Canções de Natal

Sagrada Família

A todos, feliz Natal

A todos, feliz Natal
e um bom Ano Novo.

1. Já pus no presépio
o que é importante
e no meu pinheiro
uma bola brilhante.

2. Já tenho uma ideia
para dar um presente.
E sei que o Natal
há-de ser diferente.

3. Já tenho receita
para o pão de ló
e vou fazer doces
com a mãe e a avó.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia inglesa

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Loja Meloteca, recursos musicais criativos para a infância

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A todos um bom Natal

A todos um bom Natal,
a todos um bom Natal.
Que seja um bom Natal para todos nós.
Que seja um bom Natal para todos nós.

1. No Natal pela manhã
ouvem-se os sinos tocar
e há uma grande alegria no ar.

2. Nesta manhã de Natal
há em todos os países,
muitos milhões de meninos felizes

3. Vão aos saltos pela casa
descalços ou em chinelas,
procurar as suas prendas tão belas.

4. Depois há danças de roda
as crianças dão as mãos.
No Natal todos se sentem irmãos.

5. Se isso fosse verdade
para todos os meninos
era bom ouvir os sinos a cantar.

Alegrem-se os céus e a terra

Alegrem-se os céus e a terra,
cantemos com alegria
que nasceu o Deus Menino,
Filho da Virgem Maria!

1. Entrai, pastores, entrai,
por este portal sagrado.
Vinde adorar o Menino
numas palhinhas deitado.

2. Entrai, pastores, entrai,
por este portal adentro;
vinde adorar o Menino
no seu santo nascimento.

3. Vinde todos, vinde todos,
à lapinha de Belém
adorar o Deus menino
que nasceu p’ra nosso bem.

Linhares, Beira Alta

Alta Vai a Lua Alta

Alta vai a Lua alta
como o Sol do meio-dia.
Mais alta ia a Senhora
quando para Belém ia.

São José ia atrás dela,
alcançá-la não podia.
Foi alcançá-la a Belém
onde ela estava parida.

Tão grande era a sua pobreza
que nem um panal tenia.
Botou as mãos à cabeça,
a um véu que ela trazia.

Partiu-o em três bocados,
em três bocados o partia:
um era para de manhã,
outro para o meio-dia,

outro para a meia-noite
quando Jesus adormia.
Desceram os anjos do Céu
Cantando: avé, Maria!
Avé, Maria de graça, de graça avé, Maria!

Letra e música: Tradicional (Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal)
Arranjo: Catarina Moura, César Prata e Anel Ninas
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

Beijai o Menino

Beijai o Menino!
Beijai-o agora!
Beijai o Menino
De Nossa Senhora!

Beijai o Menino!
Beijai-o agora!
Beijai o Menino
De Nossa Senhora!

Beijai o Menino!
Beijai-o no pé!
Beijai o Menino
De S. José!

São os filhos dos homens
Em berços doirados…
E vós, meu Menino,
Em palhinhas deitado.

Em palhinhas deitado,
Em palhinhas esquecido…
Filho de uma rosa,
De um cravo nascido.

Beijai o Menino!
Beijai-o agora!
Beijai o Menino
De Nossa Senhora!

Sois manso cordeiro
Que estais nessa cruz,
Com os braços abertos;
Perdoai-nos, Jesus!

Letra e música: Tradicional (Trás-os-Montes)
Adaptação: José Barros
Arranjo: José Manuel David e José Barros
Intérprete: Navegante (in CD “Meu Bem, Meu Mal”, Tradisom, 2008)
Outra versão de Navegante (in CD “Cantigas Tradicionais Portuguesas de Natal e janeiras”, José Barros/MediaFactory, 2009)

Cai a neve branca

1. Cai a neve branca
sobre a natureza
e na terra inteira
há paz e beleza.

2. Em tudo há doçura,
tudo é irreal
quando é meia noite,
noite de Natal.

3. Uma estrelinha
de uma estranha luz
anuncia ao mundo:
já nasceu Jesus.

Cantam os anjos sem cessar

1. Cantam os anjos sem cessar:
já é Natal.
Tocam os sinos sem parar,
já é Natal.
Reis vão ao presépio,
com lindos presentes.
Todos cantamos sem cessar,
já é Natal.

