Capela (in Livro/CD “San’Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher”, Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015)

Era um anjo

Era um anjo, era um anjo
Meu Deus que eu tanto amei
Confesso que ainda o amo
E nunca o esquecerei.

Eu subi à ameixieira
Para apanhar uma ameixa
Arranjei um pechãozinho
O pai quer, a mão não deixa.

Nevoeiro, nevoeiro
Vai pr’a trás do teu palheiro,
Que hoje faço-te um bolo
E amanhã faço um brindeiro.

Ah mê Deus qu’eu já não posso
Subir a esta ladeira
Quand’eu chegar ao chãozinho
Eu vou dar uma carreira.

Há três dias que eu não como
Há quatro que não bebo vinho
Há cinco que eu não alcanço
Da tua boca um beijinho.

Esta é a moda da Ciranda

[ A Ciranda ]

Esta é a moda da Ciranda
É uma moda bem ligeira
Pra juntar as raparigas,
Como o trigo na joeira.

Coro

Ó Ciranda, ó cirandinha,
Vamos nos a cirandar
Vamos dar a meia volta,
Meia volta vamos dar.
Vamos dar a outra meia,
Adiante troca o par.

Adiante e troca o par,
Que o meu par já está trocado.
O amor que Deus me deu,
Aqui o tenho a meu lado.

A ciranda me convida
Para eu ir ao Cirão
Fiar uma maçaroca
Do mais fino algodão.

Vamos cantar a ciranda
Para animar este povo
Para alegria de todos
Desde o mais velho ao mais novo.

Estava a bela infanta

[ Cantiga da guerra ]

Estava a bela Infanta
No seu jardim assentada
Com pente de ouro fino
Os seus cabelos penteava.

Deitou os olhos ao mar
Viu vir uma grande armada
Capitão que nela vinha
Muito bem a guardava.

Dizei-me vós capitão
Dessa tão formosa armada
Se vistes o meu marido
Na terra que Deus pisava.

Anda tanto cavalheiro
Naquela terra sagrada
Mas dizei-me vós senhora
Os sinais que ele levava.

Levava cavalo branco
De selim de prata dourada
Na ponta da sua lança
A cruz ele levava.

Eu sou de cá

Eu sou de cá, você de lá
Sou do lado da lagoa
De dia não tenho tempo
Há noite vou de canoa.

Dei um beijo, ela zangou-se
Dei outro ela sorriu
O terceiro que lhe dei
Foi ela que me pediu.

Refrão

Eu queria passar o rio
Do rio da Assomada
Eu queria falar com a moça
A velha é que me atrapalha.

Refrão

Dei um beijo numa preta
Cheirou-me a café torrado
Foi o beijo mais gostoso
Que a minha boca têm dado.

Refrão

A minha canoazinha
Que anda à roda de vapor
Ainda está para nascer
Quem vai ser o meu amor.

Refrão

No meio daquele mar
Está uma parreira de uvas
Não há faca que as corte
Lá se perdem de maduras.

Foram dizer a meu pai

Foram dizer a meu pai
Que eu namorava bem
Também o meu pai no seu tempo
Namorou a minha mãe.

Se eu quisesse amores
Tinha mais de um cento
Bonecos de palha
Cabeças de vento.

O meu amor ontem à noite
Pela vida me jurou
Que se ia deitar ao mar
Se ele vai eu cá não vou.

Foram dizer ao meu pai
Que eu namorava alto
Também meu pai no seu tempo
Namorou três e quatro.

No tempo que eu te amava
Não amava a mais ninguém
Amava noventa e nove
Contigo fazia cem.

Foram dizer a meu pai
Que eu casava no Lanço
Leve diabo quem lhe disse
Que nunca tenha descanso.

Dizes que te vais embora
O meu coração não te quita
Se eu procurar hei-de achar
Outra cara mais bonita.

Não passes à minha porta
Nem a pé nem a cavalo
Que o meu pai é lavrador
Não quer genro fidalgo.

No meio daquele mar
Está um pinheiro florido
Não há nada mais bonito
Que a mulher e o seu marido.

Se eu quisesse amores
Que me têm dado
Tinha a casa cheia
Até ao telhado.

O anel que tu me deste
Era de vidro e quebrou-se
A amizade que eu te tinha
Era de água e derramou-se.

Subi à ameixieira
Para apanhar uma bela ameixa
Fui falar à rapariga
O pai quer a mãe não deixa.

Deitei o limão correndo
À tua porta parou
Quando o limão tem malícia
Que fará quem o deitou.

Ó meu amor vem cá à noite
Tenho ceia para te dar
É café e milho frito
E beijinhos ao caminhar.

