Atividades musicais promovidas pela Meloteca ou realizadas com a sua intervenção nas áreas da investigação, criação, divulgação e educação.

1º Encontro Online Perspectivas da Música Portuguesa

1º Encontro Online

Perspectivas da Música Portuguesa – Cooperação em Rede

No dia 29 de maio de 2020 decorreu o 1.º Encontro on-line Perspectivas da Música Portuguesa – Cooperação em Rede, iniciativa organizada pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa – MIC.PT, que reuniu 40 participantes – incluindo os membros do Conselho Científico do MIC.PT e ainda representantes de 27 entidades do meio da Música de Invenção e Pesquisa em Portugal.

São elas:

  • APC · Associação Portuguesa de Compositores;
  • APEM · Associação Portuguesa de Educação Musical;
  • Atelier de Composição;
  • Departamento de Música · Universidade de Évora;
  • Drumming · Grupo de Percussão;
  • Entre Madeiras Trio;
  • ESMAE · Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo;
  • Festival DME · Dias de Música Electroacústica;
  • Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu;
  • Folefest;
  • GMCL · Grupo de Música Contemporânea de Lisboa;
  • INET-MD · Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança;
  • Interferência;
  • Lisbon Ensemble XX/XXI;
  • Meloteca;
  • Miso Music Portugal;
  • MPMP · Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa;
  • Musicamera Produções;
  • Prémio Jovens Músicos;
  • Orquestra de Câmara Portuguesa;
  • Orquestra Sem Fronteiras;
  • Orquestra Sinfónica Juvenil;
  • Performa Ensemble;
  • Sond’Ar-te Electric Ensemble;
  • Quarteto Contratempus;
  • Quarteto de Cordas de Matosinhos;
  • Xperimus.

A Agenda do Encontro contou com as apresentações e intervenções realizadas por Rui Vieira Nery, António de Sousa Dias, Miguel Azguime e Jakub Szczypa do MIC.PT e também pelos(as) representantes das Entidades presentes.

O 1.º Encontro on-line · Perspectivas da Música Portuguesa – Cooperação em Rede foi o passo inicial num processo de trabalho conjunto, no contexto do qual serão organizados debates para explorar e discutir várias questões transversais a todas as entidades que participaram no Encontro, incluindo também uma reflexão aprofundada sobre a possibilidade de uma colaboração mais próxima e directa entre as mesmas no âmbito de uma rede, formal ou informal.

[ Publicado na Meloteca a 03 de junho de 2020 ]

1º Encontro Online Perspectivas da Música Portuguesa

1º Encontro Online Perspectivas da Música Portuguesa

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Sílvia Faria, professora

JOGOS DE CIDADANIA

Diz-me e eu esquecerei.
Ensina-me e eu lembrarei.
Envolve-me e eu aprenderei.”

Provérbio chinês

O movimento em geral desempenha um papel significativo no desenvolvimento da criança e os jogos, em particular, trabalham as potencialidades, limitações, relações sociais, afetivas, cognitivas e físicas. Pretende-se com o “Brincar Meloteca” realizar atividades que permitam à criança vivenciar e experimentar novas práticas físico-motoras, no sentido de alargar o seu alfabeto motor, incentivar a prática de atividade física e principalmente potenciar o espírito de equipa, cooperação, colaboração e respeito pelo outro. Além disso, durante as brincadeiras, a criança, desenvolve o exercício da fantasia e da imaginação, adquirindo, assim, experiências que irão contribuir para a sua formação. (Sílvia Faria)

Arrumar a casa

A casa é composta por 4 divisões (4 arcos de 4 cores diferentes). Cada grupo de crianças tem à sua responsabilidade uma divisão. O jogo inicia-se com a casa toda desarrumada com um indeterminado número de objetos (papéis de 4 cores diferentes, as mesma cores que os arcos) desarrumados e fora do sítio. O objetivo é arrumar a casa, ou seja, cada grupo de crianças terá de apanhar o objeto da cor da sua divisão e colocá-lo no seu arco. Após apanharem todos os objetos da sua divisão e os colocarem no seu arco a equipa senta-se à volta do seu arco. A equipa mais rápida é a vencedora.