2. Cantam os anjos sem cessar:
nasceu Jesus.
Tocam os sinos sem parar:
nasceu Jesus.
Vão também pastores
com os seus presentes.
Todos cantamos sem cessar:
nasceu Jesus.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia inglesa

Chove. É dia de Natal.

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal.
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo inda outra quadra
Fico gelada dos pés.

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal.
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal.
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Poema: Fernando Pessoa (ligeiramente adaptado) 
Música: César Prata
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

Chove. É dia de Natal.

Dim dom, sinos a tocar

1. Dim dom, sinos a tocar
e anjos a cantar.
Dim dom, sinos a tocar
e reis a caminhar.

Gloria. Hosana in excelsis.

2. Dim dom, sinos a tocar
e luzes a brilhar.
Dim dom, sinos a tocar,
e gente a partilhar.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia tradicional

É Natal, Deus Menino nasceu

É Natal, Deus Menino nasceu.
Vê-se ao longe uma estrela a brilhar.
São os Reis, são os Reis, são os Reis.
Vêm a Belém para O visitar.

Entrai pastores entrai

Entrai pastores entrai,
por este portal sagrado.
Vinde adorar o Menino
numas palhinhas deitado!

Pastorinhos do deserto
todos correm para O ver
Trazem mil e um presente
para o Menino comer!

Ó meu Menino Jesus
convosco é que eu estou bem
Nada neste mundo quero,
nada me parece bem!

Alegrem-se os Céus e a Terra,
cantemos com alegria
Que nasceu o Deus Menino,
filho da Virgem Maria!

Deus Menino já nasceu,
andai ver o Rei dos Reis.
Ele é quem governa o Céu,
quer que vós O adoreis!

Ó meu Menino Jesus
que lindo amor perfeito.
Se vem muito cansadinho,
vem descansar em meu peito!

Natal da Beira

Está na hora do menino deitar

Está na hora do menino deitar
e na chaminé pôr os sapatinhos.
Já é noite, o Pai Natal vai chegar
para a todos deixar presentinhos.
Cedo acordo ouço os sinos a tocar
e levanto-me alegre aos saltinhos.

Devagar para ninguém acordar
vou contente ver os meus presentinhos.

Lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá…

Devagar para ninguém acordar
vou contente ver os meus presentinhos.

Esta noite é noite santa

[ Toca, Sino, Toca! ]

Esta noite é noite santa.
Não é noite de dormir
que um lindo botão de rosa
à meia-noite há-de abrir.

Harpas de oiro, liras d’oiro,
anjos do Céu afinai.
Paz na Terra e nas Alturas,
Glória e louvor cantai.

Esta noite é noite santa.
Outra mais santa não há
que um lindo botão de rosa
desabrochou em Judá.

Tangedores de viola,
de pandeiro e tamboril,
tomai vós a minha lira
e dai-me o vosso arrabil!

Toca, sino, toca
tão badalão!
Toca, sino, toca
no meu coração!

Toca, sino, toca!

Letra e música: Tradicional (Portugal)
Arranjo: César Prata
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

Eu hei-de dar ao Menino

[ Arre, Burriquito! ]

Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha p’ró chapéu;
Ele também me há-de dar
Um lugarzinho no Céu.

Olhei para o Céu,
Estava estrelado;
Vi o Deus-Menino

Em palhas deitado.
Em palhas deitado,
Em palhas estendido;
Filho duma Rosa,
Dum Cravo nascido.

Arre, burriquito!
Vamos a Belém
Ver o Deus-Menino
Que a Senhora tem!

Que a Senhora tem,
Que a Senhora adora;
Arre, burriquito!
Vamo-nos lá embora!

Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha p’ró boné;
Ele também me há-de dar
Prendinhas na chaminé.