Se fores daqui para fora
Diz para que terra vais
Deixa-me o teu nome escrito
Numa pedrinha no cais.

Meu amor, ó meu amor
Que agravo de mim tiveste?
O terreiro já tem erva
Há tanto que aqui não vieste.

O meu amor diz que vinha
Diz que vinha, mas não veio
Amanhã pelas nove horas
Tenho carta no correio.

O meu amor vai-se embora
Não vale a pena chorar
A melhor coisa a fazer
É pôr outro em seu lugar.

Já lá vai o sol abaixo
Com Maria pela mão
Maria vai rosadinha
Manuel cor de limão.

Rapariga do diabo
Deus te queira dar saúde
Andava para te enganar
Rapariga nunca pude.

Tenho um castanheiro na serra
Não lhe ponhas o machado
Que a sombra do castanheiro
Tem o meu amor deitado.

Ajudai-me a cantar
Que eu não posso cantar só
O meu coração magoado
Só dele pode haver dó.

Os meus olhos de chorar
Já nenhuma graça tem
Já avisei os meus olhos
Que não chorem por ninguém.

Dei-lhe um limão correndo
Pela rua nova abaixo
Quanto mais o limão corre
Quantos mais amores acho.

Madeira

Madeira
É tão linda assim
É como uma linda rosa
Plantada no meu jardim.

Madeira toda
Cercada de mar
Toda ela é um jardim
Para os Madeirenses cheirar.

Os que visitam a Madeira
Ficam muito encantados
Em ver as lindas montanhas
E os seus lindos prados.

A Madeira é um jardim
No mundo não há igual
Suas belezas não têm fim
É filha de Portugal.

Nas serras do norte
Respiramos ar puro
Eu muito lá passei
É por isso que eu juro.

Fazem-se muitos remédios
Com o mel das abelhinhas
Quando dão à luz os bebés
As mulheres ficam meninas.

Madeira és
Para mim um jardim em flor
Onde colhi muitas flores
Para o altar do Senhor.

Madeira em ti
Está minha terra natal
Onde vivi e aprendi
A fugir de todo o mal.

Meu amor, o teu lencinho

Meu amor o teu lencinho
Guardo com muito carinho
Nunca mais te esqueças dele
Recorda na despedida.

Quando a minha partida
Me acenas com ele.
Vou pedir à Virgem Santa
Que me dê coragem tanta.

Que abrande a minha dor
Desse seu branco lencinho
Ter enxerga do bercinho
Onde embala o nosso amor.

Não sei o que fiz à Lua

Não sei o que fiz à Lua
Não me dá no terreiro
Vou mandá-la prender
Nas grades de um limoeiro.

Não sei o que fiz à Lua
Não me dá claridade
Vou mandá-la prender
Na cadeia da cidade.

Amarrei o sol à lua
Na ponta de um guardanapo
O sol era pequenino
Fugiu-me para um buraco.

Não te encostes à parreira

[ Em Tempo de Vindimas ]

Não te encostes à parreira
Qu’a parreira larga pó!
Encosta-te à minha cama:
Sou solteiro e durmo só!

Ai, venha vinho, venha vinho!
Venha mais meio galão!
Quem quiser beber vinho
Ponha a boca ao garrafão.

Ai, venha vinho, venha vinho!
Venha mais meia canada!
Quem quiser beber vinho
Ponha a boca na levada.

Ai Maria! Ai Maria!
Não é coisa que se faça:
Tu queres é beber o vinho
Daqui da minha cabaça.

Minha mãe não quer que eu beba
Nem vinho nem aguardente;
Nada no mundo me alegra,
Só contigo estou contente.

Se tu quiseres qu’eu cante,
Dá-me um copo de vinho!
Que o vinho é coisa santa,
Faz o cantar miudinho!

Se os senhores querem qu’eu cante,
Dêem-me vinho ou dinheiro!
Qu’esta minha gargantinha
Não é fole de ferreiro!

Se os senhores querem qu’eu cante,
Dêem-me vinho ou dinheiro!
Qu’esta minha gargantinha
Não é fole de ferreiro!

Letra: Popular (quadras recolhidas por Lília Mata, no Sítio da Ribeira dos Pretetes, Caniço, Santa Cruz, Ilha da Madeira)
Música: Carlos Alberto Moniz
Intérprete: Carlos Alberto Moniz
Versão original: Carlos Alberto Moniz (in Livro/2CD “O Vinho dos Poetas”: CD 2, Carlos Alberto Moniz/Ovação, 2014)

No meio daquele mar

No meio daquele mar
Tem uma parreira de uvas
Não há faca que as corte
Já se perdem de maduras.