Formar conjuntos

O objetivo deste grupo é formar conjuntos o mais rápido possível, seguindo as instruções.

Os conjuntos podem variar segundo o número e género.

No início do jogo é estipulado que os arcos amarelos correspondem às raparigas e que os arcos vermelhos correspondem aos rapazes. As instruções são dadas pelo levantamento dos arcos, assim se for levantado um arco vermelho e dois amarelos as crianças têm de formar grupos com um menino e duas meninas. Após formarem os conjuntos sentam-se para poder ser verificado se os conjuntos estão corretos.

Bomba

O objetivo deste jogo é passar pela bomba (bola) sem que esta acerte em qualquer parte do corpo.

O professor está no meio com uma bola presa na ponta de uma corda e fá-la andar à sua volta. As crianças estão à volta e, para não serem atingidas, devem saltar no momento certo e à altura correta por cima da “bomba”. Sempre que a bomba acertar “explode” e a criança que a fez “explodir” sai do jogo.

Quem é o chefe?

O objetivo deste jogo é adivinhar quem está a chefiar o grupo.

Numa roda de crianças é escolhida uma, aleatoriamente, que será o detetive. O detetive tentará descobrir quem é o chefe do grupo. Após a escolha do detetive, este terá de ir para um local sem possibilidade de visualizar o grupo. Neste momento é escolhido, também aleatoriamente, o chefe. O detetive é chamado e entra para o centro da roda. O jogo começa com o chefe a comandar o grupo realizando vários movimentos que o restante grupo copia. O jogo termina quando o detetive descobre o chefe ou passado um determinado período de tempo (2’).

Travessia do rio

O objetivo deste é atravessar um “rio”, tentando chegar o mais rápido possível à outra margem. Com a ajuda de arcos e com trabalho de equipa será possível atravessar sem correr riscos. Os arcos servem de apoio para se poder avançar sem cair ao rio, estando dispostos em fila sobre o “rio” e as crianças saltam pelos arcos, quando a primeira criança chega ao primeiro arco a última criança terá de fazer passar o último arco pelos colegas até chegar ao primeiro que por sua vez o colocará no “rio” para poder saltar para ele. Ganha a equipa que chegar primeiro à outra margem.

Corrida do lencinho

O objetivo deste jogo é marcar o número máximo de pontos para que alguma das equipas seja a vencedora. Cada equipa encontra-se no extremo oposto do terreno. O juiz coloca-se no meio do terreno, com o lenço na mão e chama um número. Cada jogador tem um número atribuído. O jogador correspondente de cada equipa corre em direção ao lenço e tenta apanhá-lo. Neste caso, verificam-se as seguintes hipóteses:

  • Se fugir com o lenço para o campo da sua equipa, sem ser tocado pelo adversário, marca um ponto.
  • Se fugir para o campo da equipa adversária, sem ser tocado, marca dois pontos.
  • Se fugir mas for tocado pelo adversário é atribuído um ponto ao adversário.

Corrida da bola

O objetivo é apanhar a bola.

Formam-se duas rodas, uma maior que fica por fora e outra mais pequena que fica dentro da roda maior formando um corredor entre as duas rodas. As crianças sentam-se, a roda maior virada para dentro e a roda menor virada para fora. No corredor coloca-se uma bola que as crianças terão de a fazer rolar com as mãos, pelo corredor. No lado oposto está uma criança que tentará apanhar a bola, correndo atrás dela pelo corredor. O jogo termina quando a bola é apanhada ou após um determinado período de tempo (2’).

Funções

O jogo das funções consiste no seguinte: são atribuídas funções (movimentos) a números, podendo ir até ao número 5 ou até ao número 10. Cada número tem uma função ao ser solicitado um determinado número as crianças terão que executar a função correspondente. Quem se enganar – ou o último a executar o movimento – sai do jogo.