Olhei para o Céu,
Estava estrelado;
Vi o Deus-Menino
Em palhas deitado.

Em palhas deitado,
Em palhas estendido;
Filho duma Rosa,
Dum Cravo nascido.

Arre, burriquito!
Vamos a Belém
Ver o Deus-Menino
Que a Senhora tem!

Que a Senhora tem,
Que a Senhora adora;
Arre, burriquito!
Vamo-nos lá embora!

Olhei para o Céu,
Estava estrelado;
Vi o Deus-Menino
Em palhas deitado.

Em palhas deitado,
Em palhas estendido;
Filho duma Rosa,
Dum Cravo nascido.

Arre, burriquito!
Vamos a Belém
Ver o Deus-Menino
Que a Senhora tem!

Que a Senhora tem,
Que a Senhora adora;
Arre, burriquito!
Vamo-nos lá embora!

Letra e música: Tradicional
Arranjo: Artesãos da Música
Intérprete: Artesãos da Música

Eu Hei-de Ir ao Presépio

Eu hei-de ir ao presépio
assentar-me num cantinho,
a ver como o Deus-Menino
nasceu lá tão pobrezinho.

Abra lá o seu postigo,
deixe estar um pouco aberto!
Quero ver o Deus-Menino
armadinho no presépio.

Eu hei-de dar ao Menino,
ao Menino hei-de dar
uma cadeirinha de oiro
para o Menino assentar.

Ó meu Menino Jesus,
ó meu rico fidalguinho,
hei-de dar-te papa doce,
hei-de ter-te mimosinho!

Ó meu Menino Jesus,
quem vos pudera valer
com sopinhas da panela
sem a vossa mãe saber!

Ó meu Menino Jesus,
quem vos há-de dar a mama?
Vossa mãe foi ao moinho,
vosso pai ficou na cama.

Ó meu Menino Jesus,
ó meu rico fidalguinho,
hei-de dar-te papa doce,
hei-de ter-te mimosinho!

Ó meu Menino Jesus,
quem vos pudera valer
com sopinhas da panela
sem a vossa mãe saber!

Ó meu Menino Jesus,
quem vos há-de dar a mama?
Vossa mãe foi ao moinho,
vosso pai ficou na cama.

Letra e música: Tradicional (Portugal)
Arranjo: César Prata
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

Faça “ai, ai”, meu menino

[ Embalo do Algarve ]

Faça “ai, ai”, meu menino,
Que a mãezinha logo vem!
Foi lavar os cueirinhos
À fontinha de Belém.

Vai-te embora, papá negro,
De cima desse telhado!
Deixa dormir o menino,
Está no sono descansado.

Embala, José, embala!
Embala suavemente,
Entretendo o inocente
Com esta cantiga em verso!

Dorme, dorme, meu menino,
Que a mãezinha logo vem!
Dorme, dorme, meu menino,
Que a mãezinha, ai, logo vem!

Letra e música: Tradicional (Alvor, Portimão, Algarve)
Recolha: Michel Giacometti (“Faça ‘ai, ai’, meu menino”, in LP “Algarve”, série “Antologia da Música Regional Portuguesa”, Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1962; 5CD “Portuguese Folk Music”: CD 5 – Algarve, Strauss, 1998; 6CD “Música Regional Portuguesa”: CD 6 – Algarve, col. Portugal Som, Numérica, 2008)
Intérprete: Segue-me à Capela (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)
Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD “San’Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher”, Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015)

Feliz Natal, bom Ano Novo

1. Feliz Natal,
bom Ano Novo,
presentes para partilhar.

A melhor prenda é a alegria
que Jesus tem para nos dar.

2. Felizes festas,
família unida,
muitas histórias p’ra contar.

Feliz Natal, Feliz Natal

Feliz Natal, feliz Natal.
Para todos, um ano especial.

