Canções da Estremadura
Canções da Estremadura
Letras
Ai, ai, ai! O meu amor
[ Toada (mazurca) ]
Ai, ai, ai!
O meu amor foi-se embora;
Já lá vai com a maré cheia,
Já lá vai p’la barra fora.
Ai, ai, ai!
O meu amor anda ao mar;
Quem tem amor mareante
Não tem homem p’ra casar.
Ai, ai, ai!
O meu amor foi-se embora;
Já lá vai com a maré cheia,
Já lá vai p’la barra fora.
Ai, ai, ai!
O meu amor anda ao mar;
Quem tem amor mareante
Não tem homem p’ra casar.
Ai, ai, ai!
O meu amor foi-se embora;
Já lá vai com a maré cheia,
Já lá vai p’la barra fora.
Letra: Tradicional da região de Setúbal (recolhida em finais do séc. XIX)
Música: Tradicional da região de Setúbal (recolhida finais do séc. XIX) + “Bonny Sweet Robin”, de autor anónimo inglês do séc. XVI
Arranjo: Daniel Schvetz
Intérprete: Celina da Piedade (in 2CD “Em Casa”: CD1, Celina da Piedade/Melopeia, 2012)
Conheça AQUI os produtos Meloteca!
Pode ser do seu interesse o Musorbis, sítio do património musical dos concelhos.
Estando a dobar
Estando a dobar meadinhas d’ouro
Caiu-me o novelo, ficou em pó d’ouro.
Cheguei-me à janela para ver quem vinha:
Vinha uma saloia pela rua acima.
Trazia uma menina muito doentinha.
Que lhe receitaram? Caldos de galinha.
Chamaram por ela: «Toninha! Toninha!»
Logo se curou mais a meadinha.
Estando a dobar meadinhas d’ouro
Caiu-me o novelo, ficou em pó d’ouro.
Cheguei-me à janela para ver quem vinha:
Vinha uma saloia pela rua acima.
Trazia uma menina muito doentinha.
Que lhe receitaram? Caldos de galinha.
Chamaram por ela: «Toninha! Toninha!»
Logo se curou mais a meadinha.
Letra e música: Tradicional
Intérpretes: Ana Tomás & Ricardo Fonseca (in CD “Canções de Labor e Lazer”, Ana Tomás & Ricardo Fonseca, 2017)
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.
Contacte-nos:
António José Ferreira
962 942 759
Nossa Senhora do Cabo
Nossa Senhora do Cabo,
Ao cabo de tantos anos,
Tantas dores e desenganos,
Já não sei para onde vou:
Atravessei oceanos,
Torrentes e tempestades
E tantas são as saudades
Que o meu peito se afundou.
Nossa Senhora do Cabo,
Ao abrir esta janela
Volto a ver a tua estrela
Que me vem alumiar:
E a sua luz é tão bela
Que de pronto o meu caminho
Se adivinha mais mansinho
E mais doce o meu cantar.
Pela tua linda graça,
Viageiro vagabundo,
Enfrentei muita desgraça,
Fui p’ra lá do fim do mundo:
Tua graça é o sustento
Do meu peito vagabundo
Que enrolado pelo vento
Vai e vem do fim do mundo.
Nossa Senhora do Cabo,
Ao cabo do Ocidente,
Tu que velas docemente
Por quem se fizer ao mar,
Abre os braços e consente
Que o bichinho da aventura
De novo traga a loucura
Que sempre me fez voar!
Nossa Senhora do Cabo,
Ao cabo de tanta estrada,
Tanta rota atribulada,
Só desejo regressar
À pedra que foi talhada
Nos teus braços de rainha,
À terra a que chamo minha,
À luz desse teu olhar.
Pela tua linda graça,
Viageiro vagabundo,
Enfrentei muita desgraça,
Fui p’ra lá do fim do mundo:
Tua graça é o sustento
Do meu peito vagabundo
Que enrolado pelo vento
Vai e vem do fim do mundo.
Letra: José Fanha
Música: Fernando Pereira
Intérprete: Real Companhia
Versão original: Real Companhia (in CD “Serranias”, Tê, 2013)