A raposa e os coelhos

Metade do grupo de crianças são “tocas” espalhadas por espaço amplo, com as pernas abertas. Os “coelhos” estão voltados para uma parede ou muro. Quando o professor dá sinal, os “coelhos” correm para a “toca”, colocando-se no chão entre as pernas de um colega. Logo a seguir, a “raposa”, nomeada previamente, persegue os coelhos, à voz do professor. O coelho que não conseguir uma toca pode ser apanhado pela raposa, perdendo. No fim de cada jogada, cada coelho que está em jogo passa a toca e cada toca passa a coelho.

Bola “Stop”

As crianças estão em círculo, lado a lado. O professor lança a bola dizendo o nome de uma criança. Esta apanha a bola o mais rápido que puder e diz, sem demora, “stop”. Enquanto não disser “stop”, os outros afastam-se o mais possível. À palavra “stop” todos param. O que tem a bola dá três passos largos em direção a um jogador mais próximo e tenta atingi-lo com a bola. Quem não parar à voz de “stop”, perde; se o que tem a bola não acertar perde e o que levar com a bola também perde. Os que fogem da bola só podem mexer um pé para se desviar da bola. Voltam a formar círculo as vezes que o adulto achar conveniente.

Mudar o cobertor

O objetivo é encontrar uma estratégia de trabalho em equipa. O professor coloca dois cobertores no chão e organiza duas equipas. Cada grupo está em cima do cobertor e tem de mudar a parte de baixo para cima, sendo que cada criança tem de manter sempre os pés na superfície do cobertor. Dica: colocarem-se as crianças o mais possível num lado; alguém passa a outra passa um bocadinho de baixo para cima e as crianças mais próximas vão passando para a parte de baixo que já está virada para cima. Ganha a equipa que o conseguir primeiro.

Sílvia Faria, professora

Sílvia Faria, professora

Em 2019, Sílvia Faria realizou em Avintes duas atividades “Brincar Meloteca“, em comemorações do Mês de Avintes (16 de fevereiro e 23 de fevereiro).

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Mosteiro de Arouca

[ Intervenção apresentada no Mosteiro de Arouca ]

A Meloteca é um projeto de divulgação musical que engloba o sítio da música e diversas páginas temáticas nas redes sociais e o sítio do património musical na perspetiva dos concelhos, o Musorbis.

Musicoturismo e comunicação em rede

A Meloteca é um projeto de divulgação musical que engloba o sítio da música e diversas páginas temáticas nas redes sociais, entre elas uma de órgãos, outra de música adaptada, outra de agenda. O projeto divulga a arte/ciência musical, património edificado ou editado, músicos e instituições, artigos e estudos, empresas e contactos.

Aqui se encontra quem compõe, quem canta e quem toca, quem dança e quem coreografa, quem ensina e quem investiga, quem promove e quem apoia, quem constrói e onde o faz. Residentes em Portugal ou dispersos pelo mundo, os artistas ficam assim próximos dos fãs e dos agentes musicais.

Nos últimos dez anos, a preocupação dos músicos e das instituições em criar sítios, páginas oficiais e de melhorar a imagem aumentou de modo significativo. Mas há um potencial enorme por explorar. Se a estratégia da música, da arte e do património passa também pela comunicação, pode-se dizer que na rede da Meloteca o acesso se torna mais fácil, rico e global.

Só fideliza visitantes uma página que publica todos os dias conteúdos com interesse, sem perder a objetividade e independência. Por trás do projeto há um longo trabalho, a persistência em pedir e aceitar conexões relevantes nas áreas da música, das artes e da educação. A adesão a grupos permite a divulgação mais rápida junto de milhares de interessados, sem custos além do gasto com tempo.

Nunca ao longo da história foi feito tanto pelo Estado e por diversas entidades aos níveis da recuperação de órgãos e da construção de instrumentos. Nunca houve formação tão qualificada e descentralizada de organistas em importantes escolas de Portugal e da Europa.