1. Um menino diferente
e três reis do Oriente.

2. Uma rena, um trenó,
bolo-rei e pão-de-ló.

3. Um presépio, um pinheiro,
um amigo verdadeiro.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia inglesa

Eu fiz um pão diferente

Padeiro

1. Eu fiz um pão diferente
para a Família provar.

Jesus, dou-te a melhor prenda
que tenho para Te dar.

Sapateiro

2. Eu fiz uns sapatos novos
para Te poderes calçar.

Costureira

3. Eu fiz uma roupa linda
para Te agasalhar.

Carpinteiro

4. Eu fiz um berço bonito
para a Mãe Te embalar.

Letra e música: António José Ferreira

Jesus vem ao mundo

1. Jesus vem ao mundo:
que paz e bondade!
ó quanta doçura,
amor e humildade.

Vinde, adoremos,
Jesus salvador.
A estrela nos aponta
o rumo, a salvação,
Belém e Deus Menino,
celeste mansão.

2. Jesus no presépio,
vede quanto amor:
nascer pobrezinho
o Deus criador!

Logo que nasceu

1. Logo que nasceu,
Jesus acampou
e à luz das estrelas
uma voz soou,

um ah, ah, ah.

2. Maria, a Senhora,
seu Filho embalou
e à luz das estrelas
uma voz soou,

um ah, ah, ah.

Luzes no céu

Luzes no céu
em Dezembro a brilhar,
música e festa
por onde se andar,
uma vaquinha
que não quer pastar:
junto ao Menino,
em Belém, quer estar.

Letra e música: António José Ferreira

Maria, Mãe bendita

Maria, Mãe bendita,
encantaste o Senhor:
hoje e sempre louvamos
tua fé, teu amor.

Felizes como os anjos
a cantar lá nos céus
nós dizemos contigo:
poderoso é Deus.

Menino Jesus

[ Vestir o Menino ]

Menino Jesus,
tenho que vos dar
sapatinhos novos
para vos calçar.

Sapatos já tendes,
faltam-vos meiinhas:
eu vo-las darei,
de salvé-rainhas.

Meiinhas já tendes,
faltam-vos calções:
eu vo-los darei,
de mil orações.

Calções já os tendes,
falta-vos camisa:
eu vo-la darei,
de cambraia lisa.

Camisa já tendes,
falta-vos colete:
eu vo-lo darei,
de pano de crepe.

Colete já tendes,
falta-vos casaco:
eu vo-lo darei,
de pano bem guapo.

Casaco já tendes,
falta-vos lencinho:
eu vo-lo darei,
de pano de linho.

Lencinho já tendes,
falta-vos chapéu:
eu vo-lo darei,
levai-me p’ró Céu.

Letra e música: Tradicional (Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal)
Arranjo: Catarina Moura, César Prata e Anel Ninas
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata* (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

Menino Jesus do céu

Menino Jesus do céu,
‘screvi-te um lindo postal
para me mandar’s brinquedos
no dia de Natal.

Menino Jesus do céu
que és rico e me tens amor,
dá-me uma prenda bonita,
talvez um computador.

Menino Jesus do céu
dá-me uma linda viola
p’ra praticar em casa
e aprender na escola.

Não há noite mais alegre

Não há noite mais alegre
Que é a noite de Natal
Onde nasceu o Deus-Menino
Antes do galo cantar.

Deu o galo três cantadas,
Deu o Menino nascido;
Bendito seja o ventre
Que o trouxe nove meses escondido!

E a mula, como maldosa,
Destapava-o com a ferradura;
Mas o boi, como era manso,
Tapava-o com a armadura.

E ao boi, Nosso Senhor
Lhe deu a sua bênção:
«As terras que tu lavrares
Todas elas dêem pão!

Cada bago dê uma espiga!
Cada espiga um milhão!
Todo ele se aguardará
Lá no mês de S. João!»

Não há noite mais alegre
Que é a noite de Natal
Onde nasceu o Deus-Menino
Antes do galo cantar.

