Paulo Ferreira
Tenor
Natural de Santa Maria da Feira, Paulo Ferreira realizou na Academia de Música de Santa Maria, os estudos de Violoncelo, Piano e Canto, onde veio a concluir, este último, com a classificação máxima, sempre como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Mais tarde prosseguiu o Curso de Canto na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, na classe de José de Oliveira Lopes, onde veio a concluir sempre com as classificações máximas. Foi vencedor absoluto do 1º Prémio do II Concurso Internacional de Canto Tomaz Alcaide (Categoria de Concerto) e do 3º Prémio do IV Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, entre outros.
Tem actuado num vasto número de concertos e recitais em Portugal, Espanha, França, Bélgica e Alemanha, gravando para a RTP, para a RDP – Antena 2 e para a UER. Em Portugal, tem colaborado com os palcos mais destacados, nomeadamente Teatro Nacional de São Carlos, Centro Cultural de Belém, Teatro da Trindade, Teatro Nacional de São João, Teatro Rivoli e Coliseu do Porto.
Durante alguns anos cantou como barítono, onde se estreou na Ópera “La Traviata” de Verdi, a convite do Círculo Portuense de Ópera. Conta já, no seu currículo operático, com papéis principais ou destacados em óperas de Mozart (“As Bodas de Fígaro” e “Cosí Fan Tutte”), Bizet (“Carmen”) e Verdi (“La Traviata”), sendo de assinalar, ainda, as suas interpretações em óperas de Puccini (“Tosca” e “Turandot”), Ravel (“L’Enfant et les Sortilèges”), Maderna (“Satyricon”), Sousa Carvalho (“L’Amore Industrioso”), Schumann (Cenas de “Fausto” e “Manfred”), Virgil Thompson (“Four Saints in Three Acts”), Stravinsky (“O Rouxinol”) e Pinho Vargas (“Os Dias Levantados”) – esta última editada em CD pela EMI – Valentim de Carvalho. Já como tenor, em 2005, interpretou o papel de Monostatos em “A Flauta Mágica” de Mozart numa co-produção do Circulo Portuense de Ópera e do Coliseu do Porto.
Recentemente, estreou-se como tenor solista no oratório “Cristo no Monte das Oliveiras” op. 85 de Beethoven, acompanhado pela Orquestra Nacional do Porto, sob a direcção de Marc Tardue. Ainda como barítono interpretou, como solista, obras de referência como o Magnificat e Kantates BWV 58, 61, 110, 147 e 206 (J. S. Bach), Magnificat (C. P. E. Bach), Requiem e Missa KV. 65 (W. A. Mozart), Missa em Fá M (Lobo Mesquita), Te Deum (F. A. Almeida), Adam & Eva (A. Avondano), Requiem (J. D. Bomtempo), Messias (G. F. Haendel), Te Deum (M. A. Charpentier), Fantasie Op. 80 e 9ª Sinfonia (L. V. Beethoven), Requiem (M. Duruflé), “Petite Messe Solenelle” (G. Rossini), “Carmina Burana” (C. Orff), entre outras.
Em “lied”, estreou, acompanhado pelo pianista Jaime Mota, o ciclo “Sete canções de Albano Martins” de António Pinho Vargas, ciclo já editado em CD pela Strauss, tendo sido alvo das melhores críticas da especialidade.
Com orquestra tem-se apresentado sob a direcção dos maestros Manuel Ivo Cruz, João Paulo Santos, António Saiote, Marc Tardue, Jacques Mercier, Aldo Brizzi, Marko Letonja, Stephen Bull e Jonathan Webb, entre outros. Tem colaborado com as orquestras Sinfónica Portuguesa, Nacional do Porto, Metropolitana de Lisboa, de Câmara de Munique e a Capela Real, entre outras.
Presentemente estuda repertório com o Maestro Marc Tardue e é orientado por Palmira Troufa, no Porto e pela Maestra Marinela Melli, em Roma, Itália. Próximos compromissos incluem, de Beethoven, a 9ª Sinfonia no Centro Cultural de Belém (Lisboa) e Casa da Música (Porto) com o Coro Gulbenkian e Orquestra Nacional do Porto (Novembro/06), bem como o papel de D. José na ópera “Carmen” de Bizet no Coliseu do Porto (Maio de 2007).