É louvável todo o esforço de restaurar e preservar o património organístico. Mas é fundamental manter boas práticas que ajudem a preservar os órgãos com a utilização regular em concerto e na própria liturgia. É fundamental a sensibilização da comunidade e o apoio financeiro do Estado e de instituições, incluindo a Igreja. A Organoteca, que foi a mais completa fonte de informação sobre órgãos de Portugal, pretende transformar-se de modo que a informação alcance muito mais visitantes, no Musorbis em construção.

Uma importante parte do que somos hoje deve-se à arte dos nossos antepassados. Faz todo o sentido mantermos esse legado como um presente especial e utilizar as novas tecnologias de modo eficaz.

O musicoturismo é cada vez mais uma realidade nos países desenvolvidos. Quando vou a um concerto de órgão, sou também turista, aproveito para visitar claustros, aprecio a talha, aprendo e saboreio a gastronomia. Fotografo, corrijo, partilho, publico, edito informação sobre o monumento em que o órgão se encontra.

Muito podemos fazer todos com o recurso a telemóveis que são máquinas fotográficas cada vez melhores. As imagens de qualidade que partilhamos no Facebook, Pinterest, Instagram, inspiram, influenciam e têm peso económico. Contribuem para que a nossa imagem turística seja mais atrativa e diversificada à escala global. Aprendendo com os melhores e publicando a excelência.

As redes sociais potenciam hoje um número de conexões que há alguns anos era impensável. Mudaram a própria forma de conceber os sítios. Por isso, a Meloteca está em obras profundas de modo a ser mais flexível e adaptável às mudanças, que são rápidas em todos os domínios. Quem não se atualiza é ultrapassado nas suas ideias e projetos.

A comunicação em rede parece revelar uma nova atitude dos músicos portugueses: cada vez mais o seu palco é o mundo. Sérgio Carolino vai tocar e ensinar tuba na Coreia do Sul. João Barradas tanto está na Holanda como no dia seguinte já toca acordeão em França. Nuno Coelho será assistente do aclamado maestro Gustavo Dudamel nos EUA. Elisabete Matos é destaque em grandes teatros de ópera. Nuno Aroso vai lecionar pecussão numa universidade espanhola.

Notícias semelhantes publica a Meloteca todos os dias. Seja em Portugal, seja pelo mundo, a música portuguesa, é uma estrela em ascensão. Pode muito bem acontecer que certas características do povo português, a aptidão para as línguas, a capacidade de adaptação, o caráter afetuoso – aliadas a um alto nível artístico – sejam uma vantagem no competitivo mundo da música internacional.

A conectar músicos desde 2003, a Meloteca orgulha-se de acompanhar e promover a vitalidade da música em Portugal – que se deve à excelência dos próprios, às escolas nacionais e estrangeiras e a instituições e bandas filarmónicas cujo nível artístico evoluiu de forma extraordinária.

Há músicos jovens que nasceram em freguesias de concelhos de baixa densidade, entraram para a banda filarmónica, revelaram o seu talento, foram para as melhores escolas e fazem agora carreira internacional. As alternativas eram poucas mas eles venceram e podem inspirar outros portugueses que sentem dificuldades semelhantes num país em que o peso da interioridade é maléfico.

A Meloteca criou o conceito “Harmonia Parque”, Jardim musical multissensorial, muito elogiado por duas dezenas de municípios como  novo modo de sentir a música em espaços verdes. 

  • É um conceito de parque acessível a todas as capacidades.
  • Favorece momentos terapêuticos para todos.
  • Promove a vivência prazerosa da música e da exploração sonora.
  • Contribui para a inclusão e bem estar em família e em grupo.
  • Desenvolve capacidades menos desenvolvidas em portadores de deficiência
  • Articula num só espaço a educação, a saúde e a música.
  • É uma atração turística para cidadãos nacionais e estrangeiros.
  • Promove o turismo sénior e a qualidade de vida na Terceira Idade.
  • Estimula práticas ecológicas e atividades saudáveis em contacto com a natureza.

Não chegou a ser implementado.

Com a aquisição feita ao longo de 3 décadas e as ofertas de música que vão chegando, o acervo Meloteca vai crescendo, na perspetiva de ser doado a uma universidade que mantenha as plataformas e fomente a divulgação musical.

António José Ferreira

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