Letra e música: Tradicional (Alte, Loulé, Algarve)
Intérprete: Vozes do Imaginário (in CD “Cantos ao Menino, Reis e janeiras da tradição musical portuguesa”, Do Imaginário – Associação Cultural, Évora, 2009

Noite feliz

1. Noite feliz! Noite feliz!
O Senhor, Deus de amor,
pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, ó Jesus.
Dorme em paz, ó Jesus.

2. Noite feliz! Noite feliz!
Ó Jesus, Deus da luz,
quão amável é teu coração
que quiseste nascer nosso irmão
e a nós todos salvar,
e a nós todos salvar.

3. Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
aos pastores os anjos dos céus
anunciando a chegada de Deus,
de Jesus Salvador,
de Jesus Salvador.

Nós somos os três Reis

Nós somos os três Reis
que viemos do Oriente
Trazer as Boas Festas
com Paz p’ra toda a gente.

Nós somos os três Reis
guiados por uma luz.
Adoramos Deus Menino
que se chama Jesus.

Nós somos os três Reis
Baltazar e Gaspar.
Também o Belchior
o veio adorar.

Nós somos os três Reis
guiados por uma luz
e trouxemos três presentes
para o Menino Jesus.

Não há noite mais alegre

Não há noite mais alegre
Que é a noite de Natal
Onde nasceu o Deus-Menino
Antes do galo cantar.

Deu o galo três cantadas,
Deu o Menino nascido;
Bendito seja o ventre
Que o trouxe nove meses escondido!

E a mula, como maldosa,
Destapava-o com a ferradura;
Mas o boi, como era manso,
Tapava-o com a armadura.

E ao boi, Nosso Senhor
Lhe deu a sua bênção:
«As terras que tu lavrares
Todas elas dêem pão!

Cada bago dê uma espiga!
Cada espiga um milhão!
Todo ele se aguardará
Lá no mês de S. João!»

Não há noite mais alegre
Que é a noite de Natal
Onde nasceu o Deus-Menino
Antes do galo cantar.

Letra e música: Tradicional (Alte, Loulé, Algarve)
Intérprete: Vozes do Imaginário (in CD “Cantos ao Menino, Reis e janeiras da tradição musical portuguesa”, Do Imaginário – Associação Cultural, Évora, 2009

Ó luz de Deus

1. Ó luz de Deus, ó doce luz
que brilhas nas alturas,
vem com teu brilho e teu fulgor
trazer ao mundo o teu calor.
Ó luz de Deus, ó doce luz
que brilhas nas alturas.

2. O mundo viu o Salvador
nascer humilde e pobre.
Ouviu os anjos proclamar
a paz que os homens vem salvar.
O mundo viu o Salvador
nascer humilde e pobre.

3. O Deus do céu vem junto a nós
viver a nossa vida.
Vem das alturas o Senhor
manifestar o seu amor.
O Deus do céu vem junto a nós
viver a nossa vida.

Ó, ó, ó, ó, menino, ó

Ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Ó, ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Teu pai foi ao eiró,
C’uma vara de aguilhão,
P’ra matar o perdigão.

Ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó!

Ó, ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Teu pai foi ao eiró;
Tua mãe à borboleta,
Logo te vem dar a teta.

Ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Ó, ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Teu pai foi ao eiró,
C’uma vara de aguilhão,
P’ra matar o perdigão.

Ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó, ó!

Ó, ó, ó, ó, ó, menino, ó,
Teu pai foi ao eiró;
Tua mãe à borboleta,
Logo te vem dar a teta.

Letra e música: Tradicional (Nozedo de Cima, Tuizelo, Vinhais, Trás-os-Montes)
Recolha: Kurt Schindler (1932, in livro “Folk Music and Poetry from Spain and Portugal”, New York: Hispanic Institute in the United States, 1941; “A Canção Popular Portuguesa”, de Fernando Lopes-Graça, col. Saber, Vol. 23, Lisboa: Publicações Europa-América, 1953 – p. 63; 3.ª edição, col. Saber, Vol. 23, Mira-Sintra: Publicações Europa-América, s/d. – p. 60; “Cancioneiro Popular Português”, de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 16)
Intérpretes: Ana Tomás & Ricardo Fonseca (in CD “Canções de Labor e Lazer”, Ana Tomás & Ricardo Fonseca, 2017)