A parreira dá-me um cacho
O cacho dá-me um baguinho
Quero fazer água pé
Já que meu pai não tem vinho.

Vim-me embora para a cidade
Que o campo já me aborrece
Dentro da cidade eu tenho
Quem penas por mim padece.

Subi ao céu numa escada
E desci num cacho de uvas
Só Deus é que pode ajudar
Estas pobres viúvas.

Meu amor vem cá à noite
Tenho uma coisa para lhe dar
Cafezinho, milho frito
E um beijinho ao caminhar.

O meu amor era um cravo

O meu amor era um cravo
Que aquele craveiro deu
E todo o mundo tem inveja
Daquele cravo ser meu.

Mandei fazer um jaleque
No Pico da Band’Além
Se não casares comigo
Não casas com mais ninguém.

Maria porque não tens
Uma cédula com’as outras?
A vontade era boa…
As moedas eram poucas!

Ó minha mãe

Ó minha mãe, minha mãe
Não me chame sua folha
Chama-me uma destravada
Que nasci para a triste vida.

Minha mãe, minha mãe
Triste vida sem mulher
É bonita corre a fama
É feia ninguém a quer.

Lua, lua
Lua, luar
Pega o meu filhinho
Ajuda-me a criar.

Quando eu era pequenina
Minha mãe me aninhava
Até eu adormecia
Com beijos que ela me dava.

Manuel mais Maria
São filhos da mesma mãe
Manuel é mais bonito
Maria que culpa tem?

Quando eu nasci à noite
Nem uma estrela brilhava
A lua minha madrinha
Lá no céu me alumiava.

Oh meu amor

Oh meu amor, meu querido,
Amor do meu coração,
Quem me dera te poder ver,
Que nunca mais te vi não.

Se tu visses o que eu vi,
Lá no Rio de Janeiro,
O macaco a bater palmas,
Na testa do sapateiro.

Mariquinhas da levada,
Rega o teu manjericão,
Que hoje eu sou levadeiro,
Amanhã serei ou não.

Quando estiver a morrer

Quando estiver para morrer
E para deixar esta vida
Jesus, Maria e José
Hão-de ser minha guarida.

Hão-de rodear-me o leito
Com carinho maternal
P’ra que as forças do inferno
Não possam fazer-lhe mal.

Jesus e a mãe santíssima
Mais o meu Pai São José
Com amor hão-de dizer-me:
Não foi vã a tua fé.

Todos três hão-de fazer-me
Ao morrer Cruz na testa,
São José fechar-me os olhos
A morte para mim é festa.

Que bom é deixar o mundo
Amparado por teus pés
Maria, Jesus e José
Não me deixarão jamais.

São Vicente

[ Hino de São Vicente ]

São Vicente, São Vicente
Capelinha à beira mar
Não esqueças São Vicente
Ande lá por onde andar.

Vem cá assim
Não fujas de ao pé de mim
Vem cá assim
Não fujas de ao pé de mim.

Com o povo de São Vicente
Nem a polícia se mete
Vamos todos prá rambóia
Nem que chovam canivetes.

São Vicente, te és linda terra

São Vicente tu és linda terra
Tu és minha, tu és singular
Não esqueças São Vicente
Andes lá por onde andar

Tens costumes bem antigos
Que honram a tua gente
Por toda a parte tem fama
O jaqué de São Vicente

Tuas serras alterneiras
Olhando o fundo da ribeira
Tuas paisagens verdejantes
As mais lindas da Madeira.

São Vicente mora no calhau
Casinha de pedra portinha de pau.

Sapato que a mim não serve

Sapato que a mim não serve,
Fora do meu pé deitei,
Não mim importa que outro logre,
Amores que eu rejeitei.

Se eu tivesse não pedia,
Coisa nenhuma a ninguém,
Como não tenho peço,
Uma filha a quem as tem.

Ó melro-preto vadio,
Vai cantar a onde quer,
É como o rapaz solteiro,
Enquanto não tem mulher.

Namorar não é pecado,
A quem é desimpedido,
Namorar homens casados,
É um desvairado sentido.

Em frente de mim estão olhos
Olhos que me estão matando
Tu vais dar contas a Deus
Das penas que me estás dando.

Todas nós formamos berço

Todas nós formamos um berço
Para Jesus adormecer
Em nós todas um sacrário
Para conosco ele cantar.

Trigo louro, trigo louro
Empresta-me a tua cor
Quero ir ao Calisberto
Servir a Nosso Senhor.

Cantiguinhas que eu sabia
Todas o vento me levou
Só as de Nossa Senhora
Na memória me ficou.

Carlos Alberto Moniz
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