O menino está dormindo

1. O menino está dormindo
nas palhinhas despidinho.
Os anjos lhe estão cantando
por amor tão pobrezinho.

2. O menino está dormindo
nos braços da Virgem pura.
Os anjos lhe estão cantando:
“hossana lá na altura”.

3. O menino está dormindo
nos braços de São José.
Os anjos lhe estão cantando:
“Gloria tibi Domine”.

Natal de Évora

Ó meu Menino Jesus

Ó meu Menino Jesus,
Ó meu menino tão belo,
Onde foste a nascer
Ao rigor do caramelo.

Ó meu Menino Jesus,
Não queiras menino ser;
No rigor do caramelo
A neve te faz gemer.

O menino da Senhora
Chama pai a S. José,
Que lhe trouxe uns sapatinhos
Da feira de Santo André.

O Menino chora, chora,
Chora pelos sapatinhos;
Haja quem lhe dê as solas,
Que eu lhe darei os saltinhos.

Dá-me o teu menino!
Não dou, não dou, não dou!
Dá-me o teu menino,
Vai à missa que eu lá vou.
Dá-me o teu menino!
Não dou, não dou, não dou!

Letra e música: Popular (Campo Maior, Alto Alentejo)
Recolhas: Michel Giacometti (in LP “Alentejo”, série “Antologia da Música Regional Portuguesa”, Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1965; 5CD “Portuguese Folk Music”: CD 4 – Alentejo, Strauss, 1998; 6CD “Música Regional Portuguesa”: CD 5 – Alentejo, col. Portugal Som, Numérica, 2008 – vide nota infra); Michel Giacometti (in série documental “Povo Que Canta”, RTP-1, 1970-73)
Intérprete: Brigada Victor Jara / voz solo de Joaquim Caixeiro (in LP “Quem Sai aos Seus”, Vadeca/J.C. Donas, 1981, reed. Edições Valentim de Carvalho/Iplay, 2008)

Ó Meu Menino Jesus

Ó meu Menino Jesus,
quem vos tirou do altar?
Foi o ministro de Cristo
para nos dar a beijar.

Ó meu Menino Jesus,
boquinha de marmelada,
dá-me da tua merenda
que a minha mãe não tem nada.

Ó meu Menino Jesus,
boquinha de requeijão,
dá-me da tua merenda
que a minha mãe não tem pão.

Ó meu Menino Jesus,
ó meu Menino tão belo,
só vós vieste nascer
no rigor do caramelo.

Entrai, pastores, entrai
por esses portais adentro!
Vinde ver o Deus-Menino
no sagrado nascimento!

Letra e música: Tradicional (Beiras, Portugal)
Arranjo: Catarina Moura, César Prata e Anel Ninas
Intérpretes: Catarina Moura, Ariel Ninas e César Prata (in CD “Do Natal aos Reis: Cantos da Galiza e Portugal”, aCentral Folque, 2019)

O que levas ao Menino

1. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-Lhe um casaquinho
p’ra Jesus se agasalhar

2. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-Lhe um brinquedinho
p’ra Jesus poder brincar.

3. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-lhe uma bola
p’ra Jesus poder jogar.

4. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-lhe uma viola
p’ra Jesus poder tocar.

5. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-lhe um livrinho
p’ra Jesus poder ‘studar.

6. O que levas ao Menino,
o que tens para Lhe dar?
Vou levar-lhe o coração
p’ra Jesus nele morar.

Letra e música: António José Ferreira

Oh Bento Airoso

Oh Bento Airoso,
Mistério divino!
Encontrei a Maria
À beira do rio
E lavando os cueiros
Do bendito Filho.

Maria lavava,
São José ‘stendia,
O Menino chorava
Com o frio que fazia.

Calai, meu menino!
Calai, meu amor!
(E) que as vossas verdades
Me matam de dor.

Letra e música: Tradicional (Paradela, Miranda do Douro, Trás-os-Montes)
Recolha: Michel Giacometti (1960, in “Cancioneiro Popular Português”, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 43)
Intérpretes: Ana Tomás & Ricardo Fonseca (in CD “Canções de Labor e Lazer”, Ana Tomás & Ricardo Fonseca, 2017)

Para quem são as janeiras

– Para quem são as janeiras?
Para quem é a canção?
– Para a nossa professora
que temos no coração.

Para quem são as janeiras?
Para que é a cantiga?
-Para a Professora Carla
que é muito nossa amiga.

– Para quem são as janeiras?
Para quem é a canção?
É para as educadoras
que temos no coração.

– Para quem são as janeiras?
Para quem é a canção?
É para as auxiliares
que temos no coração.

– Para quem são as janeiras?
Para quem é a canção?
É p’ra todos os amigos
que temos no coração.

– Para quem são as janeiras?
Para quem é a canção?
Para a nossa professora
que se chama Conceição.

Letra e música: António José Ferreira

Pastorinhos

Pastorinhos do deserto,
é, pois, certo
que, na noite de Natal,
num curral,
baixou o Filho de Deus
lá dos céus.

Quem nos deu tanta alegria?
Foi Maria!
E quem nos deu tanta luz?
Foi Jesus!
Cantemos os seus louvores,
ó pastores.

Pastorinhos do deserto

Pastorinhos do deserto,
vinde todos a Belém
adorar o Deus Menino
nos braços da Virgem Mãe.
Pastorinhos do deserto,
vinde todos a Belém.

Pinheirinho, pinheirinho

Pinheirinho, pinheirinho
de ramos verdinhos,
p’ra enfeitar, p’ra enfeitar,
bolas, bonequinhos. (2 v. )

1. Uma bola aqui,
outra acolá,
luzinhas que piscam,
que lindo que está.

Olha o pai Natal
de barbas branquinhas.
Traz o saco cheio
de lindas prendinhas.

(Menino)
Pai Natal, Pai Natal
dá-me um avião
Não faz mal, não faz mal
que ande pelo chão.

(Menina) )
Pai Natal, Pai Natal
dá-me uma boneca.
Não faz mal, não faz mal
que seja careca.

Que todo o tempo seja de Natal

1. Que todo o tempo seja de Natal,
que todo o ano seja de Natal.
Que sempre haja alegria
igual à deste dia.
Que todo o tempo seja de Natal.

3. Que todo o tempo seja de Natal,
que todo o ano seja de Natal.
Que sempre haja esperança
nos sonhos da criança.
Que todo o tempo seja de Natal.

3. Que todo o tempo seja de Natal,
que todo o ano seja de Natal.
Que sempre haja amizade,
justiça e liberdade.
Que todo o tempo seja de Natal.

Letra e música: António José Ferreira

Rodolfo era uma rena

Rodolfo era uma rena,
de nariz avermelhado
Se vocês observassem,
viam-no logo encarnado.

Todas as outras renas,
gostavam muito de troçar.
E ao pobre Rodolfo,
nunca deixavam brincar.

Então numa bela noite
o Pai Natal lhe disse:
“Com o teu nariz encarnado,
guia o meu trenó prendado”

Então todas as renas
aplaudiram o Rodolfo
“Rena do nariz vermelho,
tu vais ser o mais famoso”

Sobre a gruta estava um anjo

1. Sobre a gruta estava um anjo;
cantava como ninguém cantou.
Um pastor escutou a voz
e os amigos logo chamou:

Gloria in excelsis Deo.
Gloria in excelsis Deo.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia francesa

Tã tã, vão pelo deserto

1. Tã tã, vão pelo deserto,
tã tã, Melchior e Gaspar,
tã tã, e atrás outro mago,
que todos conhecem por rei Baltazar.

2. Tã tã, surgiu uma estrela,
tã tã, no céu a brilhar,
tã tã, tão pura e tão bela,
que a terra inteira está ‘inda hoje a iluminar.

3. Tã tã, cansado o camelo,
tã tã, cansado de andar,
tã tã, assim carregado
de incenso, de mirra, de oiro p’ra dar.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia tradicional de Espanha

Três estrelas de alumínio

[ Presépio de Lata ]

Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene;
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene.

Sombras chinesas nas ruas,
Esmeram-se aranhas nas teias;
Impacientam-se as gazuas,
Corre o cavalo nas veias.

Há uma luz na barraca,
Lá dentro uma sagrada família;
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília.

É o presépio de lata!
Jingle bells, jingle bells!

Oiçam um choro de criança:
Será branca, negra ou mulata?
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data.

A lua leva a boa-nova
Aos arrabaldes mais distantes:
Avisa os pastores sem tecto,
Tristes reis magos errantes.

E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia:
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando “aleluia!”.

É o presépio de lata!
Jingle bells, jingle bells!

Nasceu enfim o menino,
Foi posto aqui à falsa fé:
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é.

É o presépio de lata!
Jingle bells, jingle bells!
Jingle bells, jingle bells!

Letra: Carlos Tê
Música: Rui Veloso
Intérprete: Rui Veloso (in CD “Avenidas”, EMI-VC, 1998)

Um dia, um pastorinho

1. Um dia, um pastorinho,
um dia, um pastorinho,
guiava as ovelhas
tocando pifarinho.

2. No céu viu um sinal,
no céu viu um sinal:
um anjo anunciava
o dia de Natal.

3. Que lindo era o Bébé,
que lindo era o Bebé
no colo de Maria
sorrindo p’ra José.

4. Então o pastorinho,
então o pastorinho
chegou-se ao Bébé
e deu-lhe um beijinho.

Letra e música: António José Ferreira

Um rei do Oriente

1. Um rei do Oriente,
um rei do Oriente,
viu que no céu luzia
um astro diferente.

2. O rei de outro país,
o rei de outro país,
ao ver a nova estrela,
achou-se o mais feliz.

3. Noutro país distante,
Noutro país distante,
um outro mago viu
o astro deslumbrante.

4. Ao verem essa luz,
ao verem essa luz,
puseram-se a caminho
e foram ver Jesus.

5. Que lindo era o Bébé,
que lindo era o Bébé,
no colo de Maria
sorrindo p’ra José.

6. Os reis deram-lhe ouro,
os reis deram-lhe ouro,
voltaram ao palácio
com o maior tesouro.

Letra e música: António José Ferreira

Uma estrela e três magos

Uma estrela e três reis magos
levam prendas ao Menino.
Alguns anjos cantam: “Glória!”
e outros tocam violino.

Uma estrela e três reis magos
levam prendas ao bebé.
Alguns anjos cantam: “Glória!”
e outros tocam jambé.

Letra: António José Ferreira
Música: Melodia tradicional da Hungria

Vai-te embora, ó passarinho

1. Vai-te embora, ó passarinho,
deixa a baga do loureiro.
Deixa dormir o Menino
que está no sono primeiro.

2. Dorme, dorme, meu Menino
que a Mãezinha logo vem.
Foi lavar os cueirinhos
à fontinha de Belém.

Ilha de São Jorge, Açores

Vimos cantar as janeiras

1. Vimos cantar as janeiras.
Por esses quintais adentro, vamos
às raparigas solteiras.

Pam-pararan-ri-ri,
pam-pararan-ri-ri
pam, pam, pam, pam.

2. Vamos cantar orvalhadas,
por esses quintais adentro, vamos
às raparigas casadas.

3. Vira o vento e muda a sorte.
Por aqueles olivais perdidos
foi-se embora o vento norte.

4. Muita neve cai na serra.
Só se lembra dos caminhos velhos
quem tem saudades da terra.

5. Quem tem a candeia acesa
rabanadas, pão e vinho novo
matava a fome à pobreza.

6. Já nos cansa essa lonjura.
Só se lembra de caminhos velhos
quem anda a noite à aventura.

José Afonso

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